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000148/2022-00
OFÍCIO nº 0001/2022-SRD/ANEEL
Ao Senhor
Matheus Nogueira
Diretor Presidente
Mori Energia Holding S.A.
São Paulo - SP
Referência: Carta s/nº de 26/10/2021 (Documento SIC nº 48513.029550/2021-00) e Carta RTC – CLB
096/2021 (Documento SIC nº 48513.032626/2021-00, em anexo).
2. Para instruir o caso, solicitou-se análise e manifestação da Coelba, cuja resposta está em
anexo a este ofício.
4. Nesse contexto, cumpre esclarecer que o acesso de unidade consumidora que vai surgir
com micro ou minigeração distribuída enseja uma solicitação de acesso do interessado. O processo de
conexão então é dividido em duas etapas distintas, cada uma com seu prazo próprio: a emissão do parecer
de acesso para a conexão de micro ou minigeração distribuída, nos termos do PRODIST, e a aprovação
prévia do projeto das instalações de entrada de energia da unidade consumidora, nos termos do artigo
50 da REN nº 1.000/2021. E, quando houver a necessidade de execução de obras para a conexão de
microgeração ou minigeração distribuída, deve-se observar os prazos estabelecidos na REN nº
48554.000148/2022-00
1.000/2021, de forma complementar aos prazos de conexão definidos no PRODIST, assim como as regras
de participação financeira.
7. Antes de adentrar na análise, é válido resgatar a motivação pela qual a divisão de centrais
geradoras é vedada pela REN nº 482/2012, bem como a razão de não haver critérios objetivos para sua
identificação.
9. Para evitar que grandes usinas, que já detém porte suficiente para se viabilizar, usufruíssem
desses benefícios, a norma estabeleceu a proibição de divisão de grandes centrais geradoras em unidades
de menor porte. Caso não existisse essa vedação, haveria um desvirtuamento dos benefícios trazidos pela
REN nº 482/2012, fazendo com que centrais geradoras de grande porte maximizassem seus ganhos em
detrimento das tarifas dos demais usuários.
11. Logo, deve-se avaliar se a geração objeto da análise é, de fato, distribuída ou se trata uma
geração de grande porte dividida para se enquadrar nos limites de potência trazidos na REN nº 482/2012.
RCS
13. Por esse motivo, no item 6.1 do FAQ de Perguntas e Respostas sobre Geração Distribuída1,
criado com o intuito de orientar os interessados, foi destacado que a identificação dessas tentativas de
divisão de central geradora deve ser realizada pela distribuidora e “não se limita à verificação da
titularidade das unidades ou da contiguidade das áreas nas quais as centrais de geração se localizam”. Ou
seja, a distribuidora não deve se restringir a uma lista de critérios para avaliação de tentativas de divisão
de centrais geradoras, mas sim averiguar se, em cada caso concreto, há elementos para entender que
houve a intenção de fazer uma divisão desnecessária de uma central geradora, somente para se adequar
ao limite de potência da regra.
14. Nesse sentido, mais do que a titularidade ou a configuração das usinas, ao avaliar pedidos
de conexão que envolvam mais de uma central geradora, o que deve ser observado são os critérios
utilizados pelo interessado na definição da capacidade das centrais geradoras. Se essa definição teve
como critério ou motivação principal o enquadramento aos limites de potência definidos para
microgeração ou minigeração distribuída, de forma que a capacidade de cada usina provavelmente seria
diferente caso inexistissem tais limites, fica caracterizada a divisão intencional de central geradora, que é
objeto da vedação normativa.
15. Ainda sobre esse ponto, importa citar a decisão proferida pela Diretoria da ANEEL a
respeito de situação semelhante envolvendo a distribuidora Cemig-D2. Nessa decisão merece destaque a
posição manifestada pela Diretora Relatora, segunda a qual “...as distribuidoras podem adotar
procedimento interno, inclusive com critérios objetivos, para a identificação de tentativas de divisão.
