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Tarifação e Requisitos
Normativos

Instalações Elétricas Industriais


Prof. Nilo Rodrigues
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Introdução

• Organização Institucional do Setor Elétrico Brasileiro:

✓ CNPE – Conselho Nacional de Política


Energética
▪ Fixação das diretrizes da política energética

✓ MME – Ministério de Minas e Energia


▪ Execução da política energética – Poder
Concedente

✓ CMSE – Comitê de Monitoramento do Setor


Elétrico
▪ Responsável pelo acompanhamento e avaliação
da continuidade e segurança do suprimento
eletro energético do território nacional

✓ EPE – Empresa de Pesquisa Energética


▪ Responsável pelo Planejamento
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Introdução

• Organização Institucional do Setor Elétrico Brasileiro:

✓ ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica


▪ Responsável pela regulação, fiscalização e
mediação setorial

✓ ONS – Operador Nacional do Sistema


▪ Responsável pela operação do Sistema
Interligado Nacional – SIN

✓ CCEE – Câmara de Comercialização de Energia


Elétrica
▪ Responsável pelo gerenciamento dos contratos
de compra e venda de energia elétrica e pela
contabilização e liquidação de curto prazo
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Introdução

• Segmentos do Setor Elétrico Brasileiro:

✓ Geração ✓ Transmissão ✓ Distribuição ✓ Comercialização ✓ Consumo


▪ Responsável pela ▪ Responsável pelo ▪ Responsável por ▪ Titulares de ▪ Agrega as unidades
transformação da transporte da receber a energia autorização, consumidoras
energia primária energia gerada até das empresas de concessão ou classificadas de acordo
(águas de os centros transmissão e permissão para fins com sua atividade entre:
reservatório, gás, consumidores de distribui-la para os de realização de o Residencial
vapor, energia dos carga. centros operações de o Industrial
ventos, energia consumidores compra e venda de o Comércio
solar) em energia residenciais e energia elétrica na
o Serviços e outras
elétrica. industriais. CCEE. atividades
o Rural
o Poder público
o Iluminação pública
o Serviço público
o Consumo próprio.
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Introdução
Distribuidora Local Comercializadora
• Tipos de Consumidores:
✓ Consumidor Cativo
▪ Consumidor ao qual só é permitido comprar energia da
distribuidora detentora da concessão ou permissão na
área onde se localizam suas instalações.

✓ Consumidor Especial
▪ Consumidor em média ou alta tensão com demanda
contratada maior ou igual a 500kW que adquire energia
incentivada (gerada por fontes renováveis).

✓ Consumidor Livre
▪ Consumidor em média ou alta tensão com demanda
contratada maior ou igual a 2.000kW*.

✓ Consumidor Potencialmente Livre


▪ Consumidor que atende às condições de um consumidor
livre, mas não adquire energia elétrica no ambiente de
contratação livre. *Com o objetivo de diminuir os limites de carga para contratação de energia elétrica por parte dos
consumidores, a Portaria MME 514/2018 definiu novos limites de contratação para o Consumidor Livre:

• Até 31/12/20: Carga igual ou superior a 2.000 kW • Até 31/12/22: Carga igual ou superior a 1.000 kW
• Até 31/12/21: Carga igual ou superior a 1.500 kW • A partir de 2023: Carga igual ou superior a 500 kW
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Tensão de Fornecimento

• O fornecimento deve ser efetuado em tensão secundária de 220/380V (BT) quando a carga
instalada for igual ou inferior a 75kW (aéreo) ou 100kW (subterrâneo).
✓ Ligação Monofásica (220V - 01 fase + 01 neutro)
▪ Carga instalada até o limite de 10kW (aéreo) ou 15kW (subterrâneo), podendo ser conectadas, individualmente, no máximo:
motor monofásico com potência individual até 3cv; aparelho com potência individual até 5kW; máquina de solda a
transformador com potência até 2kVA; aparelho de raios-X com potência até 4kVA.

