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DIMENSIONAMENTO ELÉTRICO

- DETERMINAÇÃO DA POTÊNCIA
- CÁLCULO DE DEMANDA
DETERMINAÇÃO DA POTÊNCIA
Determinação da Potência
❑ A determinação da potência, é essencial para a concepção
econômica e segura de uma instalação, dentro de limites adequados
de elevação de temperatura e queda de tensão.

❑ Para a determinação da potência de alimentação de uma instalação


ou de parte desta, devem ser computados:
❑ Os equipamentos de utilização a serem alimentados, com suas
respectivas potências nominais;
❑ As possibilidades de não-simultaneidade de funcionamento destes
equipamentos; e
❑ A capacidade de reserva para futuras ampliações, seja das cargas ou das
instalações.

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DETERMINAÇÃO DA POTÊNCIA
Determinação da Potência
❑ A carga a considerar para um equipamento, é a potência nominal
por ele absorvida, dada pelo fabricante, ou calculada a partir da
tensão e corrente nominais e do fator de potência.
❑ Para motores ou outros equipamentos, quando for informada a
potência nominal fornecida (potência de saída) e não a absorvida,
devem ser considerados o rendimento e o fator de potência.

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DETERMINAÇÃO DA POTÊNCIA
Determinação da Potência
❑ As cargas de iluminação devem ser determinadas como resultado da
aplicação da NBR 5413/1992, observados os critérios de regra geral
estabelecidos na NBR 5410/2004. Para iluminação a descarga,
considerar as perdas dos equipamentos auxiliares.
❑ O número de pontos de tomada deve ser determinado em função da
utilização da edificação, observados os critérios mínimos de regra
geral contidos na NBR 5410/2004.
❑ A carga das instalações pode ser quantificada por dependência da
edificação e classificada em três grupos: iluminação, TUGs e
TUEs.

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DETERMINAÇÃO DA POTÊNCIA
Tabela para Determinação da Potência

Determinação da Potência
Dimensões Iluminação TUGs TUEs
Pot. Pot. Pot. Pot. Pot. Pot.
Qtde Dependência Comp. Larg. Área Per. Qtde Unt. Tot. Qtde Unt. Tot. Discriminação Qtde Unt. Tot.
(m) (m) (m2) (m) (W/VA) (W/VA) (W/VA) (W/VA) (W/VA) (W/VA)

Área Serv.
Banheiro
Circulação
Cozinha
Dormitòrios
Garagem
Hall
Sala Estar
Sala Jantar

Subtotal Potência total


(VA)
Subtotal Potência total
(W)
Potência Total (VA/W)

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DETERMINAÇÃO DA POTÊNCIA
Potência Média de Aparelhos para Determinação da Potência

Para fins de cálculo de


demanda utilizar fator de
potência=1.

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CÁLCULO DA DEMANDA (RIC - AES/CEEE/RGE)
Cálculo da Demanda Unidade Consumidora
❑ Todas as concessionárias de energia elétrica possuem seus
regulamentos e normas específicas para o fornecimento de energia
elétrica em sua área de concessão.
❑ Estes “regulamentos” chamados normalmente de Regulamento de
Instalações Consumidoras - RIC, geralmente podem ser adquiridos
através do acesso ao site de cada uma das concessionárias de
distribuição de energia elétrica.
❑ Para a elaboração de projetos elétricos, nesta disciplina,
considerando que sempre deve ser consultada a concessionária
local, adotaremos como padrão o RIC – AES Sul / CEEE / RGE,
por ser este, adotado pelas três maiores concessionarias do RS.

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CÁLCULO DA DEMANDA (RIC - AES/CEEE/RGE)
Cálculo da Demanda Unidade Consumidora
❑ Para efeitos de cálculos, demanda é soma das potências elétricas
instantâneas solicitadas ao sistema elétrico, expressa em kW, kVAr
ou kVA.

❑ Na unidade consumidora com carga instalada superior a 15kW


(220/127V) ou 25kW (380/220V), deve ser calculada a demanda
para dimensionar o condutor dos circuitos de distribuição e
alimentador.

❑ A demanda mínima considerada por unidade consumidora, quando


calculada, deve ser:
❑ a) Para 220/127V – 15 kVA;
❑ b) Para 380/220V – 25 kVA.

