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PROJETO

PROFISSIONAL

Grupo: Agatha Vieira Coco 2020115448

Evelyne Oliveira da Silva 2020115973

Letícia Lavatori 2020114806

Leonardo

Prof Orientadora: Bruna

Sumário

1. Introdução ............................................................................................................. 01
2. Legislação
3. Análise de Mercado
4. Plano de Marketing
5. Infraestrutura
6. Plano Operacional
7. Plano Financeiro
8. Manejo nutricional

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INTRODUÇÃO

O projeto Vaca Sem Fronteiras será uma fazenda de gado leiteiro da raça Jersey, semi-intensivo, com
laboratório próprio. Contando também com uma equipe de médicos veterinários especializados com
atendimento a outras fazendas, e unidade médica própria para atendimento/cirurgia.

Localização: Ressaquinha, Minas Gerais

Nome da empresa: Vaca Sem Fronteiras

Setor de atividade agropecuária.

Com indicadores de viabilidade, como a lucratividade avaliada no valor de RS 5.155.400,00 (5 anos), com
prazo de retorno do investimento de quatro anos.

Os dados dos empreendedores constam abaixo:

Sócio Currículo % de participação


Agatha 25%
Leonardo 25%
Letícia 25%
Evelyne 25%

Missão da Empresa

Produzir e comercializar leite com qualidade, garantindo o bem-estar da criação de bovinos e a


sustentabilidade do negócio.

Além de fornecer atendimento clínico e laboratorial de qualidade.

Visão

Estar entre os 100 principais produtores de leite do Brasil e ser referência de excelência em produção de
leite com qualidade.

Ser pioneiro laboratorial veterinário em Ressaquinha. E ser referência de atendimento clínico para região,
além de possuir uma das melhores genéticas da raça Jersey.

Valores

Satisfazer o cliente; valorizar e respeito aos animais, funcionários e às pessoas envolvidas na produção; ter
responsabilidade social; respeitar o meio ambiente.

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PLANO DE MARKETING

Descrição dos principais produtos com preço e serviços

O leite produzido na fazenda é conhecido como leite cru, ou seja, leite retirado
diretamente do úbere da vaca e destinado a um local adequado para armazenamento.
Esta nomenclatura é utilizada, pois este leite não passou por nenhum processo de
tratamento para eliminar qualquer agente infeccioso.

Estratégia promocionais

As estratégias de promoção e divulgação que a fazenda Vaca Sem Fronteiras irá implementar, consiste em
páginas no Instagram, Facebook e seu próprio site. Através do site, pode-se encontrar os serviços, produtos
e seus preços, alguns fixos outros dependem de análise.

Por conta, da localização da propriedade em uma região mais rural, com pouco acesso à internet, faz-se uso
de uma representante com o adicional de uma amostra grátis de leite.

E descontos de acordo com o volume de leite comprado.

Estrutura de comercialização

As formas de comercialização e distribuição do leite serão feitas para as empresas por meio de transporte
com caminhão de coleta de leite.

E da unidade médica e laboratorial focada para e pequenos, médios e grandes produtores, através de
representante e redes sociais, com o animal de produção indo a fazenda Vaca Sem Fronteira ou o
atendimento solicitado.

PLANO OPERACIONAL

Layout

Nome

Vaca Sem Fronteiras

Logotipo

Capacidade produtiva

A raça Jersey tem aptidão exclusiva para leite. Alcança médias de produção entre 3500 a 5500 kg por
lactação, com persistência de 305 dias e com teor de gordura variando entre 5,5 a 6,0%. Por este motivo é
considerada uma raça mantegueira.

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A unidade médica e laboratorial poderá ter grande volume de atendimentos à medida que oferece quatro
médicos veterinários especializados, mais dois laboratórios de ponta.

Necessidade de pessoal

Foi estabelecido o número mínimo necessário de pessoas ao desenvolvimento do empreendimento,


atendendo as demandas do projeto Vaca Sem Fronteiras.

Cargo/função
Veterinário Nutrólogo
Veterinário Cirurgião
Veterinário Clínico Geral
Veterinário Patologista
Veterinário Reprodução
Agrícola
Zootecnista/ gestor
3 trabalhadores no curral
1 trabalhador na manutenção
3 trabalhadoras na ordenhadeira
2 trabalhadores no bezerreiro
2 trabalhadores na área agrícola
1 trabalhador na secretaria
1 cozinheiro
2 trabalhadores na limpeza
1 representante

INFRAESTRUTURA

As instalações destinadas a alojar as diversas categorias de animais de um rebanho são projetadas em


acordo com o sistema de exploração a ser adotado, no caso, sistema semi-intensivo.

A fazenda Vaca Sem fronteira, conta com uma área total de 240 ha, sendo 48ha preservados como Reserva
Legal. A infraestrutura conta com o sistema semi-intensivo para 50 bovinos de leite da raça Jersey, um
laboratório de patologia clínica veterinária e de reprodução animal, uma unidade médica constituída de um
curral para manejo, tronco, brete para contenção de animais com balança, embarcadouro; um galpão de
alvenaria dividido em três cômodos que é utilizado para armazenamento de ração concentrada, feno e
utensílios em geral, e o silo. Além de uma sala de ordenha espinha de peixe, com sistema de ordenha
mecânica pipeline com extrator automático equipado com ordenhadeira mecânica, uma sala de leite, um
curral de espera e um banheiro/vestiário. A fazenda dispõe ainda de um curral para até 20 bezerras em

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aleitamento, com o sistema de bezerreiro argentino, e três piquetes para criação de bezerras desmamadas
até a idade de um ano. Junto ao bezerreiro e próximo à Sede/unidade administrativa com estacionamento,
está localizado o piquete maternidade.

Laboratório de Reprodução Animal

O laboratório de sêmen e de embriões do Departamento de Reprodução e Avaliação Animal da Fazenda


Vaca Sem Fronteiras possui estrutura para experimentos na área da tecnologia de sêmen e de embriões da
espécie bovina, especialmente Jersey.

A estrutura dos laboratórios conta com os seguintes equipamentos: microscópios para análise do sêmen;
centrífuga refrigerada, lupa estereomicroscópica para avaliação morfológica de embriões; máquina para
criopreservação de sêmen e de embriões; vaginas artificiais; mesas aquecedoras; geladeira; autoclave;
estufa de secagem; destilador de água e botijões criogênicos para armazenamento de sêmen e de embriões
congelados.

Laboratório Clínico de Diagnóstico Veterinário

O laboratório de patologia clínica conta com as áreas de Hematologia e Bioquímica Clínica

Para análises hematológicas, a estrutura laboratorial dispõe de 3 centrífugas sorológicas, 2 centrífugas de


microhematócrito, 1 centrífuga refrigerada Sigma 3k30, 1 banho maria, 1 contador automático de células
Celm CC-530,1 colorímetro fotoelétrico, 6 microscópios Olympus BX41, 2 refratômetros, 3 contadores de
células manuais (diferencial), 2 estufas, 1 destilador de água, 2 freezers, 1 geladeira, 1 geladeira duplex, um
microscópio Leica com câmera fotográfica acomplada e software para captura e tratamento de imagens.

