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Direito

Conceito de Direito:

É uma ciência inconclusa que tem como objetivo normatizar as relações humanas.

Na antiguidade, o comportamento humano é que estabelecia sua forma de vida,


independente se atendia de forma individual ou coletiva, referindo-se às necessidades de
forma genérica. Com a evolução humana, ocorreu uma distinção entre o individual e o coletivo
naquilo que fosse comum e cotidiano. Há então uma separação desse comportamento em
moral, enquanto procedimento e direito, enquanto ciência. Assim temos como principais
diferenças entre a moral e direito, apesar de terem o mesmo epicentro – ser humano, o
seguinte:

=>Quanto ao ato, o direito é bilateral a moral é unilateral;

=>O direito visa o ato praticado, partindo da intenção, e a moral visa a intenção partindo da
exteriorização do ato;

=>Quanto à forma, o direito quase sempre é heterônomo, e a moral nunca é heterônoma;

=>O direito é coercível, e a moral é incoercível;

=>O direito é sempre pré-determinado e certo, e a moral não apresenta predeterminação


tipológica;

=>Quanto ao objetivo e o conteúdo, o direito visa o bem social e os valores de convivência, já a


moral visa o bem individual e os valores das pessoas.

Ramos do Direito:

A classificação do Direito em ramos estabelece a forma de atuação do Estado. Assim


classifica-se em dois ramos: público e privado. O Direito Público é um direito coletivo quando o
Estado age de forma imediata, não há a necessidade que seja provocado. São suas disciplinas:
Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Penal, Direito Judiciário, Direito
Previdenciário, Direito Financeiro e Tributário, Direito Eleitoral e Direito Ambiental.

O outro ramo é o Direito Privado, direito dos particulares. O Estado age somente se
provocado, de forma imediata, como mediador. São suas disciplinas o Direito Civil e o Direito
Comercial.

Observação: Para alguns juristas, o Direito do Trabalho pertence ao ramo privado, por
entenderem que o Direito do Trabalho se manifesta através do contrato entre empregado e
empregador, e como se sabe, os contratos são de ordem privada. Outros, entretanto, afirmam
ser o Direito do Trabalho do ramo público, pois é o Estado que determina o salário mínimo,
época de pagamento de salários e 13º salário, dentre outros e ainda, o Direito do Trabalho
está submetido à fiscalização pública. Por estes fatos, podemos concluir que o Direito do
Trabalho, na verdade, reúne características dos dois ramos, tanto público quanto privado,
constituindo assim uma dicotomia jurídica.
Fontes do Direito:

As Fontes do Direito são manifestações de origem desta Ciência. Manifesta-se de


forma substancial, material ou de produção através do Estado, pois o Direito emana do Estado.
A outra manifestação como fonte é de cognição, conhecimento ou formal, que na sua fase
primária ou mediata divulga-se pela Lei e pelo Costume. A Lei é a expressão da vontade geral
de caráter imperativo emanada de autoridade provida de força obrigatória e transmitida
através da publicação. Na sua fase secundária ou mediata manifesta-se através da doutrina e
da jurisprudência. A Doutrina é uma interpretação da norma jurídica feita pelos juristas,
doutores, professores e pessoas de notório saber que nos dão uma melhor interpretação da
letra da Lei. A Jurisprudência ocorre nos tribunais, através de acórdãos que são decisões de
juízes dando um melhor entendimento à letra da Lei que são acompanhadas por outros juízes
dos Tribunais.

Cognição – primária(imediata) – lei/costume


- secundária(mediata) – doutrina/jurisprudência

Integração das normas Jurídicas

O juiz, ao prolatar a sua sentença, deverá observar além da Lei, do costume, da


doutrina, da jurisprudência e das provas, a integração das normas jurídicas. Para os casos que
não estão previstos na Lei, mas que há necessidade do amparo jurídico deverá fazer uso da
analogia, que consiste na utilização de um caso semelhante já julgado e aplicá-lo ao caso em
questão; equidade, que é quando o juiz decidirá pela questão procurando prevalecer o bem
social, privilegiando uma das partes, como por exemplo, nas questões penais, se tiver dúvida,
o juiz deve absolver o réu, para não ocorrer o risco de condenar um inocente (“in dubio pro
reu” em caso de duvida pró-réu), e assim também nas questões trabalhistas, em se havendo
dúvida, decida-se a favor do empregado, que é a parte mais fraca economicamente na relação
de emprego (“in dubio pro misero”).

País: Estado / Estado: Unidade da Federação(UF)


Unidades federativas podem estar em territórios não contíguos, porém pertencerem ao
mesmo Estado (Ilhas Malvinas-Inglaterra, Havaí e Alasca-EUA). Nestes exemplos, inclusive, há
idiomas diferentes.

Estado

Estado é uma nação politicamente organizada contendo elementos humano e


territorial e uma forma de Estado e com seus poderes constituídos.

Forma de Estado

Federativo e unitário. Será federativo quando o Estado for composto, em sua origem,
por dois ou mais Estados, como por exemplo os Estados Unidos da América do Norte, e
unitário composto por apenas um Estado, como por exemplo o Chile.

Forma de governo

É a forma de representação do governo. Pode ser Monarquia ou República. Na


monarquia, um monarca detém o poder absoluto, e a forma de cessão é hereditária. Já na
república, há uma representação e a forma de cessão é o sufrágio universal.
Sistema de governo

É o sistema de administração do Estado. Pode ser parlamentarismo ou presidencial. O


parlamentarismo é admitido tanto na Monarquia quanto na República, e o cidadão escolhe os
parlamentares que entre si irão escolher o primeiro ministro (chanceler ou premiê). Já o
presidencialismo só ocorre na República, cujo presidente é eleito pelo povo.

