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48552.

000568/2023-00

OFÍCIO Nº 21/2023-SRD/ANEEL

Brasília, 19 de maio de 2023.

Ao Senhor
Marcos Aurélio Madureira da Silva
Presidente
Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica - ABRADEE

Referência: Carta Nº ABRADEE/B15.CT2023-0018, de 09/03/2023 (48513.006028/2023-00).


Caso responda este Ofício, indicar expressamente o nº 48552.000568/2023-00.
https://www.gov.br/aneel/pt-br/canais_atendimento/processo-eletronico.

Assunto: Apontamento sobre a Resolução Normativa ANEEL n° 1.059, de 2023.

Senhor Diretor,

1. Reporta-se ao documento em referência, por meio do qual são apresentados


questionamentos acerca da regulamentação aplicável a microgeração e minigeração distribuída,
em especial às mudanças promovidas pela Resolução Normativa nº 1.059/2023.

2. As respostas aos questionamentos estão apresentadas em destaque no anexo.


Também informamos que estão sendo editados guias orientativos e um documento de perguntas
e respostas frequentes, a ser publicado na página da ANEEL na Internet. As perguntas
apresentadas em vosso documento serviram de subsídio para a edição dos referidos
documentos.

Atenciosamente,

(Assinado digitalmente)
PEDRO MELLO LOMBARDI
Gerente de Regulação do Serviço de Distribuição
Superintendência de Regulação dos Serviços de Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica

DRVL

Conteúdo Documento
licenciado
Documento para
assinado
assinado ThatianeporMarleska
digitalmente.
digitalmente Silva
Pedro Mello Gomes
Lombardi, - 044.490.761-09
Gerente de Regulação do Serviço de Distribuição, em 19/05/2023 às 17:30
Consulte a autenticidade deste documento em http:/ / sicnet2.aneel.gov.br/ sicnetweb/ v.aspx, informando o código de verificação 9655466500721E0B
48552.000568/2023-00-1 (ANEXO: 001)

Lista de considerações sobre a REN 1.059/2023

1. Questão/Apontamento:

Com a publicação da REN 1.059/23, foi retirada a necessidade de aprovação prévia do projeto
elétrico das instalações de entrada de energia do consumidor. No entanto, o inciso X do art. 67
e o item 3.2 do formulário de solicitação do orçamento de conexão de microgeração ou
minigeração distribuída, anexo da REH 3.171/2023, não deixa claro se ainda é necessário que o
interessado apresente o projeto das instalações de entrada de energia ou a correta definição da
“indicação do local do padrão”, mencionado no texto em vigor, transcrito abaixo:

“Art. 67.....................................................

X - indicação do local do padrão ou subestação de entrada no imóvel,


exclusivamente nos casos em que ainda não estiverem instalados ou existir
previsão de necessidade de aprovação prévia de projeto na norma técnica da
distribuidora;”

Qual a orientação da ANEEL? A não apresentação do projeto de instalações de entrada de


energia é impeditivo à apresentação do orçamento de conexão? Caso haja previsão em norma
técnica da distribuidora que o projeto precisa de aprovação prévia, a sua apresentação sem
aprovação é motivo para indeferimento da solicitação de conexão? A interpretação da
ABRADEE, descrita a seguir, está correta?

Posicionamento ABRADEE:

O consumidor ainda precisa apresentar o projeto de suas instalações de entrada de energia,


conforme indicado em norma técnica da distribuidora, no entanto, para que o consumidor
receba o orçamento de conexão não é obrigatório que o projeto elétrico esteja previamente
aprovado (a menos que isso esteja previsto em norma técnica da distribuidora). Então, mesmo
sem a aprovação prévia do projeto, o consumidor receberá seu orçamento de conexão se tiver
atendido aos demais requisitos previstos no regulamento. Entretanto, a não aprovação do
projeto das instalações de entrada de energia causará a suspensão do prazo de execução da obra
de conexão, por força do inciso I do art. 89 da REN 1.000/21, ou poderá gerar a reprovação da
vistoria, em função do § 2º, art. 94 da REN 1.000/21.

Em outros termos, se o cliente não apresentar o projeto das instalações de entrada de energia
(com ou sem aprovação prévia), ou quando houver a exigência da aprovação prévia do projeto
em norma técnica da distribuidora, haverá violação do inciso X do art. 67 ou do item 3.2 do
formulário de solicitação do orçamento de conexão de microgeração ou minigeração distribuída
anexo da REH 3.171/2023, e, portanto, a distribuidora deverá, nesse caso, indeferir a solicitação
de orçamento de conexão, em cumprimento ao art. 71 da REN 1.000/21.

Adicionalmente, a “revalidação do Orçamento de conexão” pela alteração de equipamentos


(módulos e inversores / geradores), resultante da aprovação do projeto das instalações, irá gerar
retrabalho para os consumidores e para a Distribuidora. Entende-se que a ANEEL poderia
regulamentar tal questão no art. 94, §2º para que a regulamentação esteja harmonizada a
questões intrínsecas de mercado que geram aumento de custos operacionais para ambos.

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48552.000568/2023-00-1 (ANEXO: 001)

Resposta da pergunta 1: Com a alteração promovida pela REN 1.059/2023, a apresentação do


projeto aprovado (ou não aprovado) não pode mais ser exigida pela distribuidora como requisito
para solicitação do orçamento de conexão. A única informação que pode ser exigida, conforme
art. 67, X da REN1000 é a localização do padrão ou subestação de entrada no imóvel, mas apenas
se satisfeitas em conjuntos as seguintes condições:
1) não estão instalados; e
2) existir previsão da necessidade de aprovação prévia do projeto na norma da distribuidora.

Obs. O art. 67, X da REN1000 poderá ser retificado no futuro para deixar clara a necessidade das duas
condições serem satisfeitas.

Assim, a não apresentação do projeto (com ou sem aprovação prévia) na solicitação do


orçamento de conexão não implica violação ao art. 67, X ou ao item 3.2 do Formulário, não
podendo ser indeferida a solicitação.

Essa questão também está consignada no item 79 do voto do relator:

“Ademais, ajustes pontuais estão sendo propostos no texto do procedimento de conexão, em


função das contribuições recebidas, com destaque para:
[...]
b) maior clareza sobre o momento em que a aprovação prévia de projeto deve ser realizada,
corrigindo e eliminando a obrigatoriedade do projeto aprovado ser requisito para a solicitação
do orçamento de conexão (arts. 50 e 67);”

Sobre a “norma técnica da distribuidora”, observamos que ela não pode contrariar a regulação
da ANEEL, conforme art. 29 da REN1000, e deve ser revisada caso seja necessário.

Esclarecemos ainda que a distribuidora deve observar o art. 50 da REN1000, ou seja, somente
pode exigir que o projeto seja aprovado até a vistoria, não se aplicando a possibilidade de
suspensão da execução da obra pela distribuidora se o projeto não estiver aprovado.

Finalmente, sobre o comentário da ABRADEE sobre “revalidação do orçamento”, trata-se de


tema que pode ser discutido num futuro aprimoramento do regulamento. De todo modo, avalia-
se que caso eventual alteração de equipamentos não implique alteração da alternativa de
conexão indicada no orçamento emitido, não há que se falar em revalidação do orçamento.

2. Questão/Apontamento:

Sobre a aplicação do item 1.7 do formulário de solicitação do orçamento de conexão de


microgeração ou minigeração distribuída, anexo da REH 3.171/2023, para as solicitações de
conexão de usinas fotovoltaicas flutuantes (UFFs), avalia-se necessário que o interessado
apresente no ato da solicitação do orçamento de conexão a autorização ou dispensa de
autorização emitida por órgão competente, sob pena de indeferimento (art. 71) caso o
solicitante não apresente tal documentação.

Por todos os motivos apresentados que serão apresentados no posicionamento ABRADEE,


abaixo, questiona-se:

• solicitações de conexão de UFF sem a devida apresentação da autorização, licença ou


documento equivalente emitido pelas autoridades competentes, mesmo que

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48552.000568/2023-00-1 (ANEXO: 001)

protocolada antes da publicação da REN 1.059/2023 e da REH 3.171/2023, deverão ser


indeferidas?
• por ausência de regulamentação à época a distribuidora talvez tenha emitido o
orçamento de conexão. Nesses casos, a distribuidora deverá cancelar o orçamento e
comunicar ao interessado as razões para o cancelamento?

Posicionamento ABRADEE:

A ABRADEE entende que essa exigência contempla inclusive os pedidos de conexão de UFFs que
foram protocolados antes da publicação da REN 1.059/2023, uma vez que o documento de
comprovação de posse ou propriedade “comum” – uma certidão de inteiro do imóvel ou termo
de cessão de posse, por exemplo – não possui validade jurídica para demonstrar direito ao uso
do recurso hídrico. Portanto, a não apresentação da correta documentação inviabiliza a emissão
do orçamento de conexão pela distribuidora.

As razões para o indeferimento mencionado não se restringem ao âmbito jurídico, mas também
ao arcabouço regulatório do setor elétrico. Ao emitir um orçamento de conexão, a distribuidora
apresentará também um contrato de uso do sistema de distribuição (CUSD) ao interessado, o
qual poderá ser assinado. Uma vez firmado o CUSD, o interessado reserva parte da capacidade
do sistema elétrico para si, o que poderá significar uma inviabilidade técnica a outros acessantes
ou aumento de custo para acessar o sistema de distribuição a partir da garantia estabelecida.
Em relação ao equilíbrio econômico-financeiro da distribuidora, não resta dúvidas que este não
será afetado, pois o regulamento dá garantias para a distribuidora iniciar a cobrança do CUSD
quando há atraso do acessante para se conectar ao sistema de distribuição (por exemplo, atrasar
para obter uma outorga de direito de uso do recurso hídrico). No entanto, a partir da emissão
do orçamento de conexão e da consequente celebração do CUSD, todos os pedidos de conexão
a serem realizados no subsistema elétrico a ser acessado pelas UFFs serão impactados a partir
de então.

Desse modo, o primeiro motivo para se indeferir solicitações realizadas com a documentação
incorreta, mesmo que protocoladas antes da publicação da REN 1.059/23, é garantir o uso do
sistema de distribuição apenas para os usuários que de fato farão o uso dele conforme acordado
com a distribuidora.

O segundo, é que além do possível atraso para se obter a outorga de direito do recurso hídrico,
o interessado poderá não a obter ou mesmo só conseguir obtê-la de modo parcial ou em local
distinto ao solicitado para conexão com a rede de distribuição. Se o acessante não conseguir tal
outorga, o CUSD será encerrado de forma antecipada, nos termos do art. 140 da REN 1.000/21,
e a garantia de reserva do sistema terá sido realizada em vão e nesse meio tempo poderá ter
inviabilizado o acesso de usuários que de fato tinham completas condições de se conectar ao
sistema elétrico, se o acessante obtiver a outorga para área parcial à necessária para instalar
suas usinas em totalidade ou mesmo obter a outorga em área distinta da que foi inicialmente
informada à distribuidora no pedido de conexão. Em ambos os casos, a distribuidora terá que
alterar o orçamento de conexão emitido se não tiver indeferido a solicitação ou mesmo
cancelado o orçamento indevidamente emitido.

A não obtenção da outorga ou obtenção parcial ou obtenção em local distinto poderá acontecer
por diversas razões, bem como, o uso do recurso hídrico sem a respectiva outorga de direito de
uso, constitui infração nos termos da Lei 9.433/1997.

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48552.000568/2023-00-1 (ANEXO: 001)

Por todos os motivos apresentados, a ABRADEE solicita que a ANEEL ratifique o entendimento
que solicitações de conexão de UFF sem a devida apresentação da autorização, licença ou
documento equivalente emitido pelas autoridades competentes, mesmo que protocolada antes
da publicação da REN 1.059/2023 e da REH 3.171/2023, deverão ser indeferidas, e se por
ausência de regulamentação à época a distribuidora tenha emitido o orçamento de conexão, a
distribuidora deverá cancelar o orçamento e comunicar ao interessado as razões para o
cancelamento.

Resposta da pergunta 2: Sobre o assunto, importante esclarecer que o art. 67, VI da REN1.000,
embora defina um requisito para a solicitação do orçamento, apenas explicita que tal documento
é o “exigível” pela autoridade competente para a ocupação da lâmina d’água.
Nos casos de solicitações realizadas antes da publicação da REN 1059/2023 (ou antes da
implementação pela distribuidora conforme prazo do art. 13 da REN1059/2023), em que tal
documento não era regulatoriamente exigível, a solicitação ou o orçamento de conexão emitido
não devem ser cancelados. A distribuidora deve, nesses casos, adotar o procedimento disposto
no art. 89, notificando o consumidor da necessidade de apresentar a documentação e suspender
o prazo de execução da obra.

3. Questão/Apontamento:

A partir das novas regras de faturamento de demanda para as unidades consumidoras com
microgeração ou minigeração distribuída as distribuidoras passarão a avaliar regularmente as
demandas de geração medidas nas unidades consumidoras com microgeração ou minigeração
distribuída. Pelo regulamento vigente um registro de demanda de geração superior ao
informado pelo consumidor na potência instalada de geração de sua unidade consumidora
poderá configurar um aumento de geração à revelia. De acordo com o art. 353, a distribuidora
deve suspender imediatamente o fornecimento de energia elétrica caso identifique o aumento
de geração instalada sem consulta à distribuidora, em qualquer hipótese.

Nesse sentido, uma ultrapassagem de 1% da demanda medida de geração considerando a


margem de erro do sistema de medição instalado - que inclusive permite a cobrança de
demanda de ultrapassagem pela distribuidora, conforme inciso I do art. 301 da REN 1.000/21
– poderá configurar a hipótese de aumento de geração à revelia disposto no art. 353 da REN
1.000/21? Ou será necessária outra medida de verificação por parte da distribuidora para
aplicação do dispositivo mencionado?

Resposta da pergunta 3: Não. A ultrapassagem de demanda contratada de geração pode ocorrer


por diversos motivos e não necessariamente está relacionada com o aumento de geração.
Conforme o §2º do art. 590, cabe à distribuidora reunir provas para constatar aumento de
geração à revelia, e a mera ultrapassagem de demanda contratada de geração não é suficiente
para isso.

4. Questão/Apontamento:

Considerando a hipótese de ultrapassagem de demanda de geração, além da devida aplicação


da suspensão imediata do fornecimento de energia elétrica, a distribuidora poderá aplicar a
cobrança de ultrapassagem nos termos do art. 301 da REN 1.000/21, tanto para a regra de
faturamento de demanda de unidades consumidoras faturadas no grupo B com microgeração
ou minigeração distribuída prevista no § 3º art. 655-I quanto para a regra de faturamento de

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demanda de unidades consumidoras faturadas no grupo A com microgeração ou minigeração


distribuída prevista no art. 655-J?

Resposta da pergunta 4: Como citado na pergunta 3, não cabe suspensão do fornecimento pela
constatação de ultrapassagem de demanda de geração. O faturamento de ultrapassagem de
demanda de geração se aplica somente aos consumidores do Grupo A, nos termos do Artigo 301
da Resolução Normativa nº 1.000/2021, pois a contratação de demanda de geração é
obrigatória, conforme o Artigo 655-J da mesma Resolução.

Consumidores do Grupo B não contratam demanda de geração. Nesse caso, o faturamento é


realizado com base na demanda medida (e somente nas unidades consumidoras em que o
sistema de medição seja capaz de apurar as demandas requerida e de injeção), portanto, não se
aplica a cobrança por ultrapassagem de demanda de geração prevista no art. 301.

5. Questão/Apontamento:

Nas solicitações de conexão de microgeração ou minigeração distribuída em que seja necessária


a realização de obras de conexão para atendimento da carga e geração a ser instalada, porém
que não haja necessidade de participação financeira do consumidor, a resolução atualmente
indica que a não manifestação do consumidor até o término do prazo de 10 dias úteis do
recebimento do orçamento de conexão caracteriza a aprovação do consumidor e demais
usuários do orçamento de conexão recebido (§ 3º, art. 83 da REN 1.000/21).

Nas situações de conexão de unidades consumidoras do grupo B não existe outro documento a
ser celebrado pelo consumidor a não ser o próprio orçamento de conexão e o microgerador
distribuído também não possui responsabilidade sobre os custos de adequação da medição
bidirecional. Portanto, após a caracterização da aprovação do orçamento de conexão por
celebração ou não manifestação, a distribuidora fica obrigada a iniciar a execução da obra de
conexão.

Nesse caso, se o interessado na instalação de microgeração distribuída em unidade consumidora


do grupo B decidir desistir do orçamento de conexão (hipótese apresentada no inciso V, § 7º,
art. 83 da REN 1.000/21) após o início da execução da obra de conexão ou mesmo após a
conclusão da obra de conexão, qual dispositivo regulatório a distribuidora poderá aplicar para
realizar a cobrança do investimento realizado e que devido a desistência, não poderá ser
considerado na base de remuneração regulatória, uma vez que o ativo investido não poderá
entrar em serviço?

Posicionamento ABRADEE:

A ABRADEE identifica que não há mecanismo regulatório que responsabilize o consumidor na


situação mencionada, portanto, solicita-se a supressão do § 3º, art. 83 da REN 1.000/23, ficando
assim obrigatória a celebração do orçamento de conexão mesmo nas hipóteses em que não há
participação financeira do consumidor na obra de conexão. A celebração do orçamento de
conexão é um vínculo contratual que impõe responsabilidade às partes envolvidas (consumidor
e distribuidora), portanto, eventuais repercussões negativas da desistência do consumidor após
a celebração do orçamento de conexão poderão ser cobradas em âmbito administrativo e
judicial. A ausência de um documento celebrado entre as partes fragiliza a distribuidora quando
uma situação dessa ocorrer.

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Resposta da pergunta 5: A supressão do § 3º do art. 83 da REN1.000 não pode ser realizada,


pois trata-se de alteração de mérito que precisaria ser submetida ao processo regulatório.
Ademais, a REN1.059/2023 não alterou o mérito dessa questão. Esse dispositivo constava,
inclusive, do §1º do art. 33 da REN414/2010:

Art. 33 [...]§ 1º No caso do atendimento sem ônus de que tratam os arts. 40 e 41, a não
manifestação do interessado no prazo estabelecido no inciso I caracteriza sua concordância com
relação ao cronograma informado pela distribuidora.

6. Questão/Apontamento:

Supondo que uma unidade consumidora do grupo B, em que houve necessidade de realização
de obras, não solicite a vistoria em 120 dias, nos termos do inciso I, § 3º, art. 94 da REN 1.000/21.
Após o cancelamento do orçamento de conexão, como a distribuidora poderá reaver o
investimento realizado que não entrará em serviço, uma vez que não foi necessário nesses casos
a celebração do orçamento de conexão por força do § 3º, art. 83 da REN 1.000/23?

Resposta da pergunta 6: A questão de “reaver o investimento” caso a conexão do Grupo B não


se realize por motivo atribuível ao consumidor nunca teve tratamento regulatório explicitado
nas Condições Gerais de Fornecimento ou mesmo nas Regras de Distribuição, ou seja, trata-se
de questão não relacionada à REN1059/2023. A distribuidora pode, caso possível, realizar a
desmontagem dos ativos, ou mesmo aproveitar a obra para o atendimento de outros
consumidores.

7. Questão/Apontamento:

Os §§ 1º e 2° do art. 655-I tratam da regra de compensação de energia, sendo estabelecido que


a energia compensada deve ser considerada “até o limite em que o valor monetário relativo ao
faturamento, seja maior ou igual ao custo de disponibilidade”. A seguir apresentam-se dois
exemplos com diferentes interpretações do comando.

Exemplo 1: Pedro solicitou orçamento de conexão de MicroGD no dia 10/01/2023 (classificada


como GD II) para sua residência com ligação trifásica na baixa tensão e se conectou no dia
01/02/2023. Teve seu primeiro faturamento como GD no dia 02/03/2023. No seu primeiro ciclo
de faturamento, a unidade consumidora de Pedro registra 600 kWh de consumo de energia
elétrica e 600 kWh de energia injetada. De acordo com o último processo tarifário homologado
pela ANEEL para a Distribuidora, a tarifa de aplicação para a unidade consumidora de Pedro (B1
Residencial Convencional) foi definida em 0,81361 R$/kWh (0,54506 R$/kWh da parcela da TUSD
e 0,26855 da parcela da TE) e os percentuais de redução a serem aplicados na Tarifa de Uso dos
Sistemas de Distribuição – TUSD e na Tarifa de Energia – TE para estabelecimento da tarifa de
aplicação utilizada no faturamento do consumo associado ao Sistema de Compensação de
Energia Elétrica – SCEE é de 90,20% e 100% respectivamente, conforme REH 3.169/2022.
Portanto, como o valor mínimo faturável da unidade consumidora de Pedro é R$ 81,36 (100 kWh
X 0,81361 R$/kWh), Pedro conseguirá compensar 535 kWh, valor de energia compensada que
trará como valor final da fatura de Pedro – R$ 81,463 - sendo esse o valor mais próximo possível
do valor mínimo faturável de sua unidade consumidora (sem a incidência de impostos). Abaixo
segue ilustração com o resumo do exemplo apresentado:

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Figura 1 - Exemplo 1

Exemplo 2: Considerando os mesmos dados de consumo, injeção e tarifas do Exemplo 1,


apresenta-se outra possibilidade de interpretação. Nesta, Pedro conseguirá compensar 500
kWh, pois não poderá compensar mais energia do que o limite do custo de disponibilidade em
energia (100 kWh). Assim, o valor final da fatura de Pedro será R$ 108,07. Abaixo segue ilustração
com o resumo do exemplo apresentado:

Figura 2 - Exemplo 2

Solicita-se que a ANEEL avalie qual dos exemplos acima reflete o correto entendimento da
regra estabelecida no art. 655-I, ou que apresente exemplo numérico similar com a correta
interpretação.