Para a Bioquímica Clínica, estão disponíveis 2 banhos maria, 2 microscópios Olympus CX40, 1
espectrofotômetro UV VIS; 1 analisador bioquímico semi-automático SBA-200 CELM; 1 agitador de tubos
Phoenix AP56; 1 computador; 1 impressora HP LaserJet 1018; 1 impressora HP DeskJet 680C; 1 máquina
fotográfica 7,2 megapixels Sony Cyber-Shot DSC-P200; 1 máquina fotográfica 12 megapixels LG;1 Balança
Analítica RADWAG, modelo AS 220/C/2, analisador bioquímico automático BS-200 Mindray, um analisador
bioquímico semiautomático Mindray BA88A e um freezer -80oC.

Conta com ambiente de recepção e espera, ambiente de classificação contendo área para conferência e
classificação das amostras biológicas, ambiente para cadastro, digitação e emissão de laudos, computador
para armazenamento digital das requisições, sala de lavagem e/ou esterilização de materiais contendo
equipamentos para lavagem, secagem e esterilização de materiais, almoxarifado, sanitário/vestiário, local de
estocagem de materiais de consumo.
Possui também uma bancada de fácil higienização, pia, armário para armazenamento de vidrarias e
consumíveis, recipientes de descarte dos resíduos gerados, unidade de refrigeração exclusiva para
reagentes, consumíveis e amostras de materiais biológicos, contendo termômetro de máxima e mínima,
com registro diário de temperatura.
Bezerreiro Argentino

Bezerreiros individuais são indicados durante os primeiros 60 dias de vida para redução da disseminação de
doenças e minimizar a exposição a patógenos, além de oferecer um ambiente confortável e estável para os
animais.

O bezerreiro tropical ou argentino, é utilizado para alojamento dos animais em sua fase inicial de vida, do
nascimento ao desmame.

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Neste tipo de instalação, os animais ficam presos por um fio, e mesmo em um sistema individualizado,
permite maior oportunidade dos bezerros se exercitarem e terem melhor movimentação, para isso a ração
deve estar de um lado, e o bebedouro ou balde onde é feito o aleitamento deve estar do lado oposto (um
em cada extremidade do fio extensor).

O contato visual também é importante para os bezerros. Nesse tipo de instalação, por mais que seja
individualizado, é possível ter essas oportunidades de o bezerro expressar seu comportamento. Além disso,
essa oportunidade de expressar seu comportamento faz com que ele tenha um melhor desenvolvimento
motor e cognitivo. O fato de os animais estarem dispostos lado a lado ou de frente um para o outro permite
que haja interação visual e observação do comportamento do outro.

Quando se utiliza o sombrite não é possível movimentar o animal de área. Então, é importante que a
cobertura vegetal do local sempre esteja baixa, que seja sempre feito o manejo de dejetos, principalmente
em casos em que há animais doentes

Quando desmamar um bezerro e em seguida colocar um outro, recém-nascido, é necessário esperar pelo
menos alguns dias – 5 dias de vazio sanitário.

A interação humano-animal é muito importante. No momento do aleitamento, é importante haver


estimulação tátil da bezerra, o que modula o comportamento animal e melhora sua resposta quando for
novilha, facilitando o manejo na ordenha.

Por ser todo aberto, a troca do ar é constante, e assim, os animais não sofrem com acúmulo de gases
oriundos da fermentação de matéria orgânica. Associados à incidência de raios solares, os ventos são aliados
na dessecação do solo, ajudando a manter o ambiente mais limpo e seco. Faz investimento em estruturas
para quebra dos ventos (ou ILP), para que não ocorra em determinadas épocas do ano maior incidência de
doenças respiratórias. Tendo o cuidado de não cercar o bezerreiro todo, para não impedir a circulação do ar.

A proteção solar normalmente é feita por sombrite com cerca de 80% de capacidade de interceptação
luminosa. Para melhor conforto térmico e melhor aproveitamento, s bezerreiros estão do lado oeste da
propriedade e a cobertura no sentido norte-sul orientadas de modo que recebam o sol da manhã, devido
aos efeitos benéficos dos raios solares sobre a saúde dos animais. A mobilidade da sombra faz com que os
animais se deitem ou permaneçam em lugares diferentes ao longo do dia, reduzindo o acúmulo de matéria
orgânica em um ponto específico, e permitindo que o sol contribua para reduzir a umidade do solo.

Para um bom bezerreiro é necessário área de descanso seca, livre de ventos e de tamanho adequado;
ventilação apropriada; fácil acesso ao alimento e água; fácil manuseio e tratamento do animal; e facilidade
de limpeza da instalação.

Medidas: (box)

• Altura 1,80 m
• Largura do sombrite 4 m
• Largura do box de cada bezerra 5 m
• Comprimento do fio de aço - 12 m sendo 1 m em cada ponta como limitador para chegada do bezerro
no cocho
• Corrente com destorcedor de 1,30 m
• Cm 3/2 m de espaçamento entre estacas
• Sombrite 80%

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Piquete pós desmane

18,5m2 /animal

Área de cocho de 30 cm/animal e 1,8m2/animal de sombra

Saleiro e água

Piquete 4 a 5 m

Número máximo de bezerros neste lote 15.

18,5 a 45 m2/animal.

Área de cocho de 30 cm/ animal e de sombra 1,8m2/ animal.

Saleiro e água

Piquete 6 a 8 m

Comporta até 30 animais

Área de 27,8 m2/animal

Área de cocho deve ser de 40 a 50cm 2 / animal

Área de sombra 2,78 m2/animal

Saleiro e água

Baias de parição

São utilizadas nas últimas horas que antecede ao parto. As baias de parições permitem maior conforto ao
animal durante o parto, reduzem a exposição da glândula mamária aos microrganismos causadores de
mastite, proporcionam maior facilidade ao acompanhamento do parto e favorecem a colostragem do
recém-nascido, que deve ocorrer o mais breve possível.

Medidas:

• Devem possuir 3,70 X 3,70 m, com bebedouros e cocho para alimentação.

Piquete Maternidade

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Piquetes devem apresentar boas condições ambientais, capazes de promover conforto ao animal. Deve
possuir cobertura vegetal e boa capacidade de drenagem, para evitar a formação de barro. Os piquetes ou
pastos devem possuir áreas de sombras suficientes para os animais ali alojados, preferindo sempre que
possível sombra natural, desde que sejam de árvores sem copa (ex.: eucalipto).

COMPLEXO ORDENHA

Sala de espera

2,5 m2/ vaca de pastejo, ventilação, bebedouro, Formato retangular, 3 a 5% de inclinação de piso no sentido
da ordenha (promove estímulo ao animal a entrar na sala), podem ser cobertos com telhado ou sombrite,
Margem de 20 a 30 % no tamanho para entrada de outro lote. Espera de 5 a 60 minutos, tempo mínimo para
permitir a defecação e máximo para evitar estresse.

Possuindo maior extensão no comprimento, devendo ter a largura igual a da sala de ordenha.

