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CÁLCULO DE

FATURAS GRUPO A
Estudos das Faturas de Energia Elétrica
Estudos das Faturas de Energia Elétrica 2

Celpe – Recife/PE 3

Cemig – Belo Horizonte/MG 10

AES Eletropaulo – São Paulo/SP 17

Coelba – Salvador/BA 24

CPFL Paulista – Olímpia/SP 29

CPFL Paulista – Ribeirão Preto/SP 34

Elektro – Campinas/SP 40

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 3

Os cálculos das faturas de energia elétrica apresentados não possuem


procedimentos padrões a serem seguidos. Por isso, é necessário que o
leitor se atente muito mais ao modo como as faturas foram calculadas do
que no resultado, estritamente. Além disso, segundo informações da
ANEEL, hoje existem mais de 75 concessionárias de energia elétrica,
então, foram disponibilizados apenas alguns exemplares de faturas.

Fig. 13 – Fatura Celpe Recife/PE (página


1)

Fonte: Lucas S. Santana

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 4

Fig. 14 – Fatura Celpe Recife/PE (página


2)

Fonte: Lucas S. Santana

O cálculo das faturas de energia elétrica dos consumidores do grupo A se


mantém semelhante ao do grupo B. Continua-se fazendo os cálculos para
o consumo ativo, adicional de bandeira e das alíquotas de ICMS (9), PIS
(10) e COFINS (11) sobre o total devido à distribuidora. São novidades
agora os valores de demanda faturada (3), consumo de energia reativa e
as diferentes variáveis para os postos tarifários fora de ponta e ponta.

Inicia-se o estudo então, pelos valores de demanda contratada (2),


faturada (3), ultrapassagem (4) e DMCR (12). A primeira abordagem é a
comparação entre a demanda contratada e faturada. Se a segunda for

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 5

superior à primeira em mais de 5%, cobra-se do consumidor o valor


referente à faturada somados ao valor da ultrapassagem de potência. Se a
primeira for superior a segunda, cobra-se do consumidor apenas o valor
de demanda contratada. Dessa forma, os cálculos são:

85 5%

114,60
Informação:
29,60
O limite máximo de
ultrapassagem para essa
103,46
demanda contratada é de
89,25 kW

Apenas se cobra o fator de UFDR quando DMCR é superior ao valor de


DemandaFATURADA:

103,46 114,60

Como DMCR é inferior à DemandaFATURADA, não há a cobrança de


potência excedente.

Todo consumidor que é atendido em alta tensão e têm suas medições de


consumo de energia feitos em baixa tensão, possuem seus valores de
consumo energético e potência, tanto ativos quanto reativos, taxados em
2,5% de seus respectivos valores totais, por conta das perdas de
transformação. Em alguns casos, as faturas de energia já apresentam os
consumos adicionados aos 2,5%. E, em outros, é necessário multiplicar
esses consumos por 1,025, manualmente.

A fatura da Celpe é um desses exemplos, onde para cada tipo de


consumo, foi-se adicionado o percentil de 2,5% nas equações,
manualmente. Veja:

114,60 ∗ 1,025 ∗ 12,82


25 1,25 5,74
1 100
1505,90
25 1,25 5,74
1 100

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1505,90
31,99
1 100
1505,90
$ 2.214,23
1 0,3199

Cálculo da ultrapassagem de demanda:

114,60 ∗ 1,025 85 ∗ 25,64


25 1,25 5,74
1 100
32,465 ∗ 25,64
31,99
1 100
832,40
1 0,3199

832,40
$ 1.224,12
0,6801

Para as equações de consumo ativo no horário de ponta (HP) e no horário


fora de ponta (HFP) foi considerada a tarifa de energia (TE) já somada à
TUSD, sem a adição das bandeiras, pois esse cálculo é feito
posteriormente.

465,18 ∗ 1,025 ∗ 1,20990272


25 1,25 5,74
1 100
576,89
31,99
1 100
576,89
1 0,3199

576,89
$ 848,24
0,6801

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Cálculo do consumo ativo em posto tarifário fora de ponta:

42.473 ∗ 1,025 ∗ 0,22375272


25 1,25 5,74
1 100
9.741,03
31,99
1 100
9.741,03
1 0,3199

9.741,03
$ 14.322,94
0,6801

Sabe-se que, atualmente, o fator de potência exigido pela ANEEL é de


0,92. Ou seja, do total de energia consumida, 92% precisa ser, no
mínimo, em consumo ativo de energia elétrica e até 8% em energia
reativa. No entanto, quando o consumo reativo é superior a esse patamar,
a distribuidora onera o consumidor, que precisa pagar uma tarifa por isso,
incidindo também, as alíquotas de ICMS (9), PIS (10) e COFINS (11).
Por ser consumidor da modalidade VERDE, cobra-se o mesmo valor de
tarifa para os postos HP e HFP, então, na equação, utiliza-se a somatória
desses dois consumos. Veja:

13,26 1140 ∗ 1,025 ∗ 0,20209


25 1,25 5,74
1 100
1153,26 ∗ 1,025 ∗ 0,20209
31,99
1 100
238,88
1 0,3199

238,88
$ 351,25
0,6801

Para o cálculo do adicional de bandeira, considerou-se o cálculo por


posto tarifário e, ainda, com os 2,5% de perdas da transformação.