✓ Ligação Bifásica (380/220V – 02 fases + 01 neutro)


▪ Carga instalada até o limite de 20kW (aéreo) ou 30kW (subterrâneo), podendo ser conectadas, individualmente e em 380V,
no máximo: motor monofásico com potência individual até 5cv; aparelho com potência individual até 8kW; máquina de solda
a transformador com potência até 6kVA; aparelho de raios-X com potência até 8kVA.

✓ Ligação Trifásica (380/220V – 03 fases + 01 neutro)


▪ Carga instalada até o limite de 75kW (aéreo) ou 100kW (subterrâneo), podendo ser conectadas, individualmente, no máximo:
motor trifásico com potência individual até 30cv; aparelho trifásico não resistivo com potência individual até 20kVA; máquina
de solda a transformador trifásico com potência até 15kVA; aparelho de raios-X trifásico com potência até 20kVA.
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Tensão de Fornecimento

• O fornecimento deve ser efetuado em tensão primária inferior a 69,0kV* (MT) quando:
✓ A carga instalada for superior a 75kW e a demanda contratada pelo consumidor estiver compreendida entre
30kW e 2.500kW.

✓ Pode ser atendida em MT, unidade consumidora que, mesmo apresentando carga instalada inferior a 75kW,
possua em suas instalações equipamentos que, pelas características de funcionamento ou potência, possa
prejudicar a qualidade do fornecimento a outros consumidores, tais como:
▪ Motor trifásico com potência individual maior ou igual que 30cv, em 380V;
▪ Aparelho trifásico não resistivo, com potência individual maior que 20kVA;
▪ Máquina de solda a transformador trifásico com potência maior que 15kVA;
▪ Aparelho de raios-X trifásico ou outros aparelhos hospitalares com potência maior que 20kVA;
▪ Bate-estaca, elevador de carga, betoneira, grua ou equipamento similar, ou equipamentos que possuam cargas pulsantes, que
estejam localizados em canteiros de obra e cuja potência individual ultrapasse a 10cv.

(*) No Ceará, o atendimento em Média Tensão (MT) é efetuado em 13,8kV.


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Tensão de Fornecimento

• O fornecimento deve ser efetuado em tensão primária igual ou superior a 69,0kV* (AT)
quando:
✓ A demanda contratada pelo consumidor for superior a 2.500kW.

✓ Pode ser atendida em AT, unidade consumidora que, mesmo apresentando demanda contratada inferior a
2.500kW:
▪ Possua equipamento que, pelas suas características de funcionamento ou potência, possa prejudicar a qualidade de
fornecimento a outros consumidores atendidos em média tensão;
▪ Haja conveniência técnico-econômica para o sistema elétrico da Distribuidora, não acarretando prejuízo ao interessado.
(*) No Ceará, o atendimento em Alta Tensão (AT) é efetuado em 69,0kV.
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Grupamento de Consumidores

• Os consumidores de energia são divididos em grupos e subgrupos distintos para distinção


entre modelos tarifários e benefícios específicos.
✓ Grupo A
▪ Grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em tensão igual ou superior a 2,3 kV, ou atendidas a
partir de sistema subterrâneo de distribuição em tensão secundária, caracterizado pela tarifa binômia e subdividido nos
seguintes subgrupos:
✓ A3a: tensão de fornecimento de 30kV a 44kV;
✓ A1: tensão de fornecimento igual ou superior a 230kV;
✓ A4: tensão de fornecimento de 2,3kV a 25kV;
✓ A2: tensão de fornecimento de 88kV a 138kV;
✓ AS: tensão de fornecimento inferior a 2,3kV, a partir de
✓ A3: tensão de fornecimento de 69kV; sistema subterrâneo de distribuição.

