Cartilha de faturas e

modalidades tarifárias:
o seu guia sobre os dados que
compõem a conta de energia
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Introdução
Já parou para pensar no impacto que a fatura de energia elétrica
tem no orçamento do consumidor final? Não importa se ele é
residencial, comercial ou industrial, saber interpretar os dados
contidos na conta que chega todo fim do mês é algo necessário
a todos.

Não tem como realizar uma boa gestão de energia, sem entender
a composição da fatura, as bandeiras tarifárias presentes
nela e a demanda de energia da empresa. Embora esses itens
sejam essenciais para um gerenciamento energético eficaz,
compreender as informações da conta de energia e em qual
modalidade tarifária o negócio se encaixa não é algo muito fácil.

Por isso, preparamos uma cartilha bem informativa sobre o

assunto, em que esclarecemos tudo sobre a composição da
fatura, quais dados estão presentes nela e como as modalidades
tarifárias são aplicadas a cada tipo de consumidor.

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Quais os tipos de
modalidades tarifárias?
No Brasil, as modalidades tarifárias são regulamentadas
pela Aneel conforme o grupo, subgrupo e classe nos quais os
consumidores se enquadram. Existe também uma divisão de
consumidores, de acordo com os grupos tarifários. Neste caso,
leva-se em consideração a tensão em que são atendidos pelas
distribuidoras:
Consumidores do Grupo A: atendidos em média ou alta tensão,
acima de 2,3 kV. Representado, em sua maioria, por empresas de
médio ou grande porte como supermercados, indústrias, hospitais
e/ou shoppings, que podem ser divididos em subgrupos de tensão;
Consumidores do Grupo B: atendidos em baixa tensão, abaixo
de 2,3 kV. Composto, principalmente, por residências, pequenos
comércios e edifícios residenciais.
Como funcionam as modalidades tarifárias?
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Como as modalidades tarifárias são aplicadas
à Geração Distribuída?
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Geração Distribuída, clique aqui e descubra
como as modalidades tarifárias são aplicadas
a este segmento.
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Como funcionam as modalidades tarifárias?
Já sabemos que as modalidades tarifárias são definidas de acordo com o grupo tarifário
em que o consumidor está inserido. Portanto, elas se dividem da seguinte forma:
Consumidores do grupo A
Tarifa Verde: neste caso, o valor cobrado pelo consumo
pode variar conforme o posto tarifário, que representa a faixa
de horários de ponta e de fora de ponta. Mas a cobrança
pela demanda de potência é única. Está disponível para
consumidores A3a, A4 e AS.
Normalmente, os consumidores que se encaixam nessa
modalidade são indústrias e negócios de pequeno e médio
porte, como supermercados, por exemplo;
Tarifa Azul: nesta modalidade, são aplicados diferentes valores
de consumo e de demanda, de acordo com o posto tarifário.
Essa modalidade se aplica mais a locais que consomem
bastante energia no horário de ponta, como hotéis. Cada
consumidor deve ser analisado, de acordo com sua curva
de carga, para enquadramento da melhor tarifa.
Consumidores do grupo B:
Tarifa Branca: caracterizada por valores diferentes de consumo
de energia elétrica ao longo do dia, levando-se em conta o posto
tarifário. Cada distribuidora determina a faixa de horário que irá se
enquadrar no faturamento de ponta e fora de ponta, e isto pode ser
consultado no site da Aneel.
Tarifa Convencional Monômia: nesta modalidade, considera-se o
consumo de energia, independente do horário do dia e da demanda.
Tarifa Social de Energia Elétrica: direcionada aos consumidores B1
na subclasse de baixa renda, que possuem desconto de até 65%
da tarifa, de modo cumulativo. Variando em função do consumo
total do cliente, de acordo com determinação da Aneel. Já os
consumidores B1 quilombolas e indígenas inscritos no Cadastro
Único, que atendem aos requisitos, têm desconto de até 100%,
conforme determinação da Aneel, levando em conta a faixa de
consumo mensal da unidade consumidora.
