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CURSO DE PROJETO DE

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
RESIDENCIAIS

PROFº : RAFAEL MARTINS


ENGº CIVIL

EMAIL:
RMARTINSESTRUTURAL@GMAIL.COM

(85) 997874515
Sumário do Curso
UNIDADES E ASSUNTOS DAS AULAS TEÓRICAS

Introdução a Instalações Prediais Elétricas, Tensão e Corrente


Elétrica, Potência Elétrica, Fator de Potência, Levantamento de
Cargas Elétricas.
Tipos de Fornecimento de Tensão, Padrão de Entrada, Quadro de
Distribuição, Disjuntores.

Circuitos de Distribuição e Terminais, Simbologia.

Condutores Elétricos, Condutor de Proteção, Dispositivos DR,


Planejamento da Rede de Eletrodutos.
Dimensionamento da Fiação, Disjuntores e Eletrodutos,
Levantamento de Material.
Introdução

• O objetivo desta disciplina é o de fornecer, em linguagem simples e


acessível, as informações mais importantes relativas ao que é a
eletricidade, ao que é uma instalação elétrica, quais seus principais
componentes, como dimensioná-los e escolhê-los.
Tensão e Corrente Elétrica

• Nos condutores, existem partículas chamadas


elétrons livres, que estão em constante
movimento de forma desordenada e para que
estes passem a se movimentar de forma
ordenada, nos condutores, é necessário ter
uma força chamada de tensão elétrica (U).

• Esse movimento ordenado dos elétrons livres


nos condutores, provocado pela ação da
tensão, forma uma corrente de elétrons. Essa
corrente de elétrons livres é chamada de
corrente elétrica (I).
Potência Elétrica

• Tendo a corrente elétrica, a lâmpada se


acende e se aquece com uma certa
intensidade. Essa intensidade de luz e calor
percebida por nós (efeitos), nada mais é do
que a potência elétrica que foi transformada
em potência luminosa (luz) e potência térmica
(calor).
Potência Elétrica

• A intensidade da tensão é medida em volts (V);

• A intensidade da corrente é medida em ampère (A);

• Como a potência é o produto da ação da tensão e da corrente, a sua


unidade de medida é o volt-ampère (VA);

• A essa potência dá-se o nome de Potência Aparente.


Fator de Potência
• A Potência Aparente se divide em:

• Potência Ativa: É parcela efetivamente


transformada em potência mecânica,
térmica e luminosa. Sua unidade de medida
é o Watt (W);
• Potência Reativa: É a parcela transformada
em campo magnético, necessário ao
funcionamento de motores, geradores e
reatores. Sua unidade de medida é o volt-
ampère reativo (VAr).
• Em projetos de instalação elétrica residencial os cálculos efetuados são
baseados na potência aparente e potência ativa. Portanto, é importante
conhecer a relação entre elas para que se entenda o que é fator de
potência.
Fator de Potência
• Sendo a potência ativa uma parcela da potência aparente, pode-se
dizer que ela representa uma porcentagem da potência aparente que é
transformada em potência mecânica, térmica ou luminosa. A esta
porcentagem dá-se o nome de fator de potência.

• Nos projetos elétricos residenciais, desejando-se saber o quanto da


potência aparente foi transformada em potência ativa, aplica-se os
seguintes valores de fator de potência:
Para
1,0 Iluminaçã
o

0,8 Para TUG’S


Fator de Potência
• Quando o fator de potência é igual a 1, significa que toda potência
aparente é transformada em potência ativa. Isto acontece nos
equipamentos que só possuem resistência, tais como: chuveiro elétrico,
torneira elétrica, lâmpadas incandescentes, fogão elétrico, etc.
Exemplo:
Levantamento de Cargas Elétricas
• O levantamento das potências é feito mediante uma previsão das
potências (cargas) mínimas de iluminação e tomadas a serem
instaladas, possibilitando, assim, determinar a potência total prevista
para a instalação elétrica residencial;

• A previsão de carga deve obedecer às prescrições da NBR 5410:2008;

• A NBR 5410:2008 não estabelece critérios para iluminação de áreas


externas em residências, ficando a decisão por conta do projetista e do
cliente;