A entrada da sala de ordenha deve conter afunilamento no sentido do fosso, o que facilita a entrada dos
animais. Neste local as contenções laterais devem formar um ângulo de 45º com as contenções da ordenha.

A sala de espera deve ser provida de sombra e quando necessário deverá possuir sistema de refrescamento
artificial (ventiladores e aspersores de água). No projeto de dimensionamento, a sala de espera deve ser

projetada em 25% a mais sobre o tamanho médio dos lotes. Pois, enquanto estiver sendo ordenhado um
lote, outro lote começa a entrar.

Sala de ordenha

Espinha de Peixe 45º com linha média

Corredor de aceso a sala de espera, com lava-pés na entrada.

Outro fator a ser considerado é a distância das instalações de ordenha em relação ao pasto (não devem
distar mais de 1 Km). Deve-se lembrar que os animais irão percorrer esse caminho no mínimo duas vezes ao
dia para a ordenha.

Diagonal, e com isso permite uma sala de ordenha menor e maior número de animal, então é mais barata.

Ordenhadeira Canalizada. Sistema de ordenha mecânica pipeline com extrator automático equipado com
ordenhadeira mecânica

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Sala de Leite

Espaçamento entre os equipamentos deverá ser no mínimo de 70 cm, não pode tocar o chão

Pia, com uma ou duas cubas para higienização dos utensílios e equipamentos de ordenha. Pé-direito mínimo
de 3,00 m, piso impermeabilizado, paredes revestidas até a altura mínima de 2,00 m, com azulejos ou
similares, ter forro em material impermeável e de fácil limpeza.

As janelas e basculantes deverão ser providas de telas à prova de insetos.

Com tanque de expansão, sistema de envase semi-automático e um pasteurizador lento para 500 litros,
pasteurizador para 350 litros, embaladeira, freezer e balança.

Sala de máquinas

Local onde se encontra a bomba de vácuo, compressores dos refrigeradores e geradores de energia. Esta
sala deverá ser localizada próxima à sala de ordenha para reduzir a distância entre a unidade produtora de
vácuo e o equipamento de ordenha. Deverá ser a mais ventilada e arejada possível, devido à grande
produção de calor pelas máquinas, pois este detalhe determina a vida útil destes equipamentos. As paredes
poderão ser de telas ou grades, o que facilita a ventilação.

Vestiários/Banheiro

Deverá estar localizado próximo a unidade de ordenha. Os vestiários deverão possuir armários, bancos, pias,
chuveiros e vasos sanitários. Por motivos sanitários as portas dos vestiários não devem sair na sala de leite.

UNIDADE MÉDICA/ CURRAL DE MANEJO

Galpão

Destina-se ao abrigo do brete, tronco de contenção e apartadouro, além de garantir conforto no serviço,
devendo ter dimensões compatíveis com essa proteção, especialmente contra o sol e a chuva. Deve ser do
tipo aberto em duas águas, com cobertura de chapas onduladas de cimento-amianto, telhas cerâmicas,

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chapas de alumínio ou outro material. A altura deve ser de 3,00 m no pé direito, permitindo o livre trânsito
sobre as plataformas do breie. Os esteios do galpão devem ser, preferencialmente, de madeira de leí de alta
durabilidade, como aroeira ou qualquer outra madeira tratada. Em geral, o comprimento é de 4,00 m,
podendo ter secção quadrada (0,16 x 0, 16 m) ou circular (0,20 m de diâmetro no topo). São enterrados à
profundidade igual ou superior a 1,00 m. O vigamento utilizado na cobertura varia em função do material
empregado; medindo em geral 0,06 x 0,12 m para alumínio e cimento-amianto e 0,06 x 0,16 m para telhas.
Nas emendas do vigamento utilizam-se chapas de ferro e braçadeiras.

O piso do galpão pode ser pavimentado com material de média resistência. O mais indicado é concreto (0,05
m de espessura) com acabamento de cimento rústico. Pode ter pequena inclinação para as laterais (2%),
para facilitar a limpeza.


Seringa

É o compartimento do curral que sofre os maiores impactos do gado, constituindo-se no ponto nevrálgico do
manejo; dele depende a rapidez e a eficiência no encaminhamento dos animais ao brete. A seringa dupla e
em forma de cunha é um dos tipos que oferece melhor facilidade de manejo, permitindo retorno e fluxo
contínuo dos animais.

Brete

Construído sob o galpão, destina-se ao encaminhamento individual dos animais ao tronco de contenção.
Permite ainda, tratos sanitários e outras tarefas que independem de maior contenção. É uma instalação
imprescindível no manejo do gado, facilitando a pulverização, marcação, vacinação e outras atividades
dependentes da contenção dos animais. Troncos maiores permitem a colocação de maior número de
animais por vez, reduzindo o tempo gasto para execução das atividades de manejo.

O brete deve ter 1,60 m de altura com plataformas dispostas lateralmente a 0,75 m de altura e com 0,90 m
de largura, visando facilitar o livre trânsito e acesso ao dorso dos animais. Internamente, o brete deve ter
1,00 m na parte superior e 0,35 m na parte inferior. Estas dimensões permitem a passagem de animais
grandes e impedem o retorno de amimais de médio porte. As paredes laterais do breie devem ter, na parte
interna), até 0,90 m de altura, enchimento com pranchões largos (0,30 m) sem vãos entre si, afastados na
parte inferior de 0,025 m do piso, para permitir a saída de detritos. No restante da altura utilizam-se réguas,
com vãos de 0,03 m.

Os lances do brete devem ter 2,00 m de comprimento e o tamanho total do conjunto depende do fluxo
desejável de animais. No final do brete antes do tronco de contenção, intercala-se um lance separado por
portão corrediço, destinado à separação individual dos animais.

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O piso do corredor central do brete, do tronco de contenção e do apartadouro, bem como da rampa do
embarcadouro, devem ser preferencialmente de concreto com, aproximadamente, 0,08 m de espessura e
superfície dotada de agarradeiras

Tronco de contenção

Trata-se de peça pré-fabricada disponível no mercado, montado geralmente na parte final do brete. É o
componente mais versátil do curral e destina-se, basicamente, a conter os animais, facilitando os tratos a
que os mesmos são submetidos rotineiramente. As principais características desejáreis para o tronco são a
resistência, durabilidade, possibilidade de conter bovinos de porte variado, além da facilidade de manipular
o animal quando no seu interior.

Apartadouro

O apartadouro situa-se também na parte final do brete após o tronco de contenção, e destina-se à
separação dos animais. É composto de portas de acesso aos currais, comandadas lateralmente de cima de
uma plataforma. Nestas portas utilizam-se as ferragens.

Embarcadouro

É instalação prática que permite embarcar rapidamente os animais, sem perda de tempo e sem atropelos.
Deve ser precedido de uma seringa ou estar colocado logo após o tronco-porteira de apartação.

O embarcadouro é o conjunto formado por um corredor estreito (0,70 m) e rampa de embarque. Permite a
carga e descarga de animais em gaiolas boiadeiras, utilizadas no transporte rodoviário.