Todavia, tais critérios, por si só, não são suficientes para o enquadramento como divisão. Identificados
indícios de divisão com base em critérios gerais, faz‐se necessária a avaliação das particularidades dos
casos concretos, antes da negativa de adesão ao sistema de compensação”.
16. Assim, a Coelba não pode utilizar irrestritamente critérios objetivos como justificativa para
a recusa de adesão ao sistema de compensação, razão pela qual a distribuidora deve passar a adotar a
possibilidade de se implantar mais de um projeto por município com distância inferior a 10 km entre eles.
Conforme exposto nos parágrafos anteriores, a análise sobre possíveis descumprimento do parágrafo 3º
do artigo 4º da Resolução Normativa nº 482/2012 deve ser conduzida com base nas características
específicas dos casos concretos.
17. Por fim, a respeito da exigência de a câmara de manobra estar em via pública, a Coelba
esclareceu que de acordo com a “norma NOR.DISTRIBU-ENGE-0022, a câmara de manobra deve estar no
limite da propriedade com a via pública e não na via pública.” Quanto a esse ponto, importa destacar que,
desde que não haja descumprimento dos regulamentos setoriais, as distribuidoras possuem liberdade
para estabelecer seus padrões técnicos.
1
Disponível em https://www.aneel.gov.br/geracao-distribuida.
2
Processo nº 48500.006591/2019-32.
RCS
18. No caso concreto apresentado pela Mori não se identifica descumprimento dos
regulamentos setoriais pela exigência da Coelba. Entretanto, por cópia solicitamos a COELBA a reavaliação
quanto a negativa de enquadramento como minigeração para empreendimentos da Mori em um mesmo
município em sua área de concessão.
Atenciosamente,
(Assinado digitalmente)
CARLOS ALBERTO CALIXTO MATTAR
Superintendente de Regulação dos Serviços de Distribuição
C/Cópia: Coelba
RCS
Senhor Superintendente,
Desta forma, com base no artigo 27-B, da Resolução Normativa ANEEL 414/2010, tem-
se que: “a distribuidora deve disciplinar em suas normas técnicas as situações em que
será necessária a aprovação prévia de projeto das instalações de entrada de energia
da unidade consumidora e das demais obras de responsabilidade do interessado,
observadas as condições a seguir estabelecidas”.
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licenciado para Thatiane
ASSINADO Marleska Silva Gomes - 044.490.761-09
DIGITALMENTE.
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48554.000148/2022-00-1 (ANEXO: 001)
Número: 48513.032626/2021-00
4.4.3 Edificação de múltiplas unidades consumidoras do grupo A deve ser atendida com uma
única entrada de energia, em tensão primária de distribuição, com cabine de manobra instalada
no limite da propriedade com a via pública, onde devem ser instalados os cubículos, dos quais
derivam os ramais para cada cliente,
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48554.000148/2022-00-1 (ANEXO: 001)
Número: 48513.032626/2021-00
Atenciosamente,
E s te e m a i l d e R e c ib o R e g is t r a d o é p r o v a in e q u í v o c a e v e r if ic á v e l d e s u a t r a n s a ç ã o d e E m a il R e g is t r a d o
0 d e t e n t o r d e s t e r e c ib o p o s s u i p ro v a d e e n t r e g a , d o c o n t e ú d o d a m e n s a g e m e s e u s a n e x o s , d a h o ra o fic ia l d o e n v io , da
re c e p ç ã o e da a b e rtu ra da m e s m a D e p e n d e n d o d o s s e rv iç o s s e le c io n a d o s , o d e te n to r p o d e t a m b é m t e r pro va d e tr a n s m is s ã o
e n c rip ta d a e /o u a s s in a tu r a e le trô n ic a .
