Você está na página 1de 15

ILEGALIDADE : COBRANÇA DE

ICMS NAS CONTAS DE ENERGIA


SEJA BEM VINDO!
O Causidicus – Curso de atualização jurídica para novos advogados – Preparou para você esse maravilhoso E-
Book , com intuito de lhe auxiliar a entender melhor essa maravilhosa oportunidade de demanda que irá
beneficiar seus clientes com economia significativa nas contas de energia elétrica, devido a cobrança indevida de
ICMS .
Para isso faz-se necessário compreender o assunto, de forma que tenha segurança para expor as vantagens e os
motivos que seu cliente deve propor essa ação com você.
O melhor de tudo, é que independentemente da sua área de atuação, você poderá atender essa demanda
crescente , captando assim novos cliente e oferecendo essa oportunidade de redução de energia e possível
restituição dos valores pagos indevido.
Boa Leitura!
POR DENTRO DO ASSUNTO
A TARIFA DE ENERGIA É COMPOSTA POR BASICAMENTE CINCO ITENS:

IMPOSTOS (PIS, COFINS, ICMS ENCARGOS SETORIAIS TRANSMISSÃO DE ENERGIA- TUST


DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA- TUSD ENERFIA EFETIVAMENTE CONSUMIDA
POR DENTRO DO ASSUNTO - IMPOSTOS
 IMPOSTOS FEDERAIS (PIS E COFINS)
Os impostos federais que compõe a fatura de energia elétrica são o PIS - Programa de Integração Social e a
COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. A alíquota média desses tributos varia de
acordo com o volume de créditos apurados mensalmente pelas concessionárias e com o PIS e a COFINS pagos
sobre custos e despesas no mesmo período, tais como a energia adquirida para revenda ao consumidor.
 TRIBUTO ESTADUAL ( ICMS)
Previsto no artigo 155 da Constituição Federal de 1988, o ICMS - Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e
Serviços é regulamentado pelo código tributário de cada Estado. Aa alíquotas variam em função da quantidade e
da classe de consumo. Em residências com consumo de energia elétrica superior a 50 kWh/mês, o ICMS incide
sobre a quantidade total de energia elétrica consumida. Residências com consumo de energia elétrica inferior a
50 Kwh/mês estão isentas de tributação, bem como igrejas, templos, associações previstas em lei e santas
casas que requereram à concessionária a desoneração do imposto.
 TRIBUTO MUNICIPAL
Previsto no artigo 149-A da Constituição Federal de 1988, os municípios têm a competência de dispor, conforme
lei específica aprovada pela Câmara Municipal, a forma de cobrança e a base de cálculo da Contribuição de
Iluminação Pública. É atribuída ao Poder Público Municipal toda e qualquer responsabilidade pela
operacionalização e manutenção das instalações de iluminação pública.
FIQUE POR DENTRO – ENCARGOS SETORIAIS
 RESERVA GLOBAL DE REVERSÃO – RGR
Tem a finalidade de prover recursos para reversão, encampação, expansão e melhoria do serviço público de energia
elétrica, para financiamento de fontes alternativas de energia elétrica, para estudos de inventário e viabilidade de
aproveitamentos de potenciais hidráulicos e para desenvolvimento e implantação de programas e projetos destinados
ao combate ao desperdício e uso eficiente da energia elétrica.
 TAXA DE FISCALIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE ENERGIA ELÉTRICA - TFSEE
Tem a finalidade de custear a estrutura de fiscalização da ANEEL.
 PROGRAMA DE INCENTIVO ÀS FONTES ALTERNATIVAS DE ENERGIA ELÉTRICA- PROINFA