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465,18 ∗ 1,025 ∗ 0,045


25 1,25 5,74
1 100
21,45
31,99
1 100
21,45
1 0,3199

21,45
$ 31,54
0,6801

Cálculo do adicional de bandeira em posto tarifário HFP:

42.473 ∗ 1,025 ∗ 0,045


25 1,25 5,74
1 100
1.959,06
31,99
1 100
1.959,06
1 0,3199

1.959,06
$ 2.880,55
0,6801

Nesta fatura, para fins de cálculo de ICMS, PIS e COFINS referentes ao


consumo total faturado pela distribuidora, incluem-se os consumos
ativos/reativos HP e HFP, o adicional de bandeira, demanda faturada e
ultrapassagem, quando aplicável. Têm-se, dessa forma:

848,27 31,54 2.214,23 1.224,12 351,25


14.322,94 2.880,55 $ 21.872,90

Pode-se então, calcular os valores, em reais, referentes ao total de


alíquotas:

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0,25 ∗ 21.872,90 $ 5.468,22

0,0115 ∗ 21.872,90 $ 273,41

0,0532 ∗ 21.872,90 $ 1.255,50

Os demais valores cobrados não fazem parte dos valores devidos às


concessionárias, por isso, são adicionados à fatura, posteriormente.
Portanto, o valor final é:

21.872,89

21.872,89 99,95 99,66 36,84

$ 22.109,34

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 10

Fig. 15 – Fatura Cemig Belo


Horizonte/MG (página 1)

Fonte: Lucas S. Santana

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 11

Fig. 16 – Fatura Cemig Belo


Horizonte/MG (página 2)

Fonte: Lucas S. Santana

Inicia-se o estudo então, pelos valores de demanda contratada (2),


faturada (3), ultrapassagem e DMCR (12). A primeira abordagem é a
comparação entre a demanda contratada e faturada. Se a segunda for
superior à primeira em mais de 5%, cobra-se do consumidor o valor
referente à faturada somados ao valor da ultrapassagem de potência. Se a
primeira for superior a segunda, cobra-se do consumidor apenas o valor
de demanda contratada. Dessa forma, os cálculos são:

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 12

90 5%

75
Informação:
0,0 O limite máximo de
ultrapassagem para essa
66 demanda contratada é de
94,50 kW

Apenas se cobra o fator de UFDR quando DMCR é superior ao valor de


DemandaFATURADA:

66 75

Como DMCR é inferior à DemandaFATURADA, não há a cobrança de


potência excedente. Por mais, no estado de Minas Gerais, conforme
Decreto nº 46.213, de 11 de abril de2013, não é exigido o recolhimento
do ICMS sobre a parcela de demanda de potência não utilizada. Dessa
forma, os cálculos para potência são:

 Com alíquota de ICMS:

75 ∗ 9,00
/
18 1,31 6,05
1 100
675,00
/
18 1,31 6,05
1 100
675,00
/
25,36
1 100
675,00
/ $ 904,34
1 0,2536

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 13

 Sem alíquota de ICMS:

15 ∗ 9,00
/
1,31 6,05
1 100
135,00
/
1,31 6,05
1 100
135,00
/ 7,36
1 100
135,00
/ $ 145,72
1 0,0736

Para as equações de consumo ativo no horário de ponta (HP) e no horário


fora de ponta (HFP) foi considerada a TE já somada à TUSD. Esses
valores estão disponíveis na fatura, no entanto, estão com a adição das
bandeiras. Em nosso estudo, vamos subtrair os valores de bandeira, pois
esse cálculo é feito posteriormente. Então, esse resultante é de
1,17490465 R$/kWh e 0,30968465 R$/kWh, para os consumos HP e
HFP, respectivamente. Além disso, a fatura da Cemig fornece os valores
faturados já adicionados os 2,5% das perdas de transformação.

1.230 ∗ 1,17490465
18 1,31 6,05
1 100
1.445,13
25,36
1 100
1.445,13
1 0,2536

1.445,13
$ 1.936,13
0,7464

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 14

Cálculo do consumo ativo em horário fora de ponta:

16.400 ∗ 0,30968465
18 1,31 6,05
1 100
5.078,82
25,36
1 100
5.078,82
1 0,2536

5.078,82
$ 6.804,43
0,7464

Sabe-se que, atualmente, o fator de potência exigido pela ANEEL é de


0,92. Ou seja, do total de energia consumida, 92% precisa ser, no
mínimo, em consumo ativo de energia elétrica e até 8% em energia
reativa. No entanto, quando o consumo reativo é superior a esse patamar,
a distribuidora onera o consumidor, que precisa pagar uma tarifa por isso,
incidindo também, as alíquotas de ICMS (9), PIS (10) e COFINS (11).
Como esse consumidor também é da modalidade VERDE, cobra-se o
mesmo valor de tarifa para os postos HP e HFP, então, na equação,
utiliza-se a somatória desses dois consumos. Veja:

820 246 ∗ 0,23919


18 1,31 6,05
1 100
254,97
25,36
1 100
254,97
1 0,2536

254,97
$ 341,60
0,7464

Para essa fatura, o período de vigência foi de 05 de janeiro a 05 de


fevereiro, em bandeira vermelha. No entanto, a partir do dia 01 de
fevereiro, entraram em vigor as novas bandeiras tarifárias, onde a

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 15

vermelha passou a ter duas divisões, Patamar 01 com 0,030 R$/kWh e a


Patamar 02 com 0,045 R$/kWh. Portanto, temos o seguinte cenário:

 05/01 a 31/01 – Bandeira vermelha com R$ 0,045 / kWh;


 01/02 a 05/02 – Bandeira vermelha com R$ 0,030 / kWh.

Dessa forma, a tarifa adicional de bandeira é calculada proporcional aos


dias de vigência, através da equação de média ponderada:

27 ∗ 0,045 5 ∗ 0,030
27 5
1,215 0,150
32
1,365
$ 0,042656 /
32

Cálculo do adicional de bandeira, referente ao consumo ativo na ponta:

1.230 ∗ 0,042656
18 1,31 6,05
1 100
52,46
25,36
1 100
52,46
1 0,2536

52,46
$ 70,29
0,7464

Cálculo do adicional de bandeira, referente ao consumo ativo na fora de


ponta:

16.400 ∗ 0,042656
18 1,31 6,05
1 100
699,55
25,36
1 100

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 16

699,55
1 0,2536

699,55
$ 937,24
0,7464

Nesta fatura, para fins de cálculo de ICMS, PIS e COFINS referentes ao


valor total faturado pela distribuidora, incluem-se os consumos
ativos/reativos HP e HFP, o adicional de bandeira, demanda faturada e
ultrapassagem, quando aplicável. Esse total é:

904,34 145,72 1.936,13 6.804,43 341,60


70,29 937,24 $ 11.139,75

Os valores em reais, referentes às alíquotas:

0,18 ∗ 11.139,75 $ 2.005,15

0,0131 ∗ 11.139,75 $ 145,93

0,0605 ∗ 11.139,75 $ 673,95

Os demais valores cobrados não fazem parte dos valores devidos às


concessionárias, por isso, são adicionados à fatura, posteriormente.
Portanto, o valor final é:

11.139,75

11.139,75 24,85

$ 11.114,90

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 17

Fig. 17 – Fatura AES Eletropaulo São


Paulo/SP (página 1)

Fonte: Lucas S. Santana

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 18

Fig. 18 – AES Eletropaulo São Paulo/SP


(página 2)

Fonte: Lucas S. Santana

Inicia-se o estudo então, pelos valores de demanda contratada (2),


faturada (3), ultrapassagem e DMCR (12). A primeira abordagem é a
comparação entre a demanda contratada e faturada. Se a segunda for
superior à primeira em mais de 5%, cobra-se do consumidor o valor
referente à faturada somados ao valor da ultrapassagem de potência. Se a Informação:
primeira for superior a segunda, cobra-se do consumidor apenas o valor
O limite máximo de
de demanda contratada. Dessa forma, os cálculos são: ultrapassagem para essa
demanda contratada é de
153,30 kW

146 5%

149,20

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 19

0,0

153,60

Apenas se cobra o fator de UFDR quando DMCR é superior ao valor de


DemandaFATURADA:

153,60 149,20

Como DMCR é superior à DemandaFATURADA, há a cobrança de potência


excedente:

153,60 149,20

4,40

Todo consumidor que é atendido em alta tensão e têm suas medições de


consumo de energia feitos em baixa tensão, possuem seus valores de
consumo energético e potência, tanto ativos quanto reativos, taxados em
2,5% de seus respectivos valores totais, por conta das perdas de
transformação. Em alguns casos, as faturas de energia já apresentam os
consumos adicionados aos 2,5%. E, em outros, é necessário multiplicar
esses consumos por 1,025, manualmente. A fatura da AES Eletropaulo é
um exemplo onde cada tipo de consumo foi adicionado do percentil de
2,5% nas equações, automaticamente, não sendo necessário adicioná-lo
nos cálculos abaixo. Veja:

149,20 ∗ 7,74
18 0,93 4,26
1 100
1.154,80
18 0,93 4,26
1 100

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 20

1.154,80
23,19
1 100
1.154,80
$ 1.503,45
1 0,2319

Cálculo da potência reativa excedente:

4,40 ∗ 7,74
18 0,93 4,26
1 100
34,05
18 0,93 4,26
1 100
34,05
23,19
1 100
34,05
$ 44,33
1 0,2319

A tarifa para o cálculo do consumo ativo de energia elétrica já está


somada à TUSD e TE.