Quando houver necessidade de maior versatilidade no embarque de animais, levando-se em conta os


diferentes veículos utilizados no transporte, é possível adaptar-se uma rampa móvel no último lance do
embarcadouro, a qual pode ser regulada e fixada a diferentes alturas. As dimensões e detalhes do
embarcadouro com rampa fixa (tradicional). Quando se pretende instalar uma balança no curral, o local a ela

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destinado é o segundo lance no corredor do embarcadouro, próximo ao apartadouro. Neste caso, o primeiro
lance deve ser totalmente fechado, à semelhança do brete.

Clínica de grandes animais

A clínica dispõe de uma baia, um tronco de contenção, um tronco de casqueamento para bovinos, seis
piquetes, uma campineira de capim elefante (1ha) e duas áreas de área de pastagem uma com
aproximadamente 8ha e outra com cerca de 5 ha hectares.

UNIDADE ADMINISTRATIVA

Escritório

Escrituração Zootécnica. Próximo a unidade de ordenha, mesas para computadores, armários, fichários, área
para recepção. Deverá possuir salas anexas para reuniões e banheiros.

Almoxarifado

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Deve apresentar repartições para armazenamento de medicamentos, suplementos agrícolas e ferramentas,
ser provido de boa ventilação, luminosidade, rede elétrica e hidráulica e equipamentos contra incêndio. Sua
localização deverá ser próxima ao escritório e unidades produtoras.

Farmácia

Possui disponíveis antibióticos, antinflamatórios, carrapaticidas, mosquicidas, bernicidas, vermífugos, soros,


fortificantes, produto para tratamento de casco, antitóxicos, antídotos, antissépticos, suplementos
vitamínicos e minerais, e produtos para curativos como algodão, gaze, álcool, iodo, esparadrapo, agulha e
seringa veterinária


Galpão de máquinas e equipamentos

Depósito de ração e insumos

Casa de funcionários

Próximo ao piquete maternidade

Silo

Os silos bag possuem certa variedade de tamanhos, podendo variar de 1,8 a 3,6 m de diâmetro e 30, 60 ou
90 m de comprimento, sendo a dimensão 1,8 por 60 m é a mais comum no nosso país. Bags que variam de
30 a 60 metros podem estocar de 2 a 6 t de silagem/m linear. Esse intervalo de densidade é em função do
grau de picagem (tamanho de partícula) e da cultura que está sendo estocada. O plástico utilizado não é
reutilizável e geralmente custa entre R$ 6 a 10/t de silagem estocada.

Vantagens como a anaerobiose é rapidamente alcançada, flexibilidade quanto ao local de confecção do silo,
é permitido o uso de glebas com histórico agronômico diferenciado, variabilidade na capacidade de
estocagem, menor uso de plástico, menor exposição do painel ao oxigênio atmosférico.

MANEJO NUTRICIONAL

Nutrição dos bezerros

Ao nascer o bezerro é considerado monogástrico, não sendo capaz de utilizar alimentos sólidos; possui
reflexo para mamar e todas as condições fisiológicas e bioquímicas para utilizar o leite. Em condições
adequadas de alimentação e manejo, em sessenta a noventa dias este bezerro se transforma em um
ruminante com habilidade para sobreviver com alimentos volumosos e concentrados com seu rúmen-
retículo apresentando atividade microbiana relevante, desenvolvimento de papilas em suas paredes e
capacidade de absorção de nutrientes pelas paredes do rúmen-retículo.

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Aleitamento dos bezerros: O aleitamento artificial, utilizado na propriedade, consiste em oferecer dieta
líquida em balde, mamadeira ou similar. Este sistema permite racionalizar o manejo dos animais, ordenhar
com mais higiene e fazer o controle da quantidade ingerida de leite pelos bezerros.

O mais importante é fornecer o colostro o mais rápido possível, é a forma de garantir a sobrevivência dos
bezerros nas primeiras semanas após o nascimento, fornecendo os anticorpos. A maneira mais eficiente é
fazer o bezerro mamar o colostro na vaca após o nascimento.

Quando fornecido no balde usar o colostro integral, permitindo a ingestão de 5 a 6kg de colostro. Fornecer
4l/animal/dia, que deverá ser fornecida em duas refeições diárias durante a primeira semana de vida do
animal. A partir daí, uma vez ao dia de manhã ou a tarde, conforme mais conveniente a conjuntura.

Quantidade fornecida, regularidade nos horários e na temperatura da dieta líquida é bastante fundamental
para evitar distúrbios gastrointestinais.

Fornecimento de concentrado dos bezerros: O concentrado inicial deve ser fornecido aos bezerros com 60
ou 70 dias de idade, em sua composição deve possuir alimentos de excelente qualidade, como; grãos de
milho, raspa de mandioca, farelo de soja, farelo de algodão e misturas de e misturas minerais e vitamínicas.
Concentrados que contém grãos que sofreram tratamento térmico ou a vapor e aqueles em forma de pellets
aumentam digestibilidade e estimulam seu consumo precoce. A partir dos 70 dias pode utilizar concentrados
de menor custo, muitos estudos dizem ser viável a utilização de ureia nos concentrados iniciais para
bezerros, recomenda o seu uso após três meses de idade que é quando o rúmen estará suficientemente
desenvolvido para utilizar o nitrogênio não proteico da dieta. Após o desaleitamento, o consumo de
concentrado aumentará rapidamente devendo-se limitar a quantidade fornecida para estimular o consumo
de volumoso. (Tem-se sugerido o fornecimento de 1 a 2kg de concentrado com 12% de proteína bruta e 66%
de nutrientes digestíveis totais. NDT, dependendo da qualidade do alimento volumoso utilizado na
propriedade). Importante verificar a condição do concentrado que sobrou; se molhado ou mofado remova-
o, se seco e em boas condições pode deixar.

Os alimentos volumosos são muito importantes para o desenvolvimento fisiológico do tamanho e da


musculatura do rúmen. Um bom volumoso deve ser oferecido desde a segunda semana de idade (feno ou
verde picado) antes dos três meses de idade bons fenos são melhores que bons alimentos verdes, que por
sua vez são melhores que boas silagens. Esta é uma recomendação de ordem geral, já que a qualidade do
alimento é extremamente importante na determinação do consumo. Antes dos três meses de idade os
fermentados como silagens não são recomendados, uma vez que o consumo será insuficiente para
promover o desenvolvimento do rúmen e o crescimento do animal.

O fornecimento de água deve estar disponível ao animal 24 horas com água fresca e limpa, fazer a troca
diariamente. Os bezerros devem ter água a sua disposição desde a sua primeira semana de vida pois há
evidências de maior consumo de concentrado pelos animais assim manejado.

Os bezerros devem permanecer na sua instalação por mais duas semanas após o corte da sua dieta líquida,
recebendo água e alimentos sólidos. Assim eles perderão o hábito de dieta líquida com menor estresse
sendo assim possível observar como eles reagiram a desmama ou desaleitamento.