Tem o objetivo de aumentar a participação de fontes alternativas renováveis na produção de energia elétrica no país,
tais como: energia eólica (ventos), biomassa e pequenas centrais hidrelétricas.
 CONTA DE DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO – CDE
Os objetivos originais da CDE: promover o desenvolvimento energético dos Estados e a competitividade da energia
produzida a partir de fontes eólica, pequenas centrais hidrelétricas, biomassa, gás natural e carvão mineral nacional nas
áreas atendidas pelos sistemas interligados; promover a universalização do serviço de energia elétrica em todo o
território nacional; e garantir recursos para atendimento à subvenção econômica destinada à modicidade da tarifa de
fornecimento de energia elétrica aos consumidores da Subclasse Residencial Baixa Renda (Tarifa Social de Energia
Elétrica - TSEE). Sua gestão fica a cargo do Ministério de Minas e Energia e da ELETROBRÁS
FIQUE POR DENTRO – ENCARGOS SETORIAIS
 COMPENSAÇÃO FINANCEIRA PELA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS – CFURH
Destina-se a compensar os municípios afetados pela perda de terras produtivas, ocasionada por inundação de
áreas na construção de reservatórios de usinas hidrelétricas. Do montante arrecadado mensalmente a título de
compensação financeira, 45% se destinam aos Estados, 45% aos Municípios, 3% ao Ministério de Meio Ambiente,
3% ao Ministério de Minas e Energia, e 4% ao Ministério de Ciência e Tecnologia. A gestão da sua arrecadação fica
a cargo da ANEEL.
 PESQUISA E DESENVOLVIMENTO E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Que estabelece que as concessionárias e permissionárias de serviços públicos de distribuição de energia elétrica
ficam obrigadas a aplicar, anualmente, o montante de, no mínimo, 0,75% (setenta e cinco centésimos por cento)
de sua receita operacional líquida em pesquisa e desenvolvimento do setor elétrico e, no mínimo, 0,25% (vinte e
cinco centésimos por cento) em programas de eficiência energética no uso final. Os recursos são destinados ao
Ministério da Ciência e Tecnologia, Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT, ao
Ministério de Minas e Energia e aos agentes, a serem aplicados em projetos aprovados pela ANEEL. Estão
envolvidos com a sua gestão os Ministérios de Ciência e Tecnologia e de Minas e Energia, como também a
ANEEL, a ELETROBRÁS e os próprios agentes.
FIQUE POR DENTRO
 TUST – TARIFA DO USO DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO
Tem a finalidade de remunerar o serviço de transmissão de energia desde a fonte geradora até a
interligação das concessionárias responsáveis pela distribuição.
 TUSD – TARIFA DO USO DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
Tem a finalidade de remunerar o serviço de distribuição de energia desde o ponto de entrega pelas
transmissoras até o ponto de entrega do consumidor final.
 ENERGIA (EFETIVAMENTE CONSUMIDA)
Tem a finalidade de remunerar a energia efetivamente utilizada pelo consumidor final em todas as
suas fases, desde a geração até o uso final.
POR DENTRO DO ASSUNTO
A BASE DE CÁLCULO DO ICMS É FORMADA PELO VALOR DA OPERAÇÃO RELATIVA À CIRCULAÇÃO DA MERCADORIA OU
PELO PREÇO DO RESPECTIVO SERVIÇO PRESTADO, NO CASO O CONSUMO DA ENERGIA ELÉTRICA. DESTA FORMA, A
COBRANÇA NÃO SE ENQUADRA NA TARIFA DE USO DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO NEM OS ENCARGOS DE CONEXÃO.

