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001004/2019-00
Ofício n° 0147/2019-SRD/ANEEL
Ao Senhor
Rodrigo Regis de Almeida Galvão
Diretor Presidente
CIBiogas
Foz de Iguaçu – PR
Assunto: Aplicação do modelo de consórcio público, previsto na Lei nº11.107, no âmbito da Resolução
Normativa nº 482/2012.
Prezado Senhor,
Atenciosamente,
(Assinado digitalmente)
CARLOS ALBERTO CALIXTO MATTAR
Superintendente de Regulação dos Serviços de Distribuição
LMCG
48554.001004/2019-00
Conteúdo licenciado para Thatiane Marleska Silva Gomes - 044.490.761-09
ASSINADO DIGITALMENTE POR CARLOS ALBERTO CALIXTO MATTAR
CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 7B186BDD004CB6FC CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx
Número: 48554.001004/2019-00-1
Número: 48554.000240/2019-00
(ANEXO: 001)
Memorando nº 0027/2019–SRD/ANEEL
Em 4 de fevereiro de 2019.
Ao Procurador Geral
Luiz Eduardo Diniz Araújo
3. Nesse sentido, a SRD solicitou1 à Procuradoria Federal junto à ANEEL informações acerca
da formação de consórcio e cooperativa no âmbito da Resolução Normativa – REN n° 482/2012. Em
resposta, a Procuradoria elaborou o Parecer n° 00433/2016/PFANEEL/PGF/AGU2, concluindo que, para os
fins de geração compartilhada prevista na REN n° 482/2012, a constituição de consórcio deve seguir o
disposto na Lei n° 6.404/1976, e também observar o disposto na Instrução Normativa da Receita Federal
do Brasil n° 1.634/2016, para a inscrição no CNPJ. Tais dispositivos abordam consórcios de sociedades
(empresas), que deverão, necessariamente, possuir personalidade jurídica.
1 Memorando n° 0315/2016-SRD/ANEEL
2 Documento SIC nº 48554.001986/2016-71
3 Memorando n° 0102/2017-SRD/ANEEL
4 Documento SIC nº 48554.000539/2017-85
48554.000240/2019-00
Atenciosamente,
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO
PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
PROCURADORIA FEDERAL JUNTO À AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA
COORDENADORIA DE ENERGIA
SGAN, QUADRA 603 / MÓDULOS "I" E "J" CEP 70830-110, BRASÍLIA/DF BRASIL - TELEFONE (61) 2192-8614 FAX: (61) 2192-8149 E-MAIL:
PROCURADORIAFEDERAL@ANEEL.GOV.BR
PARECER n. 00178/2019/PFANEEL/PGF/AGU
NUP: 48554.000240/2019-00
INTERESSADA: Superintendência de Regulação dos Serviços de Distribuição
ASSUNTO: Formação de consórcio no âmbito da Resolução Normativa n° 482/2012.
I. DOS FATOS
previsto na Lei n. 11.795/2008 enquadra-se na Resolução Normativa ANEEL n. 482/2012 para fins de
geração compartilhada, cabe à área técnica, em cada caso, analisar se este tipo legal permite a
utilização dos créditos de energia gerados entre os integrantes do consórcio conforme indicado à
distribuidora”.
II. – DA ANÁLISE
Por meio da apontada resolução, a ANEEL dispôs ainda sobre “geração compartilhada”,
cuja definição segue adiante:
Desse modo e para esclarecer a dúvida da área técnica, necessário se faz abordar a
natureza jurídica dos consórcios públicos.
