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Apresentação

Medição de Energia
Situação Prática

Atualmente, o principal instrumento regulatório que estabelece e consolida as


Medição
Mediçãode
deEnergia
Energia
Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica é a Resolução ANEEL no. 414,
de 9 de setembro de 2010. As empresas distribuidoras de energia elétrica prestam
Resolução da o serviço de fornecimento de energia elétrica por delegação da União na sua área
Situação Prática
de concessão, ou seja, na área que lhes foi dada autorização para prestar o serviço
Referências
público de distribuição. A Resolução estabelece direitos e deveres dos consumidores
Bibliográficas e das distribuidoras de energia elétrica. Apresenta a definição de todos os termos
e parâmetros envolvidos nas faturas de energia, as modalidades de faturamento, a
divisão dos consumidores em classes e faixas em função da tensão de fornecimento,
instruções para a solicitação de novas ligações, para o levantamento dos dados e
emissão de faturas de energia.

Ao longo da história do setor elétrico brasileiro as questões tarifárias, por um motivo


ou outro, sempre estiveram presentes, quer seja do lado do consumidor, preocupado
com os pagamentos de suas contas mensais, quer seja do lado das empresas
concessionárias de energia elétrica, preocupadas com o fluxo de caixa, equilíbrio
econômico-financeiro e rentabilidade dos seus negócios. Para os consumidores a
tarifa pode servir como um sinal econômico, motivando-o a economizar energia.

Tensão de Fornecimento
Competirá à distribuidora informar ao interessado a tensão de fornecimento
para a unidade consumidora, com observância dos critérios estabelecidos na

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legislação. Assim, por exemplo, para tensão secundária em rede aérea, a carga
instalada na unidade consumidora deve ser igual ou inferior a 75 kW. Para fins de
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faturamento, as unidades consumidoras são agrupadas em dois grupos tarifários,
definidos, principalmente, em função da tensão de fornecimento e da demanda. Se
Situação Prática a concessionária fornece energia em tensão inferior a 2300 Volts, o consumidor é
classificado como sendo do “Grupo B” (baixa tensão); se a tensão de fornecimento for
maior ou igual a 2300 Volts, será o consumidor do “Grupo A” (alta tensão). Estes grupos
Medição de Energia
foram assim definidos:

Resolução da Grupo A - grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em


Situação Prática
tensão igual ou superior a 2,3 kV, ou, ainda, atendidas a partir de sistema subterrâneo
Referências
de distribuição em tensão secundária, caracterizado pela tarifa binômia e subdividido
Bibliográficas nos subgrupos A1, A2, A3, A3a, A4 e AS. A tabela seguinte apresenta estes subgrupos:

Subgrupo Tensão de Fornecimento


A1 > 230 kV
A2 88 kV a 138 kV
A3 69 kV
A3a 30 kV a 44 kV
A4 2,3 kV a 25 kV
AS Subterrâneo

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Grupo B - Grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em
tensão inferior a 2,3 kV, ou, ainda, caracterizado pela tarifa monômia e subdividido
Apresentação
nos seguintes subgrupos:
a. Subgrupo B1 - residencial;
Situação Prática
b. Subgrupo B2 - rural;
c. Subgrupo B3 - demais classes; e
Medição de Energia
d. Subgrupo B4 - Iluminação Pública.

Resolução da Para efeito de aplicação de tarifas, a Resolução ANEEL no 414 apresenta a classificação
Situação Prática
das unidades consumidoras com as respectivas classes e subclasses, como por
Referências
exemplo, unidade consumidora classe Residencial e, por exemplo, a subclasse
Bibliográficas Residencial Baixa Renda.

Estrutura Tarifária
Energia Elétrica Ativa

É o uso da potência ativa durante qualquer intervalo de tempo, sua unidade usual é o
quilowatt-hora (kWh). Uma outra definição é “energia elétrica que pode ser convertida
em outra forma de energia” ou ainda, conforme visto anteriormente, é aquilo que
permite uma mudança na configuração de um sistema, em oposição a uma força que
resiste à esta mudança.