Resposta da pergunta 7: O custo de disponibilidade aplicável ao faturamento de consumo em


unidades consumidoras do Grupo B, apesar de ser baseado em um consumo de referência, é,
essencialmente, um valor monetário que serve como piso para o pagamento mensal da unidade
consumidora, de forma que não pode haver compensação de energia quando o valor total do
faturamento referente à energia ativa consumida da rede passa a ser inferior ao custo de
disponibilidade. Outro limite para a compensação é o montante total de energia consumido no
ciclo de faturamento, ou seja, não é possível compensar mais do que foi consumido.

Dessa forma, a depender do valor a ser pago pelo custo de transporte da energia compensada,
pode haver situações em que somente essa parcela de faturamento já represente montante (em

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R$) superior ao custo de disponibilidade, sendo possível inclusive que a totalidade do consumo
seja compensado.

Acrescenta-se que devem ser considerados nos cálculos eventuais diferenças tarifárias ou
benefícios tarifários a que o consumidor tem direito, de forma que o valor do custo de
disponibilidade, utilizado como limite para a compensação, e a tarifa aplicável ao faturamento,
tanto da parcela de energia compensada quanto na parcela de energia não compensada podem
variar. Também é importante observar a ordem de prioridade no uso de excedentes e créditos
de energia quando houver compensação de energia oriunda de mais de uma central de MMGD.

Com base nessas premissas, dentre os casos apresentados, o Exemplo 1 é o que reflete mais
adequadamente o comando normativo disposto no art. 655-I da REN nº 1.000/2021, alterada
pela REN nº 1.059/2023, com fundamento no art. 16 da Lei nº 14.300/2022. Importante
destacar, porém, que, conforme previsto no art. 657 da REN nº 1.000/2021, a distribuidora não
pode truncar ou arredondar as grandezas elétricas e os valores monetários durante os processos
de leitura e realização de cálculos.

8. Questão/Apontamento:

Considerando que o exemplo 1 da questão anterior atenda à aplicação do art. 655-I da REN
1.000/21, a distribuidora deverá adicionar a bandeira tarifária (nesse exemplo, suponhamos
Bandeira Amarela) após a execução das etapas mencionadas sobre o montante de energia não
compensado 535 kWh, conforme exemplo abaixo?

Figura 3 - art. 655-I com bandeiras

Resposta da pergunta 8: No caso de unidade consumidora participante do SCEE, as bandeiras


tarifárias incidem somente sobre a energia não compensada, conforme estabelece o §2º do art.
307 da REN nº 1.000/2021. De acordo com o previsto no art. 309 da referida norma, no período
de vigência da bandeira tarifária diferente da bandeira verde, a distribuidora deve adicionar à
tarifa de energia de aplicação o valor correspondente fixado pela ANEEL.

A partir desses dispositivos e da resposta à questão anterior, avaliamos que as bandeiras devem
ser consideradas nos cálculos, influenciando nos seguintes valores:

a) valor do custo de disponibilidade;

b) na determinação do montante de energia compensada (que depende de o valor do


faturamento ser maior ou igual ao custo de disponibilidade); e

c) na determinação do valor da parcela referente ao faturamento da energia não compensada.

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Nessas condições, avaliamos que o exemplo apresentado, aparentemente, não considerou o


valor da bandeira tarifária no cálculo dos itens “a” e “b” listados no parágrafo anterior, o que
acarretou erro no resultado do faturamento.

9. Questão/Apontamento:

Sobre a regra de alocação automática dos créditos de energia, quando o consumidor não indica
em até 30 dias contados do encerramento contratual ou alteração da titularidade de sua unidade
consumidora, qual deverá ser considerada a unidade consumidora de mesma titularidade de
maior consumo? A unidade consumidora de maior consumo será a de maior consumo medido
no ciclo de faturamento avaliado, ou será a de maior consumo médio dos 12 últimos ciclos de
faturamento, observado o § 1º do art. 288?

Resposta da pergunta 9: Deve ser considerada a unidade de maior consumo medido no ciclo.

10. Questão/Apontamento:

A TUSDg indicada no § 3º, art. 655-I continua sendo a TUSDg TIPO 01 do subgrupo tarifário B,
conforme indicado na Nota Técnica nº41/2022?

Resposta da pergunta 10: Devem-se aplicar as regras dispostas no item 8.1.1 do Submódulo 7.4
do PRORET.

11. Questão/Apontamento:

Caso a unidade consumidora faturada no grupo A com microgeração ou minigeração distribuída


defina valor de demanda contratada da unidade consumidora (parcela de carga) como nulo,
conforme hipótese indicada no inciso I, § 1º do art. 655-J, quais situações serão configuradas
como descumprimento do referido dispositivo regulatório, conforme indicado no § 2º do art.
655-J?

Mesmo que a unidade consumidora não possua carga associada na unidade consumidora,
apenas “carga própria da central geradora”, haverá ainda registro de demanda medida residual.
Qual será o limite de demanda medida da parcela de carga a ser ultrapassado pela unidade
consumidora para que a distribuidora inicie a aplicação do art. 144 conforme previsto no § 2º
do art. 655-J? Essa demanda da parcela de carga registrada durante o período de aplicação do
inciso I do art. 144 (90 dias ou 3 ciclos de faturamento) poderá ser cobrada pela distribuidora
nos termos da alínea b), inciso III do art. 144?

Resposta da pergunta 11: A condição do inciso I do §1º do art. 655-J é descumprida quando for
registrado consumo que não for para atendimento à carga própria da central geradora, nos
termos do §2º do art. 149.

A norma não traz limite para diferenciar carga própria, apenas a sua definição no §2º do art. 149.

O consumo registrado durante o período de testes deve ser faturado conforme os arts. 311 a
317.

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12. Questão/Apontamento:

A notificação indicada no art. 671-B já deveria ter sido feita no prazo de 15 dias para unidades
consumidoras classificadas como GD I em que sua revisão tarifária periódica aconteça em
período posterior ao período de adequação de 60 dias, uma vez que o § 7º do art. 655-O indica
que as regras estabelecidas no art. 655-J são aplicáveis somente após a primeira revisão tarifária
da distribuidora subsequente a 7 de janeiro de 2022?

Resposta da pergunta 12: Inicialmente destaca-se que houve um erro na referência ao inciso III
do art. 655-J no caput do art. 671-B, a ser corrigido em futura retificação. Sobre o prazo para
adaptação dos contratos dos consumidores citados no art. 671-B e atendidos por distribuidoras
que ainda não passaram por revisão tarifária após a 7 de janeiro de 2022, prevalece o prazo
indicado no §7º do art. 655-O. Ou seja, nesses casos, os prazos do art. 671-B são contados a
partir da revisão tarifária da distribuidora subsequente a 7 de janeiro de 2022.

Para os consumidores citados no art. 671-B atendidos por distribuidora que já tiveram revisão
tarifária após 7 de janeiro de 2022, os prazos do art. 671-B são contados a partir da entrada em
vigor do artigo.

13. Questão/Apontamento:

Com base na regra de proporcionalização do orçamento da obra estabelecida no § 1º, do art.


108, da REN 1.000/21, o exemplo trazido a seguir apresenta correta interpretação para o tema
ou demonstrar o entendimento correto?

“§ 1º A distribuidora deve proporcionalizar o orçamento da obra de mínimo custo


global considerando a relação entre a maior demanda de carga ou geração a ser
atendida ou acrescida e a demanda disponibilizada pelo orçamento.”

Exemplo: Em um alimentador 13,8 kV com cabo 2 CAA (Capacidade de carrear 4,3 MW) entrou
uma GD de 2,0 MW. Para atender os critérios de tensão (em regime na faixa de 0,95 pu - 1,05 pu
da tensão nominal e variação de tensão menor ou igual a 5 %) foi realizada uma obra com a
substituição do condutor por um cabo 4/0 CAA (Capacidade de carrear 8,1 MW). A solução
relatada permite ao sistema operar dentro dos critérios de planejamento, ou seja, a tensão na
ordem de 1,044 pu e a variação de tensão no limite do regramento, ou seja 5 %. Nesse contexto,
apesar de haver disponibilidade de capacidade de carrear muito mais potência pelo condutor,
não haverá proporcionalização dos custos visto que a obra não permite transporte adicional por
violar os critérios de planejamento (no caso tensão).

Resposta da pergunta 13: A proporcionalização sempre deve ser realizada, conforme art. 108 da
REN1000/2021. Adicionalmente, o critério de mínimo custo global sempre deve observado,
conforme 79 da REN1000/2021. Caso a distribuidora opte por obras com dimensões maiores do
que as necessárias para a conexão, deve assumir os custos adicionais, conforme art. 100 da
REN1000/2021.

14. Questão/Apontamento:

O art. 108, cálculo da participação financeira, sofreu modificações com o intuito de simplificar
sua metodologia prevista no parágrafo 1º. Todavia, com as alterações propostas, questiona-se:
como deverá ser feita a proporcionalização da seguinte obra: “Extensão de 1km de média tensão
com ligação de consumidor em baixa tensão em que se empregou um transformador de 75kVA

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e 50m de rede multiplexada de baixa tensão para realizar o atendimento de uma carga de
75kVA.”?

Posicionamento ABRADEE:

Ao interpretar a nova regra implantada no Art. 108, §1º, entendemos que a potência
disponibilizada pelo orçamento é de 75kVA, ou seja, deverá ser imputada para a Concessionária
a proporcionalidade de 0% do valor da obra total.

Resposta da pergunta 14: A proporcionalização sempre deve ser realizada, conforme art. 108 da
REN1000/2021. Adicionalmente, o critério de mínimo custo global sempre deve observado,
conforme 79 da REN1000/2021. Caso a distribuidora opte por obras com dimensões maiores do
que as necessárias para a conexão, deve assumir os custos adicionais, conforme art. 100 da
REN1000/2021. Nesse caso, deve ser estimada a demanda do consumidor, e realizada a
proporcionalização com essa demanda.

15. Questão/Apontamento:

Avaliando a nova redação do § 1º do Art. 108:

“Art. 108. A participação financeira do consumidor é a diferença positiva entre o


orçamento da obra de mínimo custo global, proporcionalizado nos termos deste
artigo, e o encargo de responsabilidade da distribuidora.

§ 1º A distribuidora deve proporcionalizar o orçamento da obra de mínimo custo


global considerando a relação entre a maior demanda de carga ou geração a ser
atendida ou acrescida e a demanda disponibilizada pelo orçamento. (Redação
dada pela REN ANEEL 1.059, de 07.02.2023)”

Identificamos grande dificuldade em operacionalizar esse novo procedimento, tendo em vista


que anteriormente restava mais claro pelo fato de definir exatamente os itens sobre os quais
dever-se-ia aplicar, individualmente, o cálculo de proporcionalidade. Como a nova redação ficou
bem genérica, a questão principal está relacionada ao fato da dificuldade em definir qual o valor
dessa “demanda disponibilizada pelo orçamento”, conforme exemplo a seguir:

Demanda acrescida pelo cliente = 60 kVA


Obra a executar: Ampliação de rede de distribuição de média e baixa tensão e instalação
de transformador de distribuição de 75 kVA.

Se considerarmos para proporcionalidade de custo a referência de demanda do transformador,


resultaria em 80% atribuível ao cliente (60 kVA / 75 kVA). Mas os demais itens (cabos de rede de
média e baixa tensão) implicam em demandas disponibilizadas diferentes e superiores à
capacidade do transformador. Desta forma, se considerar como limitante a potência do
transformador, se aplicaria o mesmo percentual (80%) sobre o valor total da obra?

Em resumo, qual a metodologia para definição desta “demanda disponibilizada pelo orçamento”
quando houver itens com características e demandas diferentes disponibilizadas no sistema
elétrico?

Resposta da pergunta 15: A proporcionalização sempre deve ser realizada, conforme art. 108
da REN1000/2021, considerando a relação entre a maior demanda de carga ou geração a ser

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atendida ou acrescida e a “demanda disponibilizada pelo orçamento”. Para a “demanda


disponibilizada pelo orçamento” deve ser considerada a máxima demanda disponibilizada pelo
orçamento no ponto de conexão, analisando os itens de forma conjunta.
Importante ressaltar que o critério de mínimo custo global sempre deve observado, conforme
79 da REN1000/2021. Adicionalmente, caso a distribuidora opte por obras com dimensões
maiores do que as necessárias para a conexão, deve assumir os custos adicionais, conforme art.
100 da REN 1000/2021.

16. Questão/Apontamento:

A distribuidora deve proporcionalizar o orçamento da obra de mínimo custo global sem


individualizar os itens do orçamento que impliquem reserva de capacidade no sistema como
condutores, transformadores de força/distribuição, reguladores de tensão, bancos de
capacitores e reatores, transformadores de corrente, chaves e elementos de manobra, dentre
outros?

Posicionamento ABRADEE:

Com a motivação de “manter a proposta de simplificação no cálculo da proporcionalização”,


conforme Voto do Diretor-Relator Hélvio, foi realizada alteração no §1°do art. 108. Vejamos:

“Art. 108. A participação financeira do consumidor é a diferença positiva entre o


orçamento da obra de mínimo custo global, proporcionalizado nos termos deste
artigo, e o encargo de responsabilidade da distribuidora.

§ 1º A distribuidora deve proporcionalizar individualmente os itens do


orçamento da obra de mínimo custo global que impliquem reserva de
capacidade no sistema, como condutores, transformadores de
força/distribuição, reguladores de tensão, bancos de capacitores e reatores,
transformadores de corrente, chaves e elementos de manobra, dentre outros,
observadas as seguintes condições:

I - a proporcionalização deve ser realizada considerando a relação entre a


demanda a ser atendida ou acrescida e a demanda disponibilizada pelo item do
orçamento; e

II - a proporcionalização não se aplica a mão de obra e a materiais, serviços e


instalações não relacionados com a disponibilização de reserva de capacidade
ao sistema, tais como estruturas, postes e torres.

§ 1º A distribuidora deve proporcionalizar o orçamento da obra de mínimo custo


global considerando a relação entre a maior demanda de carga ou geração a ser
atendida ou acrescida e a demanda disponibilizada pelo orçamento. (...)”

Dessa forma, entende-se que não há mais a necessidade de realizar a proporcionalização


individual dos itens do orçamento de conexão ora citados. Sendo assim, a proporcionalização
desses itens pode ser realizada de forma conjunta.

Resposta da pergunta 16: A proporcionalização sempre deve ser realizada, conforme art. 108
da REN1000/2021, considerando a relação entre a maior demanda de carga ou geração a ser
atendida ou acrescida e a “demanda disponibilizada pelo orçamento”. Para a “demanda

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disponibilizada pelo orçamento” deve ser considerada a máxima demanda disponibilizada pelo
orçamento no ponto de conexão, analisando os itens de forma conjunta.

Importante ressaltar que o critério de mínimo custo global sempre deve observado, conforme
79 da REN1000/2021. Adicionalmente, caso a distribuidora opte por obras com dimensões
maiores do que as necessárias para a conexão, deve assumir os custos adicionais, conforme art.
100 da REN1000/2021.

17. Questão/Apontamento:

Para as unidades consumidoras do grupo A, participantes do SCEE, que realizam opção de


faturamento conforme aplicação de tarifa do grupo B, notificadas a se adequarem por força do
art. 671-A e do § 3º, art. 292, estas deverão passar por período de testes nas hipóteses em que
o consumidor não buscar ou não conseguir se adequar aos critérios dispostos no § 3º, art. 292.

Nos casos em que a unidade consumidora do grupo A com microgeração ou minigeração,


classificada como GD I precisar contratar demanda, já tendo a distribuidora passado por revisão
tarifária periódica após a publicação da Lei 14.300/2022, o período de teste se aplicará somente
à parcela de demanda contratada da unidade consumidora (parcela de carga) e a demanda de
geração já deverá ser estabelecida conforme sua máxima potência injetável?

Resposta da pergunta 17: Sim, o período de teste se aplica somente à parcela de demanda
contratada de carga. A parcela de geração deve ser estabelecida e faturada conforme o
regramento vigente, sem previsão para concessão obrigatória de período de testes.

18. Questão/Apontamento:

Conforme previsto no Art. 655-H, da REN 1.000/2021, os excedentes de energia deverão ser
alocados conforme percentuais e ordem de prioridade estabelecida pelo consumidor. Todavia,
restam dúvidas acerca da alocação dos créditos nas unidades consumidoras que já tenham
finalizado o referido ciclo de faturamento. Desta forma, questiona-se:

a. Como deve ser feita a compensação dos créditos quando as primeiras beneficiárias
prioritárias estiverem no final do calendário de leituras?

b. Em casos em que uma beneficiária possua mais de uma geradora, como saber quanto
de crédito cada geradora deve alocar para cada beneficiária? Qual geradora possuirá prioridade
de alocação?

Resposta da pergunta 18:

a) O faturamento inicia-se com a leitura dos excedentes injetados pela unidade consumidora
com microgeração ou minigeração distribuída. Esses excedentes serão alocados conforme
percentuais ou ordem de prioridade definidos pelo consumidor, segundo o Artigo 655-H da
Resolução Normativa nº 1.000/2021.

No entanto, devido à rota de leitura de cada região, pode acontecer que unidades consumidoras
sejam faturadas em momentos distintos do mês. Desta forma, é possível que, no momento de
atribuição dos excedentes de energia (kWh gerados pela microgeradora ou minigeradora) à
unidade consumidora beneficiária, sua fatura já tenha sido fechada aquele mês. Nesse caso, a

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unidade consumidora beneficiária não deixará de receber a energia, mas sim esse excedente
será alocado para o mês seguinte.

Exemplo de faturamento no caso de definição da “ordem de prioridade”:

UC com geração distribuída: leitura em 01/03/2023.

UC beneficiária 1 a receber excedente (primeira UC a receber o excedente de acordo com a


ordem estabelecida pelo consumidor): leitura em 20/03/2023

UC beneficiária 2 a receber excedente: leitura em 10/03/2023

No exemplo, os excedentes de energia referentes ao mês de março/2023 devem ser alocados


primeiramente na UC beneficiária 1, então constarão da sua fatura referente ao mês de
março/2023. O saldo será destinado à UC beneficiária 2 e será designado à fatura referente ao
mês de abril/2023.

b) O único critério é do da antiguidade, não havendo outro critério legal ou regulatório.

19. Questão/Apontamento:

Conforme previsto nos arts. 655-O e 655-P, os tipos de GD I, II e III possuem diferentes regras de
faturamento. Dessa forma, quais são os prazos iniciais para a cobrança de TUSDg para GD II e GD
III?

Resposta da pergunta 19: Não há regra transitória para cobrança de demanda de geração para
GD II e GD III. Portanto, a cobrança pela TUSDg se inicia no primeiro ciclo de faturamento após
sua conexão.

20. Questão/Apontamento:

Para fins de discriminação na fatura do consumidor participante do sistema de compensação de


energia elétrica, quais componentes deverão vir abertas na referida fatura?

Resposta da pergunta 20: As informações que devem obrigatoriamente constar da fatura de


energia elétrica estão descritas no Módulo 11 do PRODIST. Para as unidades consumidoras
participantes do sistema de compensação de energia elétrica, a fatura de energia elétrica deve
adicionalmente conter: o total de energia injetada, excedentes de energia e créditos de energia
utilizados no ciclo de faturamento corrente, por posto tarifário e o saldo atualizado de créditos
de energia.

21. Questão/Apontamento:

A componente de TUSD fio B que deverá ser paga pelo consumidor que solicitar acesso após a
data de início da regra na Lei nº 14.300 (1º ano – 15%), deverá ser discriminada
separadamente na fatura do consumidor?

Resposta da pergunta 21: Neste caso, deve-se observar o item 37 do Módulo 11 do PRODIST.

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22. Questão/Apontamento:

O art. 655-N define os prazos e a operacionalização da transferência de créditos entre


permissionária e supridora. Questiona-se:

a. Quanto aos créditos alocados da permissionária para a distribuidora, quem arcará com
a energia compensada?

b. Existirá alguma contrapartida por parte da permissionária?

c. Como ficará o equilíbrio financeiro, visto que a distribuidora terá o ônus de alocar os
créditos, mas não terá o benefício de ter a energia gerada em sua rede?

d. O prazo de 5 dias úteis estipulado para a permissionária informar as UCs que receberão
os créditos alocados na concessionária, será contado a partir da leitura do sistema de medição
da concessionária para a permissionária ou quando a permissionária faz a leitura de suas UCs?

e. De que forma será validada a informação prestada pela permissionária quanto aos
créditos que deverão ser alocados, visto que a distribuidora não tem controle sobre o saldo de
créditos das UCs pertencentes à concessionária?

Resposta da pergunta 22: Para os itens “a” a “c”, deve-se observar o PRORET. Quanto ao item
“d”, deve-se observar o §2º do art. 655-N. Sobre o item “e”, não se trata de dúvida regulatória.

23. Questão/Apontamento:

Como deverá ser realizado o cálculo da “demanda disponibilizada pelo orçamento”, visto que
uma obra é composta por elementos que disponibilizam uma demanda diferente a cada parte
do sistema?

Posicionamento ABRADEE:

Poderá ser adotado, através de estudos de fluxo de potência ou limitados à menor potência
dentre os elementos utilizados na obra (cabo de média tensão, transformador, cabo de baixa
tensão). Entretanto vê-se problemas/distorções nessas metodologias:

Fluxo de Potência para determinar a potência disponibilizada para o ponto de conexão:

Trará para o cálculo componentes que estão intrínsecos a programas de computador internos às
concessionárias que podem variar conforme regionalidades e sazonalidades. (exemplo:
definição do perfil de carga dos demais consumidores do circuito). Não se conseguirá “escrever”
no orçamento a origem/memória dos dados objetivamente, visto que são inúmeros cálculos
realizados empregando uma grande massa de dados nos programas. Estes dados serão
potencialmente discutidos judicialmente com as concessionárias.