Desse modo, a existência de federação denota interesses locais e nacionais que merecem
ser sempre harmonizados. Assim, ainda que determinada atividade seja da esfera privativa de
determinada esfera federativa[4], deve-se observância, por parte desse último, à conveniência dos demais
membros. Vale dizer, as competências materiais previstas constitucionalmente devem coexistir de forma
harmônica com vistas à coexistência pacífica de todos os interesses em jogo. A propósito, citam-se os
ensinamentos doutrinários:
Já a expressão gestão associada de serviços de serviços púbicos foi definida por meio do
Decreto n. 6.017, de 2007, que regulamentou a citada lei. De acordo com o decreto, constitui-se como o
“exercício das atividades de planejamento, regulação ou fiscalização de serviços públicos por meio de
consórcio público ou de convênio de cooperação entre entes federados, acompanhadas ou não da
prestação de serviços públicos ou da transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens
essenciais à continuidade dos serviços transferidos”. Além disso, referido decreto traz o conceito de
consórcio público que, como visto, é um dos instrumentos que materializa a gestão associação de
serviços públicos.
Nesse caso, segundo referido diploma legal, a finalidade é “propiciar a seus integrantes,
de forma isonômica, a aquisição de bens e serviços, por meio de autofinanciamento”[11]. Observa-se,
portanto, clara distinção entre o consórcio público previsto na Lei n. 11.107/2015 e o consórcio tratado
no parecer acima, tanto em relação aos partícipes como no que toca aos objetivos.
III. - CONCLUSÃO
À consideração superior.
unidades consumidoras, dentro da mesma área de concessão ou permissão, nas quais a energia
excedente será compensada.
[3] COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet; MENDES, Gilmar
Ferreira. Curso de Direito Constitucional. 2ª ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2008, p. 802.
[4] Quanto à competência material, o artigo 21 da CF, por exemplo, traz um rol de
diversas atribuições que cabem à União. Já o artigo 23, por abarcar matérias de interesse de todos os
entes federados, dispõe sobre a competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
[5] PEDREIRA, Christina de Almeida. Instrumentos legítimos à implementação das
competências constitucionais administrativas comuns. Biblioteca Digital Revista Brasileira de
Estudos Constitucionais – RBEC, Belo Horizonte, ano 2, n. 6, abr. 2008.
[6] Segundo José Santos Carvalho Filho, “a realidade do regime federativo [...] não pode
abdicar do regime de cooperação e parceria entre seus componentes. Não se trata de mera escolha do
Constituinte federal, mas de fato inerente à própria forma federativa e à descentralização do poder que a
caracteriza. Se as entidades federativas ostentam poderes definidos na Constituição – poderes a serem
respeitados pelos demais entes, diga-se de passagem -,daí resulta a notória possibilidade do surgimento
de conflitos entre elas, dado que inúmeros são os interesses em jogo, frequentemente conflitantes. Assim,
a única forma de evolução política e social do Estado federal é aquela através do qual as pessoas
federativas se associam para um fim comum: a evolução do próprio Estado e o bem-estar da sociedade.
Conflitos e desarmonias significam sempre dar um passo à frente e vários para trás. Na cooperação, ao
contrário, todos se envolvem nos mesmos objetivos e buscam a satisfação de todos os interesses”.
(Consórcios Públicos. Editora Lumen Juris: Rio de Janeiro, 2009. P. 5).
[7] Carvalho Filho. José dos Santos. Manual de direito administrativo. 32ª ed. São Paulo:
Atlas, 2018, p. 237.
[8] Carvalho Filho. José dos Santos. Manual de direito administrativo. 32ª ed. São Paulo:
Atlas, 2018, p. 237.
[9] Carvalho Filho. José dos Santos. Consórcios Públicos. Editora Lumen Juris: Rio de
Janeiro, 2009, p. 26
[10] Artigo 1º da Lei 11.795/2008.
[11] Artigo 2º da Lei 11.795/2008.
À consideração superior.
Documento assinado eletronicamente por RENATA NEIVA PINHEIRO, de acordo com os normativos
legais aplicáveis. A conferência da autenticidade do documento está disponível com o código 246916698
no endereço eletrônico http://sapiens.agu.gov.br. Informações adicionais: Signatário (a): RENATA
NEIVA PINHEIRO. Data e Hora: 04-04-2019 16:27. Número de Série: 1274741. Emissor: Autoridade
Certificadora do SERPRO Final v4.