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CÁLCULO DA DEMANDA (RIC - AES/CEEE/RGE)
Cálculo da Demanda Unidade Consumidora (7.2.1)
❑ A demanda da unidade consumidora pode ser calculada, a partir da
determinação da potência (carga declarada), compatibilizada com
as previsões mínimas (Anexo D) e previsão de carga para a
instalação (item 7.2.2), através da seguinte expressão:

D(kVA) = (a + b + c + d + e + f)
Sendo:
❑ a = Demanda de iluminação e tomadas, calculada conforme ANEXO D;
❑ b = Demanda dos aparelhos para aquecimento (chuveiros, aquecedores, fornos, fogões, etc.), calculada conforme
ANEXO I;
❑ c = Demanda dos aparelhos de condicionador de ar, tipo “janela”, calculada conforme ANEXOS E e F, (unidade
em kVA);
❑ d = Demanda das unidades centrais de condicionadores de ar, calculadas a partir das respectivas correntes
máximas totais (valores fornecidos pelos fabricantes), considerando o fator de demanda de 100%;
❑ e = Demanda dos motores elétricos e máquinas de solda a motor, calculada conforme ANEXO G; e
❑ f = Demanda das máquinas de solda a transformador, aparelhos de eletrogalvanização e de raios-X, calculada
conforme ANEXO H.

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CÁLCULO DA DEMANDA (RIC - AES/CEEE/RGE)
Cálculo da Demanda Unidade Consumidora
a = Demanda de iluminação e tomadas, calculada conforme ANEXO D;

- Instalações em que, por sua


natureza, a carga seja utilizada
simultaneamente, devem ser
consideradas com o fator de
demanda de 100%;
- Os letreiros luminosos e a
iluminação de vitrinas não estão
considerados nesta tabela;
- O valor da carga para iluminação e
tomadas de unidades residenciais,
além de satisfazer a condição
mínima de 30W/m2 de área
construída, nunca deve ser inferior
a 2,2kW por unidade; e
- Para fins de calculo de demanda
utilizar fator de potência=1.

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CÁLCULO DA DEMANDA (RIC - AES/CEEE/RGE)
Cálculo da Demanda Unidade Consumidora
❑ b = Demanda dos aparelhos para aquecimento (chuveiros, aquecedores, fornos,
fogões, etc.), calculada conforme ANEXO I;

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CÁLCULO DA DEMANDA (RIC - AES/CEEE/RGE)
Cálculo da Demanda Unidade Consumidora
❑ c = Demanda dos aparelhos de condicionador de ar, tipo “janela”, calculada
conforme ANEXOS E e F, (unidade em kVA);

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CÁLCULO DA DEMANDA (RIC - AES/CEEE/RGE)
Cálculo da Demanda Unidade Consumidora
❑ e = Demanda dos motores elétricos e máquinas de solda a motor, calculada conforme
ANEXO G

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CÁLCULO DA DEMANDA (RIC - AES/CEEE/RGE)
Cálculo da Demanda Unidade Consumidora
❑ f = Demanda das máquinas de solda a transformador, aparelhos de
eletrogalvanização e de raios-X, calculada conforme ANEXO H.

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CÁLCULO DA DEMANDA (RIC - AES/CEEE/RGE)
Cálculo da Demanda Unidade Consumidora
❑ No cálculo da demanda, além dos valores previstos para iluminação
e tomadas, conforme ANEXO D, deve ser considerado os valores
mínimos de potência para força motriz (item 7.2.2):
❑ Unidade residencial: 1,1kVA, que se referem à previsão para aparelhos
de condicionador de ar tipo “janela”.
❑ Unidade consumidora residencial pertencente a centro(s) de
medição: 1kVA/unidade consumidora com até 40m² de área construída;
1,5kVA/unidade consumidora com área entre 40 e 50m²; e
2kVA/unidade consumidora com área superior a 50m².
❑ No caso de previsão de aparelho condicionador de ar tipo “split”, com
potência até 3,6kW ou 4 kVA (30.000 BTU/h), considerar como sendo
de “janela”. Para potências superiores, considerar como aparelho
condicionador de ar central.

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CÁLCULO DA DEMANDA (RIC - AES/CEEE/RGE)
Cálculo da Demanda Unidade Consumidora
❑ Salas e escritórios: 1kVA/15m² de área construída quando não for
previsto refrigeração central, que se referem à previsão para aparelhos de
condicionador de ar tipo “janela”.
❑ Lojas e semelhantes: 3kVA/unidade consumidora com até 30m² de área
construída e 5kVA/unidade consumidora com área construída superior a
30m².
❑ Estas potências se referem à previsão para motores, devendo a diferença
entre estes valores e a carga instalada em motores (kVA) e/ou
condicionadores de ar tipo “janela” (kVA), quando positiva, ser
considerada como um único motor e convertida em CV, para efeito de
utilização da tabela do ANEXO G (potência em CV mais próxima do
valor convertido).
❑ No cálculo da potência considerar 1 HP=746W e 1CV=736 W.
❑ A previsão de aumento de carga pode ser considerada.
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CÁLCULO DA DEMANDA (RIC - AES/CEEE/RGE)
Cálculo da Demanda do Circuito de Distribuição (7.2.3)
❑ Circuito de distribuição: Circuito que interliga a Caixa de
Distribuição ou a Caixa de Entrada de Distribuição CED, com as
Caixas de Proteção ou entre Caixas de Proteção.