Uso da menor potência nominal dentre os elementos utilizados na obra (cabo de média tensão,
transformador, cabo de baixa tensão):

Trará distorções, visto que se houver sobra de disponibilidade nos cabos de média e baixa tensão,
esses valores não serão atribuídos à concessionária, sendo esse “crédito” perdido pelo
solicitante.

Além disso, visto que os condutores, transformadores e equipamentos padronizados são


produzidos em potências nominais em “degraus”, como por exemplo 30kVA, 45kVA, 75kVA,

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112,5kVA, 225kVA no caso do transformador o fato de selecionar um equipamento de maior


potência ou um mais próximo à potência a ser atendida pode afetar significativamente o cálculo
da proporção da obra como um todo (cabos e postes) atribuída à concessionária/consumidor,
dado que o fator limitante de “demanda disponibilizada pelo orçamento” será na maioria das
vezes o transformador.

Voltando ao exemplo anterior, caso empregada a metodologia antiga, teríamos:

Elemento Capacidade Entrega % de Dispositivo


de Potência proporcionalização
(hipotética para para a
exemplo) Concessionária com
relação a Potência
de 75kVA
Cabo de média 300 kVA (calculado 80% Reserva de
tensão pela corrente capacidade
Nominal do Cabo)
Transformador 75 kVA 0% Reserva de
capacidade
Cabo de baixa 150 kVA (calculado 50% Reserva de
tensão pela corrente capacidade
nominal do cabo)
Postes Sem 0% Não relacionado à
proporcionalidade reserva de
capacidade

Entende-se que o critério anterior era bastante claro quanto a operacionalização, uma
vez que se emprega o valor nominal do item de material e compara-se com a maior potência
entre geração e carga solicitada. Além disso, esse critério é facilmente apresentável em
memórias de cálculo e assegura o direito das unidades consumidoras saberem exatamente o
que estão pagando.

Todo o excesso de capacidade dos elementos é atribuído à concessionária, sendo que


esse excesso futuramente pode ser empregado em obras futuras para o atendimento de outras
demandas, não recaindo estes custos sobre o consumidor. Os demais elementos não associados
à reserva de capacidade, tais como postes, ferragens e serviços são essenciais para a conexão
das unidades consumidoras, sendo, portanto, justo que estes não sejam proporcionalizáveis.

Complementarmente, cita-se algumas nuances existentes para cada equipamento:

Religador: Possui potência nominal para proporcionalização, entretanto esta potência não está
correlacionada à sua função, que está ligada a continuidade do fornecimento. Possui diferentes
interpretações:

- Se interpretado como equipamento de proteção pode ser proporcionalizado;

- Se interpretado como equipamento de manobra não deve ser proporcionalizado;

- Se instalado no ponto de conexão, o custo é do consumidor.

Banco Capacitor: Possui potência nominal para proporcionalização, entretanto essa potência não
está correlacionada diretamente ao valor da carga ou geração da unidade consumidora, mas sim
com a quantidade de potência reativa circulante na rede de distribuição.

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Obras de SEs e Linhas: São projetadas especificamente e não possui a dinamicidade das obras
de redes de distribuição.

Resposta da pergunta 23: A proporcionalização sempre deve ser realizada, conforme art. 108
da REN1000/2021, considerando a relação entre a maior demanda de carga ou geração a ser
atendida ou acrescida e a “demanda disponibilizada pelo orçamento”. Para a “demanda
disponibilizada pelo orçamento” deve ser considerada a máxima demanda disponibilizada pelo
orçamento no ponto de conexão, analisando os itens de forma conjunta.

Importante ressaltar que o critério de mínimo custo global sempre deve observado, conforme
79 da REN1000/2021. Adicionalmente, caso a distribuidora opte por obras com dimensões
maiores do que as necessárias para a conexão, deve assumir os custos adicionais, conforme art.
100 da REN1000/2021.

24. Questão/Apontamento:

Acerca da aplicação do artigo 655-F, ao ser constatado recebimento irregular de benefício


associado ao SCEE, a compensação de energia deve ser interrompida imediatamente ou apenas
após a conclusão do processo previsto no artigo 325?

Posicionamento ABRADEE:

A princípio, entende-se que deve haver a interrupção imediata da compensação e, eventuais


revisões no faturamento, com respectiva cobrança ou devolução a ser realizada, devem aguardar
o procedimento previsto no artigo 325.

Resposta da pergunta 24: Caso seja verificado pela distribuidora que um consumidor
beneficiário do SCEE não deveria estar recebendo excedentes, a distribuidora deve suspender
imediatamente o recebimento de excedentes e emitir uma fatura com as diferenças a pagar,
conforme descrito no Artigo 325 da Resolução Normativa nº 1.000/2021. Se houver reclamação
do consumidor e for constatado que a suspensão do benefício foi indevida, deve-se emitir fatura
nos termos do §7º do art. 325, com devolução em dobro dos valores pagos a mais pelo
consumidor, nos termos do art. 323.

25. Questão/Apontamento:

Caso uma geração compartilhada com potência acima de 500 KW e com geração a partir de fonte
não despachável solicite conexão, necessariamente a destinação dos excedentes de energia
deverá ser definida a partir de percentuais? Questiona-se, pois, havendo a destinação dos
créditos conforme ordem de prioridade, seria necessário verificar, mensalmente, se um mesmo
titular possuir 25% ou mais dos excedentes para, então, classificar a usina como GDII ou GDIII e,
só então, realizar a compensação dos créditos. Desta forma, entende-se que estas unidades não
poderão definir o rateio por ordem de prioridade, e sim por percentual.

Resposta da pergunta 25: Não há obrigatoriedade de definição de excedentes por percentual


nesses casos. Se o consumidor optar por ordem de recebimento dos créditos, deve-se verificar
se o limite de 25% é atingido a cada ciclo de faturamento para fins de classificação como GD II
ou GD III.

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26. Questão/Apontamento:

No artigo 655-R, que trata da regra de faturamento quando houver aumento de potência
instalada de geração, os § 1°e 2°, inciso II, detalham a aplicação de descontos tarifários. Nesses
casos, os descontos referidos fazem referência aos percentuais de redução para aplicação da
regra de transição prevista no artigo 27 da Lei nº 14.300/22, publicados através da REH ANEEL
nº 3.169/22? Caso positivo, em exemplo hipotético, o faturamento deve ocorrer conforme a
seguir?

Pot. Geração antes de 07/01/2023: 70 kW


Aumento solicitado após 07/01/2023: 30 kW
Pot. Total: 100 kW
Faturamento da compensação: Aplicar Regra GDI sobre 70% do valor a ser compensado
e Regra GDII ou GDIII sobre 30% do valor a ser compensado.

Sendo o caso, sugerimos adequação do texto, de forma a evitar que tais descontos sejam
confundidos com aqueles aplicados a determinadas atividades, como rural e irrigante, por
exemplo. Caso contrário, solicitamos que sejam apresentados exemplos numéricos da aplicação
do artigo.

Resposta da pergunta 26: No caso de aumento de potência instalada em uma usina GD I, a


parcela de potência classificada como GD I não sofre nenhuma alteração. Já a parcela objeto de
aumento da potência instalada será classificada como GD II ou GD III e os descontos tarifários
aplicados serão proporcionais à potência instalada.

Por exemplo: uma usina de 150 kW classificada como GD I aumenta sua potência instalada para
um total de 250 kW. Em um determinado mês, a usina injetou no sistema de distribuição 30 mil
kWh. Assim, fazendo a proporcionalização, 18 mil kWh serão classificados como GD I e 12 mil
kWh serão classificados como GD II.

Outro exemplo: uma usina solar de 200 kW classificada como GD II aumenta sua potência
instalada para um total de 700 kW. A usina agora é classificada como GD III. Em um determinado
mês, a usina injetou no sistema de distribuição 84 MWh. Toda a energia injetada por essa usina
será considerada como GD III.

27. Questão/Apontamento:

Quando houver opção de compensação por ordem de prioridade, cada unidade a receber os
excedentes de energia poderá ter ciclo de faturamento distinto, havendo a possibilidade da
primeira unidade da lista ter a leitura realizada posteriormente à segunda, conforme exemplo a
seguir:

Unidade Geradora: leitura em 01/03/23


Unidade 1 a receber excedente: leitura em 20/03/2023
Unidade 2 a receber excedente: leitura em 10/03/2023

Situação semelhante pode ocorrer quando a “Unidade 1” não for faturada no ciclo por algum
motivo como, por exemplo, alteração de rota de leitura. Nesses casos, qual o procedimento a
ser adotado para realizar a alocação dos excedentes uma vez que cada unidade participante do

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SCEE possui ciclo de faturamento distinto e só é possível alocar os montantes em uma unidade
após a anterior já ter recebido os créditos?

Resposta da pergunta 27: O faturamento inicia-se com a leitura dos excedentes injetados pela
unidade consumidora com microgeração ou minigeração distribuída. Esses excedentes serão
alocados conforme percentuais e ordem de prioridade definidos pelo consumidor, segundo o
Artigo 655-H da Resolução Normativa nº 1.000/2021.

Caso o faturamento da unidade consumidora beneficiária dos excedentes já esteja fechado


naquele ciclo, automaticamente os excedentes viram créditos para esta UC.

No exemplo, os excedentes de energia referentes ao mês de março/2023 devem ser creditados


primeiramente na UC beneficiária 1, então constarão da sua fatura referente ao mês de
março/2023. O saldo será destinado à UC beneficiária 2 e será creditada sua fatura referente ao
mês de abril/2023.

28. Questão/Apontamento:

A validade dos créditos de energia é de 60 meses após a data do faturamento em que foram
gerados. No caso da aplicação do artigo 671-D, que define que as distribuidoras deverão
identificar eventuais créditos não atribuídos ao consumidor, o prazo de validade deve ser
considerado a partir da data em que os créditos deveriam ter sido gerados, ou a partir da data
em que foram identificados?

Posicionamento ABRADEE:

Considerando-se que a geração dos créditos propriamente dita ocorreu em uma determinada
data pretérita, entende-se que esta é a data a ser considerada para contabilização da validade.

Resposta da pergunta 28: O prazo de validade dos créditos é contado a partir da data em que
foram concedidos nos termos do art. 671-D, e não a partir de quando foram gerados.

29. Questão/Apontamento:

O §7º do Art. 655-C prevê que a obrigação de apresentação de garantia de fiel cumprimento fica
dispensada caso se trate de minigeração nas modalidades geração compartilhada por meio da
formação de consórcio ou cooperativa, ou múltiplas unidades consumidoras com minigeração
distribuída, desde que permaneçam pelo período mínimo de 12 meses após a conclusão da
conexão nas referidas modalidades. Caso o consumidor solicite a alteração de modalidade
antes do prazo mencionado, entende-se, então, que a distribuidora deve negar a solicitação?

Resposta da pergunta 29: Sim, nesse caso, nega-se a solicitação de alteração de modalidade.

30. Questão/Apontamento:

A verificação de comercialização de orçamento de conexão, que é expressamente vedada e


implica no cancelamento e aplicação do Art. 655-F, deve considerar também orçamentos
emitidos antes da vigência da Lei nº 14.300/2022? Caso seja verificada a comercialização após a
assinatura dos contratos, qual ação deve ser tomada pelas distribuidoras?

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Resposta da pergunta 30: A vedação à comercialização do orçamento de conexão foi inovação


trazida pela Lei nº 14.300/2022 e não se aplica às comercializações do orçamento que tenham
ocorrido antes da vigência desta Lei.
Caso se verifique a ocorrência de comercialização após a vigência da Lei nº 14.300/2022, deve-
se cancelar o orçamento de conexão.

31. Questão/Apontamento:

Conforme disposto no artigo 109, §8º, da REN 1.000/21, se a unidade consumidora com MMGD
se enquadrar nos critérios de gratuidade dispostos nos artigos 104 e 105 e as obras necessárias
para conexão da geração forem maiores do que as obras necessárias para atendimento à carga,
a distribuidora deverá considerar como sua responsabilidade financeira o maior valor entre o
ERD calculado conforme caput do artigo 109 e o valor do orçamento para o atendimento gratuito
da carga. Por sua vez, o §3º do artigo 109 prevê que, para as unidades consumidoras do grupo
B, deve ser considerado, para fins de ERD, o maior valor entre a potência instalada de geração e
a demanda calculada com base na carga instalada declarada da unidade consumidora.

Assim, numa situação em que a potência instalada de geração represente o maior valor, o ERD
será calculado com base nesta potência e no fator K que, por sua vez, é calculado com base na
TUSD fio B da carga. Desta forma, entende-se que há certa incoerência nesta regra, que vai de
encontro, ao que é proposto para o grupo A, que tem o cálculo de ERD referente à parcela da
geração realizado com base num fator Kg.

Ademais, nota-se certa incongruência, tomando por base no art. 14 da Lei 10.438/2002 e no art.
8º da Lei 14.300/2022, uma vez que a obra necessária para atendimento da geração distribuída
supere o valor necessário para atendimento da unidade consumidora não caberia avaliar mais
alguma aplicação de gratuidade à parcela de carga da unidade consumidora. Tal regulamento,
na prática, servirá como instrumento para reduzir a participação financeira do consumidor por
meio de declaração falsa ou manipulação da carga instalada – veja, basta que o interessado
indique uma determinada carga total de até 50 kW e indicar a sua utilização de forma simultânea,
assim a distribuidora terá que avaliar um orçamento de conexão para atendimento da suposta
demanda com valor igual ao valor de carga declarado, que em última instancia pela definição
disposta no §8º do artigo 109 servirá para reduzir a participação financeira do consumidor no
orçamento de conexão. Em suma, o dispositivo traz incentivo à instalação de gerações remotas,
o que contraria medidas tomadas pela própria Agência na regulamentação da Lei 14.300/2022.

Sobre a possível identificação por parte da distribuidora se a carga instalada é condizente com a
declarada na solicitação de orçamento de conexão, vale destacar que o art. 34, em regra geral,
impede que a distribuidora vistorie as instalações internas do consumidor. Além do mais,
supondo que a equipe de vistoria da distribuidora identifique a declaração falsa da carga
instalada, qual será o instrumento regulatório para cobrar o “desconto” irregularmente recebido
pelo consumidor no orçamento de conexão? Do ponto de vista do equilíbrio econômico-
financeiro a distribuidora não será afetada pois essa diferença irá compor a base de remuneração
regulatória, no entanto, como a distribuidora poderá resguardar o direito dos demais
consumidores em prol da modicidade tarifária?

Nesse sentido, solicitamos avaliação desta agência acerca da necessidade de revisão do texto
do §8º do artigo 109 e da metodologia de cálculo de ERD para as unidades consumidoras do
grupo B.

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Resposta da pergunta 31: A regra do cálculo do ERD do Grupo B não foi alterada pela
REN1.059/2023, não tendo sido demonstrada a impossibilidade da aplicação do regulamento,
de modo que a avaliação, nesse momento, é pela manutenção do texto da REN1.000/2021.

Adicionalmente, observamos que esse procedimento do consumidor declarar sua carga estava
regulado nas Condições Gerais de Fornecimento e foi mantido na consolidação promovida pelas
Regras de Distribuição, de modo que eventual aprimoramento deve passar necessariamente por
processo de aprimoramento regulatório.

32. Questão/Apontamento:

Para unidades consumidoras do grupo A com opção de faturamento do grupo B não adequados
aos critérios do artigo 292, §3º, para manutenção deste tipo de faturamento, as distribuidoras
deverão cumprir o disposto no artigo 671-A, enviando comunicado a esses consumidores e, caso
esses não se manifestem, aplicam-se os §§ 2° e 3° do art. 671-A. Ou seja, “implica interrupção
da aplicação da opção de faturamento pelo grupo B, devendo o faturamento passar a ser
realizado pelo grupo A, devendo a distribuidora aplicar o período de testes para permitir a
adequação da demanda contratada e a escolha da modalidade tarifária. Entretanto, até mesmo
para que sejam observados os limites de ultrapassem de demanda previstos no I do Art. 313, é
necessário que se tenha um valor de demanda contratada como referência. Assim, como não
houve indicação prévia do consumidor, entende-se que como demanda contratada deve ser
considerado o valor equivalente à potência instalada de geração. O entendimento está correto?

Resposta da pergunta 32: Não. O consumidor deve ser notificado, até 27/02/2023, sobre a
necessidade de adequação, em até 60 dias (até 28/04/2023), aos critérios do § 3º do art. 292
para manter sua opção pelo faturamento no grupo B). A não manifestação do consumidor até
28/04/2023 enseja no seguinte rito:
1) Início do período de testes a partir do ciclo de faturamento subsequente ao dia
28/04/2023 (parágrafo 2º do Art. 671-A);
2) Faturamento pela demanda medida (Art. 313), faturando o valor mínimo disposto no
caput do art. 148 em ao menos um dos postos tarifários (parágrafo 1º do Art. 313);
3) Não se aplica cobrança pela ultrapassagem durante o período de testes, por inexistência
de enquadramento no parágrafo 2º do Art. 313;
4) Inicia-se a aplicação do artigo 144 por recusa injustificada do consumidor em celebrar
os contratos e aditivos pertinentes;
a. Aplicam-se as tarifas da modalidade tarifária horária azul;
b. Envio comprovado de pelo menos duas notificações específicas ao consumidor,
durante o prazo de 90 dias, sobre a necessidade de celebração dos contratos e
aditivos pertinentes;
c. Suspender os percentuais de descontos aplicados na TUSD e na TE para
estabelecimento da tarifa de aplicação utilizada no faturamento da energia
compensada associada ao SCEE (conforme tabela na resolução homologatória
de tarifas da distribuidora) a partir do ciclo de faturamento subsequente à
primeira notificação (alínea a do inciso III)
d. Após 90 dias, suspender o fornecimento de energia elétrica (inciso II)
5) Encerramento do contrato após 2 ciclos de faturamento depois da suspensão regular,
precedida de notificação (parágrafo 1º do Art. 140)

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33. Questão/Apontamento:

A unidade consumidora do grupo A, que participa do Sistema de Compensação de Energia


Elétrica sem possuir a geração local, pode continuar optando por faturamento com aplicação da
tarifa do grupo B (B-optante)?

Posicionamento ABRADEE:

O §3° do art. 292 e o art. 671-A tratam das adequações relacionadas às unidades consumidoras
do grupo A participantes do SCEE que optam por faturamento com aplicação da tarifa do grupo
B. Vejamos:

“Art. 292. O consumidor pode optar por faturamento com aplicação da tarifa do
grupo B para sua unidade consumidora do grupo A, desde que atendido um dos
seguintes critérios:

(...)

§ 3º Para unidade consumidora participante do SCEE, a opção de que trata o


caput pode ser efetuada desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes
critérios:

I - possuir central geradora na unidade consumidora;

II - a soma das potências nominais dos transformadores da unidade consumidora


for menor ou igual a 112,5 kVA; e

III - não haver alocação ou recebimento de excedentes de energia em unidade


consumidora distinta de onde ocorreu a geração de energia elétrica.”

“Art. 671-A. A unidade consumidora do grupo A participante do SCEE em que foi


exercida a opção pelo faturamento no grupo B de que trata a Seção III do
Capítulo X do Título I em data anterior à 7 de janeiro de 2022 deve ser adequada
aos critérios do § 3º do art. 292, no prazo de até 60 dias contados da entrada em
vigor deste artigo.

(...)

§ 2º O não atendimento ao disposto no caput implica interrupção da aplicação


da opção de faturamento pelo grupo B, devendo o faturamento passar a ser
realizado pelo grupo A a partir do ciclo de faturamento subsequente ao término
do prazo do caput

(...)”

Sendo assim, após o prazo de 60 dias contados a partir da entrada em vigor do artigo, as unidades
consumidoras do grupo A participantes do SCEE só poderão ser B-optante se possuírem geração
local, além de não poder ocorrer alocação ou recebimento de excedentes de energia em UC
distinta de onde ocorreu a geração. Logo, as UCs B-optante não podem participar do SCEE na
modalidade de autoconsumo remoto.

Resposta da pergunta 33: Nesses casos, deve-se observar o inciso I do §3º do art. 292.

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34. Questão/Apontamento:

Sobre a aplicação do Art. 671-A, caso a unidade consumidora não possua medidor capaz de
registrar a demanda consumida ou não possua padrão de entrada compatível com a instalação
de medição indireta, a distribuidora poderá notificar o consumidor para realizar a adequação do
padrão de entrada para o grupo A? Caso contrário, o custo de adequação será assumido por
quem?

Resposta da pergunta 34: Devem ser observadas as disposições do art. 42 da REN nº 1.000/2021,
com a verificação e notificação pela distribuidora e a responsabilização do consumidor.

35. Questão/Apontamento:

Quanto à data de implementação das seguintes alterações (dia 1º de julho de 2023):

• O Plano de investimento para o MME (PERS)

• Chamada de credenciamento para as empresas especializadas

• Chamada concorrencial para as empresas credenciadas

Apresentam-se as seguintes questões:

a) As duas chamadas somente devem ser feitas depois que o Plano de Investimento estiver
aprovado pelo MME?
b) Como o Plano de investimento é anual - e será aprovado pelo MME - isso significa que
o prazo para as chamadas (também anuais) somente começará sua contagem a partir
dessa aprovação?
c) O caput do Art. 9º-B da REN 920/2021 indica que a distribuidora pode ou não destinar
recursos do Programa de Eficiência Energética para o PERS, isso significa ser opcional
executar o PERS?
d) Sendo opcional isso significa ser dispensável enviar o plano de investimento para o MME
caso a distribuidora decida não executar o PERS?
e) Sendo obrigatório, qual é a data limite para a distribuidora enviar o primeiro plano de
investimento ao MME?