✓ Grupo B
▪ Grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em tensão inferior a 2,3kV, caracterizado pela tarifa
monômia e subdividido nos seguintes subgrupos:
✓ B1: residencial; ✓ B3: demais classes;
✓ B2: rural; ✓ B4: Iluminação Pública.
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Sistema Tarifário Brasileiro

• A Aneel tem a responsabilidade de fixar as tarifas de energia elétrica de forma a promover a


modicidade tarifária na defesa do interesse público e o equilíbrio econômico-financeiro dos
agentes que prestam os serviços de energia.
✓ A tarifa considera três custos distintos:

✓ Para fins de cálculo tarifário,


os custos da distribuidora são
classificados em dois tipos:
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Sistema Tarifário Brasileiro

• Para estimular a mudança no perfil de carga das unidades consumidoras, a Aneel regulamenta
postos tarifários distintos:
✓ Horário de Ponta ✓ Horário Intermediário ✓ Horário Fora de Ponta
▪ Período composto por 3h diárias ▪ Período de horas conjugado* ao ▪ Período composto pelo conjunto
consecutivas* definidas pela posto tarifário ponta, sendo uma das horas diárias consecutivas e
distribuidora considerando a hora imediatamente anterior e complementares àquelas
curva de carga de seu sistema outra imediatamente posterior. definidas nos postos ponta e
elétrico, com exceção feita aos intermediário.
sábados, domingos e feriados. (*) No Ceará, o horário intermediário
compre2ende o período de 16:30h
(*) No Ceará, o horário de ponta está às 17:30h e 20:30h às 21:30h.
compreendido de 17:30h às 20:30h.

• Bandeiras Tarifárias: Criada em 2015 com o


objetivo de sinalizar aos consumidores faturados
pela distribuidora por meio da Tarifa de Energia,
os custos atuais da geração de energia elétrica.
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Sistema Tarifário Brasileiro

• Modalidade Tarifária: Conjunto de tarifas aplicáveis às componentes de consumo de energia


elétrica e demanda de potência ativas, considerando as seguintes modalidades:
✓ Convencional Monômia
▪ Aplicada às unidades do grupo B, de forma compulsória e automática para todas as unidades consumidoras, caracterizada
por tarifa única de consumo de energia elétrica (R$/kWh), independentemente das horas de utilização do dia.

✓ Horária Branca
▪ Aplicada às unidades do grupo B, de acordo com a opção do consumidor, exceto para o subgrupo B4 e para as subclasses
Baixa Renda do subgrupo B1, caracterizada por tarifa diferenciada de consumo de energia elétrica (R$/kWh), de acordo
com as horas de utilização do dia e segmentada em três postos tarifários: Horário de Ponta + Horário Intermediário +
Horário Fora de Ponta.
✓ Horária Verde
▪ Aplicada às unidades do grupo A caracterizada por tarifa única de demanda de potência (R$/kW) e tarifa diferenciada de
consumo de energia elétrica (R$/kWh), de acordo com as horas de utilização do dia e segmentada em dois postos
tarifários: Horário de Ponta + Horário Fora de Ponta.
▪ A modalidade tarifária horária verde é disponível apenas às unidades consumidoras do grupo A com tensão de
fornecimento inferior a 69,0kV.
▪ Em instalações industriais com fator de carga igual ou inferior a 0,70 é mais econômica a adoção da tarifa horária verde.
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Sistema Tarifário Brasileiro

• Modalidade Tarifária: Conjunto de tarifas aplicáveis às componentes de consumo de energia


elétrica e demanda de potência ativas, considerando as seguintes modalidades:
✓ Horária Azul
▪ Aplicada às unidades do grupo A caracterizada por tarifa diferenciada de demanda de potência (R$/kW) e tarifa
diferenciada de consumo de energia elétrica (R$/kWh), de acordo com as horas de utilização do dia e segmentada em dois
postos tarifários: Horário de Ponta + Horário Fora de Ponta.
▪ Unidades consumidoras do grupo A com tensão de fornecimento igual ou superior a 69,0kV devem ser enquadradas na
modalidade tarifária horária azul.
▪ Em instalações industriais com fator de carga muito elevado, tais como indústrias têxteis que operam em 03 turnos, é mais
econômica a adoção da tarifa azul.

• Faturamento de Demanda e Consumo:


✓ Demanda: Maior valor entre a demanda contratada (kW) e a demanda medida (kW) em cada posto tarifário,
aplicando a respectiva tarifa de demanda (R$/kW).