• A planta a seguir servirá de exemplo para o levantamento das


potências.
Levantamento de Cargas Elétricas
Levantamento de Cargas Elétricas
• A carga de iluminação é feita em função da área do cômodo da
residência:
Levantamento de Cargas Elétricas
• A carga de iluminação é feita em função da área do cômodo da
residência:
Levantamento de Cargas Elétricas
• Prevendo a carga de iluminação da planta residencial utilizada para o
exemplo, temos:
Levantamento de Cargas Elétricas
• Ponto de tomada é o ponto onde a conexão do equipamento à
instalação elétrica é feita através de tomada corrente. Um ponto de
tomada pode ter uma ou mais tomadas de corrente:
Levantamento de Cargas Elétricas
• Pontos de Tomadas de Uso
Geral (PTUG’s):

• Não se destinam à
ligação de equipamentos
específicos e nelas são
sempre ligados: aparelhos
móveis ou aparelhos
portáteis.
Levantamento de Cargas Elétricas
• Pontos de Tomadas de Uso Específico (PTUE’s) São destinadas à
ligação de equipamentos fixos e estacionários, como é o caso de:

• A quantidade de PTUE’s é estabelecida de acordo com o número de


aparelhos de utilização que sabidamente vão estar fixos em uma dada
posição no ambiente.
Levantamento de Cargas Elétricas
• Estabelecendo a quantidade mínima de pontos de tomadas de uso
geral e específico:
Levantamento de Cargas Elétricas
• Prevendo as cargas de pontos de tomadas de uso geral e específico:
Levantamento de Cargas Elétricas
• Prevendo as cargas de pontos de tomadas de uso geral e específico:
Levantamento de Cargas Elétricas
• Reunidos todos os dados obtidos, tem-se o seguinte quadro:
Levantamento de Cargas Elétricas
• Para obter a potência total da instalação, faz-se necessário: a) calcular
a potência ativa; b) somar as potências ativas.
Levantamento de Cargas Elétricas
• Para obter a potência total da instalação, faz-se necessário: a) calcular
a potência ativa; b) somar as potências ativas.
Tipos de Fornecimento de Tensão
• Fornecimento monofásico;
• Feito a dois fios: uma fase e
um neutro;
• Tensão de 127V.

• Fornecimento bifásico;
• Feito a três fios: duas fases e
um neutro;
• Tensões de 127V e 220V.

• Fornecimento trifásico;
• Feito a quatro fios: três fases
e um neutro;
• Tensões de 127V e 220V.
Tipos de Fornecimento de Tensão
• No estado do Ceará as normatizações para fornecimento são de
responsabilidade da COELCE, seguindo a Tabela I da NT001:
Tipos de Fornecimento de Tensão
• Dimensionado o Pontalete passaremos ao dimensionamento do Ramal
de Ligação e da Proteção Geral, através da Tabela II da NT001 :
Tipos de Fornecimento de Tensão
• Através do circuito de distribuição, essa energia é levada do medidor
até o quadro de distribuição, também conhecido como quadro de luz.
Tipos de Fornecimento de Tensão
• Através do circuito de distribuição, essa energia é levada do medidor
até o quadro de distribuição, também conhecido como quadro de luz.
Tipos de Fornecimento de Tensão
• Através do circuito de distribuição, essa energia é levada do medidor
até o quadro de distribuição, também conhecido como quadro de luz.
Quadro de Distribuição
• É o centro de distribuição de
toda a instalação elétrica de
uma residência, recebendo
os condutores que vêm do
medidor.
• Segundo a NBR 5410:2008,
os quadros devem ser
entregues com a advertência
indicada na figura, a qual
pode vir de fábrica ou ser
afixada no local da obra. Não
é especificado em que
material a advertência deve
ser feita, mas exige-se que
ela não deve ser facilmente
removível.
Quadro de Distribuição
Quadro de Distribuição
• É no Quadro de Distribuição que se encontram os dispositivos de
proteção e dele, também, partem os circuitos terminais que vão
alimentar diretamente as lâmpadas, pontos de tomadas e aparelhos
elétricos:
Quadro de Distribuição
• O quadro de distribuição deve estar
localizado:
• Em lugar de fácil acesso;
• E o mais próximo possível do
medidor para se evitar gastos
desnecessários com os condutores
do circuito de distribuição, que são
os mais grossos de toda a instalação
e, portanto, os de maior valor
Disjuntores
• Disjuntores termomagnéticos são
dispositivos que:
• Oferecem proteção aos condutores
do circuito, desligando-o
automaticamente quando da
ocorrência de uma sobrecorrente
provocada por um curto-circuito ou
sobrecarga;
• Permitem manobra manual,
operando-o como um interruptor,
secciona somente o circuito
necessário numa eventual
manutenção;
• Possuem a mesma função do fusível
só que ao invés da troca quando
queimado o disjuntor se desliga.
Disjuntores
• Disjuntor Diferencial Residual é um dispositivo constituído de um disjuntor
termomagnético acoplado a um outro dispositivo: o diferencial residual,
sendo assim, ele conjuga as duas funções:

• Disjuntor diferencial residual é um


dispositivo que protege:

• Os condutores do circuito
contra sobrecarga;

• Curto-circuito e;

• As pessoas contra choques


elétricos.
Disjuntores
• Interruptor Diferencial Residual é um dispositivo composto de um
interruptor acoplado a um outro dispositivo, o diferencial residual, sendo
assim, ele conjuga duas funções:.

• Interruptor diferencial residual é um


dispositivo que:
• Liga e desliga, manualmente, o
circuito e;
• Protege as pessoas contra choques
elétricos.
Disjuntores
• Sua função é:proteger as pessoas contra
choques elétricos provocados por contato
direto e indireto:

• Contato Direto: É o contato acidental, seja


por falha de isolamento, por ruptura ou
remoção indevida de partes isolantes: ou,
então, por atitude imprudente de uma
pessoa com uma parte elétrica
normalmente energizada (parte viva).

• Contato indireto: É o contato entre uma


pessoa e uma parte metálica de uma
instalação ou componente, normalmente
sem tensão, mas que pode ficar
energizada por falha de isolamento ou por
uma falha interna.
Disjuntores
• Tipos de disjuntores termomagnéticos: Os tipos de disjuntores
termomagnéticos existentes no mercado são: monopolares, bipolares e
tripolares:

• Os disjuntores termomagnéticos somente devem ser ligados aos


condutores fase dos circuitos.
Disjuntores
• Tipos de Disjuntores Diferenciais Residuais: Os tipos mais usuais de
disjuntores residuais de alta sensibilidade (no máximo 30 mA) existentes
no mercado são:

• Os disjuntores DR devem ser ligados aos condutores fase e neutro dos


circuitos, sendo que o neutro não pode ser aterrado após o DR.
Disjuntores
• Tipo de Interruptor Diferencial Residual: Um tipo de interruptor
diferencial residual de alta sensibilidade (no máximo 30 mA) existente
no mercado é o tetrapolar (figura abaixo), existindo ainda o bipolar:

• Interruptores DR devem ser utilizados nos circuitos em conjunto com


dispositivos a sobrecorrente (disjuntor ou fusível), colocados antes do
interruptor DR.
Circuitos de Distribuição
• Circuito Elétrico é o conjunto de equipamentos e condutores, ligados ao
mesmo dispositivo de proteção. O Circuito de Distribuição é aquele que
liga o quadro do medidor ao quadro de distribuição:
Circuitos de Distribuição
• Circuito Elétrico é o conjunto de equipamentos e condutores, ligados ao
mesmo dispositivo de proteção. O Circuito de Distribuição é aquele que
liga o quadro do medidor ao quadro de distribuição:
Circuitos Terminais
• Partem do quadro de distribuição e alimentam diretamente lâmpadas,
pontos de tomadas de uso geral e pontos de tomadas de uso específico:
Circuito de Iluminação
Circuito de Iluminação Externa
Circuito de Tomadas de uso Geral
Circuito de Tomadas de uso Geral
Circuito De Tomada de uso Específico
Circuito De Tomada de uso Específico

FN

FF
Circuito De Tomada de uso Específico

FN

FF
Critérios de Divisão dos Circuitos
Terminais
• Prever circuitos de iluminação separados dos circuitos de tomadas de
uso geral (TUG’s);

• Prever circuitos independentes, exclusivos para cada equipamento


com corrente nominal superior a 10 A:

• Por exemplo, equipamentos ligados em 220V com potências


acima de 2200VA (220V x 10 A) devem ter um circuito exclusivo
para si.