2.257,60 ∗ 0,37784 0,36024


18 0,93 4,26
1 100
1.666,29
23,19
1 100
1.666,29
1 0,2319

1.666,29
$ 2.169,36
0,7681

Cálculo do consumo ativo em posto tarifário fora de ponta:

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 21

39.807,30 ∗ 0,07763 0,22596


18 0,93 4,26
1 100
12.085,09
23,19
1 100
12.085,09
1 0,2319

12.085,09
$ 15.733,74
0,7681

Como já sabemos das faturas estudadas anteriormente, o fator de


potência exigido pela ANEEL é de 0,92. Ou seja, do total de energia
consumida, 92% precisa ser, no mínimo, em consumo ativo de energia
elétrica e até 8% em energia reativa. No entanto, quando o consumo
reativo é superior a esse patamar, a distribuidora onera o consumidor, que
precisa pagar uma tarifa por isso, incidindo também, as alíquotas de
ICMS (9), PIS (10) e COFINS (11). Geralmente, cobra-se o mesmo valor
de tarifa para os postos HP e HFP, então, na equação, utiliza-se a
somatória desses dois consumos. Veja:

359,30 2.549,10 ∗ 0,23715


18 0,93 4,26
1 100
689,72
23,19
1 100
689,72
1 0,2319

689,72
$ 897,95
0,7681

Para esta fatura, ainda não havia a divisão da bandeira vermelha em


Patamar 1 e 2, por isso, o adicional considerado foi de 0,045 R$/kWh.
Assim, o cálculo da bandeira para o HP é:

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 22

2.257,60 ∗ 0,045
18 0,93 4,26
1 100
101,59
23,19
1 100
101,59
1 0,2319

101,59
$ 132,26
0,7681

Cálculo do adicional de bandeira, para o horário fora de ponta:

39.807,30 ∗ 0,045
18 0,93 4,26
1 100
1.791,32
23,19
1 100
1.791,32
1 0,2319

1.791,32
$ 2.332,14
0,7681

O valor total devido à distribuidora é a soma de todas as parcelas já


calculadas de demandas, consumos e bandeiras. Então:

1.503,45 44,33 2.169,36 15.733,74 897,95


132,26 2.332,14 $ 22.813,23

Por fim, calculamos os valores das alíquotas de ICMS, PIS e COFINS


referentes ao total:

0,18 ∗ 22.813,23 $ 4.106,38

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 23

0,0093 ∗ 22.813,23 $ 212,16

0,0426 ∗ 22.813,23 $ 971,84

Os demais valores cobrados não fazem parte dos valores devidos à


concessionárias, por isso, são adicionados à fatura, posteriormente.
Portanto, o valor final é:

22.813,23

22.813,23 29,30

$ 22.842,53

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 24

Fig. 19 – Fatura Coelba Salvador/BA


(página 1)

Fonte: Lucas S. Santana

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 25
Fig. 20 – Fatura Coelba Salvador/BA
(página 2)

Fonte: Lucas S. Santana

Inicia-se o estudo então, pelos valores de demanda contratada (2),


faturada (3), ultrapassagem e DMCR (12). A primeira abordagem é a
comparação entre a demanda contratada e faturada. Se a segunda for
superior à primeira em mais de 5%, cobra-se do consumidor o valor
referente à faturada somados ao valor da ultrapassagem de potência. Se a
primeira for superior a segunda, cobra-se do consumidor apenas o valor
de demanda contratada. Dessa forma, os cálculos são:

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 26

350 5%

130,18
Informação:
0,0 O limite máximo de
ultrapassagem para essa
114,19 demanda contratada é de
367,50 kW

Apenas se cobra o fator de UFDR quando DMCR é superior ao valor de


DemandaFATURADA:

114,19 130,18

Como DMCR é inferior à DemandaFATURADA, não há a cobrança de


potência excedente. Ainda, por ser um consumidor do poder público
estadual ou distrital, não é feita a cobrança de ICMS, por isso, em
todas as equações a alíquota desse imposto foi retirada.

A fatura da Coelba também já fornece os valores de consumo


adicionados 2,5% relativos às perdas por transformação, então, em todas
as equações subseqüentes não é adicionado o fator multiplicativo ‘1,025’.
Dessa forma, os cálculos para potência são:

350 ∗ 16,07
0,69 3,19
1 100
5.624,50
0,69 3,19
1 100
5.624,50
3,88
1 100
5.624,50
$ 5.851,53
1 0,0388

A fatura da Coelba fornece os valores das tarifas para consumo ativo HP


e HFP já inclusos os adicionais de bandeira. Por isso, mais adiante não

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 27

serão feitos os cálculos dos adicionais de bandeira. Então, o cálculo para


o consumo em horário de ponta é:

1.192,32 ∗ 1,42202
0,69 3,19
1 100
1.695,50
0,69 3,19
1 100
1.695,50
1 0,0388

1.695,50
$ 1.763,94
0,9612

Para o horário fora de ponta:

22.156,80 ∗ 0,24962
0,69 3,19
1 100
5.530,78
3,88
1 100
5.530,78
1 0,0388

5.530,78
$ 5.754,03
0,9612

Não foi registrado consumo reativo excedente no posto tarifário de ponta,


por isso, na equação é considerado apenas o consumo em HFP:

7.406,40 0,0 ∗ 0,1805


0,69 3,19
1 100
1.336,85
3,88
1 100

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 28

1.336,85
1 0,0388

1.336,85
$ 1.390,81
0,9612

Nesta fatura, para fins de cálculo de PIS e COFINS referentes ao


consumo total faturado, incluem-se os consumos ativos/reativos HP e
HFP, o adicional de bandeira, demanda faturada e ultrapassagem, quando
aplicável. Lembrando que, por esse cliente ser um estabelecimento ligado
ao poder público estadual ou distrital, não cobra-se ICMS. Então:

1.763,94 5.754,03 1.390,81 5.851,53


$ 14.760,31

Por fim, calculamos os valores, em reais, referentes às alíquotas:

$ 0,00

0,0069 ∗ 14.760,31 $ 101,84

0,0319 ∗ 14.760,31 $ 470,85

Os demais valores cobrados não fazem parte dos valores devidos à


concessionárias, por isso, são adicionados à fatura, posteriormente.
Portanto, o valor final é:

14.760,31

14.760,31 160,78 0,69 6,36 0,50 281,76


56,35 $ 15.266,75

$ 15.266,75

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 29

Fig. 21 – Fatura CPFL Olímpia/SP (página


1)

Fonte: Lucas S. Santana

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 30

Fig. 22 – Fatura CPFL Olímpia/SP (página


2)

Fonte: Lucas S. Santana

Dentre as faturas estudadas até então, o exemplar de Olímpia é o


primeiro pertencente à modalidade CONVENCIONAL de tarifação.
Lembrando que, consumidores que se enquadram na tarifação
convencional pagam um valor único de tarifa para o consumo ativo
(kWh) e pela demanda de potência (kW), sem levar em consideração as
horas sazonais do dia (horário de ponta e fora ponta).

Inicia-se o estudo então, pelos valores de demanda contratada (2) e


faturada (3). A primeira abordagem é a comparação entre esses dois
valores. Se o segundo for superior ao primeiro em mais de 5%, cobra-se

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 31

do consumidor o valor referente à faturada somados ao valor da


ultrapassagem de potência. Se a primeira for superior a segunda, cobra-se
do consumidor apenas o valor de demanda contratada. Dessa forma, os
cálculos são:

70 5%

56

0,0

çõ Informação:
O limite máximo de
ultrapassagem para essa
demanda contratada é de
Como não foram informados valores referentes ao DMCR, não é possível 73,50 kW
compará-lo com a DemandaFATURADA e, consequentemente, o cálculo de
UFDR. A fatura da CPFL também já fornece os valores de consumo
adicionados 2,5% relativos às perdas por transformação, então, em todas
as equações subseqüentes não é adicionado o fator multiplicativo ‘1,025’.
Então, os cálculos são:

70 ∗ 24,18
18 1,09 5,04
1 100
1.692,60
18 1,09 5,04
1 100
1.692,60
24,13
1 100
1.692,60
$ 2.230,92
1 0,2413

Novamente, por ser cliente enquadrado no subgrupo A4 com tarifa


Convencional, não há a cobrança do consumo ativo por postos
tarifários, por isso, para essa fatura não se faz a discriminação entre
horário de ponta e horário de fora ponta. Além disso, também não foi
registrado consumo de energia reativa excedente. Então, o cálculo de
consumo, levando-se em consideração os valores de ICMS, PIS e
COFINS, é:

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 32

11.801 ∗ 0,07595966 0,24705957


18 1,09 5,04
1 100
3.811,94
24,13
1 100
3.811,94
1 0,2413
3.811,94
$ 5.024,31
0,7587

Para essa fatura, o período de vigência foi de 28 de janeiro a 25 de


fevereiro, em bandeira vermelha. No entanto, a partir do dia 01 de
fevereiro, entraram em vigor as novas bandeiras tarifárias, onde a
vermelha passou a ter duas divisões, Patamar 01 com R$ 0,030/kWh e a
Patamar 02 com R$ 0,045/kWh. Portanto, temos o seguinte cenário:

 28/01 a 31/01 – Bandeira vermelha com R$ 0,045 / kWh;


 01/02 a 25/02 – Bandeira vermelha com R$ 0,030 / kWh.