Dessa forma, a base de cálculo do ICMS que pagamos na conta de energia deve incidir SOMENTE sobre a
energia efetivamente utilizada, o que não ocorre. Os Estados cobram o ICMS sobre a energia efetivamente
consumida e sobre os encargos tarifários, apesar de não existe previsão legal e constitucional para cobrança
do ICMS no serviço de transporte de energia, mas, APENAS, sobre os valores referentes à energia elétrica
efetivamente consumida.

A geração, transmissão e distribuição de energia elétrica são reguladas pela Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel), sendo que a legislação aplicável estabelece, basicamente, dois tipos de consumidores de
energia elétrica: consumidores cativos e consumidores livres
FIQUE POR DENTRO DO ASSUNTO
 A Rede Básica do Sistema Interligado Nacional é administrada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico
ONS e tem o objetivo de cobrir todo o país abastecendo os mercados consumidores: residenciais, comerciais
ou industriais.
 A Lei nº 9.074/95 trouxe profunda inovação no setor elétrico brasileiro, especialmente por estabelecer novos
conceitos, agentes, institutos e, principalmente, por extinguir definitivamente com o monopólio público
verticalizado do setor elétrico brasileiro.
 A reestruturação do setor energético brasileiro buscou aumentar a competitividade do mercado e atender à
demanda crescente de energia elétrica estabelecendo duas formas de contratação de fornecimento de energia:
ambiente de contratação regulada (mercado cativo) e o ambiente de contratação livre.
 O ambiente de contratação regulada atende aos consumidores chamados cativos, como, por exemplo, as
residências, que necessariamente adquirem energia elétrica de distribuidoras locais. Estes consumidores estão
vinculados à concessionária de energia elétrica que atende em seu endereço. Neste ambiente de mercado não
há competição já que toda a energia é fornecida pelo distribuidor concessionário, o qual é remunerado por
tarifa previamente estabelecida pelo ente regulador Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL.
 No ambiente de contratação livre, a energia é direcionada aos consumidores livres, geralmente indústrias que
consomem uma grande quantidade de energia elétrica no processo produtivo. Estes consumidores podem
celebrar contratos de fornecimento de energia elétrica diretamente com a concessionária de sua livre escolha,
que será remunerada por preço fixado no contrato e não por tarifa previamente definida pela agência
reguladora.
FIQUE POR DENTRO DO ASSUNTO
 Em razão da contratação de acesso à rede básica, o usuário remunera a ONS mediante recolhimento da Tarifa de
Uso do Sistema de Transmissão - TUST, na forma da Resolução ANEEL nº 281/1999.
Essa tarifa é, em qualquer caso, suportada por aqueles que utilizam a rede de transmissão, seja a geradora da
energia elétrica, o consumidor livre diretamente conectado à rede básica, ou mesmo os consumidores cativos, que
pagam a tarifa em suas contas.
 A utilização do sistema de distribuição, por sua vez, no caso do mercado livre, se dá mediante celebração de
contrato de uso dos sistemas de distribuição (CUSD) ou, no mercado cativo, mediante contratação do fornecimento
de energia elétrica, em ambos os casos a remuneração pelo o uso da rede se dá mediante recolhimento Tarifa de
Uso do Sistema de Distribuição - TUSD.
 Ocorre que os contratantes do fornecimento de energia elétrica nos Estados do Brasil, seja no mercado livre ou
cativo, estão submetidos à incidência do ICMS sobre os valores relativos às tarifas de transmissão e distribuição, o
que é ilegal e inconstitucional.
 O fato gerador do ICMS não ocorre com a mera disponibilização ou transmissão da energia elétrica, mas sim com o
efetivo fornecimento e consumo, razão pela qual não incide ICMS sobre as tarifas que remuneram a transmissão e
distribuição da energia elétrica - TUST e TUSD.
 Além disso, as tarifas que remuneram a transmissão e distribuição da energia elétrica - TUST e TUSD não são
devidas em razão do consumo de energia elétrica, mas pela mera disponibilização dos sistemas de transmissão e
distribuição, logo não podem integrar a base de cálculo do tributo estadual, uma vez que esta consiste no preço da
energia elétrica efetivamente consumida.
 Dessa forma, a incidência do ICMS sobre as tarifas que remuneram a transmissão e distribuição da energia elétrica -
TUST e TUSD, viola o princípio da legalidade tributária previsto no art. 150, I, da Constituição Federal, uma vez que o
imposto incidirá sobre fato gerador e base de cálculo não prevista na Constituição Federal e na Lei Complementar
nº 87/96.
POSICIONAMENTO DO JUDICIÁRIO
Os Tribunais e o STJ reconhecem a NÃO INCIDÊNCIA DE ICMS, sobre encargos da fatura de energia elétrica,
julgando repetidamente que a inclusão da TUSD e TUST na base de cálculo para apuração do ICMS é indevida.
Assim, o consumidor pode entrar com uma ação judicial para que seja revisado o tributo apurado mês a mês,
propiciando uma imediata economia na conta de luz dentro de aproximadamente 90 dias da distribuição da
ação, sendo muito comum a concessão de tutela antecipada (liminar) para que o valor da conta de luz já venha
com o cálculo correto do ICMS.
Este ajuizamento possibilita, ainda, ao consumidor recuperar os valores pagos indevidamente nos últimos cinco
anos, mediante compensação nas próximas contas de energia elétrica ou restituição dos valores devidamente
corrigidos pela Selic. Esta escolha será feita pelo consumidor ao final da ação, quando do respectivo trânsito em
julgado.
Vejamos um exemplo:
CONTA LUZ ATUAL CONTA CORRIGIDA SEM VALOR A RECEBER DOS
ICMS INDEVIDO ÚLTIMOS 5 ANOS
R$ 120,00 R$ 80,00 R$ 5.000,0
R$ 200,00 R$ 146,00 R$ 7.500,00
R$ 300,00 R$ 210,00 R$ 12.600
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DEFINE QUE ICMS NÃO INCIDE SOBRE DISTRIBUIÇÃO E TRANSMISSÃO
DE ENERGIA.