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Energia Elétrica Reativa
Apresentação
É a energia elétrica que circula continuamente entre os diversos campos elétricos e
magnéticos de um sistema de corrente alternada, sem produzir trabalho, expressa em
Situação Prática quilovolt-ampère-reativo-hora (kvarh).

Medição
Características
de Energia
Demanda

É a média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao sistema elétrico


Resolução da pela parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um
Situação Prática
intervalo de tempo especificado. Assim, esta potência média, expressa em quilowatts
Referências (kW) e quilovolt-ampère-reativo (kvar), respectivamente. Pode ser calculada, por
Bibliográficas exemplo, dividindo-se a energia elétrica absorvida pela carga em um certo intervalo
de tempo Δt, por este intervalo de tempo Δt. Os medidores instalados no Brasil
operam com intervalo de tempo Δt = 15 minutos (Decreto n° 62724 de 17 de maio de
1968).

Demanda Máxima

É a demanda de maior valor verificado durante um certo período (diário, mensal e anual).

Demanda Média

É a relação entre a quantidade de energia elétrica (kWh) consumida durante certo


período de tempo e o número de horas desse período. Veja na figura abaixo, as
demandas máxima e média em um dado período de tempo:

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Apresentação

Situação Prática

Medição
Características
de Energia

Resolução da
Situação Prática

Referências
Bibliográficas

Figura 18 - Demanda Máxima e Média


Demanda Medida

É a maior demanda de potência ativa, verificada por medição, integralizada no


intervalo de 15 (quinze) minutos durante o período de faturamento, expressa em
quilowatts (kW). Considerando um ciclo de faturamento de 30 dias, tem-se 720 horas e
2880 intervalos de 15 min.

Demanda Contratada

É a demanda de potência ativa a ser obrigatória e continuamente disponibilizada pela


distribuidora, no ponto de entrega, conforme valor e período de vigência fixados em

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contrato e que deverá ser integralmente paga, seja ou não utilizada, durante o período
de faturamento, expressa em quilowatts (kW). A figura a seguir exemplifica a demanda
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contratada:

Situação Prática

Medição de Energia

Resolução da
Situação Prática

Referências
Bibliográficas

Figura 19 - Demanda contratada

Assista agora a vídeo aula sobre Medição de Energia – Estrutura Tarifária.

Horários Fora de Ponta e de Ponta


O horário de ponta (P) é o período definido pela distribuidora e composto por 3
(três) horas diárias consecutivas, exceção feita aos sábados, domingos, terça-feira
de carnaval, sexta-feira da Paixão, “Corpus Christi”, e oito dias de feriados conforme
descrito na resolução ANEEL 414, considerando a curva de carga do seu sistema
elétrico, aprovado pela ANEEL para toda a área de concessão. O horário fora de
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ponta (F) é o período composto pelo conjunto das horas diárias consecutivas e
complementares àquelas definidas no horário de ponta. A figura a seguir representa
Apresentação
estes horários:

Situação Prática

Medição de Energia
Horário de Ponta

Resolução da
Situação Prática

Referências
Bibliográficas
Horário Fora de Ponta

Figura 20 - Horário Fora de Ponta e de Ponta.

Veja a seguir o horário de ponta definido por algumas distribuidoras:


» Eletropaulo: 17h30 às 20h30
» Bandeirante: 18h00 às 21h00
» Light: 17:30 às 20h30
» CPFL: 18h00 às 21h00
» Copel: 18h00 às 21h00

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Períodos Seco e Úmido
Apresentação
Estes períodos guardam, normalmente, uma relação direta com os períodos
onde ocorrem as variações de cheias dos reservatórios de água utilizados para
Situação Prática a geração de energia elétrica. O período Seco (S) corresponde ao período de 07
(sete) ciclos de faturamento consecutivos iniciando-se em maio e finalizando-se
Medição de Energia
em novembro de cada ano; é, geralmente, o período com pouca chuva. O período
Úmido (U) corresponde ao período de 05 (cinco) ciclos de faturamento consecutivos,
compreendendo os fornecimentos abrangidos pelas leituras de dezembro de um ano
Resolução da
Situação Prática a abril do ano seguinte; é, geralmente, o período com mais chuva.