✓ Consumo: Montante de energia elétrica ativa medida (kWh) em cada posto tarifário (p) do ciclo de
faturamento, aplicando a respectiva tarifa de energia (R$/kWh).
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Sistema Tarifário Brasileiro

• Ultrapassagem de Demanda: Aplicada quando os montantes de demanda de potência ativa


medidos excederem em mais de 5% os valores contratados.
𝑫𝑼𝑳𝑻 𝒑 Cobrança de 𝑷𝑨𝑴 𝒑 Potência ativa medida 𝑷𝑨𝑪 𝒑 Potência ativa
𝐷𝑈𝐿𝑇 𝑝 = 𝑃𝐴𝑀 𝑝 − 𝑃𝐴𝐶 𝑝 ∙ 𝟐 ∙ 𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑝 demanda de (kW) em cada posto contratada (kW) em
potência ativa tarifário (p) no período cada posto tarifário (p)
excedente, por de faturamento. no período de
posto tarifário (p), faturamento.
em R$.
• Fator de Potência: O fator de potência de referência tem como limite mínimo permitido o
valor de 0,92 indutivo (de 06h30 às 23h30) ou 0,92 capacitivo (de 23h30 às 06h30).
✓ Reativo Excedente: Aos montantes de energia elétrica e demanda de potência reativos que excederem o limite
permitido, aplicam-se cobranças adicionais ao faturamento regular de unidades consumidoras do grupo A:
𝑛 𝑬𝑹𝑬 Cobrança de energia 𝒇𝑻 Fator de potência 𝑷𝑨𝑴𝑻 Demanda ativa medida
𝑓𝑅 elétrica reativa exce- medido em cada em cada intervalo T de
𝐸𝑅𝐸 = ෍ 𝐸𝐸𝐴𝑀𝑇 ∙ −1 ∙ 𝑉𝑅𝐸𝑅𝐸 dente, em R$. intervalo T de 1h. 1h (kW)
𝑓𝑇
𝑇=1
𝑬𝑬𝑨𝑴𝑻 Energia elétrica 𝑽𝑹𝑬𝑹𝑬 Tarifa de energia da 𝑷𝑨𝑭 𝒑 Demanda ativa faturável
medi-da em cada bandeira verde por posto tarifário (p)
intervalo T de 1h aplicá-vel ao (kW).
𝑓𝑅 (kWh).de potência de subgrupo B1.
𝑛
𝐷𝑅𝐸 𝑝 = 𝑀𝐴𝑋𝑇=1 𝑃𝐴𝑀𝑇 ∙ − 𝑃𝐴𝐹 𝑝 ∙ 𝑉𝑅𝐷𝑅𝐸 𝒇𝑹 Fator 𝑫𝑹𝑬 𝒑 Cobrança de 𝑽𝑹𝑫𝑹𝑬 Tarifa de demanda fora
𝑓𝑇 referência igual a demanda reativa por de ponta, modalidade
0,92. posto tarifário (p), azul.
em R$.
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ET-942 (Enel Distribuição Ceará)

• A Especificação Técnica 942 (Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Primária de Distribuição)


estabelece regras e recomendações aos projetistas, construtores e consumidores, com relação à
elaboração de projetos e execução de suas instalações, a fim de possibilitar o fornecimento de energia
elétrica pela Enel Distribuição Ceará em tensão nominal de 13,8kV entre fases.

✓ Entrada de Serviço: Circuito com toda a infraestrutura adequada à ligação, fixação, caminhamento, sustentação
e proteção dos condutores, que vão do ponto de ligação da rede até a proteção geral de MT do consumidor.
▪ Ponto de Ligação: Ponto da rede da Enel Distribuição Ceará do qual deriva o ramal de ligação, ficando após as chaves de
derivação.
▪ Ramal de Ligação: Conjunto de condutores e acessórios instalados entre o ponto de ligação da rede primária da Enel
Distribuição Ceará e o ponto de entrega.
❖ Deve ser de montagem necessariamente aérea e ao tempo em toda a sua extensão e ter comprimento máximo de 40 metros;
❖ É projetado, construído, operado e mantido pela Enel Distribuição Ceará, sem a participação financeira do consumidor;
❖ Deve ser instalada e operada exclusivamente pela Enel Distribuição Ceará, chave seccionadora unipolar na derivação do ramal de ligação;
❖ Não deve cruzar outro terreno que não seja o da unidade consumidora;
❖ Quando o poste de derivação do ramal de ligação estiver do mesmo lado da via pública onde se localiza a estrutura de medição, a
distância medida, seguindo a direção da via pública, entre a estrutura de medição e a estrutura de derivação do ramal de ligação deve ser
de no mínimo 3m.
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ET-942 (Enel Distribuição Ceará)

