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Introdução aos Sistemas de

Energia Elétrica - ISEE


Mercado de Energia Elétrica
Agentes de Geração de Energia Elétrica
Empresas Públicas ou Privadas Responsáveis pela Geração

1- Concessionários de Serviço Público de Geração


2- Produtores Independentes de Energia Elétrica (PIE)
3- Autoprodutores (AP)
Agentes de Geração de Energia Elétrica

Concessionários de Serviço Público de Geração:

Agente titular de Serviço Público Federal delegado


pelo Poder Concedente mediante licitação, na
modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou
consórcio de Empresas para exploração e prestação de
serviços públicos de energia elétrica.

92 agentes entre eles: Itaipu, CHESF, Furnas


Agentes de Geração de Energia Elétrica

Produtores Independentes de Energia Elétrica (PIE ):

São agentes individuais ou reunidos em consórcio que


recebem concessão, permissão ou autorização do
Poder Concedente para produzir energia elétrica
destinada à comercialização por sua conta e risco.

1500 produtores: encontram-se as PCHs, as termelétricas e as centrais eólicas.


Agentes de Geração de Energia Elétrica
Autoprodutores (AP):

Agentes com concessão, permissão ou autorização para


produzir energia elétrica destinada a seu uso exclusivo,
podendo comercializar eventual excedente de energia,
desde que autorizado pela ANEEL .

250 autoprodutores: usinas a biomassa e termelétricas de pequeno porte

têm benefícios para a parcela de energia que trafega no sistema elétrico, pois
são isentos do pagamento dos encargos CDE e Proinfa.
Consumo de Energia Elétrica
Classes de Consumidores

1- Consumidor CATIVO
2- Consumidor LIVRE
3- Consumidor ESPECIAL (Livre especial)
Consumo de Energia Elétrica
Consumidor CATIVO

Aquele que não pode comprar energia elétrica diretamente,


senão por meio da empresa distribuidora de sua localidade.

Nesta categoria, estão todos os clientes de baixa tensão


e a maioria dos consumidores de média tensão.
Consumo de Energia Elétrica
Consumidor LIVRE

Aquele que pode optar por comprar energia diretamente no


chamado mercado livre.

Esse consumidor deve ter demanda mínima de 3 MW,


e tensão superior ou igual a 69 kV.
Consumo de Energia Elétrica
Consumidor ESPECIAL

Aquele que pode negociar energia no mercado livre, desde que


a adquira de fontes incentivadas, como biomassa, PCHs e solar.

Para que o consumidor possa ser enquadrado como


especial, sua demanda deve ser igual ou superior a 500 kW.
Consumo de Energia Elétrica
Classificação do Consumidor quanto ao nível de tensão
Ambiente de Contratação Regulada (ACR)
Ambiente de Contratação Livre (ACL)
Os consumidores que adquirem energia de fontes incentivadas têm direito à
redução, entre 50% e 100%, nas tarifas de uso do sistema de distribuição e
transmissão (Tusd e Tust).
Diferenças entre os montantes contratados e os
efetivamente realizados

Preço de Liquidação das Diferenças (PLD )

calculado pela CCEE a partir de modelos matemáticos de otimização,


os mesmos usados pelo ONS para o despacho otimizado das usinas.
Preço de Liquidação das Diferenças (PLD )

Exemplo:
Caso um consumidor tenha usado, em determinado mês, mais do
que tinha contratado de energia, deverá comprar a diferença ao preço
de curto prazo, no caso o PLD;
Caso tenha consumido menos que o contratado, deverá vender o
excedente ao PLD .
Grupos Tarifários

