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Fatores Aplicáveis a Projetos de Instalações


Industriais e Dimensionamento de Iluminação
Industrial

Instalações Elétricas Industriais


Prof. Nilo Rodrigues
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Fatores de Projeto

• Na elaboração de projetos elétricos, é necessária a aplicação de alguns fatores, denominados fatores de


projeto, visando à economicidade do empreendimento. Se tais fatores forem omitidos, a potência de
certos equipamentos pode alcançar, desnecessariamente, valores muito elevados.

✓ Fator de Demanda
▪ Relação entre a demanda máxima do sistema
e a carga total conectada a ele (potência
instalada), durante um intervalo de tempo
considerado.

𝐷𝑚𝑎𝑥
𝐹𝑑 =
𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡

▪ O fator de demanda é adimensional e para ser determinado é necessário conhecer a carga conectada,
calculada como a soma das potências nominais contínuas dos aparelhos consumidores de energia
elétrica.
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Fatores de Projeto

• Exemplo 1:

▪ Uma dada indústria de fabricação de compostos químicos possui potência instalada de 2.000kW, sendo que
grande parte de seus equipamentos opera durante o período noturno. Durante o mês de julho de 2020, a
fatura de energia emitida pela distribuidora local registrou consumo de 412.837kWh, com demanda faturada
de 1.400kW.

▪ A curva de carga do dia de maior produção do


mês de julho de 2020 da referida indústria é
apresentada na figura ao lado.

▪ Determine o Fator de Demanda da instalação.


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Fatores de Projeto

✓ Fator de Demanda – Iluminação e Tomadas de Uso Geral


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Fatores de Projeto

✓ Fator de Demanda – Aparelhos de Aquecimento


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Fatores de Projeto

✓ Fator de Demanda – Condicionadores de Ar

✓ Fator de Demanda – Elevadores


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Fatores de Projeto

✓ Fator de Simultaneidade de Motores e Cargas Especiais

▪ À exemplo do fator de demanda, o fator de simultaneidade (𝑭𝒔 ) aplica-se sobre cargas industriais de
maior relevância para representar a coincidência das demandas máximas de alguns aparelhos motrizes
e de maior relevância em um ambiente industrial.

▪ A aplicação do fator de simultaneidade em instalações industriais deve ser precedida de um estudo


minucioso, a fim de evitar o subdimensionamento dos circuitos e equipamentos. Nas instalações cujos
motores operem com um alto índice de simultaneidade, deve-se adotar valores para 𝑭𝒔 que retratem
mais fielmente a coincidência de operação das cargas industriais.
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Fatores de Projeto

• Exemplo 2:

▪ Uma dada indústria do ramo têxtil possui suas cargas de iluminação, força e motrizes atendidas por meio de
02 QDL e 01 CCM, setorizados conforme tabela abaixo:

Quadro Setor Cargas Potência


Instalada
Iluminação e Tomadas de Uso Geral 60.000W
QDL-01 Setor de Máquinas
Aquecedores Resistivos (04 und x 7.500W) 30.000W
Setor Administrativo e Demais Iluminação e Tomadas de Uso Geral 30.000W
QDL-02
dependências Condicionadores de ar (15 und x 1.100W) 16.500W
CCM-01 Setor de Máquinas 15 Motores de Indução de 15cv 10.300W

▪ Determine a Demanda Máxima presumível para os QDL, CCM e QGF.


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Fatores de Projeto

✓ Fator de Potência
▪ A potência instantânea consumida por um equipamento é obtida
pelo produto entre as ondas de tensão e corrente. Assim, caso a
carga tenha comportamento resistivo (ondas de tensão e corrente
em fase), a curva de potência instantânea terá sempre valores
positivos.

▪ A potência ativa (kW) é obtida pelo produto entre os valores


eficazes da tensão e corrente e está relacionada a uma parcela de
energia que efetivamente realiza trabalho gerando calor, luz,
movimento, etc. A energia transferida da fonte a carga é obtida pela
área sob a curva de potência média.