Referências
Bibliográficas
Tarifa Convencional
Esta modalidade é caracterizada pela aplicação de tarifas de consumo de energia
elétrica e demanda de potência, independentemente das horas de utilização do dia e
dos períodos do ano.

Tarifa Horosazonal
Esta modalidade se caracteriza pela aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de
energia elétrica e de demanda de potência, de acordo com os postos horários, horas de
utilização do dia, e os períodos do ano, conforme especificação a seguir:
» Tarifa Azul: modalidade estruturada para aplicação de tarifas diferenciadas de
consumo de energia elétrica de acordo com as horas de utilização do dia e os
períodos do ano, bem como de tarifas diferenciadas de demanda de potência de
acordo com as horas de utilização do dia;
» Tarifa Verde: modalidade estruturada para aplicação de tarifas diferenciadas de
consumo de energia elétrica de acordo com as horas de utilização do dia e os
períodos do ano, bem como de uma única tarifa de demanda de potência;
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» Horário de ponta (P);
Apresentação » Horário fora de ponta (F);
» Período úmido (U);
Situação Prática
» Período seco (S).

Medição de Energia Critérios de Enquadramento


Resolução da Os critérios de enquadramento na modalidade de tarifa convencional ou horosazonal
Situação Prática aplicam-se às unidades consumidoras atendidas pelo Sistema Interligado Nacional –
SIN conforme as condições apresentadas a seguir, estabelecidas na Resolução ANEEL
Referências
Bibliográficas no 414:

I – na modalidade tarifária horossazonal azul, aquelas com tensão de fornecimento


igual ou superior a 69 kV;

II - na modalidade tarifária horossazonal azul ou verde, de acordo com a opção


do consumidor, aquelas com tensão de fornecimento inferior a 69 kV e demanda
contratada igual ou superior a 300 kW; e

III - na modalidade tarifária convencional, ou horossazonal azul ou verde, de acordo


com a opção do consumidor, aquelas com tensão de fornecimento inferior a 69 kV e
demanda contratada inferior a 300 kW.

Faturamento
A Fatura de energia elétrica é a nota fiscal que apresenta a quantia total que deve ser
paga pela prestação do serviço público de energia elétrica, referente a um período
especificado, discriminando as parcelas correspondentes. O valor líquido da fatura
é o valor em moeda corrente, resultante da aplicação das respectivas tarifas de

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fornecimento, sem incidência de imposto, sobre os componentes de consumo de
energia elétrica ativa, de demanda de potência ativa, de uso do sistema, de consumo
Apresentação
de energia elétrica e demanda de potência reativas excedentes. Para as unidades
consumidoras do Grupo B, tem-se um valor mínimo faturável referente ao custo
Situação Prática de disponibilidade do sistema elétrico, de acordo com os limites fixados por tipo de
ligação.
Medição de Energia
Segundo a Resolução ANEEL no 414, a distribuidora deve efetuar as leituras em
intervalos de aproximadamente 30 (trinta) dias, observados o mínimo de 27 (vinte
Resolução da e sete) e o máximo de 33 (trinta e três) dias, de acordo com o calendário de leitura.
Situação Prática
A distribuidora é obrigada a instalar equipamentos de medição nas unidades
Referências
consumidoras, exceto em casos especiais, definidos na legislação, como por exemplo,
Bibliográficas para fornecimento destinado para iluminação pública. O fator de potência da unidade
consumidora, para efeito de faturamento, deverá ser verificado pela distribuidora por
meio de medição permanente, de forma obrigatória para o grupo A e facultativa para
o Grupo B.