Dessa forma, a tarifa adicional de bandeira é calculada proporcional aos


dias de vigência, através da equação de média ponderada:

4 ∗ 0,045 25 ∗ 0,030
29
0,18 0,75
29
0,93
$ 0,0320689 /
29

O cálculo do adicional de bandeira vermelha equivalente é:

11.801 ∗ 0,0320689
18 1,09 5,04
1 100

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 33

378,44
24,13
1 100
378,44
1 0,2413

378,44
$ 498,80
0,7587

Nesta fatura, para fins de cálculo de ICMS, PIS e COFINS referentes ao


consumo total faturado pela distribuidora, incluem-se os consumos
ativos/reativos HP e HFP, o adicional de bandeira, demanda faturada e
ultrapassagem, quando aplicável, têm-se:

2.230,92 5.024,31 498,80 $ 7.754,03

Pode-se então, calcular os valores, em reais, referentes às alíquotas:

0,18 ∗ 7.754,03 $ 1.395,72

0,0109 ∗ 7.754,03 $ 84,51

0,0504 ∗ 7.754,03 $ 390,80

Os demais valores cobrados não fazem parte dos valores devidos às


concessionárias, por isso, são adicionados à fatura, posteriormente.
Portanto, o valor final é:

7.754,03

7.754,03 0,00

$ 7.754,03

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 34

Fig. 23 – Fatura CPFL Ribeirão Preto/SP


(página 1)

Fonte: Lucas S. Santana

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 35

Fig. 24 – Fatura CPFL Ribeirão Preto/SP


(página 2)

Fonte: Lucas S. Santana

Esta fatura de energia elétrica, segundo informações dispostas no item (1)


da imagem, é do grupo A4, com modalidade tarifária VERDE. Inicia-se o
estudo pelos valores de demanda contratada (2), faturada (3),
ultrapassagem e DMCR. A primeira abordagem é a comparação entre a
demanda contratada e faturada. Se a segunda for superior à primeira em
mais de 5%, cobra-se do consumidor o valor referente à faturada Informação:
somados ao valor da ultrapassagem de potência. Se a primeira for O limite máximo de
ultrapassagem para essa
superior a segunda, cobra-se do consumidor apenas o valor de demanda demanda contratada é de
contratada. Dessa forma, os cálculos são: 472,50 kW

450 5%

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 36

407

0,0

çõ

Como não foram informados valores referentes ao DMCR, não é possível


compará-lo com a DemandaFATURADA e, consequentemente, o cálculo de
UFDR. A fatura da CPFL também já fornece os valores de consumo
adicionados 2,5% relativos às perdas por transformação, então, em todas
as equações subseqüentes não é adicionado o fator multiplicativo ‘1,025’.
Então, os cálculos são:

450 ∗ 8,20
18 1,09 5,04
1 100
3.690,00
18 1,09 5,04
1 100
3.690,00
24,13
1 100
3.690,00
$ 4.863,58
1 0,2413

A CPFL fornece, separadamente, os valores devidos referentes à TUSD e


TE. No entanto, o cálculo do consumo ativo no horário de ponta já foi
feito somando-se as tarifas TE e TUSD, veja:

9.090 ∗ 0,61391969 0,37811001


18 1,09 5,04
1 100
9.017,55
24,13
1 100
9.017,55
1 0,2413

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 37

9.017,55
$ 11.885,52
0,7587

O mesmo vale para o cálculo do consumo ativo no horário fora da ponta.


Com a soma de TE e TUSD, ainda sem o adicional de bandeira:

34.866 ∗ 0,07595996 0,2351500


18 1,09 5,04
1 100
10.847,15
24,13
1 100
10.847,15
1 0,2413

10.847,15
$ 14.297,03
0,7587

Sabe-se que, atualmente, o fator de potência exigido pela ANEEL é de


0,92. Ou seja, do total de energia consumida, 92% precisa ser, no
mínimo, em consumo ativo de energia elétrica e até 8% em energia
reativa. No entanto, quando o consumo reativo é superior a esse patamar,
a distribuidora onera o consumidor, que precisa pagar uma tarifa por isso,
incidindo também, as alíquotas de ICMS (9), PIS (10) e COFINS (11).
Geralmente, cobra-se o mesmo valor de tarifa para os postos HP e HFP,
então, na equação, utiliza-se a somatória desses dois consumos. Veja:

30,0 6,0 ∗ 0,24700


18 1,09 5,04
1 100
8,892
24,13
1 100
8,892
1 0,2413

8,892
$ 11,72
0,7587

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 38

Para essa fatura, o período de vigência foi de 19 de janeiro a 17 de


fevereiro, em bandeira vermelha. No entanto, a partir do dia 01 de
fevereiro, entraram em vigor as novas bandeiras tarifárias, onde a
vermelha passou a ter duas divisões, Patamar 01 com R$ 0,030/kWh e a
Patamar 02 com R$ 0,045/kWh. Portanto, temos o seguinte cenário:

 19/01 a 31/01 – Bandeira vermelha com R$ 0,045 / kWh;


 01/02 a 17/02 – Bandeira vermelha com R$ 0,030 / kWh.