Grupo A, com tarifa binômia Grupo B, com tarifa monômia

Consumidores atendidos Unidades consumidoras atendidas


em alta tensão, acima de em tensão abaixo de 2.300 volts ;
2300 volts;
Residências, lojas, agências
Indústrias, shopping centers bancárias, pequenas oficinas,
e alguns edifícios edifícios residenciais, grande parte
comerciais. dos edifícios comerciais e a
maioria dos prédios públicos
federais
Grupos Tarifários
Grupo A, com tarifa binômia Grupo B, com tarifa monômia
• Subgrupo A1 - nível de
tensão de 230 kV ou mais;
• Subgrupo B1 – residencial e
• Subgrupo A2 - nível de residencial baixa renda;
tensão de 88 a 138 kV;
• Subgrupo B2 – rural e
• Subgrupo A3 - nível de cooperativa de eletrificação
tensão de 69 kV; rural;
• Subgrupo A3a - nível de • Subgrupo B3 – demais classes;
tensão de 30 a 44 kV;
• Subgrupo B4 – iluminação
• Subgrupo A4 para o nível pública.
de tensão de 2,3 a 25 kV;

• Subgrupo AS para sistema


subterrâneo
Estrutura Tarifária
(Portaria DNAEE 33/88), revogada pela
Resolução 456

Tarifas do Grupo A: constituídas em três modalidades de fornecimento,


relacionadas a seguir:

• Estrutura tarifária Convencional;


• Estrutura tarifária horo-sazonal Verde;
• Estrutura tarifária horo-sazonal Azul.
Definições
Definições
Estrutura Tarifária CONVENCIONAL

Os consumidores do Grupo A, sub-grupos A3a, A4 ou AS

QUANDO a demanda contratada for inferior a 300 kW, desde que não
tenham ocorrido, nos 11 meses anteriores, 3 (três) registros consecutivos
ou 6 (seis) registros alternados de demanda superior a 300 kW.
Estrutura Tarifária CONVENCIONAL

A fatura é composta da soma de parcelas referentes ao consumo, demanda e,


caso exista, demanda de ultrapassagem.
Estrutura Tarifária HORO-SAZONAL VERDE

Unidades consumidoras do Grupo A, sub-grupos A3a, A4 e AS.

Tarifa de Demanda: Única


Tarifa de Consumo: diferenciada de acordo com o
horário/dia/época do ano
Estrutura Tarifária HORO-SAZONAL VERDE
A fatura é composta da soma de parcelas referentes ao consumo (na ponta e
fora dela), demanda e, caso exista, demanda de ultrapassagem.
Estrutura Tarifária HORO-SAZONAL VERDE
Estrutura Tarifária HORO-SAZONAL AZUL

Obrigatório aos consumidores dos sub-grupos A1, A2 ou A3;


Opcional para os consumidores dos subgrupos A3a, A4 e AS.

a Resolução 456 permite que sejam contratados dois


valores diferentes de demanda, um para o período seco
e outro para o período úmido.
Estrutura Tarifária HORO-SAZONAL AZUL

A fatura de energia elétrica desses consumidores é composta pela soma de


parcelas referentes ao consumo e demanda e, caso exista, ultrapassagem.

Em todas as parcelas observa-se a diferenciação entre horas de ponta e


horas fora de ponta.
Estrutura Tarifária HORO-SAZONAL AZUL
Composição da Tarifa de Energia

Tarifa de Fornecimento

Energia Elétrica 31,41%

Distribuição 18,65%

Transmissão 2,25%

Encargos Setoriais 15,52%

Impostos/Tributos 32,47%
ENCARGOS SETORIAIS:
São criados por leis
aprovadas pelo Congresso
Nacional para tornar viável
a implantação das políticas
de Governo para o setor
elétrico.
Reajuste de Tarifas : CICLO TARIFÁRIO e REAJUSTE TARIFÁRIO

As distribuidoras têm suas tarifas revisadas a cada CICLO TARIFÁRIO, que pode durar
de TRÊS A CINCO ANOS a depender da distribuidora. Identifica-se possibilidades de
absorção de ganhos de eficiências para o consumidor e, ao mesmo tempo, verifica-
se se as condições econômicas e financeiras estão adequadas ao investidor.