Pesa se o bezerro ao nascer e ao desaleitamento. Cálculo de ganho de peso médio diário: GPMD (KG DIA) =
(pesa ao desaleitamento – peso ao nascimento) / número de dias entre o desaleitamento e o nascimento. O
GPMD deve ser superior a 0.350kg por dia. Anote na ficha individual dos bezerros o peso e qualquer situação
ocorrida com eles. Muito importante cuidar do controle sanitário.

Manejo nutricional de novilhas

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É indispensável ofertar pastos de qualidade para as novilhas assim como uma fonte mineral também. No
caso da suplementação durante a época da seca, ela pode ser feita de forragens verdes, cana de açúcar e a
porcentagem de 1% de ureia. Além do uso de fenos e de silagem. Para novilhas criadas em cochos é
necessário garantir que todos os animais possuem espaço suficientes e todos terão acesso a comida. Deve-
se ser ofertado 1kg a 2kg por dia. O manejo nutricional principalmente entre os 4 e 22 meses de vida pode-
se determinar o potencial produtivo da novilha. Nesse período não deve haver de forma nenhuma privação
de alimentos ou alimentação em excesso, o manejo deve ser adequado.

Manejo nutricional das vacas

Alimentação no terço inicial da lactação.

Deve-se fornecer volumoso de boa qualidade com suplementação, com concentrados e mistura mineral
adequada. Vacas de alto potencial de produção devem apresentar um consumo de matéria seca equivalente
a pelo menos 4% do seu peso vivo, no pico de consumo.

Vacas que são ordenhadas três vezes ao dia, consomem 5 a 6% mais matéria seca do que se ordenhadas
duas vezes ao dia.

Para vacas mantidas a pasto, durante o período de menor crescimento do pasto, há necessidade de
suplementação com volumosos: capim-elefante verde picado, cana-de-açúcar adicionada de 1% de ureia,
silagem, feno ou forrageiras de inverno.

Uma regra prática para determinar a quantidade de volumoso a ser fornecida é monitorar a sobra ou o
excesso que fica no cocho. Caso não haja sobras ou se sobrar menos do que 10% da quantidade total
fornecida no dia anterior, aumente a quantidade de volumoso a ser fornecida. Caso haja muita sobra, reduza
a quantidade.

Para cada dois quilogramas de leite produzidos, a vaca deve consumir pelo menos um quilograma de
matéria seca. De outra forma, ela pode perder peso em excesso e ficar mais sujeita a problemas
metabólicos.

O concentrado para vacas em lactação deve apresentar 18 a 22% de proteína bruta (PB) e acima de 70% de
nutrientes digestíveis totais (NDT), na base de 1 kg para cada 2,5 kg de leite produzidos. Pode-se utilizar uma
mistura simples à base de milho moído e farelo de soja ou de algodão, calcário e sal mineral ou, dependendo
da disponibilidade, soja em grão moída ou caroço de algodão.

Vacas de alta produção de leite manejadas a pasto precisam ter ajustes em seu manejo e plano alimentar.
Para vacas com produções diárias acima de 28-30 kg de leite, deve-se fornecer concentrados contendo
fontes de proteína de baixa degradabilidade no rúmen, como farinha de peixe, farelo de algodão, soja em
grão moída, tostada, etc.

Vacas com produções acima de 40 kg de leite por dia, além de uma fonte de gordura, como caroço de
algodão, soja em grão moída ou sebo, devem receber gordura protegida (fonte comercial) para elevar o teor
de gordura da dieta total para 7-8%. Essas vacas devem receber uma quantidade diária de gordura na dieta
equivalente à quantidade de gordura produzida no leite.

Dieta completa é uma mistura de volumosos (silagem, feno, capim verde picado) com concentrados
(energéticos e protéicos), minerais e vitaminas. A mistura dos ingredientes é feita em vagão misturador
próprio, contendo balança eletrônica para pesar os ingredientes. Muito usada em confinamento total, tem a
vantagem de evitar que as vacas possam consumir uma quantidade muito grande de concentrado de uma

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única vez, o que pode causar problemas de acidose nos animais. Além disso, recomenda-se a inclusão de 0,8
a 1% de bicarbonato de sódio e 0,5% de óxido de magnésio na dieta total, para evitar problemas com
acidose.

O melhor teor de matéria seca da ração total está entre 50 e 75%. Rações mais secas ou mais úmidas podem
limitar o consumo. Por isso, o teor de umidade da silagem deve ser monitorado semanalmente, se possível.

Normalmente, as vacas se alimentam após as ordenhas. Mantendo a dieta completa à disposição dos
animais nesses períodos, pode-se conseguir aumento do consumo voluntário.

Para reduzir mão-de-obra na mistura de diferentes formulações para os grupos de vacas com diferentes
produções médias, a tendência atual é de se formular uma dieta completa com alto teor energético e com
nível de proteína não-degradável que atenda o grupo de maior produção de leite. Os demais grupos, vacas
no terço médio e vacas em final de lactação, naturalmente já controlariam o consumo, ingerindo menos
matéria seca.

Para assegurar consumo máximo de forragem, principalmente na época mais quente do ano, deve-se
garantir disponibilidade de alimentos ao longo do dia. Deve-se encher o cocho no final da tarde, para que os
animais possam ter alimento fresco disponível durante a noite. Dessa forma as vacas podem consumir o
alimento num horário de temperatura mais amena.

A relação concentrado/volumoso é maior para vacas de maior produção de leite. De uma forma mais
generalizada, sugere-se, na tabela abaixo, as relações concentrado/volumoso.

Produção de leite Concentrado Volumoso


(kg/dia) % %
Até 14 30-35 65-70
14 a 23 40 60
24 a 35 45 55
36 a 45 50-55 45-50
Acima de 45 55-60 40-45

Fornecimento de mistura mineral

Para animais mantidos a pasto, o método mais prático de suplementar minerais é deixando a mistura
(comprada ou preparada na própria fazenda) disponível em cocho coberto, à vontade.

Vacas em lactação requerem uma quantidade muito grande de água, uma vez que o leite é composto de 87
a 88% de água. Ela deve estar à disposição dos animais, à vontade e próxima dos cochos. Normalmente as
vacas consomem 8,5 litros de água para cada litro de leite produzido. Quando a temperatura ambiente se
eleva, nos meses de verão, o consumo de água aumenta substancialmente.

Alimentação no terço médio da lactação

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Neste período, as vacas já recuperaram parte das reservas corporais gastas no início da lactação e já
deveriam estar enxertadas. A produção de leite começa a cair e as vacas devem continuar a ganhar peso,
preparando sua condição corporal para o próximo parto.

O fornecimento de concentrado deve ser feito com 18 a 20% de proteína bruta, na proporção de 1 kg para
cada 3 kg de leite produzidos acima de 5 kg, na época das chuvas, e a mesma relação acima de 3 kg iniciais
de leite produzido, durante o período seco do ano, conforme tabela abaixo.