▪ Ponto de Entrega: Conexão do sistema elétrico da Enel


Distribuição Ceará com a unidade consumidora e situa-se no limite
da via pública com a propriedade onde esteja localizada a unidade
consumidora.
❖ Todos os materiais e equipamentos da estrutura do ponto de entrega,
tais como: postes, cruzetas, ferragens, isoladores, para-raios, muflas,
chaves, caixas de medição etc. devem ser adquiridos, instalados e
mantidos pelo consumidor.
❖ O consumidor titular de unidade consumidora do Grupo A é responsável
pelas instalações necessárias ao abaixamento da tensão, transporte de
energia e proteção dos sistemas, além do ponto de entrega.
▪ Ramal de Entrada: Conjunto de condutores e acessórios instalados
pelo consumidor entre o ponto de entrega e a proteção geral de
MT, podendo ser aéreo ou subterrâneo.
❖ É construído, mantido e reparado às custas do interessado;
❖ Não é permitida travessia de via pública e não deve ultrapassar 50m;

❖ Ramal de Entrada Aéreo: Os condutores podem ser de cobre ou


alumínio sendo que o uso do alumínio só é permitido nos ramais
derivados de linhas cujos condutores sejam também de alumínio.
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ET-942 (Enel Distribuição Ceará)

❖ Ramal de Entrada Subterrâneo:

❖ Os condutores devem ser instalados em dutos situados a uma


profundidade mínima de 0,60m;
❖ Deve ser derivado de uma estrutura fixada em terreno da própria
unidade consumidora;
❖ No trecho fora do solo, deve ser protegido mecanicamente até a uma
altura de 5m, através de eletroduto de aço zincado de 100mm de
diâmetro;
❖ Deve ser construída uma caixa de passagem no mínimo a 0,70m do
poste de descida do ramal de entrada subterrâneo;
❖ O comprimento máximo retilíneo entre duas caixas de passagem é de
30m, observando que em todo ponto onde haja mudança de direção no
caminhamento do ramal de entrada, com ângulo superior a 45°, deve ser
construída uma caixa de passagem;
❖ As caixas de passagem devem ter dimensões mínimas internas de 0,80m
x 0,80m x 0,80m, com uma camada de brita de 0,10m no fundo da
mesma. Os dutos devem estar no mínimo a 0,25m da brita;
❖ Todo ramal de entrada subterrâneo, de preferência, deve ser composto
de 3 (três) cabos unipolares, recomendando-se a instalação de um cabo
reserva da mesma natureza dos cabos energizados.
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ET-942 (Enel Distribuição Ceará)

✓ Medição: A medição das unidades consumidoras do Grupo A deve ser realizada em média tensão com
conjunto de medição polimérico, com medidor e módulo de telemedição inserido internamente ao conjunto,
fornecido pela Enel Distribuição Ceará e instalado em poste de até 12m.
▪ Medição instalada em Poste de Concreto:
❖ O conjunto de medição deve ser instalado em
poste fincado no limite da via pública,
posicionado em local dentro do terreno do
cliente. Quando houver muro, cerca ou qualquer
obstáculo físico entre a unidade consumidora e a
via pública, este deve ser recuado com relação à
estrutura do conjunto de medição;
❖ O transformador do cliente e o conjunto de
medição podem ser instalados no mesmo poste,
devendo este estar localizado no recuo.