▪ Entretanto, a maioria das cargas industriais possui comportamento


resistivo-indutivo (motores, transformadores, reatores para
lâmpadas de descarga, fornos de indução etc), fazendo com que a
onda de corrente sofra um atraso de 𝝋 em relação à onda de tensão
que alimenta o equipamento.
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Fatores de Projeto

✓ Fator de Potência
▪ O defasamento entre as ondas de tensão e corrente faz com que a
curva de potência instantânea assuma valores negativos em
determinados instantes de tempo, reduzindo a potência ativa
transferida pela fonte até a carga.

▪ É possível dividir a onda de potência instantânea em duas parcelas:


uma curva com valores positivos e outra com valores que oscilam
em torno do zero.

▪ A potência reativa (kVAr) é obtida pelo


produto entre os valores eficazes da tensão e
corrente e sofre influência do ângulo de
defasagem 𝜑 entre as mesmas. Esta parcela
de energia transferida da fonte a carga é nula
e está relacionada a energia usada para criar e
manter os campos eletromagnéticos de
cargas indutivas.
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Fatores de Projeto

✓ Fator de Potência
▪ A potência ativa e reativa podem ser obtidas em função do ângulo de defasagem entre as ondas de
tensão e corrente, fazendo:

𝑃 = 𝑉 ∙ 𝐼 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝜑
𝑆 2 = 𝑃2 + 𝑄 2
𝑄 = 𝑉 ∙ 𝐼 ∙ 𝑠𝑖𝑛𝜑

▪ O Fator de Potência é a razão entre a potência elétrica ativa (P) e a raiz 𝑃 𝑃


quadrada da soma dos quadrados das potências elétricas ativa e reativa (S), 𝐹𝑝 = =
𝑆 𝑃2 + 𝑄 2
consumidas num mesmo período especificado.

▪ Utilizando o triângulo de potências, é possível encontrar outras 𝑄


relações para o Fator de Potência: 𝐹𝑝 = 𝑐𝑜𝑠𝜑 = 𝑐𝑜𝑠 𝑎𝑡𝑎𝑛
𝑃
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Fatores de Projeto

• Exemplo 3:

▪ O uso de capacitores em instalações elétricas industriais é essencial para melhoria do fator de potência de
cargas, evitando, assim, efeitos indesejáveis tais como quedas de tensão, perdas, sobrecargas e cobranças por
consumo de energia reativa excedente.

Considere uma instalação elétrica na qual a potência ativa consumida é de 100kW e o fator de potência é de
0,8. Um engenheiro instala um banco de capacitores para corrigir o fator de potência para 0,95.

Determine as potências aparentes da instalação antes e depois da correção do fator de potência.


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Fatores de Projeto

✓ Fator de Carga

▪ Relação entre a demanda média e a demanda máxima


de uma instalação, durante um intervalo de tempo
considerado.

𝐷𝑚𝑒𝑑
𝐹𝑐 =
𝐷𝑚𝑎𝑥

▪ O fator de carga, normalmente, refere-se ao período de


𝐶𝑘𝑊ℎ 𝐶𝑘𝑊ℎ
carga diária, semanal, mensal e anual, podendo ser 𝐷𝑚𝑒𝑑 = 𝐹𝑐 =
calculado a partir do consumo de energia no período ∆𝑡 ∆𝑡 ∙ 𝐷𝑚𝑎𝑥
∆𝒕 considerado.

▪ O fator de carga mede o grau no qual a demanda máxima foi mantida durante o intervalo de tempo
considerado, ou seja, mostra se a energia está sendo utilizada de forma racional por parte de uma
determinada instalação.
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Fatores de Projeto

✓ Fator de Carga

▪ Manter um elevado fator de carga no sistema significa possibilita obter benefícios tais como:
✓ Otimização dos investimentos da instalação elétrica
✓ Aproveitamento racional da energia consumida pela instalação
✓ Redução do valor da demanda pico.