Dessa forma, a tarifa adicional de bandeira é calculada proporcional aos


dias de vigência, através da equação de média ponderada:

13 ∗ 0,045 17 ∗ 0,030
30
0,585 0,51
30
1,095
$ 0,0365 /
30

Cálculo do adicional de bandeira vermelha, levando-se em consideração


a tarifa equivalente:

9.090 ∗ 0,0365
18 1,09 5,04
1 100
331,78
24,13
1 100
331,78
1 0,2413

331,78
$ 437,30
0,7587

Para o adicional de bandeira em horário fora de ponta:

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 39

34.866 ∗ 0,0365
18 1,09 5,04
1 100
1.272,60
24,13
1 100
1.272,60
1 0,2413

1.272,60
$ 1.677,35
0,7587

Para cálculo de ICMS, PIS e COFINS referentes ao consumo total


faturado, incluem-se os consumos ativos/reativos HP e HFP, o adicional
de bandeira, demanda faturada e ultrapassagem, quando aplicável. O
resultado é:

4.863,58 11.885,52 14.297,03 11,72 437,30


1.677,35 $ 33.172,50

Pode-se então, calcular os valores, em reais, referentes às alíquotas:

0,18 ∗ 33.172,50 $ 5.971,05

0,0109 ∗ 33.172,50 $ 361,58

0,0504 ∗ 33.172,50 $ 1.671,89

Os demais valores cobrados não fazem parte dos valores devidos às


concessionárias, por isso, são adicionados à fatura, posteriormente.
Portanto, o valor final é:

33.172,50

33.172,50 7,93 $ 33.180,43

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 40

Fig. 25 – Fatura Elektro Campinas/SP

Fonte: Lucas S. Santana

Inicia-se o estudo pelos valores de demanda contratada (2), faturada (3) e


DMCR (12). A primeira abordagem é a comparação entre a demanda
contratada e faturada. Se a segunda for superior à primeira em mais de
5%, cobra-se do consumidor o valor referente à faturada somados ao
valor da ultrapassagem de potência. Se a primeira for superior a segunda,

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 41

cobra-se do consumidor apenas o valor de demanda contratada. Dessa


forma, os cálculos são:

270 5%

277,85 Informação:
O limite máximo de
0,0 ultrapassagem para essa
demanda contratada é de
287,08 283,50 kW

Apenas se cobra o fator de UFDR quando DMCR é superior ao valor de


DemandaFATURADA:

287,08 277,85

Como DMCR é superior à DemandaFATURADA, há a cobrança de potência


excedente:

287,08 277,85

9,23

A fatura da Elektro também já fornece os valores de consumo


adicionados 2,5% relativos às perdas por transformação, então, em todas
as equações subseqüentes não é adicionado o fator multiplicativo ‘1,025’.
Então, os cálculos são:

277,85 ∗ 10,83
18 5,08 1,10
1 100
3009,11
18 5,08 1,10
1 100

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 42

3009,11
24,18
1 100
3009,11
$ 3.968,76
1 0,2418

Cálculo da potência reativa excedente:

9,23 ∗ 10,83
18 5,08 1,10
1 100
99,96
18 5,08 1,10
1 100
99,96
24,18
1 100
99,96
$ 131,84
1 0,2418

Cálculo do consumo ativo de energia elétrica, em horário de ponta,


somados TE e TUSD, ainda sem o adicional de bandeira:

9.855,86 ∗ 0,41424 0,85736


18 5,08 1,10
1 100
12.532,71
24,18
1 100
12.532,71
1 0,2418

12.532,71
$ 16.529,55
0,7582

Cálculo do consumo ativo fora de ponta:

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 43

98.870,47 ∗ 0,26153 0,08237


18 5,08 1,10
1 100
34.001,55
24,18
1 100
34.001,55
1 0,2418

34.001,55
$ 44.845,10
0,7582

Sabe-se que, atualmente, o fator de potência exigido pela ANEEL é de


0,92. Ou seja, do total de energia consumida, 92% precisa ser, no
mínimo, em consumo ativo de energia elétrica e até 8% em energia
reativa. No entanto, quando o consumo reativo é superior a esse patamar,
a distribuidora onera o consumidor, que precisa pagar uma tarifa por isso,
incidindo também, as alíquotas de ICMS (9), PIS (10) e COFINS (11).
Geralmente, cobra-se o mesmo valor de tarifa para os postos HP e HFP,
então, na equação, utiliza-se a somatória desses dois consumos. Veja:

1.862,95 12.158,55 ∗ 0,27426


18 5,08 1,10
1 100
14.021,50 ∗ 0,27426
24,18
1 100
3.845,53
1 0,2418

3.845,53
$ 5.071,93
0,7582

Para essa fatura, o período de vigência foi de 09 de janeiro a 05 de


fevereiro, em bandeira vermelha. No entanto, a partir do dia 01 de
fevereiro, entraram em vigor as novas bandeiras tarifárias, onde a
vermelha passou a ter duas divisões, Patamar 01 com R$ 0,030/kWh e a
Patamar 02 com R$ 0,045/kWh. Portanto, temos o seguinte cenário:

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 44

 09/01 a 31/01 – Bandeira vermelha com R$ 0,045 / kWh;


 01/02 a 05/02 – Bandeira vermelha com R$ 0,030 / kWh.

