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OS RAMOS DO DIREITO

PÚBLICO E PRIVADO
Prof. Martin Pino
DIREITO PÚBLICO
• O direito público está formado por normas que possuem um grande foco social
e organizacional. Nesse ramo do direito existe uma relação vertical entre o
Estado e o indivíduo, ou seja há uma hierarquia na qual o Estado é superior
ao indivíduo porque representa os interesses da coletividade contra
interesses individuais. Nesse caso, o Estado possui esse status superior
porque está velando pelos direitos de todos, já que representa os interesses
do povo, e os interesses coletivos sempre pesam mais que os individuais.
• As leis dentro do direito público são imperativas, ou seja, não existe opção de
escolha: todos estamos sujeitados a elas. Queira ou não, precisamos respeitá-
las e, se não o fazemos, sofremos consequências. Não dá pra dizer “não
concordo com o que direito penal diz, então ele não aplica a mim”, porque
dessa maneira todos poderíamos cometer crimes impunemente. Se todos
escolhêssemos quais direitos públicos seguir ou não, a vida em sociedade se
tornaria um caos.
• Por isso são normas obrigatórias que todos devemos seguir já que a lei
não poderia ser personalizada de acordo com a vontade de cada um.
Direito Constitucional: lei maior do Estado que é superior a todas as demais
normas. No caso da Brasil, nossa constituição data de 1988 e é denominada 
“constituição cidadã” porque instituiu o regime democrático de direito para assegurar
que os cidadãos contassem com direito à liberdade, justiça, igualdade, entre outros.
“São normas que estruturam a sociedade, ditam modelos econômicos, políticos e
sociais, garantem direitos fundamentais de cada indivíduo e são moldes para a
criação de novas leis”.

Direito Administrativo: rege as relações entre a administração pública (ou seja, o


governo) e os administrados (os cidadãos). Envolve temas de interesse público e o
bem social comum, como a conservação de bens públicos, os serviços públicos em
geral, o poder da polícia, etc.

Direito Penal: serve para disciplinar as condutas dos membros da sociedade que
poderiam colocar em risco a harmonia e bem estar de todos. Essas normas se
enfocam em proteger princípios como a vida, a liberdade, a intimidade, a propriedade,
e define o que são considerados crimes (condutas mais graves) e contravenções
(menos graves). Além disso, também estabelecem como o Estado deveria combater e
punir tais atos.
• Direito Tributário: normas que regulamentam as atividades
financeiras e 
a arrecadação de fundos entre o Estado e os contribuintes
 (impostos, taxas e contribuições).
• Direito Financeiro: define como o Estado deveria aplicar,
administrar e gerenciar os recursos que recebem por meio da
tributação para empregá-los na sociedade.
• Estes exemplos são parte dos direitos públicos internos que nos
ajudam a organizar a vida em sociedade dentro do país. Também
existem os direitos públicos externos, que tratam das
relações entre diferentes nações. Nesse caso, as normas que
organizam as interações entre Estados soberanos provém do
Direito Internacional Público, que são convenções e tratados que
os chefes de estado assinam em organizações internacionais.
• Direito Eleitoral
• O Direito Eleitoral é um ramo do Direito Público que tem como objeto de
estudo os institutos, as normas e os procedimentos que regulam o
exercício do direito ao sufrágio com a finalidade de concretizar a
soberania popular, dar validade à ocupação de cargos políticos e legitimar
o exercício do poder estatal.
• Direito Urbanístico
• O Direito Urbanístico trata do ramo do Direito que estuda o conjunto de
legislações reguladoras da atividade urbanística. Ou seja, aquelas
destinadas a ordenar os espaços habitáveis.
• Direito Processual
• Direito Processual, também conhecido por direito adjetivo, é o ramo que
se ocupa do processo, em outras palavras, à série de atos com finalidade
definida, que se identifica com o mesmo fim da jurisdição, que é o
exercício da função típica do poder judiciário.
DIREITO PRIVADO
• O direito privado ajuda a organizar as relações e interesses entre partes em suas
vidas privadas. Nesse caso, ambas as partes envolvidas estão em condições
de igualdade, uma não é superior à outra. Essas partes podem ser indivíduos
ou até mesmo de um lado pode estar uma pessoa e do outro o Estado. Porém,
mesmo se o Estado estiver envolvido, não está em uma posição de superioridade.
• No direito privado existe certa liberdade para personalizar a aplicação do direito
porque se tratam de normas dispositivas (e não obrigatórias). Por exemplo, em
assuntos de compras e vendas, doações, contratos de mútuo, permutas, entre
outros, as pessoas envolvidas possuem certa autonomia para tomar decisões
sobre como querem realizar o acordo.
• Mas, mesmo no direito privado não existe uma liberdade total, porque na
sociedade existem hierarquias naturais que pesam a balança a seu favor.
Por exemplo, entre uma empresa e um funcionário existe uma diferença de poder:
a empresa possui mais recursos e capacidade de ação que o indivíduo. Nesses
casos, é dever do direito garantir que o lado mais frágil não fique em uma
situação vulnerável.
• “O direito privado dá certa liberdade às partes para negociarem, para
escolherem como querem fazer. O Estado vai entrar no direito privado para
garantir esse pé de igualdade e impedir que uma das partes passe a outra
para trás”.
• Direito Civil: princípios que regem as relações entre particulares que possuem
condições iguais. Estabelece direitos e impõe obrigações em temas como os
direitos da família e sucessões, o estado das pessoas, obrigações e contratos,
propriedade e patrimônio, entre outros.
• Direito Empresarial: é o conjunto de regras que organiza as atividades
comerciais, desde a criação e administração de empresas até sua extinção,
passando também  pelas relações desenvolvidas na atividade do comércio
(relação entre comprador e vendedor, formas de pagamento, etc).
• Direito do Trabalho: conjunto de normas que rege as relações de trabalho,
organizando a atuação tanto de trabalhadores como empregadores.
• Direito do Consumidor: está relacionado com o consumo e a defesa dos
direitos de uma pessoa em relação a determinado produto, bem ou serviço.

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