▪ Para elevar o fator de carga de uma instalação pode-se:


✓ Reduzir a demanda máxima através de ações de eficiência energética, dispositivos de controle de demanda ou
reprogramação de operação das cargas;
✓ Em caso de expansão da indústria, elevar o consumo em outros postos horários.
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Fatores de Projeto

✓ Fator de Perdas

▪ Em diversas situações é necessário avaliar a perda elétrica média (em kWh) de uma instalação,
especialmente quando existem circuitos de distribuição extensos em tensão primária ou secundária.
O conhecimento deste parâmetro na fase de projeto permite realizar ajustes no traçado dos circuitos
da instalação elétrica industrial, visando conferir maior eficiência energética.

▪ Entretanto, tomando por base os parâmetros de resistência dos 2


condutores e a demanda máxima prevista, é possível conhecer apenas a 𝑃𝑒𝑟𝑚𝑎𝑥 = 𝑅 ∙ 𝐼𝑚𝑎𝑥
perda máxima da instalação:

▪ Para determinar a perda média estimada da instalação, define-se o Fator 𝑃𝑒𝑟𝑚𝑒𝑑


𝐹𝑃𝑒𝑟 =
de Perdas como sendo a relação entre a perda de potência na demanda 𝑃𝑒𝑟𝑚𝑎𝑥
média e a perda de potência na demanda máxima.

▪ Na prática, determina-se o Fator de Perdas a partir do Fator de


𝐹𝑃𝑒𝑟 = 0,3 ∙ 𝐹𝑐 + 0,7 ∙ 𝐹𝑐2
Carga esperado de uma instalação:
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Fatores de Projeto

• Exemplo 4:

▪ Uma dada indústria de fabricação de compostos químicos possui potência instalada de 2.000kW, sendo que
grande parte de seus equipamentos opera durante o período noturno. Durante o mês de julho de 2020, a
fatura de energia emitida pela distribuidora local registrou consumo de 412.837kWh, com demanda faturada
de 1.400kW.

▪ A curva de carga do dia de maior produção do


mês de julho de 2020 da referida indústria é
apresentada na figura ao lado.

▪ Determine o Fator de Carga e Fator de Perdas da instalação.


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Iluminação Industrial

• Um projeto de iluminação industrial deve observar alguns fatores:

▪ Nível de iluminamento suficiente para cada


atividade específica;

▪ Distribuição espacial da luz sobre o ambiente;

▪ Escolha da cor de luz e seu respectivo


rendimento;

▪ Escolha apropriada dos aparelhos de


iluminação;

▪ Tipo de execução das paredes e pisos.


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Iluminação Industrial

✓ Luz
▪ Fonte de radiação que emite ondas eletromagnéticas em diferentes comprimentos, sendo que
apenas algumas ondas de comprimento de onda definido são visíveis ao olho humano.

✓ Fluxo Luminoso
▪ Medido em lúmen, expressa a potência de radiação emitida por uma fonte luminosa em todas as
direções do espaço. Pode ser definido ainda como a potência de radiação emitida por uma
determinada fonte de luz e avaliada pelo olho humano.
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Iluminação Industrial

✓ Iluminância
▪ Expressa em lux, corresponde ao fluxo luminoso incidente numa Flúmens
E= (lux )
determinada superfície por unidade de área. Sm2

✓ Eficiência Luminosa
Flúmens
▪ Relação entre o fluxo luminoso emitido por uma fonte luminosa e a = (lumens / W )
potência em Watts consumida por esta. PW

▪ Deve-se observar a eficiência luminosa das lâmpadas para


permitir a elaboração de projetos mais eficientes.
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Iluminação Industrial

✓ Índice de Reprodução de Cores (IRC)


▪ Escala (de 0 a 100) utilizada para medir a fidelidade de cor que a iluminação reproduz nos objetos.
Lâmpadas com IRC na escala entre 80 a 100 são as que reproduzem mais fielmente as cores vistas
na decoração ou nos produtos.