S itu a ç ã o d e E n tre g a
E n v e lo p e d a M e n s a g e m
A s s u n to : O F ÍC IO - 1 - S R D /A N E E L - 4 8 5 5 4 .0 0 0 1 4 8 /2 0 2 2 -0 0 [7 5 0 5 1 f2 b -b 4 5 e -4 9 f7 -9 2 7 b -f2 c e 5 5 a 7 e 5 d 7 ]
P a ra : < c o e lb a .d o c u m e n to s @ n e o e n e rg ia .c o m >
Cc:
Cco:
ID d e R e d e :
R e c e b i d o p e l o S i s t e m a R M a il : 0 7 /0 1 /2 0 2 2 0 6 :0 1 :4 4 PM (U T C )
C ó d ig o d e C lie n te : 7 5 0 5 1 f2 b -b 4 5 e -4 9 f7 -9 2 7 b -f2 c e 5 5 a 7 e 5 d 7
E s ta tís tic a s d a M e n s a g e m :
N ú m e ro d e R a s tre a m e n to : 043D1740C31B7E40293EABD80669F5F92A43A194
T a m a n h o da M e n sa g e m : 3951939
F u n c io n a lid a d e s U s a d a s :
T a m a n h o d o A rq u iv o : N o m e d o A rq u iv o :
2 6 6 .9 K B 4 8 5 5 4 .0 0 0 1 4 8 /2 0 2 2 -0 0 .p d f
2 . 5 MB 4 8 5 5 4 . 0 0 0 1 4 8 /2 0 2 2 - 0 0 - 1 (A N E X O : 0 0 1 ) .p d f
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TM
E s t e e m a il d e R e c i b o R e g is t r a d o é p ro v a v e rific á v e l d e s u a t r a n s a ç ã o d e E m a il R e g is t r a d o ■ E le c o n té m :
1. U m s e l o c r o n o ló g ic o o fic ia l.
2. P r o v a d e q u e s u a m e n s a g e m fo i e n v ia d a e p a ra q u e m fo i e n v ia d a .
3. P r o v a d e q u e s u a m e n s a g e m fo i e n v ia d a p a ra s e u s d e s tin a tá r io s o u s e u s a g e n te s e le tr ô n ic o s a u to r iz a d o s .
4. P ro v a d o c o n te ú d o d e s u a m e n s a g e m o rig in a l e to d o s s e u s a n e x o s .
N o t a : P o r p a d r ã o , a R P o s t n ã o r e t é m u m a c ó p ia d e s e u e m a il o u d e s t e r e c ib o , e v o c ê n ã o d e v e c o n f ia r n a in f o r m a ç ã o a c im a a té
q u e o re c ib o s e ja v e rific a d o p e lo s is t e m a R M a il. G u a rd e e s te e m a il e s e u s a n e x o s p a ra s e u s r e g is tr o s . T e r m o s g e ra is e
c o n d iç õ e s d is p o n ív e is e m N o tific a ç ã o le o a l O s s e rv iç o s R M a il s ã o p a te n te a d o s , u s a n d o te c n o lo g ia s p a te n te a d a s R P o s t.
in c lu in d o a s p a te n te s U S 8 2 0 9 3 8 9 , 8 2 2 4 9 1 3 . 8 4 6 8 1 9 9 . 8 1 6 1 1 0 4 . 8 4 6 8 1 9 8 . 8 5 0 4 6 2 8 . 7 9 6 6 3 7 2 . 6 1 8 2 2 1 9 . 6 5 7 1 3 3 4 e o u tra s
p a te n te s lis ta d a s e m C o m u n ic a ç õ e s R P o s t
P Conteúdo
a r a m a io r licenciado
e s i n f o r m apara
ç õ e sThatiane
s o b r e oMarleska
s s e v i ç oSilva
s R MGomes
a il® , v is
- i044.490.761-09
t e w w w . R M a il . c o m U m a T e c n o lo g ia R P o s t®
48554.000150/2022-00
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R e c ib o R e g is t r a d o
E v l d ê n c j a d a t r a n s a ç á o d e E m a íl R e g is t r a d o .