Resposta da pergunta 35: Sobre a questão “a”, o plano não requer aprovação pelo MME e tem
caráter informativo para acompanhamento.
Sobre a questão “b”, o regulamento do PERS não prevê a necessidade de aprovação do plano
pelo MME. Portanto, a distribuidora pode definir o calendário para realização das chamadas.
Sobre a questão “c”, como não há uma determinação expressa na legislação ou regulamento da
ANEEL, a distribuidora tem autonomia para destinar o recurso entre as tipologias de projetos,
porém observando as demais diretrizes do PROPEE no que se refere à aplicação do recurso nas
duas maiores classes de consumo.
Sobre a questão “d”, caso a distribuidora não inclua o PERS no rol de projetos daquele ano, fica
dispensável o envio do plano de investimento ao MME com as informações relacionadas ao
PERS.
Sobre a questão “e”, caso haja previsão de investimentos no âmbito do PERS, a data limite é o
fim do ano civil para o planejamento do ano subsequente.

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36. Questão/Apontamento:

Com a entrada em vigor da Lei 14.300/22 foram alteradas as regras do Sistema de Compensação
de Energia Elétrica aplicado aos consumidores com Geração Distribuída. Dentre estas mudanças,
destaca-se a necessidade de pagamento da TUSD Fio B, sobre a energia compensada, em
percentuais que vão crescendo anualmente.

Assim, visando adequar a regulação a esta nova realidade, a ANEEL aprovou a Resolução
Homologatória nº 3.169, de 29 de Dezembro de 2022 na qual foram estabelecidos percentuais
de desconto na TUSD que, em tese, deveriam gerar resultados equivalentes àqueles que seriam
obtidos caso se aplicasse os descontos previstos na Lei 14.300/22 sobre o faturamento da TUSD
Fio B. Matematicamente, tem se que:

TUSD x (1 – DR) = TUSD Fio B x (1- DL)


TUSD – TUSD x DR = TUSD Fio B – TUSD Fio B x DL
- TUSD x DR = TUSD Fio B – TUSD Fio B x DL – TUSD
DR = (TUSD – TUSD Fio B x (1-DL))/TUSD

Onde:

DR = Desconto da Resolução;
DL = Desconto da Lei 14.300/22;
TUSD = Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição;
TUSD Fio B = Parcela da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição referente ao Fio B.

A formulação matemática mostrada acima permite converter o percentual de desconto


estabelecido na Lei 14.300/22, previsto para ser aplicado sobre a TUSD Fio B, para um percentual
equivalente a ser aplicado sobre a TUSD. Logo, para que esta equivalência seja assegurada, tanto
os valores da TUSD, quanto da TUSD Fio B, devem estar na mesma base, ou seja, ou ambos
consideram as devoluções do PIS/COFINS ocorridas no último ano, ou ambos desconsideram
os valores desta dedução.

Todavia, este não foi o procedimento adotado pela ANEEL, que usou para a TUSD os valores
considerando a devolução do PIS/COFINS, e para a TUSD Fio B, os valores utilizados não
consideram este desconto. Para ilustrar esta inconsistência, considere o caso da CEMIG que
apresenta os valores abaixo para a TUSD e a TUSD Fio B (Tarifa B1 – Convencional).

TUSD sem considerar devolução do PIS/COFINS = R$ 472,06/MWh


TUSD considerando devolução do PIS/COFINS = R$ 409,13/MWh
TUSD Fio B sem considerar devolução do PIS/COFINS = R$ 232,76/MWh

DR1 = 91,46%
DR2 = 92,60%

No exemplo acima, DR1 corresponde ao resultado da aplicação da TUSD considerando devolução


do PIS/COFINS (R$ 409,13/MWh) juntamente com a TUSD Fio B sem considerar devolução do
PIS/COFINS (R$ 232,76/MWh). Este foi o procedimento adotado pela ANEEL. Por outro lado, o
valor de DR2 corresponde ao resultado da aplicação da TUSD sem considerar a devolução do
PIS/COFINS (R$ 472,06/MWh) juntamente com a TUSD Fio B sem considerar devolução do
PIS/COFINS (R$ 232,76/MWh).

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A ANEEL entende ter havido equívoco no cálculo do percentual de desconto apresentado na


Resolução Homologatória nº 3.169, de 29 de dezembro de 2022? Sendo o caso, solicitamos
que os valores corretos sejam republicados.

Resposta da pergunta 36: A ANEEL irá avaliar se houve erro de cálculo e, sendo o caso, corrigir.

37. Questão/Apontamento:

Identificamos a necessidade de retificação no artigo 655-F: trocar a expressão “central


geradora” por “unidade consumidora com microgeração ou minigeração distribuída”.

Resposta da pergunta 37: Sugestão poderá ser contemplada em uma futura retificação, sem
prejuízo para aplicação do regulamento na forma em que foi publicado.

38. Questão/Apontamento:

Os formulários para solicitação de orçamento de conexão de microgeração e minigeração


distribuída assumiram um aspecto mais orientativo que determinativo. Sendo assim, a
distribuidora pode implementá-los no formato mais conveniente, desde que sejam obedecidas
as diretrizes estabelecidas neles? Por exemplo, não solicitando mais informações do que as
dispostas.

Posicionamento ABRADEE:

Sim, a distribuidora tem liberdade para implementar os formulários da forma que entender mais
adequada, desde que respeite as orientações e informações contidas no modelo aprovado pela
regulamentação vigente.

Resposta da pergunta 38: O formulário tem que ser obrigatoriamente observado, é


determinativo em relação ao conteúdo, conforme art. 67, §2º, III da REN1000/2021. A entrada
de dados no formulário pode ser automatizada e personalizada, a exemplo de caixas de opção,
entrada de dados etc, assim como logomarcas da distribuidora.

39. Questão/Apontamento:

Como deve ser calculado o EUSD considerado para o cálculo de compensações por violação de
prazos de serviços comerciais e indicadores de continuidade?

Resposta da pergunta 39: O VRC constitui o valor monetário base correspondente ao uso do
sistema de distribuição pelo acessante (considerada a parcela Fio B da TUSD e TUSDg), incluindo
todos os montantes de uso ou energia, que estejam relacionados ao faturamento, devendo-se
considerar inclusive o eventual faturamento mínimo de qualquer dos componentes.

40. Questão/Apontamento:

As distribuidoras devem apresentar no orçamento de conexão todas as análises realizadas para


identificar as alternativas viáveis, de que trata o §1° do art. 73, para eliminar a inversão do fluxo?

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Posicionamento ABRADEE:

O §1° do artigo 73 apresenta exemplos de estratégias para que seja possível eliminar a inversão
do fluxo de potência. Vejamos:

“Art. 73. A distribuidora deve, se necessário, realizar estudos para:

(...)

§ 1º Caso a conexão nova ou o aumento de potência injetada de microgeração


ou minigeração distribuída implique inversão do fluxo de potência no posto de
transformação da distribuidora ou no disjuntor do alimentador, a distribuidora
deve realizar estudos para identificar as opções viáveis que eliminem tal
inversão, a exemplo de:

I - reconfiguração dos circuitos e remanejamento da carga;

II - definição de outro circuito elétrico para conexão da geração distribuída;

III - conexão em nível de tensão superior ao disposto no inciso I do caput do art.


23;

IV - redução da potência injetável de forma permanente;

V - redução da potência injetável em dias e horários pré-estabelecidos ou de


forma dinâmica; (...)”

Da leitura do §2° do inciso II do referido artigo, depreende-se que devem ser realizadas análises
das alternativas que trata o §1°. Vejamos:

“Art. 73

(...)

§ 2º O estudo da distribuidora de que trata o § 1º deve compor o orçamento de


conexão e conter, no mínimo:

(...)

I - análise e demonstração da inversão do fluxo com a conexão da microgeração


ou minigeração distribuída, incluindo a máxima capacidade de conexão e
escoamento sem inversão de fluxo;

II - análise das alternativas dispostas no § 1º e outras avaliadas pela


distribuidora, identificando as consideradas viáveis e a de mínimo custo global;
e (...)”

Aliando esse entendimento com o disposto no §4° do art. 69, conclui-se que no orçamento de
conexão, a distribuidora deve apresentar apenas as alternativas viáveis para seleção do
consumidor. Vejamos:

“Art. 69. O orçamento de conexão deve conter, no mínimo:

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(...)

§4º Nos casos de conexão de microgeração ou minigeração distribuída


enquadrados no §1º do art. 73, a distribuidora deve incluir no orçamento de
conexão as informações contidas nos §§ 2º a 5º do art. 73, as alternativas para
seleção do consumidor, as demais obras de sua responsabilidade e itens previstos
neste artigo.”

Sendo assim, entendemos que a distribuidora deve apresentar no orçamento de conexão


apenas as análises das alternativas viáveis para eliminar a inversão do fluxo.

Resposta da pergunta 40: Conforme §4º do art. 69, §4º, nos casos de conexão de microgeração
ou minigeração distribuída enquadrados no §1º do art. 73, a distribuidora “deve incluir no
orçamento de conexão as informações contidas nos §§ 2º a 5º do art. 73” e as alternativas para
seleção do consumidor.
No §2º do art. 73 existe o conteúdo mínimo do estudo da distribuidora:

Art. 73 [...] § 2º O estudo da distribuidora de que trata o § 1º deve compor o orçamento de


conexão e conter, no mínimo:
I - análise e demonstração da inversão do fluxo com a conexão da microgeração ou minigeração
distribuída, incluindo a máxima capacidade de conexão e escoamento sem inversão de fluxo;
II - análise das alternativas dispostas no § 1º e outras avaliadas pela distribuidora,
identificando as consideradas viáveis e a de mínimo custo global; e
III - responsabilidades da distribuidora e do consumidor em cada alternativa.

Assim, a regulação prevê expressamente que a distribuidora deve apresentar no orçamento de


conexão o estudo, o que inclui, dentre outras informações, a análise de todas as alternativas e a
identificação da consideradas viáveis.

41. Questão/Apontamento:

Nos casos de solicitações de conexão realizadas antes de 7 de janeiro de 2023, a unidade


consumidora com MMGD deve observar os prazos para que se dê início a injeção de energia,
conforme definidos no §4° do art. 655-O, para garantir o enquadramento como GD I?

Posicionamento ABRADEE:

O entendimento é de que, para as solicitações realizadas entre 8 de janeiro de 2022 e 7 de janeiro


de 2023, o enquadramento como GD I se aplica apenas nos casos em que a unidade consumidora
com micro e minigeração distribuída iniciou a injeção de energia respeitando os prazos definidos
no §4° do art. 655-O. Vejamos:

“Art. 655-O. Até 31 de dezembro de 2045, deve-se considerar as regras dispostas nesse artigo
no faturamento da energia elétrica ativa compensada que seja oriunda de unidade consumidora
com microgeração ou minigeração:

I - conectada ou cuja solicitação de orçamento de conexão, nos termos da Seção


IX do Capítulo II do Título I, tenha sido protocolada até 7 de janeiro de 2022; ou

II - cuja solicitação de orçamento de conexão, nos termos da Seção IX do Capítulo


II do Título I, seja protocolada na distribuidora entre 8 de janeiro de 2022 e 7 de
janeiro de 2023.

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(...)

§ 4º O disposto no caput somente se aplica caso o início da injeção de energia na


unidade de que trata o inciso II do caput se dê até o maior prazo entre:

I - o prazo de conexão ao sistema de distribuição indicado no orçamento de


conexão; e

II - os seguintes prazos, contados da data de emissão do orçamento de conexão:

a) 120 dias: para unidades com microgeração distribuída, independentemente


da fonte;

b) 12 meses: para unidades com minigeração distribuída de fonte solar, incluindo


aquelas dotadas de sistema de armazenamento; ou

c) 30 meses: para unidades com minigeração distribuída das demais fontes.”

Assim, nos casos em que a injeção de energia ocorrer após os prazos estipulados no §4° do
referido artigo, o correto enquadramento será em GD II ou GD III.

Resposta da pergunta 41: Sim.

42. Questão/Apontamento:

As instalações de Iluminação Pública sem circuitos exclusivos poderão participar do SCEE?

Posicionamento ABRADEE:

Somente poderão participar do SCEE, IP’s que possuam circuito exclusivo com medição instalada.
É vedada a participação no SCEE de unidades consumidoras com medição estimada.

Resposta da pergunta 42: Todas as unidades consumidoras da classe iluminação pública podem
participar do SCEE, independentemente se é a UC agregada de iluminação pública ou uma
unidade consumidora de um circuito exclusivo de iluminação pública. O art. 655-D, §1º da
REN1000, fundamentado no art. 20 da Lei 14.300/2022, não restringe a participação da
iluminação pública ao faturamento ser por estimativa ou medição, de modo que a distribuidora
não pode restringir a aplicação da regulação/legislação.

43. Questão/Apontamento:

Em caso de encerramento contratual, deve ser calculado o CUSD para as duas demandas?

Resposta da pergunta 43: Sim. No encerramento antecipado do CUSD no Grupo A, conforme o


artigo 142, aplica-se a cobrança o correspondente aos faturamentos da demanda contratada
para os postos tarifários de ponta e fora de ponta subsequentes à data prevista para o
encerramento, limitado a 3 meses para os subgrupos AS ou A4 e 6 meses para os demais, e o
correspondente ao faturamento do montante mínimo disposto no art. 148 pelos meses que
faltam para o término da vigência do contrato além do período cobrado na alínea “a” do inciso I
do mesmo artigo, sendo que para a modalidade tarifária horária azul a cobrança deve ser
realizada apenas para o posto tarifário fora de ponta.

O faturamento da demanda contratada está descrito no inciso II do parágrafo 1º do artigo 294.


Em resumo, ele é composto por duas partes (parcela carga e parcela geração). A parcela carga é

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o produto da demanda contratada (ou medida, caso maior que a contratada) e a TUSDc. A
parcela geração é o produto da TUSDg e a diferença entre a demanda contratada e a
efetivamente medida.

A cobrança não se aplica a unidades participantes do SCEE do grupo B.

44. Questão/Apontamento:

Como serão tratadas as reclamações sobre devolução do custo de disponibilidade após a


publicação da REN 1.059/2021? A mesma resposta se aplicará para os três níveis de reclamação?

Resposta da pergunta 44: Os procedimentos estabelecidos na REN1000 para o tratamento de


demandas, o que inclui as reclamações, não foram alterados pela REN1059/2023.
O art. 290, §2º que estabelece que a diferença resultante na aplicação do custo de
disponibilidade não é passível de futura compensação também não foi alterado pela
REN1059/2023.
Adicionalmente, o tratamento para faturamentos incorretos também não foi alterado pela
REN1059/2023.
Assim, importante detalhar essa pergunta para que fique mais clara a dúvida.

45. Questão/Apontamento:

Uma central geradora pertencente ao GD I pode solicitar antecipação do faturamento da TUSDg


ou deverá aguardar a RTP?

Posicionamento ABRADEE:

Não. O art. 26 da Lei 14.300/22 é claro ao definir que se deve “considerar a tarifa correspondente
à forma de uso do sistema de distribuição realizada pela unidade com microgeração ou
minigeração distribuída, se para injetar ou consumir energia, na forma do art. 18 desta Lei, após
a revisão tarifária da distribuidora subsequente à publicação desta Lei”.

Resposta da pergunta 45: Não. Conforme o inciso II do §7º do art. 655-O, “as regras
estabelecidas no art. 655-J após a primeira revisão tarifária da distribuidora subsequente a 7 de
janeiro de 2022.”

46. Questão/Apontamento:

Uma GD compartilhada com potência maior que 500 kW com compensação por ordem de
prioridade que não possua beneficiária recebendo mais de 25% dos excedentes poderá ser
classificada como GD II durante o faturamento?

Resposta da pergunta 46: vide resposta da pergunta 25.

47. Questão/Apontamento:

O §7°, inciso I, do Art. 138 prevê que a alteração do titular indicado no orçamento de conexão
somente pode ser realizada após a solicitação ou aprovação da vistoria, nos termos do art. 91.

Neste ponto apresentamos dois questionamentos:

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• A redação do texto permite a interpretação de que o orçamento de conexão emitido


poderá ser alterado e reemitido para o nome do novo titular antes da conclusão do
processo de conexão, abrindo margem para a comercialização de orçamentos de
conexão. Assim, os orçamentos de conexão poderão ser reemitidos no nome do antigo
titular, mantendo as condições do anterior (incluindo o enquadramento como GD I)?

• Considerando que o §7°, inciso I, do Art. 138 limita a realização da troca somente após
a solicitação ou aprovação da vistoria, para clientes do Grupo A onde os contratos são
disponibilizados para o consumidor no momento da solicitação da vistoria, é possível
condicionar a realização da troca de titularidade à devolução dos contratos assinados
pelo primeiro titular? No nosso entendimento, essa medida visa impedir que a unidade
fature sem um contrato atribuído, caso o novo titular não entregue os contratos
assinados antes da vistoria.

Resposta da pergunta 47: A REN1000/2021 estabelece em seu artigo 83, §5º que o orçamento
de conexão deve ser cumprido, e somente pode ser alterado mediante acordo entre as partes,
conforme prevê o art. 40, §2º do Código de Defesa do Consumidor. Trata-se de disposição de
com aplicação excepcional, voltada a eventual necessidade de alteração da obra que irá ser
realizada e dos respectivos valores.

Assim, no Capítulo II do Título I da REN1000/2021, que trata “Da Conexão”, não há previsão para
alteração do “titular indicado no orçamento de conexão” ou mesmo para reemissão do
orçamento de conexão em situações em que não há alteração da obra/valores e o respectivo
acordo entre as partes. Existindo acordo entre as partes em função de alteração de obra/valores,
o orçamento de conexão deve ser reemitido para o mesmo consumidor indicado no orçamento
original.

Nesse sentido, esclarecemos que a expressão “titular indicado no orçamento de conexão” do art.
138, §7º, I deve ser compreendida como o titular do contrato celebrado a partir do orçamento
de conexão emitido, ou seja, o art. 138 trata exclusivamente de alteração de titularidade
contratual.

Sobre a segunda parte do questionamento, esclarecemos que, conforme art. 91, II, “b”, na
situação relatada, Grupo A com contratos a serem assinados, o prazo de vistoria somente
começa a ser contado da devolução dos contratos e demais documentos assinados. Ademais,
conforme art. 83, §7º, o orçamento de conexão perde a validade se os contratos não forem
devolvidos assinados no prazo do art. 85.

Então, para o Grupo A não é possível entregar ao consumidor os contratos na vistoria, bem como
não há que se falar em troca de titularidade (contratual) se os contratos sequer foram assinados
ou mesmo na realização da vistoria e instalação dos equipamentos de medição se os contratos
não foram devolvidos assinados.

48. Questão/Apontamento:

RETIFICAÇÃO: Ajuste no inciso I do § 2º do Art. 655-I da REN 1.059/23, incluindo o texto em


negrito:

REN 1.059/2023

“§ 2º A energia compensada de que trata o § 1º:

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I -deve ser considerada até o limite em que o valor monetário relativo ao


faturamento de que trata o inciso II do § 1º, seja maior ou igual ao custo de
disponibilidade; e”

Resposta da pergunta 48: A retificação proposta não é necessária.

49. Questão/Apontamento:

Sugestão de revogação dos itens 14 e 15 do módulo 3 do PRODIST, que ficaram duplicados com
a inclusão dos itens 12.2, 12.5 e 12.6:

MÓDULO 3 DO PRODIST

12.2. Para central geradora classificada como microgeração ou minigeração


distribuída que utiliza exclusivamente conversor eletrônico de potência para
realizar a interface com a rede de distribuição, incluindo sistema de
armazenamento de energia elétrica, o consumidor deve apresentar relatório de
ensaio em língua portuguesa, atestando que todos os modelos utilizados tenham
sido aprovados em ensaios de avaliação da sua conformidade com as normas
técnicas brasileiras vigentes que avaliam a interface de conexão desses
conversores com a rede de distribuição.

12.5. Nos sistemas que se conectam à rede por meio de conversores eletrônicos
de potência, as funções de proteção relacionadas na Tabela 1-A podem estar
inseridas nos referidos equipamentos, sendo a redundância de proteções
desnecessária para microgeração distribuída.

12.6 O conversor eletrônico de potência utilizado por central geradora


classificada como microgeração ou minigeração distribuída deve ser instalado
em local apropriado que permita o acesso da distribuidora.

Resposta da pergunta 49: Na aplicação do regulamento devem prevalecer os novos itens 12.2,
12.5 e 12.6. A revogação dos itens 14 e 15 do Módulo 3 do PRODIST poderá ser contemplada em
uma futura retificação.

50. Questão/Apontamento:

Inclusão no § 7º no art. 83 da REN 1.059/2023, que trata da perda de validade do orçamento de


conexão no caso de alteração de titularidade de unidades consumidoras com micro ou
minigeração distribuída antes de solicitação ou aprovação de vistoria de que trata o inc. I do §
7ºdo art. 138 da REN 1.059/2023.

Art. 83. O consumidor e demais usuários devem aprovar o orçamento de conexão


e autorizar a execução das obras pela distribuidora nos seguintes prazos:

§ 7º O orçamento de conexão perderá a validade nos casos de:

I -não aprovação nos prazos estabelecidos;

II -não pagamento da participação financeira nas condições estabelecidas pela


distribuidora; ou

III -não devolução dos contratos assinados no prazo.;

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IV -não pagamento dos custos de adequação no sistema de medição, no caso de


minigeração distribuída;

V -Alteração do titular indicado no orçamento de conexão antes da solicitação


ou aprovação da vistoria, no caso unidades consumidoras com microgeração ou
minigeração distribuída.

