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Como ponto de partida, importar referir que o conceito de direito e polissémico, pois, admite
vários sentidos dentre os quais iremos nos referir a título exemplificativo aos mais comuns.
O direito e tomado no sentido genérico, sem atender o seu alcance. Todos os dias deparamos
– nos com a expressão “Direito” ao vermos televisão, ouve-se rádio e lemos jornais.
Ouvimos também falar de uma lei que por exemplo altera a tabela dos impostos que
pagamos; uma sentença do tribunal que condena alguém pela prática de um crime. Mesmo
um leigo iletrado consegue orientar-se na percepção do fenómeno jurídico. Recorda-se antes
de mais os seus direitos, o que lhe é devido e o que deve aos outros, menciona juízes,
advogados, escrivães, pensa em tribunais e prisões, mais nada disso vem a despropósito, o
direito anda associado à ideia comum de um conjunto de normas que preside a nossa vida em
sociedade.
O direito é uma ordem normativa composta por normas jurídicas gerais e abstractas,
obrigatórias assistidas de protecção coactiva, que regulam a vida do homem nas suas relações
sociais.
Normas jurídicas
As normas jurídicas são criadas pelo poder político instituído do estado através dos seus
órgãos legislativos. No caso de Moçambique pela Assembleia da República Por excelência.
As normas jurídicas aplicam-se todos os membros de uma sociedade política organizada, isto
é, são de âmbito nacional do estado que as produzem.
No caso de violação destas normas o estado que as criou, também criou instituições para
reprimir a violação destas normas que são de meios coercivos do estado.
Como já sabemos a ordem jurídica exprime se através de normas que desempenham um papel
inicial como instrumento ordenador do direito.
Essas normas como se compreende possuem determinadas características necessárias a
ordenação da vida social.
• Imperatividade;
• Generalidade e abstracção;
• Coercibilidade;
• Imperatividade.
Na sua forma fundamental a norma jurídica contem um comando porque impõe ou ordena
certo comportamento no entanto para muitos autores certas normas não ordenam nem
proíbem uma conduta designadamente as regras permissivas deste modo nem toda regra
jurídica é um imperativo porém outros autores entendem que este imperativo existe sempre
mais ou menos expresso ou encoberto na norma.
Generalidade e Abstracção
A primeira destas características significa que a norma se refere a toda uma categoria mais ou
menos ampla de pessoas e não a destinatários singulares determinados.
Uma norma pode ter como destinatário apenas uma determinada pessoa a ser geral. Assim
acontece por exemplo: com as regras constitucionais que definem as competências dos
deveres e do presidente da república que se destinam a uma categoria de pessoas e não uma
pessoa em concreto.
Ex: uma lei que ordena os proprietários de certa região o arranque de determinadas espécies
de abóbora.
Coercibilidade
A estrutura duma norma são as partes que compõem uma norma jurídica embora haja
contradições em diferentes autores têm – se em consideração apenas três elementos da norma
jurídica que são : previsão, estatuição e a sanção
Está estrutura de dois elementos nem sempre se apresenta da mesma forma. A previsão ou
hipótese é qualquer caso ou situação da vida real descrito hipoteticamente.
Estatuição ou Tese é a consciência ou a situação em que vai se encontrar a pessoa que se vai
confrontar com a previsão, ou seja, a estatuição será a consequência da situação prevista na
hipótese.
Ex: Aqueles que perfizerem vinte e um anos de idade adquirirem plena capacidade de
exercício de direito, ficando habilitado a reger a sua pessoa e a dispor dos seus bens. (código
civil artigo 130)
Com a classificação das normas jurídicas pretende agrupar as normas jurídicas em família
que tenham algum elemento de ligação olhando as suas semelhanças com bases em regras e
princípios. Apenas vamos trazer a classificação mais importante:
Normas Internas – são as normas que existem e vigoram no território dum determinado
estado. De acordo com a estrutura desse estado que pode ser unitário e federal as normas
internas desdobram – se em :
Normas Gerais – são aquelas que são validas em todo território, são normas de âmbito
nacional.
Normas Regionais – têm eficácia na parte considerável no país, por exemplo, as normas dos
estados federados (Brasil) e das regiões autónomas (Portugal).
Normas externas – estas normas vigoram em princípio em todos mundos aplicam-se para
além das fronteiras de cada estado, são normas supram nacionais.
Ex: normas produzidas pelos Estados Unidos, pela União Africana, pela União Europeia.
Existem normas extremas que não se aplicam em todo mundo, são normas que resultam dos
acordos entre dois estados ou mais, estás normas só podem ser obrigatórias e só pedem ser
aplicadas dentro dos estados signatários desses acordos.
Ex: os países signatários são aqueles que assinam o acordo, as comunidades, união europeia,
união africana.
O Estado e o Direito
Quais são elementos que compõem este estado: Território que se compõem em linhas
fronteiriças, geográficas,
Importante: este estado não existe só por existir tem as suas aspirações do povo que
pertencem a esse estado.
Estado
O estado não existiu sempre, pois ele e posterior a e existência do homem, surgiu com o
desenvolvimento das sociedades primitivas na altura em que houve a divisão entre ricos e
pobres, o estado nessa altura surgiu para organizar melhor a própria sociedade, administrar
assuntos de interesse comum para o bem do seu povo, surgiu com o imperativo para orientar
a própria sociedade usando o direito como instrumento de comunicação com o seu povo por
isso o direito objectivo ou direito escrito surgiu com o aparecimento do estado.
1° Estado como sendo uma colectividade humana que vive no seu território sob direcção de
um poder político estrangeiro:
2° Estado como colectividade humana que vive no seu território com um poder político
próprio e com uma determinação política.
3° Estado como pessoa colectiva que actua no seu território e personifica-se como governo,
estado com conselho de ministros, órgão Máximo da administração publica do estado.
4° Estado como um sistema de órgãos e instituições que exercem o próprio poder político por
ele administrado, querendo referir-se a todos os órgãos que participam no exercício do poder
do estado.
Para o nosso estudo interessa no conceito de estado como conjunto de pessoas que vivem no
território que nos pertence e que por poder próprio criam instituições que elaboram e executa
mais leis.
Elementos do estado
Povo
E o conjunto humano do estado que e constituído por pessoas com a mesma nacionalidade,
vivendo fora ou dentro do seu estado.
Território
É o espaço geográfico situado dento das fronteiras de um estado onde se exerce o poder
político e vigoram as suas leis. Portanto, o território pode ser terrestre, aéreo etc.
Poder Político
É a faculdade que um povo tem de por autoridade própria criar órgãos e instituições que vão
administrar o seu território criando e impondo leis, meios de coacção para impor ao
cumprimento.
Estado soberano é o estado que tem a sua própria constituição escrita pelo povo
moçambicano.
Soberania
Soberania é o poder político supremo e independente, isto é a liberdade que um povo tem de
escolher o sistema político, económico que lhe convém, criar instituições e órgãos para gerir
assuntos do seu interesse, produzindo e aplicando normas.
Características da Soberania
A soberania é uno indivisível porque exprime a vontade dos cidadãos, ela também é
inalienável o que quer dizer a soberania não se vende, não se empresta e nem se negocia.