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.fl Correios
11/01/2022
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I MORI E N E R G IA H O L D IN G S .A
IA V E N ID A B R IG A D E IR O F A R IA L IM A . 2277 ED. PLAZA IG U A T E M !, 3' ANDAR
I J A R D IM P A U L IS T A N O SAO PAULO SP
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48513.001397/2022-00 -la via
01452-000
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A S S IN A lU R A D O R E C E B E D O R
À
Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL
Superintendente de Regulação dos Serviços de Distribuição
Prezados Senhores,
A MORI ENERGIA HOLDING S.A. (“Mori”), sociedade anônima, com sede na Avenida
Brigadeiro Faria Lima, nº 2.277, Ed. Plaza Iguatemi, 3º andar – conjunto 301, na cidade de São
Paulo, Estado de São Paulo – CEP 01452-000, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 29.183.782/0001-
23, titular do maior pipeline de Geração Distribuída do Brasil em operação num total de 180
MWp divididos em 29 Usinas Solares Fotovoltaicas distribuídos no Norte e Noroeste de Minas
Gerais, conta em sua esfera de negócios, com a expansão da Geração Distribuída de Energia
Elétrica Fotovoltaica para outros Estados brasileiros.
Como referência ao entendimento da Mori e boa prática para o Setor, a Cemig D, após
concluir que não fazia sentido antecipar custos de projeto e ART referente a uma solicitação
que ao final poderia não ser viável ou aprovada em termos técnicos de conexão, revisou suas
normas para exigir a solicitação de aprovação do projeto de cabine após efetivar a aprovação
da solicitação de acesso, determinando um prazo máximo para o solicitante apresentar o
projeto de cabine.
Desta forma, a Mori necessita da anuência da ANEEL para solicitar o acesso e, caso o parecer
for favorável, a COELBA definiria um prazo máximo para apresentação do projeto de cabine
seguindo suas normativas.
Nesse sentido, a Mori tem por princípio desenvolver projetos dentro dos ditamos legais.
Projetos próximos/vizinhos, que não ocupem a mesma propriedade e que não ultrapassem o
limite regulatório, não devem ser negados pela Distribuidora.
Desta forma, a Mori necessita da anuência da ANEEL para solicitar o acesso de mais de uma
UFV por município, desde que as áreas não sejam contíguas (conforme legislação imobiliária),
com a revisão da distância de 10 km, visto que na prática uma UFV a 10 km de distância uma
da outra implicaria em custos excessivos de conexão o que certamente inviabilizaria os
projetos.
Considerando que muitas áreas, em sua maioria rurais, não têm condições de implantação de
câmara de manobra em via pública e que essa prática inviabiliza grande parte dos projetos,
considerando, ainda, o ônus dos proprietários das terras que teriam que dispor de parte de
suas terras para atender exigência da Distribuidora, sob um risco inexistente, como exemplo,
todos os projetos em operação da Mori no Estado de Minas Gerais, na área de concessão da
Cemig D, contam com subestações compartilhadas instaladas nas áreas das UFVs, cujos
acessos para a distribuidora executar suas atividades de operação e manutenção nunca foram
impedidos.
Desta forma, a Mori necessita da anuência da ANEEL para que a COELBA reveja o
posicionamento de necessidade de implantação de cabine de manobras em via pública.
Diante dos argumentos acima apresentados, a Mori solicita que a ANEEL interceda junto a
COELBA no sentido de buscarmos uma solução para os pontos divergentes.
Atenciosamente,
Senhor Superintendente,
Desta forma, com base no artigo 27-B, da Resolução Normativa ANEEL 414/2010, tem-
se que: “a distribuidora deve disciplinar em suas normas técnicas as situações em que
será necessária a aprovação prévia de projeto das instalações de entrada de energia
da unidade consumidora e das demais obras de responsabilidade do interessado,
observadas as condições a seguir estabelecidas”.
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