Resposta da pergunta 50: A alteração de titularidade prevista no art. 138, §§7º, I somente pode
ser realizada pela distribuidora “após a solicitação ou aprovação da vistoria”, de modo que não
se trata de “perda de validade do orçamento”, mas de indeferimento pela distribuidora caso a
alteração seja solicitada em desacordo com a regra.

51. Questão/Apontamento:

Alteração do art. 671-D e inclusão do art. 671-E.

Art. 671-D. A regra disposta no §2º do art. 655-I deve ser aplicada nos ciclos de
faturamento que se iniciaram a partir de 7 de janeiro de 2022.

§1º A distribuidora deve identificar os créditos que não foram atribuídos aos
consumidores em decorrência da não aplicação da regra do caput nos ciclos de
faturamento iniciados antes da vigência deste artigo. até o prazo de
implementação deste artigo.

§2ºOs créditos identificados de que trata o § 1º devem ser atribuídos aos


consumidores em até 120 dias, contados da vigência deste artigo.

Art. 671-E A distribuidora deve implementar a regra disposta no §2º do art. 655-
I até 1º de julho de 2023.

§1º Eventuais diferenças de faturamento ocorridas entre a data de publicação


desta Resolução e o prazo de implementação disposto no caput deste artigo
deverão ser compensadas em até 120 dias, contados da vigência deste artigo.

§2º No caso de valores cobrados a menor, a distribuidora deve parcelar o


pagamento em número de parcelas igual ao dobro do período faturado
incorretamente, sem incidência de juros, atualizações monetárias, ou quaisquer
outros acréscimos.

§3º No caso de valores cobrados a maior, a devolução ao consumidor deve


ocorrer até o segundo ciclo de faturamento posterior ao prazo estabelecido no
§1º deste artigo, não cabendo devolução em dobro, incidência de juros,
atualizações monetárias, ou quaisquer outros acréscimos.

Resposta da pergunta 51: A retificação proposta não é necessária.

52. Questão/Apontamento:

Inclusão no art. 598 do recebimento irregular de benefício associado ao SCEE disposto no art.
655-F, quando o defeito na medição for decorrente de aumento de geração à revelia:

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Art. 598. Nos casos em que houver necessidade de compensação de receita em


decorrência da irregularidade apurada, a distribuidora deve instruir um processo
com as seguintes informações:

I -ocorrência constatada;

II -cópia legível do TOI;

III -avaliação do histórico de consumo e das demais grandezas elétricas;

IV -cópia de todos os elementos de apuração da ocorrência, incluindo as


informações da medição fiscalizadora, quando for o caso;

V -relatório de avaliação técnica, quando constatada a violação do medidor ou


demais equipamentos de medição;

VI -comprovantes de notificação, agendamento e reagendamento da avaliação


técnica;

VII -relatório da perícia metrológica, quando solicitada, informando quem


solicitou e onde foi realizada;

VIII -custos de frete e da perícia metrológica, quando esta tiver sido solicitada
pelo consumidor e for comprovada a irregularidade;

IX -comprovação de que o defeito na medição foi decorrente de aumento de


carga à revelia, quando alegado este motivo;

IX -comprovação de que o defeito na medição foi decorrente de aumento de


carga ou geração à revelia, quando alegado este motivo;

X -critério utilizado para a recuperação de receita, conforme art. 595, e a


memória descritiva do cálculo realizado, de modo que permita a sua reprodução,
e as justificativas para não utilização de critérios anteriores;

XI -valor do custo administrativo cobrado e o motivo, conforme art. 597;

XII -critério utilizado para a determinação do período de duração, conforme art.


596, e a memória descritiva da avaliação realizada, de modo que permita a sua
reprodução e, quando for o caso, as justificativas pela não adoção dos demais
critérios dispostos no artigo; XIII -data da última inspeção que antecedeu a
inspeção que originou a notificação; XIV -valor da diferença a cobrar ou a
devolver, com a memória descritiva de como o valor foi apurado; e

XV -tarifas utilizadas.

§ 1º A distribuidora deve armazenar no processo todas as notificações,


reclamações, respostas e outras interações realizadas, bem como demais
informações e documentos relacionados ao caso.

§ 2º O faturamento da compensação deve ser realizado conforme art. 325.

§ 3º No caso de procedimento irregular, o prazo para realização do faturamento


da compensação do §2º é de até 36 meses, contados a partir da emissão do TOI.

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§ 4º A distribuidora deve fornecer em até 5 dias úteis, mediante solicitação do


consumidor, a cópia do processo de irregularidade.

§ 5º O processo individualizado de irregularidade deve ser disponibilizado ao


consumidor no espaço reservado de atendimento pela internet.

§ 6º Caso seja comprovado que o defeito na medição foi decorrente de


aumento de geração à revelia, aplica-se o estabelecido no art. 655-F.

Resposta da pergunta 52: A retificação proposta não é necessária.

53. Questão/Apontamento:

Retificação na definição de central geradora de fonte despachável contida na ReN


1000:

IV-A - central geradora de fonte despachável: central geradora que pode ser
despachada por meio de um controlador local ou remoto, com as seguintes
características: (Incluído pela REN ANEEL 1.059, de 07.02.2023)

a) hidrelétrica de até 5 MW de potência instalada, incluídas aquelas a fio d'água


que possuam viabilidade de controle variável de sua geração de energia;
(Incluído pela REN ANEEL 1.059, de 07.02.2023)

b) termelétrica de até 5 MW de potência instalada, classificadas como cogeração


qualificada, ou movida à biomassa ou biogás; ou (Incluído pela REN ANEEL 1.059,
de 07.02.2023)

c) fotovoltaica de até 3 MW de potência instalada, que apresentem capacidade


de modulação de geração por meio de armazenamento de energia em baterias,
em quantidade de, pelo menos, 20% da capacidade de geração diária mensal
das unidades de geração fotovoltaicas, nos termos do art. 655-B; (Incluído pela
REN ANEEL 1.059, de 07.02.2023)

Resposta da pergunta 53: O texto “diário” está incorreto e será objeto de futura retificação.

54. Questão/Apontamento:

O que é “demanda disponibilizada pelo orçamento”?

•Podemos entender que é a demanda máxima disponível no ponto de conexão,


considerando os critérios de qualidade (nível de tensão, carregamento, etc)?

•Para o caso em que há vários equipamentos com demandas disponibilizadas


diferentes, qual a referência a distribuidora deve adotar?

Resposta da pergunta 54: A “demanda disponibilizada pelo orçamento” deve ser considerada
como a máxima demanda disponibilizada pelo orçamento no ponto de conexão, considerando
exclusivamente os parâmetros regulados pela ANEEL, a exemplo do nível de tensão.

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55. Questão/Apontamento:

O parágrafo 3º do artigo 655-E estabelece o seguinte:

“§3º Os direitos e as obrigações aplicáveis a unidade consumidora com microgeração


ou minigeração distribuída não são alterados em função de divisões de central
geradora não vedadas pelo caput.”

Além de questões técnicas e comerciais dispostas na REN 1000, essa disposição


também alcança aspectos que fogem da regulação, como o tributário?

Resposta da pergunta 55: As normas da ANEEL não tratam de aspectos fora do setor elétrico,
tais como a aplicação de tributos.

56. Questão/Apontamento:

O parágrafo §1º do artigo 73 da REN 1000 estabelece o seguinte:

Art. 73. A distribuidora deve, se necessário, realizar estudos para:

§ 1º Caso a conexão nova ou o aumento de potência injetada de microgeração ou


minigeração distribuída implique inversão do fluxo de potência no posto de
transformação da distribuidora ou no disjuntor do alimentador, a distribuidora
deve realizar estudos para identificar as opções viáveis que eliminem tal inversão, a
exemplo de: (Incluído pela REN ANEEL 1.059, de 07.02.2023)”

A expressão no posto de transformação da distribuidora se refere à subestação ou inclui também


todos os transformadores das redes de MT/BT?

Resposta da pergunta 56: A expressão “posto de transformação da distribuidora” inclui, além da


subestação, os transformadores das redes de MT/BT de propriedade da distribuidora.

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E s te e m a i l d e R e c ib o R e g is t r a d o é p r o v a in e q u í v o c a e v e r if ic á v e l d e s u a t r a n s a ç ã o d e E m a il R e g is t r a d o
0 d e t e n t o r d e s t e r e c ib o p o s s u i p ro v a d e e n t r e g a , d o c o n t e ú d o d a m e n s a g e m e s e u s a n e x o s , d a h o ra o fic ia l d o e n v io , da
re c e p ç ã o e d a a b e rtu ra d a m e s m a . D e p e n d e n d o d o s s e rv iç o s s e le c io n a d o s , o d e te n to r p o d e t a m b é m t e r p ro v a d e tr a n s m is s ã o
e n c rip ta d a e /o u a s s in a tu r a e le trô n ic a .

P a r a a u t e n tic a r e s te r e c ib o , e n c a m in h e e s te e m a il c o m s e u a n e x o p a r a 'v e r ify @ r 1 .r p o s t.n e t' o r C liq u e A q u i

S itu a ç ã o d e E n tre g a

E n d e re ç o S itu a ç ã o D e ta lh e s E n t r e g u e e m (U T C *) E n tre g u e em A b e r t o e m ( H o r á r io
( H o r á r io d e B r a s í lia ) d e B r a s í lia )
i i■ ■ ■ ■ ■

M U A -H T T P - 1 9 / 0 5 / 2 0 2 3 0 8 :3 4 :3 1 1 9 / 0 5 / 2 0 2 3 0 5 :3 4 :3 1 1 9 /0 5 /2 0 2 3 0 5 :5 5 :2 2
a b r a d e e @ a b r a d e e . o r g . Dr E n tre g u e e A b e r to
IP :2 0 9 .8 S .2 1 6 .4 2 PM (U T C ) PM (U T C - 0 3 :0 0 ) PM (U T C - 0 3 :0 0 )
------------------------------------------------ ------------------------------------------- ------------------------------------------------------ --------------------------------------------- .

'U T C r e p r e s e n t a T e m p o U n iv e r s a l C o o r d e n a d o - H o r a Z U L U : h t t D s V A v v / y / . R M a il . c c n V r e s c u r c e s / c c c r d in a t e d - u n i y e r s a l- t i m e . ''

E n v e lo p e d a M e n s a g e m
- 1.

De: n o tific a c a o .s is te m a s @ a n e e l.g o v .b r < n o tific a c a o .s is te m a s @ a n e e l.g o v .b r>

A s s u n to : O F ÍC IO - 21 - S T D /A N E E L - 4 8 5 5 2 .0 0 0 5 6 8 /2 0 2 3 - 0 0 [7 4 6 7 1 2 7 c - 9 a 3 1 - 4 a 6 e - a 1 4 8 - 9 9 b c c a 4 7 e 6 9 4 j

P a ra : < a b ra d e e @ a b ra d e e .o rg .b r>

Cc:

Cco:

ID d e R e d e :

R e c e b i d o p e l o S i s t e m a R M a il : 1 9 /0 5 /2 0 2 3 0 8 :3 4 :2 8 PM (U T C )

C ó d ig o d e C lie n te : 7 4 6 7 1 2 7 c -9 a 3 1 -4 a 6 e -a 1 4 8 -9 9 b cc a 4 7 e 6 9 4
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

E s ta tís tic a s d a M e n s a g e m :

N ú m e ro d e R a s tre a m e n to : 9AB779364A35C4F58D677DC4F272FA99363EDF8C

Tam anho da M ensagem : 1420520

F u n c io n a lid a d e s U s a d a s :

T a m a n h o d o A rq u iv o : N o m e d o A rq u iv o :

1 7 2 .1 K B 4 8 5 5 2 .0 0 0 5 6 8 /2 0 2 3 -0 0 .p d f

0 .8 MB 4 8 5 5 2 . 0 0 0 5 6 8 /2 0 2 3 - 0 0 - 1 (A N E X O : 0 0 1 ) .p d f

T rilh a d e A u d ito ria d a E n tre g a I

5 /1 9 /2 0 2 3 8 :3 4 :3 1 PM s ta rtin g a b r a d e e .o r g .b r /fd e fa u lt} 5 /1 9 /2 0 2 3 8 :3 4 :3 1 PM c o n n e c tin g f r o m m ta 2 1 .r 1 .r p o s t.n e t (0 .0 .0 .0 ) to a s p m x .l.g


o o g le . c o m (1 0 8 .1 7 7 .1 5 .2 7 ) 5 /1 9 /2 0 2 3 8 :3 4 :3 1 PM c o n n e c te d f r o m 1 9 2 .1 6 8 .1 0 .1 1 :4 9 9 4 8 5 /1 9 /2 0 2 3 8 :3 4 :3 1 PM » > 2 2 0 m x .g o o g le .c o
m E S M T P i8 - 2 0 0 2 0 a 5 d 5 5 8 8 0 0 0 0 0 0 b 0 0 3 0 6 e c 0 5 6 f1 2 s i2 8 1 6 3 7 8 w iv .2 1 1 - g s m tp 5 /1 9 /2 0 2 3 8 :3 4 :3 1 PM < « E H L O m ta 2 1 .r1 .rp o s t.n e t 5
/ 1 9 / 2 0 2 3 8 : 3 4 : 3 1 P M » > 2 5 0 - m x . g o o g l e . c o m a t y o u r S e r v ic e . [ 5 2 . 5 8 . 1 3 1 . 9 ] 5 / 1 9 / 2 0 2 3 8 : 3 4 : 3 1 P M » > 2 5 0 - S I Z E 1 5 7 2 8 6 4 0 0 5 / 1 9 / 2 0 2 3
8 :3 4 :3 1 PM > » 2 5 0 -8 B IT M IM E 5 /1 9 /2 0 2 3 8 :3 4 :3 1 PM » > 2 5 0 - S T A R T T L S 5 /1 9 /2 0 2 3 8 :3 4 :3 1 PM > » 2 5 0 - E N H A N C E D S T A T U S C O D E S
5 / 1 9 / 2 0 2 3 8 : 3 4 : 3 1 P M > » 2 5 0 - P I P E L I N I N G 5 / 1 9 / 2 0 2 3 8 : 3 4 : 3 1 P M » > 2 5 0 - C H U N K I N G 5 / 1 9 / 2 0 2 3 8 : 3 4 : 3 1 P M > » 2 5 0 S M T P U T F 8 5/1
9 / 2 0 2 3 8 :3 4 :3 1 PM « < S T A R T T L S 5 /1 9 /2 0 2 3 8 :3 4 :3 1 PM > » 2 2 0 2 .0 .0 R e a d y t o s t a r t T L S 5 /1 9 /2 0 2 3 8 :3 4 :3 1 PM tls :T L S v 1 .2 c o n n e c te
d w ith 1 2 8 -b it E C D H E - E C D S A - A E S 1 2 8 - G C M -S H A 2 5 6 5 /1 9 /2 0 2 3 8 :3 4 :3 1 PM tls :C e rt: /C N = m x .g o o g le .c o m ; is s u e r = / C = U S / 0 = G o o g le T r
u s t S e rv ic e s L L C /C N = G T S C A 1C 3; v e rifie d = n o 5 /1 9 /2 0 2 3 8 :3 4 :3 1 PM « < E H L O m ta 2 1 .r1 .rp o s t.n e t 5 /1 9 /2 0 2 3 8 :3 4 :3 1 PM » > 2 5 0 -m x
. g o o g le . c o m a t y o u r S e rv ic e , [5 2 .5 8 .1 3 1 .9 ] 5 / 1 9 / 2 0 2 3 8 :3 4 :3 1 PM » > 2 5 0 -S IZ E 1 5 7 2 8 6 4 0 0 5 / 1 9 / 2 0 2 3 8 :3 4 :3 1 PM » > 2 5 0 -8 B IT M IM E 5
/ 1 9 /2 0 2 3 8 :3 4 :3 1 PM » > 2 5 0 - E N H A N C E D S T A T U S C O D E S 5 /1 9 /2 0 2 3 8 :3 4 :3 1 PM » > 2 5 0 -P IP E L IN IN G 5 /1 9 /2 0 2 3 8 :3 4 :3 1 PM » > 25 0
- C H U N K I N G 5 / 1 9 / 2 0 2 3 8 : 3 4 : 3 1 P M » > 2 5 0 S M T P U T F 8 5 / 1 9 / 2 0 2 3 8 : 3 4 : 3 1 P M « < M A IL F R O M : B O D Y = 8 B I T M I M E 5 / 1 9 / 2 0 2 3 8 : 3 4 : 3 1 P
M » > 2 5 0 2 .1 .0 O K i8 - 2 0 0 2 0 a 5 d 5 5 8 8 0 0 0 0 0 0 b 0 0 3 0 6 e c 0 5 6 f 1 2 s i2 8 1 6 3 7 8 w r v . 2 1 1 - g s m t p 5 /1 9 /2 0 2 3 8 :3 4 :3 1 PM « < R C P T T O : 5 /1 9 /2
0 2 3 8 :3 4 :3 2 PM » > 2 5 0 2 .1 .5 O K i8 - 2 0 0 2 0 a 5 d 5 5 8 8 0 0 0 0 0 0 b 0 0 3 0 6 e c 0 5 6 f 1 2 s i2 8 1 6 3 7 8 w iv . 2 1 1 - g s m t p 5 /1 9 /2 0 2 3 8 :3 4 :3 2 PM « < D A
T A 5 /1 9 /2 0 2 3 8 :3 4 :3 2 PM » > 3 5 4 G o a h e a d i8 -2 0 0 2 0 a 5 d 5 5 8 8 0 0 0 0 0 0 b 0 0 3 0 6 e c 0 5 6 f1 2 s i2 8 1 6 3 7 8 w rv .2 1 1 - g s m tp 5 /1 9 /2 0 2 3 8 :3 4 :3 2
PM < « . 5 /1 9 /2 0 2 3 8 :3 4 :3 4 PM » > 2 5 0 2 .0 .0 O K 1 6 8 4 5 2 8 4 7 4 i8 - 2 0 0 2 0 a 5 d 5 5 8 8 0 0 0 0 0 0 b 0 0 3 0 6 e c 0 5 6 f 1 2 s i2 8 1 6 3 7 8 w r v . 2 1 1 - g s m t p 5
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R D E D _ P R O T O :h ttp s H T T P _ X _ F O R W A R D E D _ P O R T :4 4 3 H T T P _ X _ A M Z N _ T R A C E _ ID :R o o t= 1 -6 4 6 7 e 2 5 5 -1 5 6 9 1 3 d f1 b 1 a e d 2 6 0 d f3 e b 8 d
H o s t : o p e n . r 1 . r p o s t . n e t U s e r - A g e n t : M o z i l la / 4 . 0 ( c o m p a t i b l e : m s - o f f i c e : M S O f f ic e r m j ) X - F o i w a r d e d - F o r : 1 7 7 . 2 3 5 . 1 7 4 . 1 3 6 X - F o r w a r d e d -
P ro to : h ttp s X -F o n v a rd e d -P o rt: 4 4 3 X -A m z n -T ra c e -ld : R o o t= 1 - 6 4 6 7 e 2 5 5 - 1 5 6 9 1 3 d f 1 b 1 a e d 2 6 0 d f 3 e b 8 d / L M / W 3 S V C / 1 3 / R O O T 2 5 6 2 0 4 8
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G E T / o p e n / i m a g e s _ v 2 / u X V a U O F L F y Y r G 4 j B w u X u K s L b 2 d O D Z X 7 H S r g a w D O T M T A y . g i f o p e n . r l . r p o s t . n e t 4 4 3 1 H T T P / 1 .1 M i c r o s o f t - I I S / 1 0.
0 / o p e n / i m a g e s _ v 2 / u X V a U 0 F L F y Y r G 4 j B w u X u K s L b 2 d 0 D Z X 7 H S r g a w D 0 T M T A y . g i f o p e n . r 1 . r p o s t . n e t M o z i l la / 4 . 0 ( c o m p a t i b l e ; m s - o f f i c e ;
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E s t e e m a i l d e R e c i b o R e g i s t r a d o é p r o v a v e r i f i c á v e l d e s u a t r a n s a ç ã o d e E m a i l R e g i s t r a d o M- E l e c o n t é m :

1. U m s e l o c r o n o ló g ic o o fic ia l.
2. P r o v a d e q u e s u a m e n s a g e m fo i e n v ia d a e p a ra q u e m fo i e n v ia d a
3. P ro v a d e q u e s u a m e n s a g e m fo i e n v ia d a p a ra s e u s d e s tin a tá rio s ou s e u s a g e n te s e le trô n ic o s a u to riz a d o s .
4. P ro va do c o n te ú d o d e s u a m e n s a g e m o rig in a le to d o s s e u s a n e x o s .

N o t a : P o r p a d r ã o , a R P o s t n ã o r e t é m u m a c ó p ia d e s e u e m a il o u d e s t e r e c ib o , e v o c ê n ã o d e v e c o n f ia r n a in f o r m a ç ã o a c im a a té
q u e o r e c ib o s e ja v e rific a d o p e lo s is t e m a R M a il. G u a rd e e s te e m a il e s e u s a n e x o s p a ra s e u s r e g is tr o s . T e r m o s g e ra is e
c o n d iç õ e s d is p o n ív e is e m N o tific a ç ã o le o a l O s s e rv iç o s R M a il s ã o p a te n te a d o s , u s a n d o te c n o lo g ia s p a te n te a d a s R P o s t.
in c lu in d o a s p a te n te s U S 8 2 0 9 3 8 9 , 8 2 2 4 9 1 3 . 8 4 6 8 1 9 9 . 8 1 6 1 1 0 4 . 8 4 6 8 1 9 8 . 8 5 0 4 6 2 8 . 7 9 6 6 3 7 2 . 6 1 8 2 2 1 9 . 6 5 7 1 3 3 4 e o u tra s
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P Conteúdo
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48513.006028/2023-00

Brasília, 09 de março de 2023.