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Como as modalidades
tarifárias são aplicadas à
Geração Distribuída?
A modalidade tarifária da unidade consumidora permanece
a mesma, tendo ela Geração Distribuída ou não. Sendo
assim, a tarifa base sem impostos (TE + TUSD) por posto
tarifário, se for o caso, será a mesma.
A diferença na cobrança se dará pela mudança na
incidência de impostos entre a energia consumida não
injetada - sobre a qual recaem todos os impostos - e a
energia compensada, que isenta PIS e COFINS para energia
injetada proveniente de unidades consumidoras de mesma
titularidade, além do ICMS em alguns casos.
Qual a modalidade tarifária
mais adequada para o meu
perfil de consumo?
Para escolher qual modalidade tarifária se aplica melhor ao
perfil da sua empresa, é necessário, a partir de um estudo
de perfil de consumo e de demanda, avaliar qual das opções
vai gerar mais eficiência energética para o seu negócio. Isso
porque é preciso entender como ocorrem o consumo e a
demanda de energia ao longo do dia.
Unidades consumidoras com alto consumo e demanda em
horários de ponta tendem a se beneficiar de modalidades
tarifárias que não fazem diferenciação de posto tarifário.
Enquanto unidades consumidoras que não funcionam em
horário de ponta tem a tendência de se beneficiar das
modalidades tarifárias que têm diferenciação de posto tarifário,
em que a tarifa em horário fora de ponta é mais barata.
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Como as bandeiras tarifárias
são aplicadas à conta de
energia elétrica?
Outros itens importantes presentes na composição da
fatura de energia elétrica são as bandeiras tarifárias,
aplicadas a todos os grupos de consumidores. Exceto
aqueles de sistemas isolados, que não fazem parte do
Sistema Interligado Nacional (SIN). O acréscimo relativo a
cada bandeira tarifária é determinado pela ANEEL e incide
igualmente sobre todos os consumidores, independente
das modalidades tarifárias e do horário de consumo.
Elas podem ter descontos para os consumidores
residenciais baixa-renda, beneficiários da Tarifa Social, e
para as atividades de irrigação e aquicultura em horário
reservado. Elas variam de acordo com os custos da geração
de energia no país e são divididas em:
Bandeira verde: aplicada quando as condições são
favoráveis para a geração de energia. Neste caso, a
tarifa não sofre nenhum acréscimo;
Bandeira amarela: aplicada quando há condições
menos favoráveis para a geração de energia. Assim,
a tarifa sofrerá acréscimo de R$1,874 a cada 100
quilowatt-hora (kWh) consumido;
Bandeira vermelha – Patamar 1: neste caso, é aplicada
quando os custos para geração de energia elétrica
ficam mais caros e, portanto, a tarifa sofre acréscimo
de R $3,971 para cada 100 quilowatt-hora (kWh)
consumido;
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Bandeira vermelha – Patamar 2: aplicada em
condições ainda menos favoráveis e mais custosas
de geração. A tarifa sofre acréscimo de R $9,492
para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumido;
Bandeira escassez hídrica – Patamar Especial: criada
para custear os gastos excepcionais do acionamento
de usinas térmicas e da importação de energia. Sua
aplicação é feita com acréscimo de R $14,20 para
cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumido.
Entenda a composição da fatura
de energia elétrica e os dados
mais importantes presentes nela.
Entenda as diferenças na fatura
de energia elétrica para a Geração
Distribuída.
O que é fatura de energia
elétrica e quais dados
estão presentes nela?
A fatura de energia elétrica nada mais é do que a popular
“conta de luz”, um documento que contém o valor que
deve ser pago à distribuidora pelo consumo de energia,
fornecimento da conexão e uso do sistema ou da prestação
de serviço. Ela deve apresentar os serviços prestados
pela distribuidora, a respectiva quantidade, além da
tarifa e do período de faturamento. Adicionalmente, pode
constar possíveis multas, custo de iluminação pública ou
restituições.
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O que está presente
na composição da • datas de leitura