Faturamento de Unidade Consumidora do Grupo B


O faturamento de unidade consumidora do Grupo B realiza-se com base no consumo
de energia elétrica ativa, e, quando aplicável, no consumo de energia elétrica reativa
excedente. Os valores mínimos faturáveis, referentes ao custo de disponibilidade do
sistema elétrico, aplicáveis ao faturamento mensal de unidades consumidoras do
Grupo B, serão os seguintes:
» Monofásico e bifásico a 02 (dois) condutores: valor em moeda corrente equivalente a
30 kWh;
» Bifásico a 03 (três) condutores: valor em moeda corrente equivalente a 50 kWh;
» Trifásico: valor em moeda corrente equivalente a 100 kWh.

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Os valores mínimos serão aplicados sempre que o consumo, medido ou estimado,
for inferior aos referidos acima, não sendo a diferença resultante não será objeto de
Apresentação
futura compensação.

Situação Prática Faturamento de Unidade Consumidora do Grupo A

Medição de Energia
O faturamento de unidade consumidora do grupo A, observadas as respectivas
modalidades quando da aplicação de tarifa horossazonal, deve ser realizado com base
nos valores identificados por meio dos critérios descritos a seguir:
Resolução da
Situação Prática
I – Demanda faturável: um único valor, correspondente ao maior valor dentre os
Referências definidos a seguir:
Bibliográficas
a. demanda contratada ou demanda medida, exceto para unidade consumidora da
classe rural ou reconhecida como sazonal;
b. demanda medida no ciclo de faturamento ou 10% (dez por cento) da maior demanda
medida em qualquer dos 11 (onze) ciclos completos de faturamento anteriores, no
caso de unidade consumidora incluída na tarifa convencional, da classe rural ou
reconhecida como sazonal; ou
c. demanda medida no ciclo de faturamento ou 10% (dez por cento) da maior demanda
contratada, no caso de unidade consumidora incluída na tarifa horossazonal da
classe rural ou reconhecida como sazonal.

Quando os montantes de demanda de potência ativa ou de uso do sistema de


distribuição – MUSD medidos excederem em mais de 5% (cinco por cento) aos valores
contratados aplica-se a cobrança de uma “ultrapassagem” conforme a legislação
vigente.

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II – Consumo de energia elétrica ativa:
Apresentação - Quando houver Contrato de Compra de Energia Regulada - CCER celebrado deve ser
utilizado um dos seguintes critérios:
Situação Prática - Para consumidores especiais ou livres, quando o montante de energia elétrica ativa
medida no ciclo de faturamento, em megawatt-hora, for maior que o produto do
número de horas do ciclo pelo limite estabelecido para a energia elétrica ativa
Medição de Energia
contratada, fixado em MWmédio para cada ciclo de faturamento, o faturamento da
energia elétrica ativa será:
Resolução da
Situação Prática
FEA(p) = MWmédio (contratado) x Horas (ciclo) x TE (comp)(p)
Referências
Bibliográficas 1. Para consumidores especiais ou livres, quando o montante de energia elétrica ativa
medida no ciclo de faturamento, em megawatt-hora, for menor ou igual ao produto
do número de horas do ciclo pelo limite estabelecido para a energia elétrica ativa
contratada, fixado em MWmédio para cada ciclo de faturamento, o faturamento da
energia elétrica ativa será:

FEA(p) = EEAM(p) x TE (comp)(p)

2. Para demais consumidores que celebrem o CCER, o faturamento da energia elétrica


ativa será:

FEA(p) = EEAM (p) x TE(comp)(p)

Onde:
FEA(p) = faturamento da energia elétrica ativa, por posto horário “p”, em Reais (R$);
EEAM(p) = montante de energia elétrica ativa medido em cada posto horário “p” do
ciclo de faturamento, em megawatt-hora (MWh);