ABRADEE/ B15.CT2023- 0018

Ilustríssimo,
Carlos Alberto Calixto Mattar
Superintendência de Regulação dos Serviços de Distribuição - SRD/ANEEL
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL
SGAN 603, módulo I - 70830-030 - Brasília – DF

Assunto: Apontamento sobre a Resolução Normativa n° 1.059/23.


ANEXO: 20230306 - CARTA ABRADEE - FAQ REN 1059-23.docx

A ABRADEE – Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica – vem


apresentar o documento anexo a esta carta, contendo questões, propostas de ajustes
e retificações à REN 1.059/2023.

O arquivo “20230306 - CARTA ABRADEE - FAQ REN 1059-23.docx” é majoritariamente


constituído de questões, com as principais dúvidas levantadas pelas nossas
Associadas. Para aqueles itens que a ABRADEE possui um entendimento
suficientemente uniforme, sob tópico “Posicionamento ABRADEE”, apresentamos uma
sugestão de resposta, para avaliação da Superintendência. Já itens que não
apresentam entendimento unânime entre as distribuidoras, encaminhamos a questão
sem nosso posicionamento, para que a ANEEL possa esclarecer as dúvidas expostas.

Adicionalmente, o documento contém propostas de alteração no texto da Resolução


Normativa e do PRODIST, bem como inclusões e exclusões nas normas para melhor
entendimento e esclarecimento.

Adicionalmente, sugerimos a publicação de um FAQ, similar ao que a ANEEL ofereceu


à sociedade quando da publicação das REN 482 e REN 1.000. As perguntas elencadas
no arquivo que acompanha essa carta podem ser utilizadas como ponto de partida pela
ANEEL para construção desse FAQ, se entenderem assim pertinente, podendo ser
agregadas outras perguntas enviadas pelos agentes setoriais.

Sendo o que se apresenta na oportunidade, colocamo-nos à disposição para prestar


quaisquer esclarecimentos adicionais que se façam necessários.

Respeitosamente,
MARCOS AURELIO Assinado de forma digital por
MARCOS AURELIO MADUREIRA DA
MADUREIRA DA SILVA:15469581691
SILVA:15469581691 Dados: 2023.03.15 16:20:41 -03'00'

Marcos Aurélio Madureira da Silva


Presidente

Conteúdo Documento
licenciado
Documento para
assinado
assinado ThatianeporMarleska
digitalmente.
digitalmente SilvaMadureira
Marcos Aurelio Gomesda- Silva,
044.490.761-09
em 15/03/2023 às 13:20
Consulte a autenticidade deste documento em http:/ / sicnet2.aneel.gov.br/ sicnetweb/ v.aspx, informando o código de verificação 2550444600706878
48513.006028/2023-00-1 (ANEXO: 001)

Lista de considerações sobre a REN 1.059/2023

1. Questão/Apontamento:

Com a publicação da REN 1.059/23, foi re rada a necessidade de aprovação prévia do projeto
elétrico das instalações de entrada de energia do consumidor. No entanto, o inciso X do art. 67
e o item 3.2 do formulário de solicitação do orçamento de conexão de microgeração ou
minigeração distribuída, anexo da REH 3.171/2023, não deixa claro se ainda é necessário que o
interessado apresente o projeto das instalações de entrada de energia ou a correta definição da
“indicação do local do padrão”, mencionado no texto em vigor, transcrito abaixo:

“Art. 67.....................................................

X - indicação do local do padrão ou subestação de entrada no imóvel,


exclusivamente nos casos em que ainda não es verem instalados ou exis r
previsão de necessidade de aprovação prévia de projeto na norma técnica da
distribuidora;”

Qual a orientação da ANEEL? A não apresentação do projeto de instalações de entrada de


energia é impedi vo à apresentação do orçamento de conexão? Caso haja previsão em norma
técnica da distribuidora que o projeto precisa de aprovação prévia, a sua apresentação sem
aprovação é mo vo para indeferimento da solicitação de conexão? A interpretação da
ABRADEE, descrita a seguir, está correta?

Posicionamento ABRADEE:

O consumidor ainda precisa apresentar o projeto de suas instalações de entrada de energia,


conforme indicado em norma técnica da distribuidora, no entanto, para que o consumidor
receba o orçamento de conexão não é obrigatório que o projeto elétrico esteja previamente
aprovado (a menos que isso esteja previsto em norma técnica da distribuidora). Então, mesmo
sem a aprovação prévia do projeto, o consumidor receberá seu orçamento de conexão se ver
atendido aos demais requisitos previstos no regulamento. Entretanto, a não aprovação do
projeto das instalações de entrada de energia causará a suspensão do prazo de execução da obra
de conexão, por força do inciso I do art. 89 da REN 1.000/21, ou poderá gerar a reprovação da
vistoria, em função do § 2º, art. 94 da REN 1.000/21.

Em outros termos, se o cliente não apresentar o projeto das instalações de entrada de energia
(com ou sem aprovação prévia), ou quando houver a exigência da aprovação prévia do projeto
em norma técnica da distribuidora, haverá violação do inciso X do art. 67 ou do item 3.2 do
formulário de solicitação do orçamento de conexão de microgeração ou minigeração distribuída
anexo da REH 3.171/2023, e, portanto, a distribuidora deverá, nesse caso, indeferir a solicitação
de orçamento de conexão, em cumprimento ao art. 71 da REN 1.000/21.

Adicionalmente, a “revalidação do Orçamento de conexão” pela alteração de equipamentos


(módulos e inversores / geradores), resultante da aprovação do projeto das instalações, irá gerar
retrabalho para os consumidores e para a Distribuidora. Entende-se que a ANEEL poderia
regulamentar tal questão no art. 94, §2º para que a regulamentação esteja harmonizada a
questões intrínsecas de mercado que geram aumento de custos operacionais para ambos.

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48513.006028/2023-00-1 (ANEXO: 001)

2. Questão/Apontamento:

Sobre a aplicação do item 1.7 do formulário de solicitação do orçamento de conexão de


microgeração ou minigeração distribuída, anexo da REH 3.171/2023, para as solicitações de
conexão de usinas fotovoltaicas flutuantes (UFFs), avalia-se necessário que o interessado
apresente no ato da solicitação do orçamento de conexão a autorização ou dispensa de
autorização emi da por órgão competente, sob pena de indeferimento (art. 71) caso o
solicitante não apresente tal documentação.

Por todos os mo vos apresentados que serão apresentados no posicionamento ABRADEE,


abaixo, ques ona-se:

 solicitações de conexão de UFF sem a devida apresentação da autorização, licença ou


documento equivalente emi do pelas autoridades competentes, mesmo que
protocolada antes da publicação da REN 1.059/2023 e da REH 3.171/2023, deverão ser
indeferidas?
 por ausência de regulamentação à época a distribuidora talvez tenha emi do o
orçamento de conexão. Nesses casos, a distribuidora deverá cancelar o orçamento e
comunicar ao interessado as razões para o cancelamento?

Posicionamento ABRADEE:

A ABRADEE entende que essa exigência contempla inclusive os pedidos de conexão de UFFs que
foram protocolados antes da publicação da REN 1.059/2023, uma vez que o documento de
comprovação de posse ou propriedade “comum” – uma cer dão de inteiro do imóvel ou termo
de cessão de posse, por exemplo – não possui validade jurídica para demonstrar direito ao uso
do recurso hídrico. Portanto, a não apresentação da correta documentação inviabiliza a emissão
do orçamento de conexão pela distribuidora.

As razões para o indeferimento mencionado não se restringem ao âmbito jurídico, mas também
ao arcabouço regulatório do setor elétrico. Ao emi r um orçamento de conexão, a distribuidora
apresentará também um contrato de uso do sistema de distribuição (CUSD) ao interessado, o
qual poderá ser assinado. Uma vez firmado o CUSD, o interessado reserva parte da capacidade
do sistema elétrico para si, o que poderá significar uma inviabilidade técnica a outros acessantes
ou aumento de custo para acessar o sistema de distribuição a par r da garan a estabelecida.
Em relação ao equilíbrio econômico-financeiro da distribuidora, não resta dúvidas que este não
será afetado, pois o regulamento dá garan as para a distribuidora iniciar a cobrança do CUSD
quando há atraso do acessante para se conectar ao sistema de distribuição (por exemplo, atrasar
para obter uma outorga de direito de uso do recurso hídrico). No entanto, a par r da emissão
do orçamento de conexão e da consequente celebração do CUSD, todos os pedidos de conexão
a serem realizados no subsistema elétrico a ser acessado pelas UFFs serão impactados a par r
de então.

Desse modo, o primeiro mo vo para se indeferir solicitações realizadas com a documentação


incorreta, mesmo que protocoladas antes da publicação da REN 1.059/23, é garan r o uso do
sistema de distribuição apenas para os usuários que de fato farão o uso dele conforme acordado
com a distribuidora.

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48513.006028/2023-00-1 (ANEXO: 001)

O segundo, é que além do possível atraso para se obter a outorga de direito do recurso hídrico,
o interessado poderá não a obter ou mesmo só conseguir obtê-la de modo parcial ou em local
dis nto ao solicitado para conexão com a rede de distribuição. Se o acessante não conseguir tal
outorga, o CUSD será encerrado de forma antecipada, nos termos do art. 140 da REN 1.000/21,
e a garan a de reserva do sistema terá sido realizada em vão e nesse meio tempo poderá ter
inviabilizado o acesso de usuários que de fato nham completas condições de se conectar ao
sistema elétrico, se o acessante ob ver a outorga para área parcial à necessária para instalar
suas usinas em totalidade ou mesmo obter a outorga em área dis nta da que foi inicialmente
informada à distribuidora no pedido de conexão. Em ambos os casos, a distribuidora terá que
alterar o orçamento de conexão emi do se não ver indeferido a solicitação ou mesmo
cancelado o orçamento indevidamente emi do.

A não obtenção da outorga ou obtenção parcial ou obtenção em local dis nto poderá acontecer
por diversas razões, bem como, o uso do recurso hídrico sem a respec va outorga de direito de
uso, cons tui infração nos termos da Lei 9.433/1997.

Por todos os mo vos apresentados, a ABRADEE solicita que a ANEEL ra fique o entendimento
que solicitações de conexão de UFF sem a devida apresentação da autorização, licença ou
documento equivalente emi do pelas autoridades competentes, mesmo que protocolada antes
da publicação da REN 1.059/2023 e da REH 3.171/2023, deverão ser indeferidas, e se por
ausência de regulamentação à época a distribuidora tenha emi do o orçamento de conexão, a
distribuidora deverá cancelar o orçamento e comunicar ao interessado as razões para o
cancelamento.

3. Questão/Apontamento:

A par r das novas regras de faturamento de demanda para as unidades consumidoras com
microgeração ou minigeração distribuída as distribuidoras passarão a avaliar regularmente as
demandas de geração medidas nas unidades consumidoras com microgeração ou minigeração
distribuída. Pelo regulamento vigente um registro de demanda de geração superior ao
informado pelo consumidor na potência instalada de geração de sua unidade consumidora
poderá configurar um aumento de geração à revelia. De acordo com o art. 353, a distribuidora
deve suspender imediatamente o fornecimento de energia elétrica caso iden fique o aumento
de geração instalada sem consulta à distribuidora, em qualquer hipótese.

Nesse sen do, uma ultrapassagem de 1% da demanda medida de geração considerando a


margem de erro do sistema de medição instalado - que inclusive permite a cobrança de
demanda de ultrapassagem pela distribuidora, conforme inciso I do art. 301 da REN 1.000/21
– poderá configurar a hipótese de aumento de geração à revelia disposto no art. 353 da REN
1.000/21? Ou será necessária outra medida de verificação por parte da distribuidora para
aplicação do disposi vo mencionado?

4. Questão/Apontamento:

Considerando a hipótese de ultrapassagem de demanda de geração, além da devida aplicação


da suspensão imediata do fornecimento de energia elétrica, a distribuidora poderá aplicar a

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48513.006028/2023-00-1 (ANEXO: 001)

cobrança de ultrapassagem nos termos do art. 301 da REN 1.000/21, tanto para a regra de
faturamento de demanda de unidades consumidoras faturadas no grupo B com microgeração
ou minigeração distribuída prevista no § 3º art. 655-I quanto para a regra de faturamento de
demanda de unidades consumidoras faturadas no grupo A com microgeração ou minigeração
distribuída prevista no art. 655-J?

5. Questão/Apontamento:

Nas solicitações de conexão de microgeração ou minigeração distribuída em que seja necessária


a realização de obras de conexão para atendimento da carga e geração a ser instalada, porém
que não haja necessidade de par cipação financeira do consumidor, a resolução atualmente
indica que a não manifestação do consumidor até o término do prazo de 10 dias úteis do
recebimento do orçamento de conexão caracteriza a aprovação do consumidor e demais
usuários do orçamento de conexão recebido (§ 3º, art. 83 da REN 1.000/21).

Nas situações de conexão de unidades consumidoras do grupo B não existe outro documento a
ser celebrado pelo consumidor a não ser o próprio orçamento de conexão e o microgerador
distribuído também não possui responsabilidade sobre os custos de adequação da medição
bidirecional. Portanto, após a caracterização da aprovação do orçamento de conexão por
celebração ou não manifestação, a distribuidora fica obrigada a iniciar a execução da obra de
conexão.

Nesse caso, se o interessado na instalação de microgeração distribuída em unidade consumidora


do grupo B decidir desis r do orçamento de conexão (hipótese apresentada no inciso V, § 7º,
art. 83 da REN 1.000/21) após o início da execução da obra de conexão ou mesmo após a
conclusão da obra de conexão, qual disposi vo regulatório a distribuidora poderá aplicar para
realizar a cobrança do inves mento realizado e que devido a desistência, não poderá ser
considerado na base de remuneração regulatória, uma vez que o a vo inves do não poderá
entrar em serviço?

Posicionamento ABRADEE:

A ABRADEE iden fica que não há mecanismo regulatório que responsabilize o consumidor na
situação mencionada, portanto, solicita-se a supressão do § 3º, art. 83 da REN 1.000/23, ficando
assim obrigatória a celebração do orçamento de conexão mesmo nas hipóteses em que não há
par cipação financeira do consumidor na obra de conexão. A celebração do orçamento de
conexão é um vínculo contratual que impõe responsabilidade às partes envolvidas (consumidor
e distribuidora), portanto, eventuais repercussões nega vas da desistência do consumidor após
a celebração do orçamento de conexão poderão ser cobradas em âmbito administra vo e
judicial. A ausência de um documento celebrado entre as partes fragiliza a distribuidora quando
uma situação dessa ocorrer.

6. Questão/Apontamento:

Supondo que uma unidade consumidora do grupo B, em que houve necessidade de realização
de obras, não solicite a vistoria em 120 dias, nos termos do inciso I, § 3º, art. 94 da REN 1.000/21.
Após o cancelamento do orçamento de conexão, como a distribuidora poderá reaver o

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48513.006028/2023-00-1 (ANEXO: 001)

inves mento realizado que não entrará em serviço, uma vez que não foi necessário nesses casos
a celebração do orçamento de conexão por força do § 3º, art. 83 da REN 1.000/23?

7. Questão/Apontamento:

Os §§ 1º e 2° do art. 655-I tratam da regra de compensação de energia, sendo estabelecido que


a energia compensada deve ser considerada “até o limite em que o valor monetário rela vo ao
faturamento, seja maior ou igual ao custo de disponibilidade”. A seguir apresentam-se dois
exemplos com diferentes interpretações do comando.

Exemplo 1: Pedro solicitou orçamento de conexão de MicroGD no dia 10/01/2023 (classificada


como GD II) para sua residência com ligação trifásica na baixa tensão e se conectou no dia
01/02/2023. Teve seu primeiro faturamento como GD no dia 02/03/2023. No seu primeiro ciclo
de faturamento, a unidade consumidora de Pedro registra 600 kWh de consumo de energia
elétrica e 600 kWh de energia injetada. De acordo com o úl mo processo tarifário homologado
pela ANEEL para a Distribuidora, a tarifa de aplicação para a unidade consumidora de Pedro (B1
Residencial Convencional) foi definida em 0,81361 R$/kWh (0,54506 R$/kWh da parcela da TUSD
e 0,26855 da parcela da TE) e os percentuais de redução a serem aplicados na Tarifa de Uso dos
Sistemas de Distribuição – TUSD e na Tarifa de Energia – TE para estabelecimento da tarifa de
aplicação u lizada no faturamento do consumo associado ao Sistema de Compensação de
Energia Elétrica – SCEE é de 90,20% e 100% respec vamente, conforme REH 3.169/2022.
Portanto, como o valor mínimo faturável da unidade consumidora de Pedro é R$ 81,36 (100 kWh
X 0,81361 R$/kWh), Pedro conseguirá compensar 535 kWh, valor de energia compensada que
trará como valor final da fatura de Pedro – R$ 81,463 - sendo esse o valor mais próximo possível
do valor mínimo faturável de sua unidade consumidora (sem a incidência de impostos). Abaixo
segue ilustração com o resumo do exemplo apresentado:

Figura 1 - Exemplo 1

Exemplo 2: Considerando os mesmos dados de consumo, injeção e tarifas do Exemplo 1,


apresenta-se outra possibilidade de interpretação. Nesta, Pedro conseguirá compensar 500
kWh, pois não poderá compensar mais energia do que o limite do custo de disponibilidade em
energia (100 kWh). Assim, o valor final da fatura de Pedro será R$ 108,07. Abaixo segue ilustração
com o resumo do exemplo apresentado:

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48513.006028/2023-00-1 (ANEXO: 001)

Figura 2 - Exemplo 2

Solicita-se que a ANEEL avalie qual dos exemplos acima reflete o correto entendimento da
regra estabelecida no art. 655-I, ou que apresente exemplo numérico similar com a correta
interpretação.

8. Questão/Apontamento:

Considerando que o exemplo 1 da questão anterior atenda à aplicação do art. 655-I da REN
1.000/21, a distribuidora deverá adicionar a bandeira tarifária (nesse exemplo, suponhamos
Bandeira Amarela) após a execução das etapas mencionadas sobre o montante de energia não
compensado 535 kWh, conforme exemplo abaixo?

Figura 3 - art. 655-I com bandeiras

9. Questão/Apontamento:

Sobre a regra de alocação automá ca dos créditos de energia, quando o consumidor não indica
em até 30 dias contados do encerramento contratual ou alteração da tularidade de sua unidade
consumidora, qual deverá ser considerada a unidade consumidora de mesma tularidade de
maior consumo? A unidade consumidora de maior consumo será a de maior consumo medido
no ciclo de faturamento avaliado, ou será a de maior consumo médio dos 12 úl mos ciclos de
faturamento, observado o § 1º do art. 288?

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48513.006028/2023-00-1 (ANEXO: 001)

10. Questão/Apontamento:

A TUSDg indicada no § 3º, art. 655-I con nua sendo a TUSDg TIPO 01 do subgrupo tarifário B,
conforme indicado na Nota Técnica nº41/2022?

11. Questão/Apontamento:

Caso a unidade consumidora faturada no grupo A com microgeração ou minigeração distribuída


defina valor de demanda contratada da unidade consumidora (parcela de carga) como nulo,
conforme hipótese indicada no inciso I, § 1º do art. 655-J, quais situações serão configuradas
como descumprimento do referido disposi vo regulatório, conforme indicado no § 2º do art.
655-J?

Mesmo que a unidade consumidora não possua carga associada na unidade consumidora,
apenas “carga própria da central geradora”, haverá ainda registro de demanda medida residual.
Qual será o limite de demanda medida da parcela de carga a ser ultrapassado pela unidade
consumidora para que a distribuidora inicie a aplicação do art. 144 conforme previsto no § 2º
do art. 655-J? Essa demanda da parcela de carga registrada durante o período de aplicação do
inciso I do art. 144 (90 dias ou 3 ciclos de faturamento) poderá ser cobrada pela distribuidora
nos termos da alínea b), inciso III do art. 144?

12. Questão/Apontamento:

A no ficação indicada no art. 671-B já deveria ter sido feita no prazo de 15 dias para unidades
consumidoras classificadas como GD I em que sua revisão tarifária periódica aconteça em
período posterior ao período de adequação de 60 dias, uma vez que o § 7º do art. 655-O indica
que as regras estabelecidas no art. 655-J são aplicáveis somente após a primeira revisão tarifária
da distribuidora subsequente a 7 de janeiro de 2022?

13. Questão/Apontamento:

Com base na regra de proporcionalização do orçamento da obra estabelecida no § 1º, do art.


108, da REN 1.000/21, o exemplo trazido a seguir apresenta correta interpretação para o tema
ou demonstrar o entendimento correto?

“§ 1º A distribuidora deve proporcionalizar o orçamento da obra de mínimo custo


global considerando a relação entre a maior demanda de carga ou geração a ser
atendida ou acrescida e a demanda disponibilizada pelo orçamento.”