O REAJUSTE TARIFÁRIO é feito ANUALMENTE com base na inflação e qualidade de


prestação do serviço; também são considerados efeitos financeiros ocorridos
durante o ano anterior. Esses efeitos financeiros vão desde a variação cambial da
energia comprada de Itaipu (cujo preço é atrelado ao dólar) até a cobrança de
encargos não previstos durante o ano.
Reajuste de Tarifas : CICLO TARIFÁRIO e REAJUSTE TARIFÁRIO

PREÇOS “ESTÁTICOS”

Exemplo - Escassez na oferta de energia proveniente de hidrelétricas:


1) os custos com aquisição de energia sobem bastante por conta do uso de usinas
termelétricas
2) as distribuidoras acabam absorvendo temporariamente o déficit resultante da
diferença entre o preço das tarifas cobradas dos consumidores e os custos
mensais com a aquisição de energia

Choques de preços da aquisição de energia não são repassados aos


consumidores de imediato, o que ocorre somente na data do
reajuste de cada empresa distribuidora.
Solução “imediata”: BANDEIRAS TARIFÁRIAS

Efetiva tentativa de se implantar, no setor elétrico nacional, tarifas com mecanismos


dinâmicos de gerenciamento pelo lado da demanda.

Objetivos:
1. Melhorar a sincronização de preços e custos de energia, sinalizando aos consumidores
quando há escassez na oferta de energia e, por consequência, maior risco futuro no seu
fornecimento.
2. Sensibilizar a sociedade e os consumidores sobre sua responsabilidade no uso racional de
recursos naturais limitados e nos impactos, ambientais e econômicos, do uso não
eficiente da energia.
3. Melhorar a sincronização entre o balanço de pagamentos das distribuidoras com
aquisição de energia e as tarifas cobradas dos consumidores, evitando que as empresas
sofram impactos financeiros e tenham sua capacidade de investimento afetada.
Bandeiras Tarifárias Resolução Normativa ANEEL nº 547,
de 16 de abril de 2013

São classificadas por cores - verde, amarela e vermelha - e indicam, a cada mês,
se a energia custará mais ou menos em função do custo extra das distribuidoras
com o uso de termelétricas.

bandeira verde: custos baixos para gerar a energia, portanto, a tarifa de energia
não terá nenhum acréscimo naquele mês.

bandeira amarela e bandeira vermelha: mostra que o custo da geração está mais
alto, por exemplo, com o maior acionamento de termelétricas.

As bandeiras amarela e vermelha apresentarão custos extras nas


contas de luz para cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Bandeiras Tarifárias
Critério para aplicação de Bandeiras Tarifárias
Bandeira verde:
Se o custo variável da térmica mais cara for menor que R$ 211,28/MWh.

Bandeira amarela:
Custo entre R$ 211,28/MWh e R$ 422,56/MWh.

Bandeira vermelha: Patamar 1 - Custo entre R$ 422,56/MWh e R$ 610,00/MWh.


Patamar 2 - Custo maior que R$ 610,00/MWh
Bandeiras Tarifárias
Custos das Bandeiras Tarifárias
Bandeira verde: sem custo adicional
Bandeira amarela: R$ 1,874 a cada 100 (kWh)
Bandeira vermelha: Patamar 1 - R$ 3,971 a cada 100 (kWh).
Patamar 2 - R$ 9,492 a cada 100 (kWh)
Escassez Hídrica - R$ 14,20 a cada 100 (kWh)

Uma vez por mês, o ONS calcula o CMO nas reuniões do Programa
Mensal de Operação - PMO - quando também é decidido se haverá ou não a
operação das usinas termelétricas e o custo associado a essa geração.
Após cada reunião, com base nas informações do ONS, a ANEEL
aciona a bandeira tarifária vigente no mês seguinte.
Bandeiras Tarifárias
Válido para o SIN
Tarifa Branca Resolução Normativa nº 733/2016

A Tarifa Branca reflete o uso da rede de distribuição de


energia elétrica de acordo com o horário de consumo.

Melhor opção para consumidores atendidos em baixa tensão que


tenham ou que possam ter grande parte de seu consumo concentrado
nos períodos fora de ponta.

Nos finais de semana e feriados nacionais oficiais, todas as horas do


dia são consideradas fora de ponta.
Tarifa Branca
Tarifa de Energia Elétrica – Resumo Grupo B

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