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TE(comp)(p) = tarifa de energia “TE” das tarifas de fornecimento, por posto horário “p”,
aplicáveis aos subgrupos do grupo A para a modalidade tarifária horossazonal azul,
Apresentação
em Reais por megawatt-hora (R$/MWh);
MWmédio (contratado) = limite estabelecido para a energia elétrica ativa contratada,
Situação Prática
fixado em MWmédio para cada ciclo de faturamento;
HORAS(ciclo) = indica a quantidade total de horas do ciclo de faturamento; e
Medição de Energia
p = indica posto horário, ponta ou fora de ponta, para as tarifas horossazonais.
Resolução da
Situação Prática Para demais unidades consumidoras, deve ser obtido pela aplicação da tarifa final
de energia elétrica ativa homologada ao montante total medido no período de
Referências faturamento, conforme a modalidade tarifária correspondente, limitando-se ao
Bibliográficas
intervalo máximo de tempo permitido à leitura. A cada 12 (doze) ciclos de faturamento,
contados da celebração do Contrato de Fornecimento ou do Contrato de Uso do
Sistema de Distribuição - CUSD, a distribuidora deve:

I – Verificar se as unidades consumidoras da classe rural e as reconhecidas como


sazonal, registraram, no período referido no caput, o mínimo de 3 (três) valores de
demanda ou MUSD (Montante de Uso do Sistema de Distribuição) iguais ou superiores
aos contratados, excetuando-se aqueles ocorridos durante o período de testes; e

II – Faturar, considerando o período referido no caput, os maiores valores obtidos


pela diferença entre as demandas ou MUSD contratados e os montantes medidos
correspondentes, pelo número de ciclos em que não tenha sido verificado o mínimo
referido no item I acima.

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Modalidades Tarifárias
Apresentação
A tarifa convencional é aplicada considerando-se o seguinte:

Situação Prática I – Para o grupo A:


a) tarifa única de demanda de potência (kW); e
Medição de Energia
b) tarifa única de consumo de energia (kWh).

Resolução da II – Para o grupo B, tarifa única aplicável ao consumo de energia (kWh).


Situação Prática

Referências A tarifa horosazonal azul é aplicada considerando-se o seguinte:


Bibliográficas

I – Para a demanda de potência (kW):


a. uma tarifa para horário de ponta (P); e
b. uma tarifa para horário fora de ponta (F).

II – Para o consumo de energia (kWh):


a. uma tarifa para horário de ponta em período úmido (PU);
b. uma tarifa para horário fora de ponta em período úmido (FU);
c. uma tarifa para horário de ponta em período seco (PS); e
d. uma tarifa para horário fora de ponta em período seco (FS).

A tarifa horossazonal verde é aplicada considerando-se o seguinte:

I – Para a demanda de potência (kW), uma tarifa única; e

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II – Para o consumo de energia (kWh):
Apresentação a. uma tarifa para horário de ponta em período úmido (PU);
b. uma tarifa para horário fora de ponta em período úmido (FU);
Situação Prática
c. uma tarifa para horário de ponta em período seco (PS); e
d. uma tarifa para horário fora de ponta em período seco (FS).
Medição de Energia

ICMS: Cobrança e sua Aplicação


Resolução da
Situação Prática
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS incidente sobre o
Referências fornecimento de energia elétrica é um imposto onde as suas alíquotas são definidas
Bibliográficas
em lei estadual. Cabe à distribuidora, na qualidade de contribuinte legal e substituto
tributário do referido imposto, dentro de sua área de concessão, apenas a tarefa de
recolher ao Erário Estadual as quantias cobradas nas Faturas de Energia Elétrica. O
ICMS é devido por todos os consumidores. O cálculo do ICMS é efetuado de forma
onde o montante do imposto integra a sua própria base de cálculo (cálculo por
dentro). Para operacionalizar o cálculo é adotada a fórmula abaixo, definida pelo
Conselho de Política Fazendária (Confaz):