✓ Temperatura de Cor
▪ A temperatura de cor expressa a aparência de cor da luz
emitida pela fonte de luz.

▪ A unidade de medida da temperatura de cor é o Kelvin (K).


Quanto mais alta a temperatura de cor, mais clara é a
tonalidade de cor da luz.
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Dimensionamento de Iluminação

✓ Orientações Básicas
▪ A relação entre as iluminâncias dos pontos de menor e
maior iluminamento, preferenciamente, não deve ser
inferior a 0,70;
▪ Em prédios com pé-direito igual ou inferior a 6m é
conveniente utilizar lâmpadas fluorescentes/LED
tubulares em linhas contínuas e ininterruptas;
▪ Em prédios com pé-direito superior a 6m é
conveniente utilizar lâmpadas de descarga com alto
fluxo luminoso ou refletores LED;
▪ Mesmo que a construção do telhado do prédio utilize
telhas translúcidas para aproveitamento da luz natural
(recurso de eficiência energética), o projeto de
iluminação não deve considerar a contribuição da luz
externa.
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Dimensionamento de Iluminação

✓ NBR 5413: Iluminância de Interiores


▪ Estabelece os valores de iluminâncias médias mínimas em serviço para iluminação artificial em interiores, onde se
realizem atividades de comércio, indústria, ensino, esporte e outras.
▪ São estabelecidas referências de iluminância em três níveis distintos, recomendando-se que:

➢ Considerar o valor do meio, devendo este ser utilizado em


todos os casos;

➢ O valor mais alto deve ser utilizado quando a tarefa se


apresenta com refletâncias e contrastes bastante baixos,
erros são de difícil correção, o trabalho visual é crítico, alta
produtividade ou precisão são de grande importância ou a
capacidade visual do observador está abaixo da média.

➢ O valor mais baixo pode ser usado quando as refletâncias ou


contrastes são relativamente altos, a velocidade e/ou
precisão não são importantes ou a tarefa é executada
ocasionalmente.
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Dimensionamento de Iluminação

✓ NBR 5413: Iluminância de Interiores


▪ Pode-se ainda analisar as características da tarefa e do observador para determinar o peso a ser
aplicado na definição da iluminância adequada.

▪ Ao somar os três valores algebricamente:


➢ Quando o valor encontrado for -2 ou -3, utilizar a iluminância mais baixa do grupo;
➢ Quando o valor encontrado foi +2 ou +3, utilizar a iluminância mais alta do grupo;
➢ Nos outros casos, utilizar a iluminância média do grupo.
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Dimensionamento de Iluminação

• A quantidade e caraterísticas dos equipamentos de iluminação devem ser determinadas como resultado
da aplicação da NBR 5413 (Iluminância de Interiores) e da NBR 8995 (Iluminação de Ambientes de
Trabalho).

• O dimensionamento e distribuição adequados dos pontos de iluminação em um ambiente podem ser


determinados pela aplicação dos métodos:

1 Método dos Lúmens 2 Método das Cavidades 3 Método Ponto por


Zonais Ponto
✓ Baseia-se na determinação do fluxo ✓ Considera as refletâncias das cavidades ✓ Permite calcular o iluminamento em
luminoso necessário para se obter um do teto, piso e recinto no qualquer ponto da superfície de
iluminamento médio desejado no plano dimensionamento da carga de trabalho a partir do iluminamento
de trabalho. iluminação, além de prever manutenções individual dos aparelhos.
programadas no parque de iluminação
✓ Método simples e de menor precisão ✓ Método factível por meio de softwares
industrial;
dos resultados, mas bastante utilizado especializados.
em instalações de pequeno porte. ✓ Método mais complexo, mais confiável e
utilizado em projetos de médio e grande
porte.
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Dimensionamento de Iluminação

1 Método dos Lúmens


▪ Baseia-se na determinação do fluxo luminoso necessário para se obter um iluminamento
médio desejado no plano de trabalho.