fatura de energia? • mês de referência

• histórico de consumo
Como apresentado anteriormente, as faturas de energia
• consumo faturado no mês
contém dados referentes ao fornecimento de energia
elétrica e aos valores cobrados pela prestação de serviços. • modalidade tarifária
O detalhamento dessas informações é uma exigência da
• impostos incidentes
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), responsável
por controlar e fiscalizar os serviços de produção, • energia injetada/ compensada, quando aplicável
transmissão, comercialização e distribuição de energia
• adicionais de multas, juros e mora, quando aplicável
elétrica no Brasil.
• excedente de reativos, quando aplicável
Ao fazer a análise da composição da fatura de energia
elétrica de uma empresa é necessário conferir os • demanda de energia contratada e faturada, em caso de
seguintes itens: consumidores do grupo A

• aviso de corte, quando aplicável

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Diferenças na fatura de
energia elétrica para a
Geração Distribuída
Na Geração Distribuída, há injeção e compensação
de energia na unidade consumidora. Por isso, é muito
importante que os gestores de energia saibam como
entendê-las. Há mais campos importantes que tornam
diferente uma fatura de uma UC com GD em relação a uma
UC sem GD. Essas faturas informam o saldo acumulado
[KIT GD]
associado à unidade consumidora em questão, a energia Aprenda como gerenciar usinas
compensada no mês e os abatimentos na fatura relativos à
Geração Distribuída de energia.
de Geração Distribuída
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Composição da fatura de energia
elétrica para o consumidor de GD
Neste caso, o consumidor será cobrado pela energia
consumida da rede que não foi recebida por meio da
Geração Distribuída, como qualquer outra unidade
consumidora, e de acordo com a tarifa referente à sua
modalidade tarifária e os impostos aplicáveis. Além
disso, também verá na sua fatura o registro da energia
proveniente de GD, que foi injetada e compensada
naquele mês ou que é referente a um saldo acumulado.
A forma de exibição desses dados pode variar de
distribuidora para distribuidora, mas de forma geral
temos duas informações importantes neste tipo de
fatura de energia elétrica:
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Primeira: uma parcela referente ao consumo daquela
energia entregue pela distribuidora, com a cobrança da tarifa
integral contendo os impostos devidos. E outra parcela com
o abatimento dessa mesma energia que foi injetada pela
GD, com um valor negativo, indicando que essa quantia está
sendo abatida da conta. A diferença da tarifa de uma parcela
para a outra está na incidência de impostos.
Segunda informação: outro item importante para se
observar nas faturas de unidades em GD é o saldo
acumulado informado. Esse saldo é resultado da energia
que foi alocada para uma determinada unidade consumidora
e ainda não foi consumida.
Abaixo, consta um exemplo fictício de faturamento em um Os 100 kWh consumidos da rede foram faturados de acordo
caso de geração compartilhada: com sua modalidade tarifária e, na coluna de tarifa, já se
observa o valor com todos os impostos. Nota-se também
Faturamento de Unidade Consumidora em GD - Convencional duas novas linhas referentes ao restante do consumo da
B3 - Geração compartilhada com isenção de ICMS. UC: 21.540 kWh, que foi gerado por geração compartilhada e
está discriminado em 2 parcelas:
Neste exemplo, uma unidade consumidora de geração
A primeira parcela é a da energia compensada sem ICMS,
compartilhada teria consumido 21.640 kWh no mês. Esta
que é cobrada pela distribuidora. Por isso apresenta um
unidade consumidora está associada a uma usina de outra
valor positivo no custo total. A tarifa aplicada é a básica da
titularidade. Destes 21.640 kWh, a UC consumiu 100 kWh
modalidade tarifária da UC com PIS /COFINS, uma vez que a
da rede elétrica e 21.540 kWh provenientes do seu contrato
titularidade da usina é distinta da titularidade da UC. E o ICMS é
de Geração Distribuída de energia, conforme pode ser
descontado por decisão do estado.
observado na tabela abaixo:
A segunda parcela é referente ao abatimento, por conter um
Descrição Qntd (kWh) Tarifa/Preço Valor Total (R$) valor total negativo em reais da mesma energia (21540 kWh).
Energia Elétrica - kWh 100 0,96 95,73
Aplica-se a tarifa básica da modalidade tarifária sem impostos.
Energia Compensada kWh s/ ICMS 21.540 0,79 16.912,67
Energia Injetada kWh 21.540 0,76 -16.371,47
Na prática, o que acontece nessa soma é que a energia
Tarifas Aplicadas (sem impostos) injetada em si não é cobrada, apenas o PIS/ COFINS sobre ela.
Energia Elétrica - kWh 0,76005

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Composição da fatura de energia
elétrica para a usina de GD
O gerador de uma usina de GD verá uma fatura seguindo
a mesma lógica do consumidor, com o registro do que foi
consumido pela usina de energia, e o que foi gerado, com
seus respectivos faturamentos e abatimentos. Levando
em consideração unidades do grupo A de tensão, devem
também conter informações de demanda de energia
contratada e faturada, e todos os demais campos de
consumidores sem GD.
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Nesse caso, o PIS/ COFINS será isento de cobranças na
energia injetada, uma vez que a unidade que consome a
energia é a mesma que injeta. O ICMS permanece conforme
a definição de cada estado. A parcela de energia injetada na
rede para as demais unidades consumidoras associadas à
usina também está discriminada na fatura, em horário de
ponta e fora de ponta.
Benefícios da gestão
de faturas de energia
Implantar um plano de gerenciamento de faturas de Porém, para ter sucesso neste planejamento, é preciso
energia em uma empresa é o caminho ideal para identificar investir em ferramentas ágeis e que automatizam a gestão
potenciais de economia e buscar a eficiência energética. de faturas, uma vez que muitas empresas lidam com um
Essa ação traz vários benefícios para o negócio: grande número de contas de energia por mês.
• Organização no recebimento, pagamento e verificação de
faturas, o que evita penalidades e multas;

• Conhecimento sobre desvios e erros de cálculos, o que

possibilita contestar contas e recuperar créditos tributários; [GUIA COMPLETO]

• Identificação de padrões de consumo, que podem embasar Descubra como implantar uma
ações de eficiência energética como: compra de energia, gestão inteligente de faturas
enquadramento tarifário, infraestrutura e otimização de de energia
processos.

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 Se você é gestor de energia
Por que automatizar de consumidores de alta
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leitura de faturas para
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Muitos gestores de energia já entenderam que a

automatização da gestão de fatura de energia moderniza
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tempo, evita erros de cálculos e inconsistência de dados, o
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Podcast sobre a
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setor elétrico

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