1
ICMS = F . -1
1-X

Onde:
F = Fornecimento
X = Alíquota / 100

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Tributos Federais
Apresentação
O Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento
da Seguridade Social (COFINS) são tributos cobrados pela União, voltados para o
Situação Prática trabalhador e para atender a programas sociais do Governo Federal. As alíquotas são
de 1,65% (PIS) e 7,6% (COFINS), apuradas de forma não-cumulativa. Assim, a alíquota
Medição de Energia
média desses tributos varia com o volume de créditos apurados mensalmente pelas
concessionárias e com o PIS e a COFINS pagos sobre custos e despesas no mesmo
período, tais como a energia adquirida para revenda ao consumidor.
Resolução da
Situação Prática
TUST – Tarifa do Uso de Sistema de Transmissão
Referências
Bibliográficas
Tem a finalidade de remunerar o serviço de transmissão de energia desde a fonte
geradora até a interligação das concessionárias responsáveis pela distribuição.

TUSD – Tarifa do Uso de Sistema de Distribuição


Tem a finalidade de remunerar o serviço de distribuição de energia desde o ponto de
entrega pelas transmissoras até o ponto de entrega do consumidor final.

Veja na figura abaixo a porcentagem da composição da tarifa de energia:

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Apresentação
Impostos (PIS, COFINS, ICMS, COSIP - Iluminação Pública)
Encargos Setoriais
Situação Prática Transmissão da Energia (TUST)
Distribuição da Energia (TUSD) 43,02%
Medição de Energia
Energia 30,37%

Resolução da
20,60%
Situação Prática
3,29%
Referências 2,72%
Bibliográficas

Figura 21 - Composição da Tarifa de energia

Interpretação da Fatura de Energia


O artigo 119 da Resolução 414 da ANEEL define os itens obrigatórios que devem
constar nas faturas de energia elétrica:
» Nome do consumidor
» Número de inscrição no CNPJ, ou CPF

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» Código de identificação da unidade consumidora
Apresentação » Classificação da unidade consumidora
» Endereço
Situação Prática
» Número de identificação dos medidores de energia
» Datas e registros das leituras anterior e atual
Medição de Energia
» Data de apresentação e de vencimento
Resolução da » Grandezas e respectivos valores relativos aos produtos e serviços prestados
Situação Prática
» Valor total a pagar
Referências
Bibliográficas » Avisos sobre as condições gerais de fornecimento, tarifas, produtos e serviços, bem
como os tributos.
» Valor correspondente a energia
» Número da central de telefone para tele atendimento, ouvidoria quando houver.
» Número da ANEEL

Quando for pertinente:


» Multa por atraso e os acréscimos
» Indicação de desconto
» Data e hora da ultrapassagem de demanda
» Indicação de cada fatura vencida e não paga
» Percentual de ajuste tarifário
» Valor do Custeio de Serviço de Iluminação Pública (CIP)

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Concessionária

Apresentação

Localidade
Situação Prática

Medição de Energia

Resolução da
Situação Prática

Referências
Bibliográficas

Preço Médio

Histórico do Consume Mensal

Figura 22 - Exemplo de Fatura de Energia

Assista agora a vídeo aula sobre Medição de Energia – Faturamento.