𝜓𝑡 Fluxo total a ser emitido pelas lâmpadas, em lúmens;

𝐸 Iluminamento médio requerido pelo ambiente a iluminar, em lux;

𝐸 ∙ 𝑆 𝑆 Área do recinto, em m²;


𝜓𝑡 =
𝐹𝑢 ⋅ 𝐹𝑑𝑙
𝐹𝑑𝑙 Fator de depreciação do serviço da luminária;

𝐹𝑢 Fator de utilização do recinto


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Dimensionamento de Iluminação

1 Método dos Lúmens


▪ O fator de depreciação mede a
relação entre o fluxo luminoso
emitido por uma luminária no fim do
período considerado para
manutenção e o fluxo emitido no
início de sua operação.
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Dimensionamento de Iluminação

1 Método dos Lúmens


▪ Para se determinar o fator de utilização, deve-se conhecer o índice do recinto K, bem
como as refletâncias médias do teto, paredes e piso, que são funções da tonalidade das
superfícies.
𝐾 Índice do recinto;

𝐴 Comprimento do recinto, em m;
𝐴⋅𝐵
𝐾=
𝐻𝑙𝑝 ⋅ 𝐴 + 𝐵 𝐵 Largura do recinto, em m;

𝐻𝑙𝑝 Altura da fonte de luz sobre o plano de trabalho, em m.

▪ Refletância Média – Teto: ▪ Refletância Média – Paredes: ▪ Refletância Média – Piso:


➢ Branco: 0,70 ➢ Claras: 0,50 ➢ Escuro: 0,10
➢ Claro: 0,50 ➢ Escuras: 0,30
➢ Escuro: 0,30
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Dimensionamento de Iluminação

1 Método dos Lúmens


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Dimensionamento de Iluminação

1 Método dos Lúmens


▪ Para se obter o número de luminárias utiliza-se a seguinte relação:

𝑁𝑙𝑢 Número de luminárias

𝜓𝑡 𝜓𝑡 Fluxo luminoso requerido, em lumens;


𝑁𝑙𝑢 =
𝑁𝑙𝑎 ⋅ 𝜓𝑙
𝑁𝑙𝑎 Número de lâmpadas por luminária;

𝜓𝑙 Fluxo luminoso emitido por uma lâmpada, em lúmens.


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Dimensionamento de Iluminação

1 Método dos Lúmens


▪ A distribuição das luminárias deve observar sua altura útil para uma distribuição
adequada da luz, bem como a razoabilidade da instalação;

▪ A distância entre os centros das luminárias deve ser, no mínimo, 1m e, no máximo 1,5
vez sua altura útil;

▪ O espaçamento da luminária à parede deve corresponder à metade do espaçamento


entre luminárias.

1𝑚 ≤ 𝑋 ≤ 1,5 ∙ 𝐻𝑙𝑝 1𝑚 ≤ 𝑌 ≤ 1,5 ∙ 𝐻𝑙𝑝

𝑋 𝑌
𝑋1 = 𝑌1 =
2 2
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Dimensionamento de Iluminação

• As cargas de iluminação devem ser determinadas a partir das características elétricas dos aparelhos de
iluminação selecionados para o empreendimento, devendo-se em geral considerar a potência nominal
das lâmpadas (kW) e o fator de potência, por exemplo, para refletores e lâmpadas LED.
𝑃𝑙𝑎𝑚𝑝
𝑃𝑙𝑎𝑚𝑝 (𝑘𝑊) 𝑆𝑙𝑎𝑚𝑝 = (𝑘𝑉𝐴) 𝑄𝑙𝑎𝑚𝑝 = 2
𝑆𝑙𝑎𝑚𝑝 2
− 𝑃𝑙𝑎𝑚𝑝 (𝑘𝑉𝐴𝑟)
𝐹𝑝

• Tratando-se de projeto de iluminação utilizando lâmpadas à descarga, determina-se a potência absorvida


pelo conjunto lâmpada-reator considerando a potência nominal da lâmpada (kW), a perda ôhmica nominal
do reator (kW), o fator de potência do reator e o rendimento médio do conjunto lâmpada-reator no valor
médio de 0,85.