• Se os circuitos ficarem muito carregados, os fios adequados para suas


ligações irão resultar numa seção nominal (bitola) muito grande,
dificultando:
• A instalação dos fios nos eletrodutos e as ligações terminais
(interruptores e tomadas).
Critérios de Divisão dos Circuitos
Terminais
• Para que problemas assim não ocorram, uma boa recomendação é,
nos circuitos de iluminação e tomadas de uso geral, limitar a corrente a
10 A, ou seja, 1270VA em 127V ou 2200VA em 220V, Assim temos:

• Circuitos de Iluminação:

• Circuitos de TUG’s: OBS: As TUE’s


possuem circuito
específico.
Critérios de Divisão dos Circuitos
Terminais
• Para que problemas assim não ocorram, uma boa recomendação é,
nos circuitos de iluminação e tomadas de uso geral, limitar a corrente a
10 A, ou seja, 1270VA em 127V ou 2200VA em 220V, Assim temos:

• Circuitos de Iluminação:

• Circuitos de TUG’s: OBS: As TUE’s


possuem circuito
específico.
Simbologia Gráfica - QD
Simbologia Gráfica -Iluminação
Simbologia Gráfica -Tomadas
Simbologia Gráfica - Eletroduto
Simbologia Gráfica - Fios
Condutores Elétricos

• É o termo usado para designar um produto destinado a transportar


corrente (energia) elétrica, sendo que os fios e os cabos elétricos são
os tipos mais comuns de condutores:

• Um fio é um condutor sólido, maciço, provido de isolação, usado


diretamente como condutor de energia elétrica.

• A palavra cabo é utilizada quando um conjunto de fios é reunido


para formar um condutor elétrico.
Condutores Elétricos

• Dependendo do número de fios que compõe um cabo e do diâmetro


de cada um deles, um condutor apresenta diferentes graus de
flexibilidade. A norma brasileira NBR NM280 define algumas classes
de flexibilidade para os condutores elétricos, a saber:

• Classe 1: são aqueles condutores sólidos (fios), os quais


apresentam baixo grau de flexibilidade durante o seu manuseio;

• Classes 2, 4, 5 e 6: são aqueles condutores formados por vários


fios (cabos), sendo que, quanto mais alta a classe, maior a
flexibilidade do cabo durante o manuseio.
Condutores Elétricos

• Geralmente, nas instalações residenciais, os condutores são enfiados


no interior de eletrodutos e passam por curvas e caixas de passagem
até chegar ao seu destino final, que é, quase sempre, uma caixa de
ligação 5 x 10 cm ou 10 x 10 cm instalada nas paredes ou uma caixa
octogonal situada no teto ou forro;

• Além disso, em muitas ocasiões, há vários condutores de diferentes


circuitos no interior do mesmo eledroduto, o que torna o trabalho de
enfiação mais difícil ainda;

• Nestas situações, a experiência internacional vem comprovando há


muitos anos que o uso de cabos flexíveis, com classe 5, no mínimo,
reduz significativamente o esforço de enfiação dos condutores nos
eletrodutos, facilitando também a eventual retirada dos mesmos.
Condutores Elétricos

• Nos últimos anos também os profissionais brasileiros têm utilizado


cada vez mais os cabos flexíveis nas instalações elétricas em geral e
nas residenciais em particular:
Condutores Elétricos

• Nos últimos anos também os profissionais brasileiros têm utilizado


cada vez mais os cabos flexíveis nas instalações elétricas em geral e
nas residenciais em particular:
Condutor de Proteção ou Terra

• A função dos condutores de proteção ou terra é prover proteção contra


choques elétricos devido a fuga de elétrons do interior dos
condutores;

• Sabendo que um fio metálico é infinitamente melhor condutor que o


corpo humano, torna-se nítido que entre os dois esses elétrons iram
escolher o fio, em sua maioria, como rota de fuga minimizando os
efeitos no corpo humano;

• Esse condutor que serve como escape dos elétrons é chamado de fio
terra ou proteção;

• Como o fio terra não tem nenhuma influência no funcionamento do


equipamento, muitas pessoas esquecem de instala-lo tornando-se,
assim, possíveis candidatos a algum tipo de acidente.
Condutor de Proteção ou Terra

• A figura indica a maneira


mais simples de instalar o
fio terra em uma
residência. O fio deve ser
dimensionado conforme
será visto mais adiante e
pode-se utilizar um único
fio terra por eletroduto.
Interligando, na residência,
vários aparelhos e
tomadas pela. O condutor
terra ou de proteção, por
norma, é obrigatoriamente
de cor verde/amarela ou
apenas verde.
Condutor de Proteção ou Terra
O uso dos Dispositivos DR