Exemplo: Em um alimentador 13,8 kV com cabo 2 CAA (Capacidade de carrear 4,3 MW) entrou
uma GD de 2,0 MW. Para atender os critérios de tensão (em regime na faixa de 0,95 pu - 1,05 pu
da tensão nominal e variação de tensão menor ou igual a 5 %) foi realizada uma obra com a
subs tuição do condutor por um cabo 4/0 CAA (Capacidade de carrear 8,1 MW). A solução
relatada permite ao sistema operar dentro dos critérios de planejamento, ou seja, a tensão na
ordem de 1,044 pu e a variação de tensão no limite do regramento, ou seja 5 %. Nesse contexto,

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48513.006028/2023-00-1 (ANEXO: 001)

apesar de haver disponibilidade de capacidade de carrear muito mais potência pelo condutor,
não haverá proporcionalização dos custos visto que a obra não permite transporte adicional por
violar os critérios de planejamento (no caso tensão).

14. Questão/Apontamento:

O art. 108, cálculo da par cipação financeira, sofreu modificações com o intuito de simplificar
sua metodologia prevista no parágrafo 1º. Todavia, com as alterações propostas, ques ona-se:
como deverá ser feita a proporcionalização da seguinte obra: “Extensão de 1km de média tensão
com ligação de consumidor em baixa tensão em que se empregou um transformador de 75kVA
e 50m de rede mul plexada de baixa tensão para realizar o atendimento de uma carga de
75kVA.”?

Posicionamento ABRADEE:

Ao interpretar a nova regra implantada no Art. 108, §1º, entendemos que a potência
disponibilizada pelo orçamento é de 75kVA, ou seja, deverá ser imputada para a Concessionária
a proporcionalidade de 0% do valor da obra total.

15. Questão/Apontamento:

Avaliando a nova redação do § 1º do Art. 108:

“Art. 108. A par cipação financeira do consumidor é a diferença posi va entre o


orçamento da obra de mínimo custo global, proporcionalizado nos termos deste
ar go, e o encargo de responsabilidade da distribuidora.

§ 1º A distribuidora deve proporcionalizar o orçamento da obra de mínimo custo


global considerando a relação entre a maior demanda de carga ou geração a ser
atendida ou acrescida e a demanda disponibilizada pelo orçamento. (Redação
dada pela REN ANEEL 1.059, de 07.02.2023)”

Iden ficamos grande dificuldade em operacionalizar esse novo procedimento, tendo em vista
que anteriormente restava mais claro pelo fato de definir exatamente os itens sobre os quais
dever-se-ia aplicar, individualmente, o cálculo de proporcionalidade. Como a nova redação ficou
bem genérica, a questão principal está relacionada ao fato da dificuldade em definir qual o valor
dessa “demanda disponibilizada pelo orçamento”, conforme exemplo a seguir:

Demanda acrescida pelo cliente = 60 kVA


Obra a executar: Ampliação de rede de distribuição de média e baixa tensão e instalação
de transformador de distribuição de 75 kVA.

Se considerarmos para proporcionalidade de custo a referência de demanda do transformador,


resultaria em 80% atribuível ao cliente (60 kVA / 75 kVA). Mas os demais itens (cabos de rede de
média e baixa tensão) implicam em demandas disponibilizadas diferentes e superiores à

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capacidade do transformador. Desta forma, se considerar como limitante a potência do


transformador, se aplicaria o mesmo percentual (80%) sobre o valor total da obra?

Em resumo, qual a metodologia para definição desta “demanda disponibilizada pelo orçamento”
quando houver itens com caracterís cas e demandas diferentes disponibilizadas no sistema
elétrico?

16. Questão/Apontamento:

A distribuidora deve proporcionalizar o orçamento da obra de mínimo custo global sem


individualizar os itens do orçamento que impliquem reserva de capacidade no sistema como
condutores, transformadores de força/distribuição, reguladores de tensão, bancos de
capacitores e reatores, transformadores de corrente, chaves e elementos de manobra, dentre
outros?

Posicionamento ABRADEE:

Com a mo vação de “manter a proposta de simplificação no cálculo da proporcionalização”,


conforme Voto do Diretor-Relator Hélvio, foi realizada alteração no §1°do art. 108. Vejamos:

“Art. 108. A parcipação financeira do consumidor é a diferença posi va entre o


orçamento da obra de mínimo custo global, proporcionalizado nos termos deste
ar go, e o encargo de responsabilidade da distribuidora.

§ 1º A distribuidora deve proporcionalizar individualmente os itens do


orçamento da obra de mínimo custo global que impliquem reserva de
capacidade no sistema, como condutores, transformadores de
força/distribuição, reguladores de tensão, bancos de capacitores e reatores,
transformadores de corrente, chaves e elementos de manobra, dentre outros,
observadas as seguintes condições:

I - a proporcionalização deve ser realizada considerando a relação entre a


demanda a ser atendida ou acrescida e a demanda disponibilizada pelo item do
orçamento; e

II - a proporcionalização não se aplica a mão de obra e a materiais, serviços e


instalações não relacionados com a disponibilização de reserva de capacidade
ao sistema, tais como estruturas, postes e torres.

§ 1º A distribuidora deve proporcionalizar o orçamento da obra de mínimo custo


global considerando a relação entre a maior demanda de carga ou geração a ser
atendida ou acrescida e a demanda disponibilizada pelo orçamento. (...)”

Dessa forma, entende-se que não há mais a necessidade de realizar a proporcionalização


individual dos itens do orçamento de conexão ora citados. Sendo assim, a proporcionalização
desses itens pode ser realizada de forma conjunta.

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17. Questão/Apontamento:

Para as unidades consumidoras do grupo A, par cipantes do SCEE, que realizam opção de
faturamento conforme aplicação de tarifa do grupo B, no ficadas a se adequarem por força do
art. 671-A e do § 3º, art. 292, estas deverão passar por período de testes nas hipóteses em que
o consumidor não buscar ou não conseguir se adequar aos critérios dispostos no § 3º, art. 292.

Nos casos em que a unidade consumidora do grupo A com microgeração ou minigeração,


classificada como GD I precisar contratar demanda, já tendo a distribuidora passado por revisão
tarifária periódica após a publicação da Lei 14.300/2022, o período de teste se aplicará somente
à parcela de demanda contratada da unidade consumidora (parcela de carga) e a demanda de
geração já deverá ser estabelecida conforme sua máxima potência injetável?

18. Questão/Apontamento:

Conforme previsto no Art. 655-H, da REN 1.000/2021, os excedentes de energia deverão ser
alocados conforme percentuais e ordem de prioridade estabelecida pelo consumidor. Todavia,
restam dúvidas acerca da alocação dos créditos nas unidades consumidoras que já tenham
finalizado o referido ciclo de faturamento. Desta forma, ques ona-se:

a. Como deve ser feita a compensação dos créditos quando as primeiras beneficiárias
prioritárias es verem no final do calendário de leituras?

b. Em casos em que uma beneficiária possua mais de uma geradora, como saber quanto
de crédito cada geradora deve alocar para cada beneficiária? Qual geradora possuirá prioridade
de alocação?

19. Questão/Apontamento:

Conforme previsto nos arts. 655-O e 655-P, os pos de GD I, II e III possuem diferentes regras de
faturamento. Dessa forma, quais são os prazos iniciais para a cobrança de TUSDg para GD II e GD
III?

20. Questão/Apontamento:

Para fins de discriminação na fatura do consumidor par cipante do sistema de compensação de


energia elétrica, quais componentes deverão vir abertas na referida fatura?

21. Questão/Apontamento:

A componente de TUSD fio B que deverá ser paga pelo consumidor que solicitar acesso após a
data de início da regra na Lei nº 14.300 (1º ano – 15%), deverá ser discriminada separadamente
na fatura do consumidor?

22. Questão/Apontamento:

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O art. 655-N define os prazos e a operacionalização da transferência de créditos entre


permissionária e supridora. Ques ona-se:

a. Quanto aos créditos alocados da permissionária para a distribuidora, quem arcará com
a energia compensada?

b. Exis rá alguma contrapar da por parte da permissionária?

c. Como ficará o equilíbrio financeiro, visto que a distribuidora terá o ônus de alocar os
créditos, mas não terá o bene cio de ter a energia gerada em sua rede?

d. O prazo de 5 dias úteis es pulado para a permissionária informar as UCs que receberão
os créditos alocados na concessionária, será contado a par r da leitura do sistema de medição
da concessionária para a permissionária ou quando a permissionária faz a leitura de suas UCs?

e. De que forma será validada a informação prestada pela permissionária quanto aos
créditos que deverão ser alocados, visto que a distribuidora não tem controle sobre o saldo de
créditos das UCs pertencentes à concessionária?

23. Questão/Apontamento:

Como deverá ser realizado o cálculo da “demanda disponibilizada pelo orçamento”, visto que
uma obra é composta por elementos que disponibilizam uma demanda diferente a cada parte
do sistema?

Posicionamento ABRADEE:

Poderá ser adotado, através de estudos de fluxo de potência ou limitados à menor potência
dentre os elementos u lizados na obra (cabo de média tensão, transformador, cabo de baixa
tensão). Entretanto vê-se problemas/distorções nessas metodologias:

Fluxo de Potência para determinar a potência disponibilizada para o ponto de conexão:

Trará para o cálculo componentes que estão intrínsecos a programas de computador internos às
concessionárias que podem variar conforme regionalidades e sazonalidades. (exemplo:
definição do perfil de carga dos demais consumidores do circuito). Não se conseguirá “escrever”
no orçamento a origem/memória dos dados obje vamente, visto que são inúmeros cálculos
realizados empregando uma grande massa de dados nos programas. Estes dados serão
potencialmente discu dos judicialmente com as concessionárias.

Uso da menor potência nominal dentre os elementos u lizados na obra (cabo de média tensão,
transformador, cabo de baixa tensão):

Trará distorções, visto que se houver sobra de disponibilidade nos cabos de média e baixa tensão,
esses valores não serão atribuídos à concessionária, sendo esse “crédito” perdido pelo
solicitante.

Além disso, visto que os condutores, transformadores e equipamentos padronizados são


produzidos em potências nominais em “degraus”, como por exemplo 30kVA, 45kVA, 75kVA,
112,5kVA, 225kVA no caso do transformador o fato de selecionar um equipamento de maior

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potência ou um mais próximo à potência a ser atendida pode afetar significa vamente o cálculo
da proporção da obra como um todo (cabos e postes) atribuída à concessionária/consumidor,
dado que o fator limitante de “demanda disponibilizada pelo orçamento” será na maioria das
vezes o transformador.

Voltando ao exemplo anterior, caso empregada a metodologia an ga, teríamos:


Elemento Capacidade Entrega % de Dispositivo
de Potência proporcionalização
(hipotética para para a
exemplo) Concessionária com
relação a Potência
de 75kVA
Cabo de média 300 kVA (calculado 80% Reserva de
tensão pela corrente capacidade
Nominal do Cabo)
Transformador 75 kVA 0% Reserva de
capacidade
Cabo de baixa 150 kVA (calculado 50% Reserva de
tensão pela corrente capacidade
nominal do cabo)
Postes Sem 0% Não relacionado à
proporcionalidade reserva de
capacidade

Entende-se que o critério anterior era bastante claro quanto a operacionalização, uma
vez que se emprega o valor nominal do item de material e compara-se com a maior potência
entre geração e carga solicitada. Além disso, esse critério é facilmente apresentável em
memórias de cálculo e assegura o direito das unidades consumidoras saberem exatamente o
que estão pagando.

Todo o excesso de capacidade dos elementos é atribuído à concessionária, sendo que


esse excesso futuramente pode ser empregado em obras futuras para o atendimento de outras
demandas, não recaindo estes custos sobre o consumidor. Os demais elementos não associados
à reserva de capacidade, tais como postes, ferragens e serviços são essenciais para a conexão
das unidades consumidoras, sendo, portanto, justo que estes não sejam proporcionalizáveis.

Complementarmente, cita-se algumas nuances existentes para cada equipamento:

Religador: Possui potência nominal para proporcionalização, entretanto esta potência não está
correlacionada à sua função, que está ligada a con nuidade do fornecimento. Possui diferentes
interpretações:

- Se interpretado como equipamento de proteção pode ser proporcionalizado;

- Se interpretado como equipamento de manobra não deve ser proporcionalizado;

- Se instalado no ponto de conexão, o custo é do consumidor.

Banco Capacitor: Possui potência nominal para proporcionalização, entretanto essa potência não
está correlacionada diretamente ao valor da carga ou geração da unidade consumidora, mas sim
com a quan dade de potência rea va circulante na rede de distribuição.

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Obras de SEs e Linhas: São projetadas especificamente e não possui a dinamicidade das obras
de redes de distribuição.

24. Questão/Apontamento:

Acerca da aplicação do ar go 655-F, ao ser constatado recebimento irregular de bene cio


associado ao SCEE, a compensação de energia deve ser interrompida imediatamente ou apenas
após a conclusão do processo previsto no ar go 325?

Posicionamento ABRADEE:

A princípio, entende-se que deve haver a interrupção imediata da compensação e, eventuais


revisões no faturamento, com respec va cobrança ou devolução a ser realizada, devem aguardar
o procedimento previsto no ar go 325.

25. Questão/Apontamento:

Caso uma geração compar lhada com potência acima de 500 KW e com geração a par r de fonte
não despachável solicite conexão, necessariamente a des nação dos excedentes de energia
deverá ser definida a par r de percentuais? Ques ona-se, pois, havendo a des nação dos
créditos conforme ordem de prioridade, seria necessário verificar, mensalmente, se um mesmo
tular possuir 25% ou mais dos excedentes para, então, classificar a usina como GDII ou GDIII e,
só então, realizar a compensação dos créditos. Desta forma, entende-se que estas unidades não
poderão definir o rateio por ordem de prioridade, e sim por percentual.

26. Questão/Apontamento:

No ar go 655-R, que trata da regra de faturamento quando houver aumento de potência


instalada de geração, os § 1°e 2° , inciso II, detalham a aplicação de descontos tarifários. Nesses
casos, os descontos referidos fazem referência aos percentuais de redução para aplicação da
regra de transição prevista no ar go 27 da Lei nº 14.300/22, publicados através da REH ANEEL
nº 3.169/22? Caso posi vo, em exemplo hipoté co, o faturamento deve ocorrer conforme a
seguir?

Pot. Geração antes de 07/01/2023: 70 kW


Aumento solicitado após 07/01/2023: 30 kW
Pot. Total: 100 kW
Faturamento da compensação: Aplicar Regra GDI sobre 70% do valor a ser compensado
e Regra GDII ou GDIII sobre 30% do valor a ser compensado.

Sendo o caso, sugerimos adequação do texto, de forma a evitar que tais descontos sejam
confundidos com aqueles aplicados a determinadas a vidades, como rural e irrigante, por
exemplo. Caso contrário, solicitamos que sejam apresentados exemplos numéricos da aplicação
do ar go.

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27. Questão/Apontamento:

Quando houver opção de compensação por ordem de prioridade, cada unidade a receber os
excedentes de energia poderá ter ciclo de faturamento dis nto, havendo a possibilidade da
primeira unidade da lista ter a leitura realizada posteriormente à segunda, conforme exemplo a
seguir:

Unidade Geradora: leitura em 01/03/23


Unidade 1 a receber excedente: leitura em 20/03/2023
Unidade 2 a receber excedente: leitura em 10/03/2023

Situação semelhante pode ocorrer quando a “Unidade 1” não for faturada no ciclo por algum
mo vo como, por exemplo, alteração de rota de leitura. Nesses casos, qual o procedimento a
ser adotado para realizar a alocação dos excedentes uma vez que cada unidade par cipante do
SCEE possui ciclo de faturamento dis nto e só é possível alocar os montantes em uma unidade
após a anterior já ter recebido os créditos?

28. Questão/Apontamento:

A validade dos créditos de energia é de 60 meses após a data do faturamento em que foram
gerados. No caso da aplicação do ar go 671-D, que define que as distribuidoras deverão
iden ficar eventuais créditos não atribuídos ao consumidor, o prazo de validade deve ser
considerado a par r da data em que os créditos deveriam ter sido gerados, ou a par r da data
em que foram iden ficados?

Posicionamento ABRADEE:

Considerando-se que a geração dos créditos propriamente dita ocorreu em uma determinada
data pretérita, entende-se que esta é a data a ser considerada para contabilização da validade.

29. Questão/Apontamento:

O §7º do Art. 655-C prevê que a obrigação de apresentação de garan a de fiel cumprimento fica
dispensada caso se trate de minigeração nas modalidades geração compar lhada por meio da
formação de consórcio ou coopera va, ou múl plas unidades consumidoras com minigeração
distribuída, desde que permaneçam pelo período mínimo de 12 meses após a conclusão da
conexão nas referidas modalidades. Caso o consumidor solicite a alteração de modalidade
antes do prazo mencionado, entende-se, então, que a distribuidora deve negar a solicitação?

30. Questão/Apontamento:

A verificação de comercialização de orçamento de conexão, que é expressamente vedada e


implica no cancelamento e aplicação do Art. 655-F, deve considerar também orçamentos
emi dos antes da vigência da Lei nº 14.300/2022? Caso seja verificada a comercialização após a
assinatura dos contratos, qual ação deve ser tomada pelas distribuidoras?

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31. Questão/Apontamento:

Conforme disposto no ar go 109, §8º, da REN 1.000/21, se a unidade consumidora com MMGD
se enquadrar nos critérios de gratuidade dispostos nos ar gos 104 e 105 e as obras necessárias
para conexão da geração forem maiores do que as obras necessárias para atendimento à carga,
a distribuidora deverá considerar como sua responsabilidade financeira o maior valor entre o
ERD calculado conforme caput do ar go 109 e o valor do orçamento para o atendimento gratuito
da carga. Por sua vez, o §3º do ar go 109 prevê que, para as unidades consumidoras do grupo
B, deve ser considerado, para fins de ERD, o maior valor entre a potência instalada de geração e
a demanda calculada com base na carga instalada declarada da unidade consumidora.

Assim, numa situação em que a potência instalada de geração represente o maior valor, o ERD
será calculado com base nesta potência e no fator K que, por sua vez, é calculado com base na
TUSD fio B da carga. Desta forma, entende-se que há certa incoerência nesta regra, que vai de
encontro, ao que é proposto para o grupo A, que tem o cálculo de ERD referente à parcela da
geração realizado com base num fator Kg.

Ademais, nota-se certa incongruência, tomando por base no art. 14 da Lei 10.438/2002 e no art.
8º da Lei 14.300/2022, uma vez que a obra necessária para atendimento da geração distribuída
supere o valor necessário para atendimento da unidade consumidora não caberia avaliar mais
alguma aplicação de gratuidade à parcela de carga da unidade consumidora. Tal regulamento,
na prá ca, servirá como instrumento para reduzir a par cipação financeira do consumidor por
meio de declaração falsa ou manipulação da carga instalada – veja, basta que o interessado
indique uma determinada carga total de até 50 kW e indicar a sua u lização de forma
simultânea, assim a distribuidora terá que avaliar um orçamento de conexão para atendimento
da suposta demanda com valor igual ao valor de carga declarado, que em úl ma instancia pela
definição disposta no §8º do ar go 109 servirá para reduzir a par cipação financeira do
consumidor no orçamento de conexão. Em suma, o disposi vo traz incen vo à instalação de
gerações remotas, o que contraria medidas tomadas pela própria Agência na regulamentação
da Lei 14.300/2022.

Sobre a possível iden ficação por parte da distribuidora se a carga instalada é condizente com a
declarada na solicitação de orçamento de conexão, vale destacar que o art. 34, em regra geral,
impede que a distribuidora vistorie as instalações internas do consumidor. Além do mais,
supondo que a equipe de vistoria da distribuidora iden fique a declaração falsa da carga
instalada, qual será o instrumento regulatório para cobrar o “desconto” irregularmente recebido
pelo consumidor no orçamento de conexão? Do ponto de vista do equilíbrio econômico-
financeiro a distribuidora não será afetada pois essa diferença irá compor a base de remuneração
regulatória, no entanto, como a distribuidora poderá resguardar o direito dos demais
consumidores em prol da modicidade tarifária?

Nesse sen do, solicitamos avaliação desta agência acerca da necessidade de revisão do texto
do §8º do ar go 109 e da metodologia de cálculo de ERD para as unidades consumidoras do
grupo B.

32. Questão/Apontamento:

Para unidades consumidoras do grupo A com opção de faturamento do grupo B não adequados
aos critérios do ar go 292, §3º, para manutenção deste po de faturamento, as distribuidoras

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deverão cumprir o disposto no ar go 671-A, enviando comunicado a esses consumidores e, caso


esses não se manifestem, aplicam-se os §§ 2° e 3° do art. 671-A. Ou seja, “implica interrupção
da aplicação da opção de faturamento pelo grupo B, devendo o faturamento passar a ser
realizado pelo grupo A, devendo a distribuidora aplicar o período de testes para permi r a
adequação da demanda contratada e a escolha da modalidade tarifária. Entretanto, até mesmo
para que sejam observados os limites de ultrapassem de demanda previstos no I do Art. 313, é
necessário que se tenha um valor de demanda contratada como referência. Assim, como não
houve indicação prévia do consumidor, entende-se que como demanda contratada deve ser
considerado o valor equivalente à potência instalada de geração. O entendimento está correto?

33. Questão/Apontamento:

A unidade consumidora do grupo A, que par cipa do Sistema de Compensação de Energia


Elétrica sem possuir a geração local, pode con nuar optando por faturamento com aplicação da
tarifa do grupo B (B-optante)?

Posicionamento ABRADEE:

O §3° do art. 292 e o art. 671-A tratam das adequações relacionadas às unidades consumidoras
do grupo A par cipantes do SCEE que optam por faturamento com aplicação da tarifa do grupo
B. Vejamos:

“Art. 292. O consumidor pode optar por faturamento com aplicação da tarifa do
grupo B para sua unidade consumidora do grupo A, desde que atendido um dos
seguintes critérios:

(...)

