Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
• Direito Público = aquele que reúne as normas jurídicas que têm por matéria o
Estado, suas funções e organização, a ordem e segurança internas, com a tutela do
interesse público, tendo em vista a paz social, o que se faz com a elaboração e a
distribuição dos serviços públicos, através dos recursos indispensáveis à sua execução. O
Direito Público cuida, também, na ótica internacional, das relações entre os Estados.
• Direito Privado = reúne as normas jurídicas que têm por matéria os particulares
e as relações entre eles estabelecidas, cujos interesses são privados, tendo por fim a
perspectiva individual.
• Direitos difusos = são aqueles cujos titulares não são determináveis. Isto é, os
detentores do direito subjetivo que se pretende regrar e proteger são indeterminados e
indetermináveis. Isso não quer dizer que alguma pessoa em particular não esteja sofrendo
a ameaça ou o dano concretamente falando, mas apenas e tão somente que se trata de uma
espécie de direito que, apesar de atingir alguém em particular, merece especial guarida
porque atinge simultaneamente a todos.
• Direito Civil: engloba as normas jurídicas que regem, entre outros, a capacidade
e o estado das pessoas, o nascimento, o fim, o nome, a maioridade etc.; as relações
familiares — casamento, separação, divórcio, relações de parentesco, pátrio poder etc.;
as relações patrimoniais e obrigacionais — direitos reais e pessoais, posse, propriedade,
compra e venda, contratos etc.; a sucessão hereditária — divisão, espólio, meação,
testamentos etc.
• Direito Econômico: ramo do Direito que se compõe das normas jurídicas que
regulam a produção e a circulação de produtos e serviços, com vistas ao desenvolvimento
econômico do País, especialmente no que diz respeito ao controle do mercado interno, na
luta e disputa lá estabelecida entre as empresas, bem como nos acertos e arranjos feitos
por elas para explorarem o mercado.
2) NORMA JURÍDICA
A visão moderna da estrutura lógica das normas jurídicas tem o seu antecedente
na distinção kantiana sobre os imperativos. Para o filósofo alemão, o imperativo
categórico, próprio dos preceitos morais, obriga de maneira incondicional, pois a conduta
é sempre necessária. Exemplo: deves honrar a teus pais. O imperativo hipotético, relativo
às normas jurídicas, técnicas, políticas, impõe-se de acordo com as condições
especificadas na própria norma, como meio para alcançar alguma outra coisa que se
pretende. Exemplo: se um pai deseja emancipar o filho, deve assinar uma escritura
pública.
Da formulação kelseniana, infere-se que o esquema possui duas partes, que o autor
denomina por “norma secundária” e “norma primária”. Com a inversão terminológica
efetuada em sua obra Teoria Geral das Normas, publicada post mortem, a primeira
estabelece uma sanção para a hipótese de violação do dever jurídico. A primária define o
dever jurídico em face de determinada situação de fato. Reduzindo à fórmula prática,
temos:
a) Norma secundária: “Dado ñP, deve ser S” – Dada a não prestação, deve ser
aplicada a sanção. Exemplo: o pai que não prestou assistência moral ou material
ao filho menor deve ser submetido a uma penalidade.
b) Norma primária: “Dado Ft, deve ser P” – Dado um fato temporal deve ser feita a
prestação. Exemplo: o pai que possui filho menor, deve prestar-lhe assistência
moral e material.
Além desta classificação elaborada por García Máynez, a doutrina assinala outros
critérios de classificação e que se revelam úteis à compreensão do fenômeno jurídico, a
seguir expostos:
É intuitivo que as normas são feitas para serem cumpridas, devem alcançar a
máxima efetividade; todavia, em razão de fatores diversos, isto não ocorre, daí podermos
falar em níveis de efetividade. Há normas que não chegam a alcançar qualquer grau,
enquanto outras perdem o atributo, isto é, durante algum tempo foram observadas e,
posteriormente, esquecidas. Ambas situações configuram a chamada desuetude. Para o
austríaco Hans Kelsen a validade da norma pressupõe a sua efetividade.
Eficácia = as normas jurídicas não são geradas por acaso, mas visando a alcançar
certos resultados sociais. Como processo de adaptação social que é, o Direito se apresenta
como fórmula capaz de resolver problemas de convivência e de organização da sociedade.
O atributo eficácia significa que a norma jurídica produz, realmente, os efeitos sociais
planejados. Para que a eficácia se manifeste, indispensável é que seja observada
socialmente. Eficácia pressupõe, destarte, efetividade. A lei que institui um programa
nacional de combate a determinado mal e que, posta em execução, não resolve o
problema, mostrando- se impotente para o fim a que se destinava, carece de eficácia. A
rigor, tal lei não pode ser considerada Direito, pois este é processo de adaptação social; é
instrumento que acolhe a pretensão social e a provê de meios adequados.