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Medição
Apresentação
A ANEEL obriga as concessionárias a instalarem o medidor de energia elétrica nas
instalações elétricas de seus consumidores, com o objetivo de registrar o consumo de
Situação Prática energia e posteriormente realizar as cobranças por fatura. Os medidores podem ser
eletrônicos, ou eletromecânicos.
Medição de Energia

Resolução da
Situação Prática

Referências
Bibliográficas

Figura 23 - Medidor Eletrônico de Energia Figura 24 - Medidor Eletromecânico de Energia

Padrão de Entrada
O padrão de ligação, ou padrão de entrada é o conjunto de materiais e técnicas a ser
utilizadas nas ligações elétricas. Sua instalação deve ser configurada de acordo com a
energia a ser utilizada pelo cliente final.
Os itens que compõem o Padrão de Entrada são:
» Poste
» Caixa para Medidor

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» Sistema de Aterramento
Apresentação » Eletrodutos
» Fios e Condutores
Situação Prática
» Disjuntor

Medição de Energia Importante: Para ligações bifásicas até 100A podem ser utilizadas as caixas tipo “P” ou
“E”. Para ligações trifásicas apenas tipo “E”
Resolução da
Situação Prática Existem casos específicos onde é preparado um padrão de entrega de energia elétrica
de forma temporária. Isso ocorre comumente em eventos passageiros ou canteiro de
Referências obras.
Bibliográficas

Modelos de Padrão de Entrada


Além de observar todos esses itens é fundamental que a Equipe de Serviços Elétricos
que vá realizar esse trabalho tenha conhecimento técnico e siga, além das normas
técnicas da distribuidora, as normas de segurança e proteção da ABNT, observando as
necessidades específicas do imóvel e o layout arquitetônico de cada ambiente.

Se você precisa de Eletricista em São Paulo, por exemplo, para instalação de Padrão de
Entrada é importante que, antes de contratar uma empresa, conheça os tipos exigidos
pela concessionária:
» Entrada de Serviço para medição em poste – saída subterrânea, com tubulação para
telefone.
» Entrada de Serviço para medição em poste – saída aérea.
» Entrada de Serviço para duas medições em poste – saída aérea / subterrânea.
» Entrada de Serviço para três medições em poste – saída aérea / subterrânea.
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Ramal de Ligação aéreo
Poste
Apresentação Vista Lateral
Ponto de
entrega

Situação Prática
Eletroduto PVC

Medição de Energia

Resolução da
Situação Prática

Referências Porta Ornamental


Bibliográficas com visor
MURO

Recuo
Técnico

Caixa para
medição
Caixa para
disjuntor

Saída para carga

1000

700 (mín)
Rua
Caixa de aterramento

Figura 23 - Padrão de entrada com caixa na lateral do muro

Assista agora a vídeo aula sobre Medição de Energia – Padrão de Entrada.

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Situação Prática para Exercitar
Uma empresa deseja mudar o tipo de cobrança de sua fatura de energia. Deseja-se que
a cobrança seja realizada de acordo com a sua produção. A empresa começa a operar
às 8hs da manhã, com turnos que chegam até às 21hs da noite. Porém as máquinas que
consomem maior energia são desligadas no horário de ponta.

O gerente da empresa, após alguns estudos, achou melhor pagar uma tarifa única.
A distribuidora de energia elétrica é a Eletropaulo, então a empresa deve optar pela
tarifa:
( ) a) Convencional.
( ) b) Horosazonal azul para demanda de potência.
( ) c) Horosazonal azul para consumo de energia.
( ) d) Horosazonal verde para demanda de potência.
( ) e) Horosazonal verde para consumo de energia.

Assista agora a vídeo aula sobre Medição de Energia – Situação Prática.

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Referências Bibliográficas

Se você desejar saber mais sobre Medição de Energia, consulte:

BARROS, Benjamim F. et al.; Geração, transmissão, distribuição e consumo de


energia elétrica. 1.ed. São Paulo: Érica, 2014

SENRA, Renato; Energia Elétrica: Medição, Qualidade e Eficiência. 1. Ed. São Paulo:
Baraúna, 2017.

- Como calcular o consumo elétrico em R$:

https://www.youtube.com/watch?v=Zqn0OpAsVE4

Se você ficou com alguma dúvida, acesse o Fale Conosco e pergunte a um especialista,
mencionando o assunto: Medição de Energia.

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