§ 3º Para unidade consumidora par cipante do SCEE, a opção de que trata o


caput pode ser efetuada desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes
critérios:

I - possuir central geradora na unidade consumidora;

II - a soma das potências nominais dos transformadores da unidade consumidora


for menor ou igual a 112,5 kVA; e

III - não haver alocação ou recebimento de excedentes de energia em unidade


consumidora dis nta de onde ocorreu a geração de energia elétrica.”

“Art. 671-A. A unidade consumidora do grupo A par cipante do SCEE em que foi
exercida a opção pelo faturamento no grupo B de que trata a Seção III do
Capítulo X do Título I em data anterior à 7 de janeiro de 2022 deve ser adequada
aos critérios do § 3º do art. 292, no prazo de até 60 dias contados da entrada em
vigor deste ar go.

(...)

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48513.006028/2023-00-1 (ANEXO: 001)

§ 2º O não atendimento ao disposto no caput implica interrupção da aplicação


da opção de faturamento pelo grupo B, devendo o faturamento passar a ser
realizado pelo grupo A a par r do ciclo de faturamento subsequente ao término
do prazo do caput

(...)”

Sendo assim, após o prazo de 60 dias contados a par r da entrada em vigor do ar go, as unidades
consumidoras do grupo A par cipantes do SCEE só poderão ser B-optante se possuírem geração
local, além de não poder ocorrer alocação ou recebimento de excedentes de energia em UC
dis nta de onde ocorreu a geração. Logo, as UCs B-optante não podem par cipar do SCEE na
modalidade de autoconsumo remoto.

34. Questão/Apontamento:

Sobre a aplicação do Art. 671-A, caso a unidade consumidora não possua medidor capaz de
registrar a demanda consumida ou não possua padrão de entrada compa vel com a instalação
de medição indireta, a distribuidora poderá no ficar o consumidor para realizar a adequação do
padrão de entrada para o grupo A? Caso contrário, o custo de adequação será assumido por
quem?

35. Questão/Apontamento:

Quanto à data de implementação das seguintes alterações (dia 1º de julho de 2023):

• O Plano de inves mento para o MME (PERS)

• Chamada de credenciamento para as empresas especializadas

• Chamada concorrencial para as empresas credenciadas

Apresentam-se as seguintes questões:

 As duas chamadas somente devem ser feitas depois que o Plano de Inves mento es ver
aprovado pelo MME?
 Como o Plano de inves mento é anual - e será aprovado pelo MME - isso significa que
o prazo para as chamadas (também anuais) somente começará sua contagem a par r
dessa aprovação?
 O caput do Art. 9º-B da REN 920/2021 indica que a distribuidora pode ou não des nar
recursos do Programa de Eficiência Energé ca para o PERS, isso significa ser opcional
executar o PERS?
 Sendo opcional isso significa ser dispensável enviar o plano de inves mento para o MME
caso a distribuidora decida não executar o PERS?
 Sendo obrigatório, qual é a data limite para a distribuidora enviar o primeiro plano de
inves mento ao MME?

36. Questão/Apontamento:

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48513.006028/2023-00-1 (ANEXO: 001)

Com a entrada em vigor da Lei 14.300/22 foram alteradas as regras do Sistema de Compensação
de Energia Elétrica aplicado aos consumidores com Geração Distribuída. Dentre estas mudanças,
destaca-se a necessidade de pagamento da TUSD Fio B, sobre a energia compensada, em
percentuais que vão crescendo anualmente.

Assim, visando adequar a regulação a esta nova realidade, a ANEEL aprovou a Resolução
Homologatória nº 3.169, de 29 de Dezembro de 2022 na qual foram estabelecidos percentuais
de desconto na TUSD que, em tese, deveriam gerar resultados equivalentes àqueles que seriam
ob dos caso se aplicasse os descontos previstos na Lei 14.300/22 sobre o faturamento da TUSD
Fio B. Matema camente, tem se que:

TUSD x (1 – DR) = TUSD Fio B x (1- DL)


TUSD – TUSD x DR = TUSD Fio B – TUSD Fio B x DL
- TUSD x DR = TUSD Fio B – TUSD Fio B x DL – TUSD
DR = (TUSD – TUSD Fio B x (1-DL))/TUSD

Onde:

DR = Desconto da Resolução;
DL = Desconto da Lei 14.300/22;
TUSD = Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição;
TUSD Fio B = Parcela da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição referente ao Fio B.

A formulação matemá ca mostrada acima permite converter o percentual de desconto


estabelecido na Lei 14.300/22, previsto para ser aplicado sobre a TUSD Fio B, para um percentual
equivalente a ser aplicado sobre a TUSD. Logo, para que esta equivalência seja assegurada, tanto
os valores da TUSD, quanto da TUSD Fio B, devem estar na mesma base, ou seja, ou ambos
consideram as devoluções do PIS/COFINS ocorridas no úl mo ano, ou ambos desconsideram
os valores desta dedução.

Todavia, este não foi o procedimento adotado pela ANEEL, que usou para a TUSD os valores
considerando a devolução do PIS/COFINS, e para a TUSD Fio B, os valores u lizados não
consideram este desconto. Para ilustrar esta inconsistência, considere o caso da CEMIG que
apresenta os valores abaixo para a TUSD e a TUSD Fio B (Tarifa B1 – Convencional).

TUSD sem considerar devolução do PIS/COFINS = R$ 472,06/MWh


TUSD considerando devolução do PIS/COFINS = R$ 409,13/MWh
TUSD Fio B sem considerar devolução do PIS/COFINS = R$ 232,76/MWh

DR1 = 91,46%
DR2 = 92,60%

No exemplo acima, DR1 corresponde ao resultado da aplicação da TUSD considerando devolução


do PIS/COFINS (R$ 409,13/MWh) juntamente com a TUSD Fio B sem considerar devolução do
PIS/COFINS (R$ 232,76/MWh). Este foi o procedimento adotado pela ANEEL. Por outro lado, o
valor de DR2 corresponde ao resultado da aplicação da TUSD sem considerar a devolução do
PIS/COFINS (R$ 472,06/MWh) juntamente com a TUSD Fio B sem considerar devolução do
PIS/COFINS (R$ 232,76/MWh).

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48513.006028/2023-00-1 (ANEXO: 001)

A ANEEL entende ter havido equívoco no cálculo do percentual de desconto apresentado na


Resolução Homologatória nº 3.169, de 29 de dezembro de 2022? Sendo o caso, solicitamos
que os valores corretos sejam republicados.

37. Questão/Apontamento:

Iden ficamos a necessidade de re ficação no ar go 655-F: trocar a expressão “central


geradora” por “unidade consumidora com microgeração ou minigeração distribuída”.

38. Questão/Apontamento:

Os formulários para solicitação de orçamento de conexão de microgeração e minigeração


distribuída assumiram um aspecto mais orienta vo que determina vo. Sendo assim, a
distribuidora pode implementá-los no formato mais conveniente, desde que sejam obedecidas
as diretrizes estabelecidas neles? Por exemplo, não solicitando mais informações do que as
dispostas.

Posicionamento ABRADEE:

Sim, a distribuidora tem liberdade para implementar os formulários da forma que entender mais
adequada, desde que respeite as orientações e informações con das no modelo aprovado pela
regulamentação vigente.

39. Questão/Apontamento:

Como deve ser calculado o EUSD considerado para o cálculo de compensações por violação de
prazos de serviços comerciais e indicadores de con nuidade?

40. Questão/Apontamento:

As distribuidoras devem apresentar no orçamento de conexão todas as análises realizadas para


iden ficar as alterna vas viáveis, de que trata o §1° do art. 73, para eliminar a inversão do fluxo?

Posicionamento ABRADEE:

O §1° do ar go 73 apresenta exemplos de estratégias para que seja possível eliminar a inversão
do fluxo de potência. Vejamos:

“Art. 73. A distribuidora deve, se necessário, realizar estudos para:

(...)

§ 1º Caso a conexão nova ou o aumento de potência injetada de microgeração


ou minigeração distribuída implique inversão do fluxo de potência no posto de
transformação da distribuidora ou no disjuntor do alimentador, a distribuidora
deve realizar estudos para iden ficar as opções viáveis que eliminem tal
inversão, a exemplo de:

I - reconfiguração dos circuitos e remanejamento da carga;

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48513.006028/2023-00-1 (ANEXO: 001)

II - definição de outro circuito elétrico para conexão da geração distribuída;

III - conexão em nível de tensão superior ao disposto no inciso I do caput do art.


23;

IV - redução da potência injetável de forma permanente;

V - redução da potência injetável em dias e horários pré-estabelecidos ou de


forma dinâmica; (...)”

Da leitura do §2° do inciso II do referido ar go, depreende-se que devem ser realizadas análises
das alterna vas que trata o §1°. Vejamos:

“Art. 73

(...)

§ 2º O estudo da distribuidora de que trata o § 1º deve compor o orçamento de


conexão e conter, no mínimo:

(...)

I - análise e demonstração da inversão do fluxo com a conexão da microgeração


ou minigeração distribuída, incluindo a máxima capacidade de conexão e
escoamento sem inversão de fluxo;

II - análise das alterna vas dispostas no § 1º e outras avaliadas pela


distribuidora, iden ficando as consideradas viáveis e a de mínimo custo global;
e (...)”

Aliando esse entendimento com o disposto no §4° do art. 69, conclui-se que no orçamento de
conexão, a distribuidora deve apresentar apenas as alterna vas viáveis para seleção do
consumidor. Vejamos:

“Art. 69. O orçamento de conexão deve conter, no mínimo:

(...)

§4º Nos casos de conexão de microgeração ou minigeração distribuída


enquadrados no §1º do art. 73, a distribuidora deve incluir no orçamento de
conexão as informações con das nos §§ 2º a 5º do art. 73, as alterna vas para
seleção do consumidor, as demais obras de sua responsabilidade e itens previstos
neste ar go.”

Sendo assim, entendemos que a distribuidora deve apresentar no orçamento de conexão


apenas as análises das alterna vas viáveis para eliminar a inversão do fluxo.

41. Questão/Apontamento:

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48513.006028/2023-00-1 (ANEXO: 001)

Nos casos de solicitações de conexão realizadas antes de 7 de janeiro de 2023, a unidade


consumidora com MMGD deve observar os prazos para que se dê início a injeção de energia,
conforme definidos no §4° do art. 655-O, para garan r o enquadramento como GD I?

Posicionamento ABRADEE:

O entendimento é de que, para as solicitações realizadas entre 8 de janeiro de 2022 e 7 de janeiro


de 2023, o enquadramento como GD I se aplica apenas nos casos em que a unidade consumidora
com micro e minigeração distribuída iniciou a injeção de energia respeitando os prazos definidos
no §4° do art. 655-O. Vejamos:

“Art. 655-O. Até 31 de dezembro de 2045, deve-se considerar as regras dispostas nesse ar go
no faturamento da energia elétrica a va compensada que seja oriunda de unidade consumidora
com microgeração ou minigeração:

I - conectada ou cuja solicitação de orçamento de conexão, nos termos da Seção


IX do Capítulo II do Título I, tenha sido protocolada até 7 de janeiro de 2022; ou

II - cuja solicitação de orçamento de conexão, nos termos da Seção IX do Capítulo


II do Título I, seja protocolada na distribuidora entre 8 de janeiro de 2022 e 7 de
janeiro de 2023.

(...)

§ 4º O disposto no caput somente se aplica caso o início da injeção de energia na


unidade de que trata o inciso II do caput se dê até o maior prazo entre:

I - o prazo de conexão ao sistema de distribuição indicado no orçamento de


conexão; e

II - os seguintes prazos, contados da data de emissão do orçamento de conexão:

a) 120 dias: para unidades com microgeração distribuída, independentemente


da fonte;

b) 12 meses: para unidades com minigeração distribuída de fonte solar, incluindo


aquelas dotadas de sistema de armazenamento; ou

c) 30 meses: para unidades com minigeração distribuída das demais fontes.”

Assim, nos casos em que a injeção de energia ocorrer após os prazos es pulados no §4° do
referido ar go, o correto enquadramento será em GD II ou GD III.

42. Questão/Apontamento:

As instalações de Iluminação Pública sem circuitos exclusivos poderão par cipar do SCEE?

Posicionamento ABRADEE:

Somente poderão par cipar do SCEE, IP’s que possuam circuito exclusivo com medição instalada.
É vedada a par cipação no SCEE de unidades consumidoras com medição es mada.

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48513.006028/2023-00-1 (ANEXO: 001)

43. Questão/Apontamento:

Em caso de encerramento contratual, deve ser calculado o CUSD para as duas demandas?

44. Questão/Apontamento:

Como serão tratadas as reclamações sobre devolução do custo de disponibilidade após a


publicação da REN 1.059/2021? A mesma resposta se aplicará para os três níveis de reclamação?

45. Questão/Apontamento:

Uma central geradora pertencente ao GD I pode solicitar antecipação do faturamento da TUSDg


ou deverá aguardar a RTP?

Posicionamento ABRADEE:

Não. O art. 26 da Lei 14.300/22 é claro ao definir que se deve “considerar a tarifa correspondente
à forma de uso do sistema de distribuição realizada pela unidade com microgeração ou
minigeração distribuída, se para injetar ou consumir energia, na forma do art. 18 desta Lei, após
a revisão tarifária da distribuidora subsequente à publicação desta Lei”.

46. Questão/Apontamento:

Uma GD compar lhada com potência maior que 500 kW com compensação por ordem de
prioridade que não possua beneficiária recebendo mais de 25% dos excedentes poderá ser
classificada como GD II durante o faturamento?

47. Questão/Apontamento:

O §7°, inciso I, do Art. 138 prevê que a alteração do tular indicado no orçamento de conexão
somente pode ser realizada após a solicitação ou aprovação da vistoria, nos termos do art. 91.

Neste ponto apresentamos dois ques onamentos:

 A redação do texto permite a interpretação de que o orçamento de conexão emi do


poderá ser alterado e reemi do para o nome do novo tular antes da conclusão do
processo de conexão, abrindo margem para a comercialização de orçamentos de
conexão. Assim, os orçamentos de conexão poderão ser reemi dos no nome do an go
tular, mantendo as condições do anterior (incluindo o enquadramento como GD I)?

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48513.006028/2023-00-1 (ANEXO: 001)

 Considerando que o §7°, inciso I, do Art. 138 limita a realização da troca somente após
a solicitação ou aprovação da vistoria, para clientes do Grupo A onde os contratos são
disponibilizados para o consumidor no momento da solicitação da vistoria, é possível
condicionar a realização da troca de tularidade à devolução dos contratos assinados
pelo primeiro tular? No nosso entendimento, essa medida visa impedir que a unidade
fature sem um contrato atribuído, caso o novo tular não entregue os contratos
assinados antes da vistoria.

48. Questão/Apontamento:

RETIFICAÇÃO: Ajuste no inciso I do § 2º do Art. 655-I da REN 1.059/23, incluindo o texto em


negrito:

REN 1.059/2023

“§ 2º A energia compensada de que trata o § 1º:

I -deve ser considerada até o limite em que o valor monetário rela vo ao


faturamento de que trata o inciso II do § 1º, seja maior ou igual ao custo de
disponibilidade; e”

49. Questão/Apontamento:

Sugestão de revogação dos itens 14 e 15 do módulo 3 do PRODIST, que ficaram duplicados com
a inclusão dos itens 12.2, 12.5 e 12.6:

MÓDULO 3 DO PRODIST

12.2. Para central geradora classificada como microgeração ou minigeração


distribuída que u liza exclusivamente conversor eletrônico de potência para
realizar a interface com a rede de distribuição, incluindo sistema de
armazenamento de energia elétrica, o consumidor deve apresentar relatório de
ensaio em língua portuguesa, atestando que todos os modelos u lizados tenham
sido aprovados em ensaios de avaliação da sua conformidade com as normas
técnicas brasileiras vigentes que avaliam a interface de conexão desses
conversores com a rede de distribuição.

12.5. Nos sistemas que se conectam à rede por meio de conversores eletrônicos
de potência, as funções de proteção relacionadas na Tabela 1-A podem estar
inseridas nos referidos equipamentos, sendo a redundância de proteções
desnecessária para microgeração distribuída.

12.6 O conversor eletrônico de potência u lizado por central geradora


classificada como microgeração ou minigeração distribuída deve ser instalado
em local apropriado que permita o acesso da distribuidora.

50. Questão/Apontamento:

Inclusão no § 7º no art. 83 da REN 1.059/2023, que trata da perda de validade do orçamento de


conexão no caso de alteração de tularidade de unidades consumidoras com micro ou

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minigeração distribuída antes de solicitação ou aprovação de vistoria de que trata o inc. I do §


7ºdo art. 138 da REN 1.059/2023.

Art. 83. O consumidor e demais usuários devem aprovar o orçamento de conexão


e autorizar a execução das obras pela distribuidora nos seguintes prazos:

§ 7º O orçamento de conexão perderá a validade nos casos de:

I -não aprovação nos prazos estabelecidos;

II -não pagamento da par cipação financeira nas condições estabelecidas pela


distribuidora; ou

III -não devolução dos contratos assinados no prazo.;

IV -não pagamento dos custos de adequação no sistema de medição, no caso de


minigeração distribuída;

V -Alteração do tular indicado no orçamento de conexão antes da solicitação


ou aprovação da vistoria, no caso unidades consumidoras com microgeração ou
minigeração distribuída.

51. Questão/Apontamento:

Alteração do art. 671-D e inclusão do art. 671-E.

Art. 671-D. A regra disposta no §2º do art. 655-I deve ser aplicada nos ciclos de
faturamento que se iniciaram a par r de 7 de janeiro de 2022.

§1º A distribuidora deve iden ficar os créditos que não foram atribuídos aos
consumidores em decorrência da não aplicação da regra do caput nos ciclos de
faturamento iniciados antes da vigência deste ar go. até o prazo de
implementação deste ar go.

§2ºOs créditos iden ficados de que trata o § 1º devem ser atribuídos aos
consumidores em até 120 dias, contados da vigência deste ar go.

Art. 671-E A distribuidora deve implementar a regra disposta no §2º do art. 655-
I até 1º de julho de 2023.

§1º Eventuais diferenças de faturamento ocorridas entre a data de publicação


desta Resolução e o prazo de implementação disposto no caput deste ar go
deverão ser compensadas em até 120 dias, contados da vigência deste ar go.

§2º No caso de valores cobrados a menor, a distribuidora deve parcelar o


pagamento em número de parcelas igual ao dobro do período faturado
incorretamente, sem incidência de juros, atualizações monetárias, ou quaisquer
outros acréscimos.

§3º No caso de valores cobrados a maior, a devolução ao consumidor deve


ocorrer até o segundo ciclo de faturamento posterior ao prazo estabelecido no
§1º deste ar go, não cabendo devolução em dobro, incidência de juros,
atualizações monetárias, ou quaisquer outros acréscimos.

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52. Questão/Apontamento:

Inclusão no art. 598 do recebimento irregular de bene cio associado ao SCEE disposto no art.
655-F, quando o defeito na medição for decorrente de aumento de geração à revelia:

Art. 598. Nos casos em que houver necessidade de compensação de receita em


decorrência da irregularidade apurada, a distribuidora deve instruir um processo
com as seguintes informações:

I -ocorrência constatada;

II -cópia legível do TOI;

III -avaliação do histórico de consumo e das demais grandezas elétricas;

IV -cópia de todos os elementos de apuração da ocorrência, incluindo as


informações da medição fiscalizadora, quando for o caso;

V -relatório de avaliação técnica, quando constatada a violação do medidor ou


demais equipamentos de medição;

VI -comprovantes de no ficação, agendamento e reagendamento da avaliação


técnica;

VII -relatório da perícia metrológica, quando solicitada, informando quem


solicitou e onde foi realizada;

VIII -custos de frete e da perícia metrológica, quando esta ver sido solicitada
pelo consumidor e for comprovada a irregularidade;

IX -comprovação de que o defeito na medição foi decorrente de aumento de


carga à revelia, quando alegado este mo vo;

IX -comprovação de que o defeito na medição foi decorrente de aumento de


carga ou geração à revelia, quando alegado este mo vo;

X -critério u lizado para a recuperação de receita, conforme art. 595, e a


memória descri va do cálculo realizado, de modo que permita a sua reprodução,
e as jus fica vas para não u lização de critérios anteriores;

XI -valor do custo administra vo cobrado e o mo vo, conforme art. 597;

XII -critério u lizado para a determinação do período de duração, conforme art.


596, e a memória descri va da avaliação realizada, de modo que permita a sua
reprodução e, quando for o caso, as jus fica vas pela não adoção dos demais
critérios dispostos no ar go; XIII -data da úl ma inspeção que antecedeu a
inspeção que originou a no ficação; XIV -valor da diferença a cobrar ou a
devolver, com a memória descri va de como o valor foi apurado; e

XV -tarifas u lizadas.

§ 1º A distribuidora deve armazenar no processo todas as no ficações,


reclamações, respostas e outras interações realizadas, bem como demais
informações e documentos relacionados ao caso.

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§ 2º O faturamento da compensação deve ser realizado conforme art. 325.

§ 3º No caso de procedimento irregular, o prazo para realização do faturamento


da compensação do §2º é de até 36 meses, contados a par r da emissão do TOI.

§ 4º A distribuidora deve fornecer em até 5 dias úteis, mediante solicitação do


consumidor, a cópia do processo de irregularidade.

§ 5º O processo individualizado de irregularidade deve ser disponibilizado ao


consumidor no espaço reservado de atendimento pela internet.

§ 6º Caso seja comprovado que o defeito na medição foi decorrente de


aumento de geração à revelia, aplica-se o estabelecido no art. 655-F.

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