Dessa forma, a tarifa adicional de bandeira é calculada proporcional aos


dias de vigência, através da equação de média ponderada:

23 ∗ 0,045 5 ∗ 0,030
23 5
1,035 5 ∗ 0,150
28
1,185
$ 0,042321 /
28

Cálculo do adicional de bandeira tarifária vermelha, para o consumo


ativo HP:

9.855,86 ∗ 0,042321
18 5,08 1,10
1 100
417,11
24,18
1 100
417,11
1 0,2418

417,11
$ 550,13
0,7582

Para o consumo ativo HSP, tem-se:

98.870,47 ∗ 0,042321
18 5,08 1,10
1 100
4.184,29
24,18
1 100
4.184,29
1 0,2418

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 45

4.184,29
$ 5.518,71
0,7582

Nesta fatura, para fins de cálculo de ICMS, PIS e COFINS referentes ao


consumo total faturado, inclui-se os consumos ativos/reativos HP e HFP,
o adicional de bandeira, demanda faturada e ultrapassagem, quando
aplicável. Dessa forma, o resultado é:

16.529,55 44.845,10 3.968,76 131,84


5.071,93 5.518,71 550,13 $ 76.616,02

Pode-se então, calcular os valores, em reais, referentes às alíquotas:

0,18 ∗ 76.616,02 $ 13.790,88

0,0110 ∗ 76.616,02 $ 842,77

0,0508 ∗ 76.616,02 $ 3.892,09

Os demais valores cobrados não fazem parte dos valores devidos às


concessionárias, por isso, são adicionados à fatura, posteriormente.
Portanto, o valor final é:

76.616,02

76.616,02 40,44 1,51 85,21 75,00

$ 76.815,16

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 46

[1] Ministério de Minas e Energia. Manual de Tarifação da Energia


Elétrica. Disponível em:
<http://www.mme.gov.br/documents/10584/1985241/Manual%20de%20
Tarif%20En%20El%20-%20Procel_EPP%20-%20Agosto-2011.pdf>;

[2] Agência Nacional de Energia Elétrica. Direitos e Deveres do


Consumidor de Energia Elétrica. Disponível em:
<http://www2.aneel.gov.br/arquivos/PDF/folder_perguntas%20e%20resp
ostas_414_final.pdf>;

[3] Agência Nacional de Energia Elétrica. Resolução Normativa nº


414:2010. Disponível em:
<http://www2.aneel.gov.br/cedoc/ren2010414.pdf>;

[4] Empresa Brasil de Comunicação. Entenda como funcionam as


bandeiras tarifárias de energia. Disponível em:
<http://www.ebc.com.br/noticias/2015/02/entenda-como-funcionam-
bandeiras-tarifarias-de-energia>;

[5] Secretaria de Energia e Mineração do Estado de São Paulo. Entenda


a conta de luz residencial. Disponível em:
<http://www.energia.sp.gov.br/portal.php/entenda_conta_luz>;

[6] Significados. Significado de PIS. Disponível em:


<http://www.significados.com.br/pis/>;

[7] Significados. Significado de COFINS. Disponível em:


<http://www.significados.com.br/cofins/>;

[8] Significados. Significado de ICMS. Disponível em:


<http://www.significados.com.br/icms/>;

[9] Portal Tributário. ICMS – Imposto sobre circulação de


mercadorias e prestação de serviços. Disponível em:
<http://www.portaltributario.com.br/tributos/icms.html>;

[10] Prefeitura de São Paulo: Finanças e Desenvolvimento Econômico.


Decreto nº 56.751:2015. Disponível em:
<http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/upload/Decreto_56751_2015_1
452514773.pdf>;

[11] Guelfi, Rangel. Análise da Relação entre o Faturamento do


Consumo de Energia Elétrica e Demanda de Potência Ativa e
Reativa Utilizando Hiperbolóides de Carga e Potência. Disponível
em:
<http://www.feis.unesp.br/Home/departamentos/engenhariaeletrica/pos-
graduacao/196-dissertacao_rangel_guelfi.pdf>;

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Estudos das Faturas de Energia Elétrica 47

[12] Agência Nacional de Energia Elétrica. Contribuição COPEL sobre


TUSD. Disponível em:
<http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/audiencia/arquivo/2004/047/contri
buicao/copel-contribuicao.pdf>;

[13] Companhia Energética de Minas Gerais. Manual de


Gerenciamento de Energia. Disponível em:
<https://www.cemig.com.br/pt-
br/A_Cemig_e_o_Futuro/sustentabilidade/nossos_programas/Eficiencia_
Energetica/Documents/MANUAL%20DE%20GERENCIAMENTO%20
DE%20ENERGIA%202011_BAIXA_16-01_LOS%20(2).pdf>.

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