Conforme entendimento pacificado, o Superior Tribunal de Justiça decidiu novamente pela não incidência do ICMS sobre
distribuição e transmissão de energia elétrica, conforme entendimento da Súmula 166 daquele tribunal superior.
Assim dita a súmula 166:

“Não constitui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de mercadoria de um para outro estabelecimento do
mesmo contribuinte”.
Tal súmula garante claramente que o ICMS deve excluir da base de cálculo os custos de transmissão e distribuição do fornecimento
de energia elétrica.
Súmula 391 do STJ: ‘O ICMS incide sobre o valor da tarifa de energia elétrica correspondente à demanda de potência
efetivamente utilizada

Neste contexto, segue recente julgado proferido pelo Colendo STJ sobre o tema:

“(…) É entendimento pacífico desta corte superior que não fazem parte da base de cálculo do ICMS a Tust (Taxa
de Uso do Sistema de Transmissão de Energia Elétrica) e a Tusd (Taxa de Uso do Sistema de Distribuição de
Energia Elétrica) (…)”(AgRg no REsp 1.408.485, 2ª Turma, relator ministro Humberto Martins, DJe: 19.5.2015
PÚBLICO ALVO
Quem pode ingressar judicialmente com a contestação do imposto?
 Contribuintes de direito: São aqueles em relação ao ICMS sobre a TUST exigida de consumidor ligado à rede
básica ou de autoprodutor que dela retire energia (Convênio ICMS nº 117/2004, alterado pelo Convênio ICMS nº
135/2005)
 Contribuinte de fato: Nos demais casos, o autor da ação em que se conteste a incidência do ICMS sobre a TUST e
a TUSD há de ser o contribuinte de fato do imposto, a quem a empresa de transmissão ou distribuição, na
condição de contribuinte de direito, repassa integralmente o respectivo ônus, destacando-o na fatura mensal.

PRECEDENTES DO STJ - LEGITIMIDADE


 A legitimidade do contribuinte de fato para a contestação do ICMS já foi declarada pelo STJ em casos também
atinentes ao setor energético, quando declarou, em ações propostas por grandes consumidores de energia, a
não-incidência do imposto sobre a demanda reservada (1ª Turma, REsp. nº 222.810/MG, Rel. para o acórdão Min.
JOSÉ DELGADO, DJ 15.05.2000; 2ª Turma, REsp. nº 343.952/MG, Rel. Min. ELIANA CALMON, DJ 17.06.2002).

DESSA FORMA PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS


MOTIVOS PELOS QUAIS DEVO ESTUDAR A
POSSIBILIDADE DE ATUAR COM ESSA DEMANDA
• NÃO PRECISO SER ESPECIALIZADO EM DIREITO TRIBUTÁRIO
• POSSO UTILIZAR OS CLIENTES QUE JÁ ATENDO EM MINHA ÁREA DE ATUAÇÃO
• POSSO CAPTAR COM FACILIDADE CLIENTES QUE DESEJAM UMA ECONOMIA
SIGNIFICATIVA NAS CONTAS DE ENERGIA , ALÉM DA POSSIBILIDADE DE
RESTITUIÇÃO DO VALOR COBRADO INDEVIDO DOS ÚLTIMOS 5 ANOS.
• VOU TER ACESSO A TODO O MATERIAL JURÍDICO PRONTO PARA USO E ADAPTAÇÕES
• VOU GANHAR DICAS DE COMO CAPTAR CLIENTES PARA ESSA DEMANDA
• VOU PODER PARTICIPAR GRATUITAMENTE DO WEBNARIO JURÍDICO E TIRAR MINHAS
DÚVIDAS
• VOU TER TUDO QUE PRECISO PRONTO COM EXCLUSIVIDADE PARA MIM
Nossa missão é auxiliar você a SER Sucesso!

Fique por dentro dos Curso de Prática da Advocacia

-Causidicus-

Você também pode gostar