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO
PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
PROCURADORIA FEDERAL JUNTO À AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA
COORDENADORIA DE ENERGIA
SGAN, QUADRA 603 / MÓDULOS "I" E "J" CEP 70830-110, BRASÍLIA/DF BRASIL - TELEFONE (61) 2192-8614 FAX: (61) 2192-8149 E-MAIL:
PROCURADORIAFEDERAL@ANEEL.GOV.BR
DESPACHO n. 00227/2019/PFANEEL/PGF/AGU
NUP: 48554.000240/2019-92
INTERESSADA: Superintendência de Regulação dos Serviços de Distribuição.
ASSUNTO: Formação de consórcio no âmbito da Resolução Normativa n° 482/2012.
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO
PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
PROCURADORIA FEDERAL JUNTO À AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA
COORDENADORIA TÉCNICA E ADMINISTRATIVA
SGAN, QUADRA 603 / MÓDULOS "I" E "J" CEP 70830-110, BRASÍLIA/DF BRASIL - TELEFONE (61) 2192-8614 FAX: (61) 2192-8149 E-MAIL:
PROCURADORIAFEDERAL@ANEEL.GOV.BR
DESPACHO n. 00283/2019/PFANEEL/PGF/AGU
NUP: 48554.000240/2019-92
INTERESSADOS: SUPERINTENDÊNCIA DE REGULAÇÃO DOS SERVIÇOS DE
DISTRIBUIÇÃO
ASSUNTOS: FORMAÇÃO DE CONSÓRCIO PÚBLICO NO ÂMBITO DA RESOLUÇÃO
NORMATIVA Nº 482/2012. PARECER Nº 00178/2019/PFANEEL/PGF/AGU.
6. Ainda, o art. 3º do Decreto traz rol exemplificativo de objetos dos consórcios públicos,
permitindo-se incluir outros, desde que observados os limites constitucionais e legais:
Art. 3o Observados os limites constitucionais e legais, os objetivos dos
consórcios públicos serão determinados pelos entes que se consorciarem,
admitindo-se, entre outros, os seguintes:
I - a gestão associada de serviços públicos;
II - a prestação de serviços, inclusive de assistência técnica, a execução de obras
e o fornecimento de bens à administração direta ou indireta dos entes
consorciados;
7. Assim, a despeito de ser possível, numa interpretação restritiva, defender que o objeto
dos consórcios públicos limita-se à "gestão associada de serviços públicos", em razão do uso dessa
expressão na Constituição, faz-se necessária uma análise acerca da gama de possibilidades abertas pela
expressões "transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade
dos serviços transferidos" e "objetivos de interesse comum", inseridas tanto no texto constitucional como
na legislação sobre o tema.
10. Logo, a título de cumprir melhor suas competências constitucionais, os entes federados
poderão realizar entre si diversos arranjos administrativos para que as atividades e serviços comuns sejam
prestados em comunhão de esforços entre dois ou mais entes, no lugar de ficar a cargo de cada
administrador. Os consórcios públicos são, nesse contexto, pessoas jurídicas criadas em decorrência da
união de alguns entes (União, Estados, municípios e Distrito Federal) e aparelhadas para o exercícios das
funções administrativas próprias desses mesmos, ou seja, poderão se ocupar do planejamento,
deliberação e execução de atividades de interesse comum transferidas nos termos da CF/88 e da Lei n.
11.107/2005.
11. Assim é que, sendo a gestão do consumo de energia elétrica uma atividade administrativa
e necessária ao próprio exercício da atividade estatal, inerente a todos os entes (para funcionamento das
diversas unidades e órgãos públicos), sobretudo aos Municípios (responsáveis pela prestação de serviço
de iluminação pública), entendo que essa é verdadeiramente uma atividade administrativa de interesse
comum passível de transferência a gestão e administração de consórcio público de entes estatais.