• Como vimos anteriormente são dispositivos automáticos que desligam


correntes elétricas de pequena intensidade (da ordem de centésimos
de ampère), que um disjuntor comum (DTM) não conseguem detectar;

• A NBR 5410:2008. prescreve que esses dispositivos sejam utilizados:

• Em TUG’s, TUE’s e pontos de iluminação localizados na cozinha,


copa-cozinha, lavanderias, áreas de serviço, garagens, locais
contendo banheira ou chuveiro e, no geral, a todo local interno
molhado em uso normal ou que seja sujeito a lavagens;

• TUG’s e TUE’s em áreas externas ou em áreas internas que


possam alimentar equipamentos em áreas externas;

• Embora os locais acima possam ser protegidos pelos DTM é


aconselhável que se use os DR para maior garantia.
O uso dos Dispositivos DR

• Como vimos anteriormente são dispositivos automáticos que desligam


correntes elétricas de pequena intensidade (da ordem de centésimos
de ampère), que um disjuntor comum (DTM) não conseguem detectar;

• A NBR 5410:2008. prescreve que esses dispositivos sejam utilizados:

• Em TUG’s, TUE’s e pontos de iluminação localizados na cozinha,


copa-cozinha, lavanderias, áreas de serviço, garagens, locais
contendo banheira ou chuveiro e, no geral, a todo local interno
molhado em uso normal ou que seja sujeito a lavagens;

• TUG’s e TUE’s em áreas externas ou em áreas internas que


possam alimentar equipamentos em áreas externas;

• Embora os locais acima possam ser protegidos pelos DTM é


aconselhável que se use os DR para maior garantia.
O uso dos Dispositivos DR
O uso dos Dispositivos DR
Planejamento da Rede de Eletrodutos

• Uma vez determinado o número de circuitos elétricos em que a


instalação elétrica foi dividida e já definido o tipo de proteção de cada
um, chega o momento de se efetuar a sua ligação:
Planejamento da Rede de Eletrodutos
• Para o planejamento do caminho que o eletroduto irá percorrer, fazem-
se necessárias algumas orientações básicas:

1. Locar, primeiramente, o quadro de distribuição, em lugar de fácil


acesso e que fique o mais próximo possível do medidor;

2. Partir com o eletroduto do quadro de distribuição, traçando seu


caminho de forma a encurtar as distâncias entre os pontos de
ligação;

3. Utilizar a simbologia gráfica para representar, na planta


residencial, o caminhamento do eletroduto;

4. Fazer uma legenda da simbologia empregada;

5. Ligar os interruptores e tomadas ao ponto de luz de cada


cômodo.
Planejamento da Rede de Eletrodutos
Planejamento da Rede de Eletrodutos
• Para se acompanhar o
desenvolvimento do
caminhamento dos
eletrodutos, tomaremos a
planta do exemplo anterior
já com os pontos de luz e
pontos de tomadas e os
respectivos números dos
circuitos representados.
Iniciando o caminhamento
dos eletrodutos, seguindo
as orientações vistas
anteriormente, deve-se
primeiramente determinar o
local do quadro de
distribuição.
Planejamento da Rede de Eletrodutos

• Ao lado vê-se, em três


dimensões, o que foi
representado na planta
residencial.

• Do ponto de luz no teto da sala sai um eletroduto que vai até o ponto
de luz na copa e, daí, para os interruptores e pontos de tomadas. Para
a cozinha, procede-se da mesma forma.
Planejamento da Rede de Eletrodutos
Planejamento da Rede de Eletrodutos
Planejamento da Rede de Eletrodutos
• Uma vez representados os eletrodutos, e sendo através deles que os
fios dos circuitos irão passar, pode-se fazer o mesmo com a fiação:
representando-a graficamente, através de uma simbologia própria.