Quantidade Concentrado
Produção de leite (kg/vaca/dia)
(kg/vaca/dia)
Época das "águas" Época seca
3 a 5 - 1
5 a 8 1 2
8 a 11 2 3
11 a 14 3 4
14 a 17 4 5
17 a 20 5 6

Alimentação no terço final da lactação

Neste período as vacas devem recuperar suas reservas corporais e a produção de leite já é bem menor que
nos períodos anteriores. Deve-se alimentar as vacas para evitar que ganhem peso em excesso, mas que
tenham alimento suficiente, principalmente na época seca do ano, para repor as reservas corporais perdidas
no início da lactação. É o período em que ocorre a secagem do leite, encerrando-se a lactação atual e o início
da preparação para o próximo parto e lactação subsequente.

Alimentação no período seco

É o período compreendido entre a secagem e o próximo parto. Em rebanhos bem manejados, sua duração é
de 60 dias. É fundamental para que haja transferência de nutrientes para desenvolvimento do feto, que é
acentuado nos últimos 60 - 90 dias que precedem o parto, a glândula mamária regenere os tecidos
secretores de leite e acumule grandes quantidades de anticorpos, proporcionando maior qualidade e
produção de colostro, essencial para a sobrevivência da cria recém-nascida.

O suprimento de proteína, energia, minerais e vitaminas é muito importante, mas deve-se evitar que a vaca
ganhe muito peso nesta fase, para reduzir a incidência de problemas no parto e durante a fase inicial da
lactação. Isso se deve, principalmente, à redução na ingestão de alimentos pós-parto, o que normalmente se
observa com vacas que parem gordas.

Nas duas semanas que antecedem ao parto deve-se iniciar o fornecimento de pequenas quantidades do
concentrado formulado para as vacas em lactação, para que se adaptem à dieta que receberão após o parto.
As quantidades a serem fornecidas variam de 0,5 a 1% do peso vivo do animal, dependendo da sua condição
corporal.

O teor de cálcio da dieta de vacas no final da gestação deve ser reduzido para evitar problemas com febre do
leite, após o parto. A mistura mineral (com nível baixo de cálcio) deve estar disponível, à vontade, em cocho
coberto.

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Alimentação do gado na fazenda

Devido à área extensa que a fazenda possui, faz plantação de milho e de sorgo, sendo uma parte destinada à
alimentação do gado e outra, destinada à produção de silagem, que também será consumida pelo gado.
Além disso, a fazenda também faz a aquisição de concentrados proteicos (farelo de soja), concentrados
energéticos (milho de grão a granel) e sais minerais, que são utilizados para complementar a dieta do gado,
por serem ricos em fibras, energia, proteínas e nutrientes. A produção da silagem ajuda muito na redução
dos custos de volumosos.

ANÁLISE DE MERCADO

Localização do negócio

Município: Ressaquinha
Estado: Minas Gerais
Fone 1: 21 994535352
Fone 2: 31 982045431

Considerações sobre o ponto (localização), que justifiquem sua escolha:

Dentre os estados da região Sudeste, Minas Gerais é o mais significativo em volume de leite produzido, 8,9
bilhões de litros em 2012, representando 76,4% da região.
Esse bom resultado de Minas Gerais, representando mais que um quarto da produção nacional, 27,5%,
deve-se ao grande rebanho de bovinos com aptidão leiteira, pela produtividade anual por vaca, e pela
questão cultural na produção de leite no estado.


Produção de leite por mesorregião

Na figura, no qual as regiões estão divididas em mesorregiões, as cores mais escuras representam as maiores
produção de leite. As mesorregiões dos estados do Sudeste estão identificadas com os nomes.

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Em Minas Gerais a produção de leite concentra-se nas regiões do Triângulo Mineiro e Sul de Minas, que
juntas em 2012 produziram 41,8% do leite do estado.

Estudo dos Clientes

Clientes: Produtores de propriedades leiteiras de pequeno a grande porte, em geral na região sul de minas,
nos procuram em busca de assistência médica, exames laboratoriais, e procedimentos médicos cirúrgicos.
Pequenos e médios produtores de laticínios e/ou empresas compradoras de leite cru, e produtores
especializados no manejo da Raça Jersey.

Interesse e comportamento dos clientes: Devido à escassez do serviço veterinário no local, e cidades
vizinhas, esperamos uma alta busca do serviço na região, para produtores que buscam a qualidade e a
sanidade de rebanho para obtenção de resultado. Atualmente os atendimentos são feitos separadamente
por veterinários independentes, que encaminham para diferentes locais os exames laboratoriais, os
procedimentos cirúrgicos e os atendimentos clínicos. O serviço vem cada vez sendo mais requisitado devido
ao crescimento do mercado leiteiro na região. Quanto ao manejo reprodutivo e produtivo, buscamos do
cliente o interesse no melhoramento genético do gado Jersey (que segue em crescimento no sul de minas),
demanda por leite produzido na própria propriedade para pequenos e médios produtores de laticínios que
buscam alto teor de gordura no leite.

O que leva as pessoas a utilizarem nosso serviço: O compromisso com a qualidade de produtos e serviços
prestados, o atendimento diferenciado feito por equipe de veterinários credenciados do projeto Vaca Sem
Fronteira, que serão especializados em bovinos da área de leite, além de garantirmos auxílio quanto as
técnicas de manejo e indicies zootécnicos. Quanto a venda do leite, o alto teor de sólidos do leite atrai
pequenos e médios produtores de laticínios. Quanto a questão reprodutiva, somos procurados pela
qualidade genética do rebanho, onde teremos a venda de bezerros para fazendas especializadas na criação
do gado Jersey, além de oferecer técnicas de manejo especializadas para a raça.

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Onde estão os clientes ? : Inicialmente buscamos os pequenos e médios produtores do município e dos
municípios vizinhos, para atendermos o público das grandes propriedades, necessitamos da credibilidade e
confiabilidade das médias e pequenas propriedades, para que possamos criar uma marca, um selo de
qualidade, e assim, com estratégias de marketing, atingir não só as propriedades de cidades vizinhas, mas
também atingir os municípios do triangulo mineiro com os grandes produtores e futuramente atender a
todo o estado de Minas Gerais. O sul de minas tem concentrado uma grande quantidade de produção com o
gado Jersey, buscamos ser referência de manejo e genética para aumentar e viabilizar a produção de Jersey
no sudeste do Brasil.

Estudo dos Concorrentes

Compreende como concorrentes as outras empresas que oferecem o mesmo tipo de produto ou serviço.

Buscamos ser os pioneiros da região que oferecem essa variedade de serviços, nossos concorrentes se
dividem em veterinários independentes, laboratórios especializados, e propriedades criadoras de gado
Jersey. A maior parte da concorrência se concentra no município de Barbacena, pois tanto os produtores de
Ressaquinha quanto os das cidades vizinhas, buscam esse serviço especializado em Barbacena. Nossa ideia é
centralizar e unificar esse tipo de serviço, com o Vaca Sem Fronteira, em que o atendimento, coleta de
material, exame laboratorial será feito todo pela equipe do projeto, sendo garantida a qualidade e
credibilidade dos serviços prestados. Temos concorrentes criadores de gado Jersey espalhados pelo sul de
minas, e nossa ideia não seria competir pela venda de leite, e sim de oferecer para nossos concorrentes
atendimento médico especializado, taxas laboratoriais para controle de manejo reprodutivo, oferecer
variedade genética para esses produtores tanto com a venda de bezerros, quanto com a venda de novilhas.