13. Trata-se de novo paradigma regulatório no que diz respeito à melhor gestão de consumo
de energia elétrica, possibilitando aos consumidores obter ganhos de eficiência com a geração e
compensação de excedentes. Na medida em que a geração compartilhada não caracteriza atividade de
poder de polícia, tampouco intervenção no domínio econômico, e ainda, que a atividade oportuniza
economia e eficiência no consumo (e na prestação de serviço, para o caso da iluminação pública) de
energia, o que no caso de órgãos públicos, se reverterá inevitavelmente ao interesse público, é inegável
que essa atividade está abrangida pelas diretrizes constitucionais e legais do consórcio público.
14. Pelo disposto, não vejo porque a ANEEL haveria de impedir, por meio de norma
infralegal, que um consórcio público de municípios[5] limítrofes, responsável pela governança de uma
região metropolitana (com previsão expressa no art. 25, §3º), seja ator da geração compartilhada em
benefício de toda a comunidade envolvida, por exemplo. Guardadas as devidas proporções, entendo que a
compra compartilhada de energia (com a posterior compensação, se cabível) não se diferenciaria da
compra compartilhada de medicamentos, por exemplo, já amplamente realizada pela via de consórcios
públicos[6].
15. Assim, apesar da opinião exarada pela parecerista, entendo que os objetivos
constitucionais e legais estão presentes para que os consórcios públicos constituídos segundo a Lei nº
11.107/2005 possam atuar na geração compartilhada, atendidos os demais requisitos da Resolução
ANEEL n. 482/2012.
Notas
Documento assinado eletronicamente por LUIZ EDUARDO DINIZ ARAUJO, de acordo com os
normativos legais aplicáveis. A conferência da autenticidade do documento está disponível com o código
256562797 no endereço eletrônico http://sapiens.agu.gov.br. Informações adicionais: Signatário (a):
LUIZ EDUARDO DINIZ ARAUJO. Data e Hora: 03-05-2019 13:56. Número de Série: 17234919.
Emissor: Autoridade Certificadora SERPRORFBv5.
EXP/CIBiogás/001/2019
Foz de Iguaçu, 07 de janeiro de 2019.
Ao Senhor
CARLOS ALBERTO CALIXTO MATTAR
Superintendente
Superintendência de Regulação dos Serviços de Distribuição SRD
Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel
SGAN 603, Térreo
Brasília/DF – 70830-110
Prezado Senhor,
Considerando que:
(i) a REN nº 482/2012, art. 2º, VII, define geração compartilhada como a “reunião de
consumidores, dentro da mesma área de concessão ou permissão, por meio de consórcio ou
cooperativa, composta por pessoa física ou jurídica, que possua unidade consumidora com
microgeração ou minigeração distribuída em local diferente das unidades consumidoras nas quais
a energia excedente será compensada”;
(ii) conforme já mencionado no Parecer nº 00113/2017/PFANEEL/PGF/AGU, a REN nº
482/2012 não especifica o tipo de consórcio a ser constituído pela “reunião de consumidores,
dentro da mesma área de concessão ou permissão, por meio de consórcio ou cooperativa”;
(iii) os entes federados são pessoas jurídicas (Código Civil, art. 41);
(iv) os entes federados podem contratar consórcio público, nos termos da Lei nº 11.107, a
fim de realizar objetivos comuns;
(v) os Pareceres nº00433/2016/PFANEEL/PGF/AGU e nº
00113/2017/PFANEEL/PGF/AGU abordaram tão somente os tipos de consórcio previstos na Lei nº
6.404 e na Lei nº 11.795, indagamos se pode caracterizar-se consórcio público como geração
compartilhada, para fins do disposto no art. 6º da REN nº 482/2012.
Atenciosamente,
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48554.001012/2019-00
Conteúdo licenciado para Thatiane Marleska Silva Gomes - 044.490.761-09
Número: 48554.001012/2019-00
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deve contar com as informações deste recibo até que este seja autenticado. Os termos gerais, bem como as
condições de serviço, são informados através de solicitação para info@rpost.com.
RcptVer6.0
Memorando nº 0027/2019–SRD/ANEEL
Em 4 de fevereiro de 2019.