𝑃𝑙𝑎𝑚𝑝 + 𝑃𝑟𝑒𝑎𝑡
𝑃𝑙𝑎𝑚𝑝+𝑟𝑒𝑎𝑡 = (𝑘𝑊)
0,85
2 2
𝑆𝑙𝑎𝑚𝑝+𝑟𝑒𝑎𝑡 = 𝑃𝑙𝑎𝑚𝑝+𝑟𝑒𝑎𝑡 + 𝑄𝑟𝑒𝑎𝑡 (𝑘𝑉𝐴)
𝑄𝑟𝑒𝑎𝑡 = 𝑃𝑟𝑒𝑎𝑡 ∙ 𝑡𝑎𝑛 𝑐𝑜𝑠 −1 𝐹𝑝 (𝑘𝑉𝐴𝑟)
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Dimensionamento de Iluminação

• Caso o ambiente tenha características comparáveis àqueles utilizados como habitação, o projetista pode
adotar o critério de dimensionamento da carga de iluminação sugerido pela NBR 5410 (Instalações
Elétricas de Baixa Tensão), ou seja:

a) em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6m², deve ser prevista uma carga mínima
de 0,1 kVA;
b) em cômodos ou dependências com área superior a 6m², deve ser prevista uma carga mínima de 0,1
kVA para os primeiros 6m², acrescida de 0,06 kVA para cada aumento de 4m² inteiros.
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Dimensionamento de Iluminação

• Exemplo 5:

▪ Considere o galpão industrial apresentado na


figura ao lado (corte frontal à esquerda e
superior à direita), que abriga o setor de Fiação
de uma indústria têxtil.

▪ Utilizando o Método dos Lúmens, determine o


número de projetores necessários, sua
distribuição espacial e a potência instalada
(ativa, reativa e aparente), considerando as
seguintes características:

❑ Teto branco, paredes claras e chão escuro;


❑ Refletor LED com fator de depreciação de 70%, 113W, Fator de
Potência 0,95, 11.990 lúmens;
❑ Fator de Utilização definido com base na tabela abaixo (segundo
catálogo do fabricante).
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Dimensionamento de Iluminação

• Exemplo 6:

▪ Determine a Potência Instalada (ativa, reativa e aparente), dos equipamentos de iluminação de uma indústria,
sabendo que cada ambiente possui as seguintes características
• Área 1: 25 lâmpadas fluorescentes tubulares de 32W, reator eletrônico com fator de potência 0,5 e
perdas de 8W;
• Área 2: 15 refletores LED de 113W e Fator de Potência 0,95;
• Área 3: 05 lâmpadas compactas LED de 9W e Fator de Potência 0,5;
• Área 4: 05 lâmpadas vapor de sódio de 150W, reator com fator de potência 0,90 e perdas de 23W.
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Fatores de Projeto e Iluminação

• Exercício Pós-Aula 02 (entrega até 24/ago – 18h00):

✓ Considerando as informações disponibilizadas para o Projeto Exemplo da Disciplina de


Instalações Elétricas industriais, apresente:

1. Dimensionamento da Potência Instalada (ativa, reativa e aparente) de iluminação para as áreas internas da indústria,
utilizando o Método dos Lúmens;

2. Dimensionamento da Potência Instalada (ativa, reativa e aparente) de iluminação para a área externa da indústria,
considerando a utilização de luminárias Vapor de Sódio de 150W com reator de 20W e Fator de Potência 0,95;

3. Distribuição espacial das luminárias na planta baixa.


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