Fornecedores

A função do fornecedor, dentro da atual logística, é a de ser parceiro da operação, que compreende desde o
desenvolvimento do produto até o preço, qualidade e prazos, visando sempre à satisfação do cliente.

A Fazenda Vaca Sem Fronteiras, conta com vários fornecedores que são responsáveis por garantir a
alimentação, medicamentos, produtos de ordenha para a criação e manejo do gado e também com
fornecedores que garantem a manutenção da fazenda.

A administração da fazenda busca fazer a aquisição dos produtos da propriedade em Barbacena/MG. Porém,
sempre que necessário, busca os produtos em outras regiões do estado e do Brasil, levando em conta o
custo-benefício, mas sempre zelando pela qualidade dos produtos adquiridos.

PLANILHA FINANCEIRA

INVESTIMENTO INICIAL

Total

Descrição R$
Sala de ordenha 44.943,74
Curral de manejo 106.000,00
Bezerreiro argentino 7.799,79
Laboratório 150.00,00
Piquetes 26.680,00

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Casa dos funcionários 2.000,00
Escritório 9.400,00

Rebanho 187.100,00
Propriedade 3.300.000,00
Outros 10.000,00
Total 3.843.923,53


Sala de ordenha

Descrição Quantidade Unidade R$ Preço R$ Total

Cimento 70 Saco 24 3822
Areia 10,85 m³ 45 1350
Brita 3,25 m³ 70 2859
Cal hidratada 69 Saco 5 60,24

Tijolos (20x20x10) 3½ Milheiro 390 2155
Tijolos (20x10x5) 1 Milheiro 240 720
Tomadas 3 Unidade 12 36
Placas Interruptoras “Pial” 3 Unidade 2 6

Vigas (6x12) 215 Metro 12 2580
Portas (2,10x 0.8m) 3 Unidade 140 420

Porteira (2mx 2.1m) 1 Unidade 250 250


Porteira (1.8mx2.1m) 2 Unidade 180 260
Cocho 6 Unidade 160 960
Ferro Vergalhão CA50 3/8" 10mmx12m Unidade

Tinta Lata 18 litros 3 Unidade 80 140

Conjunto de lâmpadas florescentes 4 Unidade 40 160

Caixa de Ferro 1 Unidade 30 30
Cano “PVC” 25 (3/4) 6 Metro 7,9 47,4

Telha onduladas 5mm 1,53xm1,10 36 Unidade 40 1620

Piso antiderrapante 100 m² 13 1300

Mão de obra (pedreiro) 1 30 (dias) 130 3900

Mão de obra (pedreiro) 1 30 (dias) 70 2100

Equipamentos de ordenha 1 Unidade 10.159,10 10.159,10


TOTAL 44.943,74

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Bezerreiro argentino

Descrição Quantidade Unidade R$ Preço R$ Total


Sombrite 3x12m 9 Un 249,34 2.649,06
Moirão/ Estaca de
eucalipto tratado 4 a 6 cm, 40 Un 5,90 236,00
1,6 m
Moirão/ Estaca de
eucalipto tratado 4 a 6 cm, 80 Un 35,00 2.800,00
2,5m
Cabo de aço Galvanizado
Alma de Aço 4,76mm 3/16" 3 Un 404,91 1.214,73
6x7 100m Vonder
Balde de água 20 Un 15,00 300,00
Balde de ração 20 Un 15,00 300,00
Balde de leite 20 Un 15,00 300,00
TOTAL 7.799,79

Curral de manejo

Descrição Quantidade Unidade R$ Preço R$ Total


Mourão de Madeira de lei aparelhada 7,42 m³ 1.353,17 12.249,44
massaranduba ou equivalente da
região 20x20cm - h=3,20m (58 unidades)
Mourão de Madeira de lei aparelhada 3,50 m³ 1.353,17 5.778,04
massaranduba ou equivalente da
região 20x20cm - h=3,50m (25 unidades)
Mourão de Madeira de lei aparelhada 2,35 m³ 1.353,17 3.879,54
massaranduba ou equivalente da
região 20x20cm - h=4,20m (14 unidades)
Tábua de madeira de lei aparelhada
massaranduba ou equivalente da região 4x15, 2,34 m³ 1.353,17 3.863,03
4x30, 4x40 e 4x60cm -58,60m² (fechamento
seringa, tronco e embarcadouro)
Longarina de Madeira de lei aparelhada 0,75 m³ 1.353,17 1.238,15
massaranduba ou equivalente da
região 6x12cm - 103,80m em fechamento
superior
Alvenaria 1/2 vez c/ tijolo furado 9X19X19 cm 68,90 m² 58,02 4.877,05
C/arg. Cim./Cal/Areia 1:2:8
Chapisco traço 1:3 E= 1,0cm 137,80 m² 3,16 531,25
Emboco tipo paulista traço 1:2:8, preparo 137,80 m² 25,60 4.303,77
mecanico aplicação manual
Cocho em concreto armado c/ 2m, 80cm de 3,00 un 490,00 1.793,40
altura interna e 60cm de altura
externa, 550Kg (3 unidades)
Estrutura de madeira de lei serrada p/ telha 119,91 m² 55,74 8.154,22
ceramica tipo plan
Cobertura em telha ceramica tipo plan 119,91 m² 24,20 3.540,22
Tabeira em nadeira de lei, 2,5X15,0 cm em 49,20 m 20,11 1.207,08
beiral
Cumeeira em telha ceramica e embocamento 16,20 m 17,60 347,85