Circuito de Alimentação
Distribuição Apartamentos

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CÁLCULO DA DEMANDA (RIC - AES/CEEE/RGE)
Cálculo da Demanda do Circuito de Distribuição (7.2.3)
❑ Dimensionamento do circuito de distribuição residencial
❑ A demanda do circuito de distribuição residencial é o somatório das
demandas das unidades consumidoras deste circuito.
❑ No somatório das demandas individuais admite-se a aplicação dos
seguintes fatores de redução:
❑ a) Com duas ou três CPs: 0,75;

❑ b) Com quatro CPs: 0,70;

❑ c) Com cinco CPs: 0,65.

❑ Os condutores dos circuitos de distribuição devem ter seção mínima de


25mm² em 220/127V e 16mm² em 380/220V e seção máxima de 50mm².

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CÁLCULO DA DEMANDA (RIC - AES/CEEE/RGE)
Cálculo da Demanda do Circuito de Distribuição (7.2.3)
❑ Dimensionamento do circuito de distribuição comercial
❑ A demanda do circuito de distribuição comercial é o somatório das
demandas das unidades consumidoras deste circuito.

❑ Dimensionamento do circuito de distribuição misto (residencial e


comercial):
❑ A demanda do circuito de distribuição misto é o somatório das demandas
residencial e comercial.

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CÁLCULO DA DEMANDA (RIC - AES/CEEE/RGE)
Cálculo da Demanda para Entrada de Serviço (7.2.4)
❑ Centro de medição: Local onde está situada a medição de duas ou
mais unidades consumidoras.
❑ Entrada de serviço: Condutores, equipamentos e acessórios,
compreendidos entre o ponto de derivação da rede da distribuidora e
a origem da instalação.

Respeitar
seletividade
da proteção 20
CÁLCULO DA DEMANDA (RIC - AES/CEEE/RGE)
Cálculo da Demanda para Entrada de Serviço (7.2.4)
❑ Residencial: Para o cálculo da demanda total e dimensionamento
da entrada de serviço, deve-se:
❑ a) Considerar a demanda de cada unidade consumidora em função da
área, conforme ANEXO T. No caso de unidades consumidoras com
áreas diferentes, utilizar a média aritmética das mesmas;
❑ b) Considerar o Fator de Diversidade, em função do número de unidades
consumidoras da edificação, conforme ANEXO U;
❑ c) Multiplicar os valores obtidos nas alíneas “a” e "b" por 1,2 (fator de
crescimento vegetativo), para aumento de cargas futuras; e
❑ d) Adicionar, ao valor do produto obtido na alínea “c“ a demanda de
serviço do condomínio, calculada conforme item Cálculo da Demanda
unidade Consumidora (7.2.1).

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CÁLCULO DA DEMANDA (RIC - AES/CEEE/RGE)
Cálculo da Demanda para Entrada de Serviço (7.2.4)
❑ Comercial: Para o cálculo da demanda total e dimensionamento da
entrada de serviço, deve-se somar a demanda de serviço com a
demanda do conjunto das unidades consumidoras, calculadas
conforme item Cálculo da Demanda unidade Consumidora (7.2.1)
❑ Misto: Para o cálculo da demanda e dimensionamento da entrada de
serviço, deve-se somar a demanda residencial com a comercial e
adicionar a demanda de serviço.

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CÁLCULO DA DEMANDA (RIC - AES/CEEE/RGE)
Cálculo da Demanda para Entrada de Serviço (7.2.4)

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EXEMPLO – CÁLCULO DA DEMANDA RESIDENCIAL

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EXEMPLO – CÁLCULO DA DEMANDA COMERCIAL - LOJA

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EXEMPLO – CÁLCULO DA DEMANDA COMERCIAL - LOJA

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EXERCÍCIOS
1) Para o projeto residencial abaixo, determina a potência instalada e cálcule a demanda
da carga. Para isto, considere os pontos de luz e as TUGs com potência de 100VA.

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