▪ Medição em Cubículo:
❖ A instalação do sistema de medição de
faturamento deve ser realizada em cubículo de
MT quando não for possível a instalação de
medição em poste.
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ET-942 (Enel Distribuição Ceará)

✓ Proteção Elétrica e Seccionamento: Os equipamentos de proteção são destinados a detectar condições


anormais de serviço, tais como sobrecarga, curto-circuito, sobretensão, subtensão e a desligar a parte
defeituosa, a fim de limitar possíveis danos e assegurar o máximo de continuidade de serviço.
▪ Proteção Contra Surtos de Tensão Provocados por Descargas Atmosféricas e Manobras: Para proteção contra
sobretensões, um conjunto de para-raios deve ser obrigatoriamente instalado na estrutura do conjunto de medição pelo
lado da fonte.
▪ Proteção Elétrica contra Condições Anormais de Serviço:
❖ Unidade Consumidora com capacidade instalada menor ou igual a
300kVA:
❖ Em uma subestação com somente um transformador, as
proteções gerais de média tensão podem ser realizadas por meio
de chave seccionadora tripolar com fusível para subestações
abrigadas, chave fusível unipolar tipo expulsão para subestações
aéreas ou disjuntor acionado através de relés secundários com as
funções 50 e 51, fase e neutro.
❖ Para unidades com mais de um transformador, deve ser instalada
proteção geral entre a medição e o primeiro transformador,
podendo ser realizada através de disjuntor de média tensão
acionado através de relés secundários com as funções 50 e 51
fase e neutro, chave seccionadora tripolar com fusível ou chave
fusível unipolar tipo expulsão para proteção de MT e disjuntores
termomagnéticos de baixa tensão.
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ET-942 (Enel Distribuição Ceará)

▪ Proteção Elétrica contra Condições Anormais de Serviço:


❖ Unidade Consumidora com capacidade instalada superior a 300kVA:
❖ A proteção geral de média tensão deve ser realizada, exclusivamente, por meio de um disjuntor acionado por relés secundários com
as funções 50 e 51, fase e neutro;
❖ Sugere-se a utilização de proteção contra subtensão e sobretensão com temporização (funções 27 e 59);
❖ Antes do disjuntor, deve ser instalado um dispositivo com seccionamento tripolar visível com intertravamento com o disjuntor.
❖ Os transformadores de corrente (TC) para alimentação dos relés devem ser instalados logo após o dispositivo de seccionamento que
precede o disjuntor geral da subestação;
❖ A proteção geral de baixa tensão pode ficar, no máximo, a 5m de distância da subestação.

✓ Subestações: As subestações devem ser localizadas em local de livre e fácil acesso em condições adequadas
de iluminação, ventilação e segurança, podendo ser abrigadas ou ao tempo.
▪ Subestação Abrigada: São consideradas aquelas instaladas em ambiente abrigado, podendo ser instaladas ao nível do solo,
de forma subterrânea ou acima da superfície do solo.
❖ São obrigatórias para subestações com potência instalada superior a 300kVA, devendo ser instaladas em conjunto com a cabine de
proteção.
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ET-942 (Enel Distribuição Ceará)

▪ Subestação Abrigada:

▪ Subestação de Instalação Exterior: São aquelas instaladas ao ar livre onde seus componentes estão sujeitos a ação das
intempéries. Podem ser em cabines pré-fabricadas próprias para uso ao tempo, transformador tipo pedestal ou instaladas
em postes.
❖ Admite-se a montagem de transformador em postes até a potência de 300kVA, devendo à altura e esforço do poste ser dimensionados
para garantir as distâncias mínimas de segurança e suportar os esforços mecânicos.
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ET-942 (Enel Distribuição Ceará)

✓ Aterramento:

▪ Os equipamentos da subestação devem estar sobre a área ocupada pela malha


de terra, devendo restringir-se aos limites da propriedade particular, não
podendo ocupar espaço sob calçadas, vias públicas, praças, espaços públicos e
terrenos de terceiros.
▪ Devem ser utilizados, no mínimo, 6 hastes de aterramento, observando que a
distância entre as hastes de aterramento deve ser de, no mínimo, 3m e ter
disposição retangular. O condutor de aterramento que interliga as hastes de
aterramento deve ter seção mínima de 35mm².
▪ O condutor de aterramento que liga o terminal ou barra de aterramento
principal à malha de terra deve ter seção mínima de 50mm².
▪ Todas as ligações devem ser feitas com conectores apropriados, preferindo-se a
utilização de soldas do tipo exotérmica.
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