Ao Procurador Geral
Luiz Eduardo Diniz Araújo
3. Nesse sentido, a SRD solicitou1 à Procuradoria Federal junto à ANEEL informações acerca
da formação de consórcio e cooperativa no âmbito da Resolução Normativa – REN n° 482/2012. Em
resposta, a Procuradoria elaborou o Parecer n° 00433/2016/PFANEEL/PGF/AGU2, concluindo que, para os
fins de geração compartilhada prevista na REN n° 482/2012, a constituição de consórcio deve seguir o
disposto na Lei n° 6.404/1976, e também observar o disposto na Instrução Normativa da Receita Federal
do Brasil n° 1.634/2016, para a inscrição no CNPJ. Tais dispositivos abordam consórcios de sociedades
(empresas), que deverão, necessariamente, possuir personalidade jurídica.
1 Memorando n° 0315/2016-SRD/ANEEL
2 Documento SIC nº 48554.001986/2016-71
3 Memorando n° 0102/2017-SRD/ANEEL
4 Documento SIC nº 48554.000539/2017-85
48554.000240/2019-00
Atenciosamente,
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO
PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
PROCURADORIA FEDERAL JUNTO À AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA
COORDENADORIA DE ENERGIA
SGAN, QUADRA 603 / MÓDULOS "I" E "J" CEP 70830-110, BRASÍLIA/DF BRASIL - TELEFONE (61) 2192-8614 FAX: (61) 2192-8149 E-MAIL:
PROCURADORIAFEDERAL@ANEEL.GOV.BR
PARECER n. 00178/2019/PFANEEL/PGF/AGU
NUP: 48554.000240/2019-00
INTERESSADA: Superintendência de Regulação dos Serviços de Distribuição
ASSUNTO: Formação de consórcio no âmbito da Resolução Normativa n° 482/2012.
I. DOS FATOS
previsto na Lei n. 11.795/2008 enquadra-se na Resolução Normativa ANEEL n. 482/2012 para fins de
geração compartilhada, cabe à área técnica, em cada caso, analisar se este tipo legal permite a
utilização dos créditos de energia gerados entre os integrantes do consórcio conforme indicado à
distribuidora”.
II. – DA ANÁLISE
Por meio da apontada resolução, a ANEEL dispôs ainda sobre “geração compartilhada”,
cuja definição segue adiante:
Desse modo e para esclarecer a dúvida da área técnica, necessário se faz abordar a
natureza jurídica dos consórcios públicos.
Desse modo, a existência de federação denota interesses locais e nacionais que merecem
ser sempre harmonizados. Assim, ainda que determinada atividade seja da esfera privativa de
determinada esfera federativa[4], deve-se observância, por parte desse último, à conveniência dos demais
membros. Vale dizer, as competências materiais previstas constitucionalmente devem coexistir de forma
harmônica com vistas à coexistência pacífica de todos os interesses em jogo. A propósito, citam-se os
ensinamentos doutrinários:
Já a expressão gestão associada de serviços de serviços púbicos foi definida por meio do
Decreto n. 6.017, de 2007, que regulamentou a citada lei. De acordo com o decreto, constitui-se como o
“exercício das atividades de planejamento, regulação ou fiscalização de serviços públicos por meio de
consórcio público ou de convênio de cooperação entre entes federados, acompanhadas ou não da
prestação de serviços públicos ou da transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens
essenciais à continuidade dos serviços transferidos”. Além disso, referido decreto traz o conceito de
consórcio público que, como visto, é um dos instrumentos que materializa a gestão associação de
serviços públicos.
Nesse caso, segundo referido diploma legal, a finalidade é “propiciar a seus integrantes,
de forma isonômica, a aquisição de bens e serviços, por meio de autofinanciamento”[11]. Observa-se,
portanto, clara distinção entre o consórcio público previsto na Lei n. 11.107/2015 e o consórcio tratado
no parecer acima, tanto em relação aos partícipes como no que toca aos objetivos.
III. - CONCLUSÃO
À consideração superior.
unidades consumidoras, dentro da mesma área de concessão ou permissão, nas quais a energia
excedente será compensada.