• Entretanto, primeiramente
precisa-se identificar
quais cabos estão
passando dentro de cada
eletroduto representado.
Planejamento da Rede de Eletrodutos
• Ligação de uma lâmpada comandada por interruptor simples:
Planejamento da Rede de Eletrodutos
• Ligação de mais de uma lâmpada com interruptores simples:
Planejamento da Rede de Eletrodutos
• Ligação de lâmpada comandada de dois pontos (interruptores
paralelos):
Planejamento da Rede de Eletrodutos
• Ligação de lâmpada comandada de três ou mais pontos (paralelos +
intermediários):
Planejamento da Rede de Eletrodutos
• Ligação de tomadas de uso geral (monofásicas):
Planejamento da Rede de Eletrodutos
• A representação gráfica da fiação é feita para que, ao consultar a
planta, se saiba quantos e quais fios estão passando dentro de cada
eletroduto, bem como a que circuito pertencem;

• Na prática, não se recomenda instalar mais do que 6 ou 7 condutores


por eletroduto, visando facilitar a enfiação e/ou retirada dos mesmos,
além de evitar a aplicação de fatores de correções por agrupamento
muito rigorosos.
Planejamento da Rede de Eletrodutos

• Ao prosseguir com a instalação é necessário levar o fase, o neutro e o


proteção do circuito 2 do quadro de distribuição até o ponto de luz na
copa. E assim por diante, completando a distribuição.
Planejamento da Rede de Eletrodutos
Dimensionamento da Fiação
• O dimensionamento da fiação é muito simples. Após a separação dos
circuitos faz-se a divisão da potencia ativa de cada um pela tensão (de
acordo com região do país), como o exemplo a seguir:

• Se adotarmos uma tensão de 220 V então


620
ficaria 𝑖 = 220 = 2,82 𝐴, lembrando que esse
circuito é de iluminação. Assim, entraremos
na tabela a seguir lembrando que para
circuitos de iluminação adota-se no mínimo
uma seção de 1,5 mm² e para TUG’s 2,5
mm².
Dimensionamento da Fiação

Capacidade de condução de corrente • Então consultando a tabela ao lado


Seção (mm²) Corrente Máxima (A) tendo como valor de entrada o
1 12,0 resultado no slide anterior e
1,5 15,2
seguindo a recomendação para
2,5 21,0
iluminação e TUG’s, podemos notar
4 28,0
que a seção que melhor se
6 36,0
enquadra é a de 1,5 mm².
10 50,0
16 68,0
25 89,0 • A representação seria #1,5(1,5)1,5T
35 111,0 mm² (Fase, Neutro, Terra). A seção
50 134,0 encontrada se repete para os
70 171,0 demais fios do circuito.
Dimensionamento do Disjuntor

Capacidade de condução de corrente


Corrente Máxima (A) • Tendo sido obtido o valor da correte
10,0 de cada circuito para
15,0
dimensionamento do disjuntor é só
20,0
entrar na tabela ao lado, partir da
25,0
capacidade de corrente de cada
30,0
35,0
disjuntor
40,0
45,0 • Para o calculo do DT geral usaremos
50,0 a próxima tabela, que é retirada da
55,0 NT001 da COELCE.
60,0
Dimensionamento do Disjuntor
Dimensionamento do Disjuntor

• Então para o nosso exemplo, onde a potência instalada é de 18,7 KW,


com esse valor na tabela acima teremos as seguintes especificações:

• Trifásico;

• 3#6(6)6Tmm², diâmetro do eletroduto: 50 mm;

• Para o calculo da corrente utilizaremos as seguintes formulas:

𝑃𝑜𝑡. 𝑃𝑜𝑡.
𝐼= (circ. monofásicos); 𝐼= (circ. trifásicos).
220 3𝑥380

0,5𝑃𝑜𝑡.
𝐼= (circ. bifásicos); OBS: Pot. em Watts.
220

• Utilizando a formula de circuitos trifásicos obtivemos 28,41 A.


Confirmando o valor da tabela 35 A.
Dimensionamento do Eletroduto

• O tamanho dos eletrodutos


deve ser de um diâmetro tal
que os condutores possam
ser facilmente instalados ou
retirados. Para tanto é
obrigatório que os
condutores não ocupem
mais que 40% da área útil
dos eletrodutos. Seguindo o
exemplo acima entraremos
com os valores na tabela ao
lado:
Levantamento de Material

• Para a execução do projeto


elétrico residencial, precisa-
se previamente realizar o
levantamento do material,
que nada mais é que: medir,
contar, somar e relacionar
todo o material a ser
empregado e que aparece
representado na planta
residencial.

• Sendo assim, através da


planta pode-se:
Levantamento de Material
Levantamento de Material
Levantamento de Material
Levantamento de Material
Levantamento de Material
Levantamento de Material
OBRIGADO!!!

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