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com argamassa traço 1:2:8
Imunização de madeiramento da cobertura c/ 119,91 m² 3,93 574,92
cupinicida incolor
Piso em concreto rústico 20 Mpa, anti- 59,06 m² 38,43 2.769,00
derrapante com ranhuras e= 7cm
Piso rústico de cimento queimado 1,5cm sobre 12,83 m² 28,40 444,53
base de concreto
Pintura latex PVA interno e externo sobre 137,80 m² 6,22 1.045,68
reboco, duas demãos
Pintura imunizante base óleo com 223,00 m² 3,04 827,06
carbolineum, em mourões e tábuas
Porta de ferro de abrir tipo barra chata com 2,00 un 402,12 981,17
requardro e guarnição completo
inc. instalação
Janela basculante em aluminio maxim-ar, inc. 1,44 m² 261,83 459,98
vidros fornecimento e instalaçã
Disjuntor termomagnetico mono. 15,30 A 3,00 un 19,60 71,74
Ponto de interruptor simples 1 tecla inc. caixa 6,00 pt 94,52 691,89
4x2, eletroduto PVC 3/4'' cabos
Ponto de tomada 2P+T 10A/250V baixa inc. 6,00 pt 111,19 813,91
eletroduto PVC 3/4'' caixa 4x2 c/
placa, cabos e fios
Luminária fechada com proteção contra água, 8,00 un 134,18 1.309,60
poeira e impactos c/ lampada
de LED
Alça para Cordoalha 162,00 un 4,20 830,09
Cordoalha 1/4 7 fios (m) 1.050,00 m 2,98 3.817,38
Batentes porteira 26,00 un 4,60 145,91
Corrente com ferrolho p/ Salva Vidas 3/16'' 10,00 un 26,00 317,20
p/1,00m
Dobradiça quadrada chapa 3/16 p/ Salva Vidas 20,00 un 14,50 353,80
Dobradiça Boca de Lobo pino Central 3/4 24,00 un 44,00 1.288,32
Grampo''clip's'' 3/8 para cordoalha 324,00 un 0,95 375,52
Esticador de cordoalha 1/2 162,00 un 8,90 1.759,00
Parafuso Francês 5/16 X 5" 220,00 un 0,35 93,94
Parafuso Francês 5/16 X 6 1/2" 145,00 un 0,40 70,76
Parafuso Francês 3/8 X 2" 110,00 un 0,35 46,97
Parafuso Francês 3/8 X 3 1/2" 70,00 un 0,45 38,43
Parafuso Francês 3/8 X 4" 240,00 un 0,50 146,40
Parafuso Francês 3/8 X 9 1/2" rosca longa 240,00 un 0,80 234,24
Parafuso Sextavado 3/8 X 4 1/2" 90,00 un 0,45 49,41
Parafuso Sextavado 3/8 X 4 " Rosca total 20,00 un 0,39 9,52
Parafuso Soberbo 3/8 X 90 150,00 un 0,65 118,95

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Porca 5/16 365,00 un 0,27 120,23
Porca 3/8 850,00 un 0,30 311,10
Grampa c/ rolamento p/ Porteira de Correr (1 4,00 un 45,00 219,60
par c/ alça e 1 par s/ alça)
Tramela para porteira sem tranca completa 24,00 un 23,00 673,44
Porteira Direcional em madeira de lei 2,00 un 265,00 646,60
aparelhada com montantes de 6x14cm
e tábuas de 2,5x14cm- 1,20x2,00m
Porteira Giratória em madeira de lei 6,00 un 255,00 1.866,60
aparelhada com montantes de 6x14cm e
tábuas de 2,5x14cm -1,10x1,80m
Porta giratória em m adeira de lei aparelhada 6,00 un 285,00 2.086,20
com m ontantes de 6x14cm e tábuas de
2,5x14cm-1,60x1,80m
Base p/ brete em concreto fck 20 Mpa, c/ tela 5,60 m² 67,24 459,38
soldada 6,3mm, e= 7cm
Brete com balança cap. 1.500 Kg completo inc. 1,00 un 9.815,00 11.974,30
montagem e instalação
Canzil metálico acionamento mecânico em 1,00 un 1.251,26 1.526,53
tubo de aço galvanizado Ø 50 e
40mm chapa 14 c/ 6 posições 5,50m
TOTAL 106.000,00

Rebanho

Descrição Quantidade Unidade R$ Preço R$ Total


Vaca Jersey 40 Un 4.000,00 160.000,00
Novilha Jersey 5 Un 2.500,00 12.500,00
Bezerra Jersey 4 Un 1.900,00 7.600,00
Touro Jersey 1 Un 7.000,00 7.000,00
Total 187.100,00

Escritório

Descrição Quantidade Unidade R$ Preço R$ Total


Computador 2 Un 1.500,00 3.000,00
Mesa 6 Un 200,00 1.200,00
Cadeira 12 Un 100,00 1.200,00
Armário 2 Un 250,00 500,00
Banheiro 1 Un 1.500,00 1.500,00
Outros - m2 2.000,00 2.000,00
Total 9.400,00

Silo

Descrição Quantidade Unidade R$ Preço R$ Total


Silo bag para 200t Variável Un 1.500,00 1.500,00

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Piquete

Descrição Quantidade Unidade R$ Preço R$ Total


Cerca elétrica de 2 fios 10 Km R$2.668,00 26.668,00

RETORNO E DESPESAS FINANCEIRAS

Leite

Se considerarmos um rebanho com 40 vacas em lactação, se a média de produção for de 20 litros/vaca/dia e


o preço do leite R$ 2,50/litro, a receita mensal será de R$ 60 mil.

Em um ano será obtido a receita (sem inclusão de despesas) de 720.000,00. Em 5 anos e meio terá o lucro de
3.960.000,00 cobrindo o investimento inicial.

Entretanto com as despesas, o lucro anual será de 240.000,00. As despesas mensais com o nosso rebanho
são de aproximadamente 40.000,00 (incluindo alimentação, vacinas, manejo sanitário, mão de obra, entre
outros). Em cinco anos será gerado uma receita de 3.000.000,00 (1.200.000 com o rebanho atual mas com
evolução e dimensionamento de rebanho queremos quase triplicar esse lucro).

No laboratório

Com uma média de 20 exames por dia, com o valor médio de 40,00, tem uma receita mensal de 24.000.
Menos os gastos em volta de 9.000, tem uma receita de 15.000,00. Arrecadando anualmente um lucro de
180.000,00.

Em cinco anos será gerado uma receita de 900.000,000.

Genética

Com a introdução das tecnologias no sistema de produção ocorre aumento dos custos operacionais,
necessitando de maiores desembolsos no fluxo de caixa da empresa rural. Em contrapartida, o aumento da
produção (bezerros desmamados, arrobas produzidas, animais abatidos, etc.) tende a diluir os custos
operacionais fixos (depreciações e despesas fixas) fazendo com que o custo operacional total unitário seja
menor.

Custos operacionais variáveis representaram 90,78% de todo o custo de produção do embrião em


laboratório, sendo os custos de meios utilizados nos processos de maturação, fertilização e cultivo
embrionário (55,34%) e de mão-de-obra (27,76%), os mais elevados.

A melhor taxa de conversão de zigotos cultivados in vitro em embriões, representa para fazenda Vaca Sem
Fronteiras um lucro médio por embrião de R$34,18. A atividade do laboratório de genética visa uma receita
anual de R$ 205.080,00, superior aos custos operacionais de R$ 98.000,00, determinando lucro operacional
(107.080,00) e grande capacidade do laboratório crescer economicamente. Visto que em cinco anos, gera
um lucro de 535.400,00.

Conclusão

Em cinco anos, a equipe da Vaca Sem Fronteiras pretende gerar um lucro total mínimo de todas as áreas de
5.155.400,00, cobrindo o investimento inicial de 3.843.923,53.

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Despesas Unidade Anual
Gado Leiteiro R$ 480.000,00
Laboratório R$ 108.000,00
Clínica R$ 96.000,00
Genética R$ 98.000,00
Total R$ 782.000,00

Receitas (*Sem despesas*) Unidade Anual Prazo de 5 anos


Leite vendido empresa A R$ 120.000,00 1.500.000,00

Leite vendido empresa B R$ 120.000,00 1.500.00,00
Laboratório R$ 180.000,00 900.000,00
Clínica R$ 144.000,00 720.000,00
Genética e descartes R$ 107.080,00 535.400,00
Total R$ 671.080,00 5.155.400,00

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