[3] COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet; MENDES, Gilmar
Ferreira. Curso de Direito Constitucional. 2ª ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2008, p. 802.
[4] Quanto à competência material, o artigo 21 da CF, por exemplo, traz um rol de
diversas atribuições que cabem à União. Já o artigo 23, por abarcar matérias de interesse de todos os
entes federados, dispõe sobre a competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
[5] PEDREIRA, Christina de Almeida. Instrumentos legítimos à implementação das
competências constitucionais administrativas comuns. Biblioteca Digital Revista Brasileira de
Estudos Constitucionais – RBEC, Belo Horizonte, ano 2, n. 6, abr. 2008.
[6] Segundo José Santos Carvalho Filho, “a realidade do regime federativo [...] não pode
abdicar do regime de cooperação e parceria entre seus componentes. Não se trata de mera escolha do
Constituinte federal, mas de fato inerente à própria forma federativa e à descentralização do poder que a
caracteriza. Se as entidades federativas ostentam poderes definidos na Constituição – poderes a serem
respeitados pelos demais entes, diga-se de passagem -,daí resulta a notória possibilidade do surgimento
de conflitos entre elas, dado que inúmeros são os interesses em jogo, frequentemente conflitantes. Assim,
a única forma de evolução política e social do Estado federal é aquela através do qual as pessoas
federativas se associam para um fim comum: a evolução do próprio Estado e o bem-estar da sociedade.
Conflitos e desarmonias significam sempre dar um passo à frente e vários para trás. Na cooperação, ao
contrário, todos se envolvem nos mesmos objetivos e buscam a satisfação de todos os interesses”.
(Consórcios Públicos. Editora Lumen Juris: Rio de Janeiro, 2009. P. 5).
[7] Carvalho Filho. José dos Santos. Manual de direito administrativo. 32ª ed. São Paulo:
Atlas, 2018, p. 237.
[8] Carvalho Filho. José dos Santos. Manual de direito administrativo. 32ª ed. São Paulo:
Atlas, 2018, p. 237.
[9] Carvalho Filho. José dos Santos. Consórcios Públicos. Editora Lumen Juris: Rio de
Janeiro, 2009, p. 26
[10] Artigo 1º da Lei 11.795/2008.
[11] Artigo 2º da Lei 11.795/2008.
À consideração superior.
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NEIVA PINHEIRO. Data e Hora: 04-04-2019 16:27. Número de Série: 1274741. Emissor: Autoridade
Certificadora do SERPRO Final v4.
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO
PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
PROCURADORIA FEDERAL JUNTO À AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA
COORDENADORIA DE ENERGIA
SGAN, QUADRA 603 / MÓDULOS "I" E "J" CEP 70830-110, BRASÍLIA/DF BRASIL - TELEFONE (61) 2192-8614 FAX: (61) 2192-8149 E-MAIL:
PROCURADORIAFEDERAL@ANEEL.GOV.BR
DESPACHO n. 00227/2019/PFANEEL/PGF/AGU
NUP: 48554.000240/2019-92
INTERESSADA: Superintendência de Regulação dos Serviços de Distribuição.
ASSUNTO: Formação de consórcio no âmbito da Resolução Normativa n° 482/2012.
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO
PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
PROCURADORIA FEDERAL JUNTO À AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA
COORDENADORIA TÉCNICA E ADMINISTRATIVA
SGAN, QUADRA 603 / MÓDULOS "I" E "J" CEP 70830-110, BRASÍLIA/DF BRASIL - TELEFONE (61) 2192-8614 FAX: (61) 2192-8149 E-MAIL:
PROCURADORIAFEDERAL@ANEEL.GOV.BR
DESPACHO n. 00283/2019/PFANEEL/PGF/AGU
NUP: 48554.000240/2019-92
INTERESSADOS: SUPERINTENDÊNCIA DE REGULAÇÃO DOS SERVIÇOS DE
DISTRIBUIÇÃO
ASSUNTOS: FORMAÇÃO DE CONSÓRCIO PÚBLICO NO ÂMBITO DA RESOLUÇÃO
NORMATIVA Nº 482/2012. PARECER Nº 00178/2019/PFANEEL/PGF/AGU.
6. Ainda, o art. 3º do Decreto traz rol exemplificativo de objetos dos consórcios públicos,
permitindo-se incluir outros, desde que observados os limites constitucionais e legais:
Art. 3o Observados os limites constitucionais e legais, os objetivos dos
consórcios públicos serão determinados pelos entes que se consorciarem,
admitindo-se, entre outros, os seguintes:
I - a gestão associada de serviços públicos;
II - a prestação de serviços, inclusive de assistência técnica, a execução de obras
e o fornecimento de bens à administração direta ou indireta dos entes
consorciados;
7. Assim, a despeito de ser possível, numa interpretação restritiva, defender que o objeto
dos consórcios públicos limita-se à "gestão associada de serviços públicos", em razão do uso dessa
expressão na Constituição, faz-se necessária uma análise acerca da gama de possibilidades abertas pela
expressões "transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade
dos serviços transferidos" e "objetivos de interesse comum", inseridas tanto no texto constitucional como
na legislação sobre o tema.
10. Logo, a título de cumprir melhor suas competências constitucionais, os entes federados
poderão realizar entre si diversos arranjos administrativos para que as atividades e serviços comuns sejam
prestados em comunhão de esforços entre dois ou mais entes, no lugar de ficar a cargo de cada
administrador. Os consórcios públicos são, nesse contexto, pessoas jurídicas criadas em decorrência da
união de alguns entes (União, Estados, municípios e Distrito Federal) e aparelhadas para o exercícios das
funções administrativas próprias desses mesmos, ou seja, poderão se ocupar do planejamento,
deliberação e execução de atividades de interesse comum transferidas nos termos da CF/88 e da Lei n.
11.107/2005.
11. Assim é que, sendo a gestão do consumo de energia elétrica uma atividade administrativa
e necessária ao próprio exercício da atividade estatal, inerente a todos os entes (para funcionamento das
diversas unidades e órgãos públicos), sobretudo aos Municípios (responsáveis pela prestação de serviço
de iluminação pública), entendo que essa é verdadeiramente uma atividade administrativa de interesse
comum passível de transferência a gestão e administração de consórcio público de entes estatais.
13. Trata-se de novo paradigma regulatório no que diz respeito à melhor gestão de consumo
de energia elétrica, possibilitando aos consumidores obter ganhos de eficiência com a geração e
compensação de excedentes. Na medida em que a geração compartilhada não caracteriza atividade de
poder de polícia, tampouco intervenção no domínio econômico, e ainda, que a atividade oportuniza
economia e eficiência no consumo (e na prestação de serviço, para o caso da iluminação pública) de
energia, o que no caso de órgãos públicos, se reverterá inevitavelmente ao interesse público, é inegável
que essa atividade está abrangida pelas diretrizes constitucionais e legais do consórcio público.
14. Pelo disposto, não vejo porque a ANEEL haveria de impedir, por meio de norma
infralegal, que um consórcio público de municípios[5] limítrofes, responsável pela governança de uma
região metropolitana (com previsão expressa no art. 25, §3º), seja ator da geração compartilhada em
benefício de toda a comunidade envolvida, por exemplo. Guardadas as devidas proporções, entendo que a
compra compartilhada de energia (com a posterior compensação, se cabível) não se diferenciaria da
compra compartilhada de medicamentos, por exemplo, já amplamente realizada pela via de consórcios
públicos[6].
15. Assim, apesar da opinião exarada pela parecerista, entendo que os objetivos
constitucionais e legais estão presentes para que os consórcios públicos constituídos segundo a Lei nº
11.107/2005 possam atuar na geração compartilhada, atendidos os demais requisitos da Resolução
ANEEL n. 482/2012.
Notas
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LUIZ EDUARDO DINIZ ARAUJO. Data e Hora: 03-05-2019 13:56. Número de Série: 17234919.
Emissor: Autoridade Certificadora SERPRORFBv5.