Na monarquia parlamentar o monarca é o chefe de Estado, assim como na República


parlamentar o chefe de Estado é o presidente da República. Nas duas situações o primeiro
ministro é chefe de governo.

No sistema presidencialista o presidente da República é simultaneamente chefe de


Estado e chefe de governo.

Regime político

É a forma de relacionamento entre o governo e a população estabelecendo o grau de


participação do povo na decisão de interesses comuns.
Democracia: do povo, pelo povo, para o povo;
Aristocracia: há uma elite usando o Estado para defender seus interesses;
Ditadura: um só no poder

Município é a menor célula do Estado membro que tem instalado em seus limites o
Poder Legislativo (vereadores - Câmara de Vereadores) e o Poder Executivo (Prefeito -
Prefeitura), divididos administrativamente e, se for o caso, em distritos municipais.

Comarca é uma localidade classificada como município que tem instalado o Poder
Judiciário. O prédio onde se realiza as funções deste poder é denominado Fórum e a sua área
de jurisdição, que poderá incluir outros municípios, denomina-se Foro. É representada e
presidida por um Juiz de Direito.

Limite – municípios

Divisa – estados membros (unidades federais)

Fronteira – Estados

Desaforar > tirar de um foro e levar à outro

Formação da lei

Tecnicamente, a lei para ser formada deverá obedecer três fases.

A primeira, denominada iniciativa, consiste na elaboração do anteprojeto que deverá


expor os motivos pelo qual se torna necessária a criação da lei. Esta iniciativa poderá ser de
órgãos de representação de classe como conselhos profissionais, sindicatos, o Poder
Legislativo, o Poder Executivo ou qualquer órgão que tenha essa legitimidade. Poderá haver,
também, a iniciativa popular, e o anteprojeto deverá conter, neste caso, a assinatura de 1%
dos eleitores (para lei federal) distribuídos em cinco estados membros, no mínimo.
Satisfeitos esses requisitos, o anteprojeto é encaminhado para o poder legislativo
iniciando-se a segunda fase, denominada aprovação. O anteprojeto é encaminhado,
primeiramente, para verificação se o pedido não constitui ato inconstitucional, se por acaso já
não existe norma sobre a matéria, se não configura conflito de interesses, e qual é o âmbito de
sua aplicação. Superada esta etapa, o anteprojeto é encaminhado à comissão específica para
que seja elaborado um projeto, daí será enviado ao plenário da casa legislativa e apreciado por
todos seus componentes. Se rejeitado, é arquivado, e se aprovado torna-se projeto de lei e irá
receber um número do legislativo.

Inicia-se a terceira fase, a de execução, sendo então o projeto de lei encaminhado ao


poder executivo. Após o seu recebimento, o poder executivo terá quinze dias para manifestar-
se sobre o projeto. Sendo acolhido este prazo, ocorrerá a sanção que é a aquiescência
(consentimento, aprovação) do chefe do Poder Executivo tornando o projeto de lei em lei. Esta
sanção pode ser expressa ou tácita. Quando expressa, o chefe do Poder Executivo manifesta-
se por escrito pela sanção e imediatamente promulga e determina a sua publicação. A sanção
será tácita se no prazo de quinze dias do recebimento do projeto de lei do chefe do poder
executivo não se manifestar a favor ou contra seguindo-se então para o Poder Legislativo a pôr
lhe o número de lei retornando para a promulgação e publicação.

Caso o chefe do Poder Executivo não concorde com o projeto de lei no todo ou em
parte deverá manifestar-se pelo veto de forma fundamentada por escrito, encaminhando-o à
casa legislativa. Neste poder o veto será apreciado em plenário e se acolhido o veto, sendo
total, arquiva-se o projeto. Se parcial, é excluído do projeto o apõe-se o número de lei, sendo
encaminhado novamente ao Poder Executivo para que sancione, promulgue e determine a sua
publicação. Entretanto, se o veto não for acolhido pelo poder legislativo, o projeto de lei
retorna para o chefe do Poder Executivo que deverá sancioná-lo, promulga-lo e determinar a
publicação.

Vigência

Ocorre a partir da publicação da lei, ou seja, ela é obrigatória a partir da data de sua
publicação. A sua aplicabilidade é que deverá estar expressa no texto da lei, se a aplicabilidade
é imediata ou deverá obedecer a um período de vacância; este termo significa o interregno (o
tempo entre a publicação e a aplicação da lei). A lei obedece ao princípio da irretroatividade,
ou seja, só normatiza fatos ocorridos da sua publicação em diante, exceto a lei penal que
poderá retroagir caso seja mais benéfica ao réu.

A lei pode ser revogada, ou seja, não mais existir. Esta revogação pode ser expressa ou
tácita. A primeira situação ocorre quando na nova lei consta, expressamente, a revogação de
lei anterior ou disposições em contrário. No segundo caso, ocorre pelo desuso da lei.

Estrutura da Lei (Formatação)

-Número e data da publicação da lei


-Referência à matéria que disciplina
-Artigo-art.
1º ao 9º ordinal
10+ cardinal
-Parágrafo - §/§§
1º ao 9º ordinal
10+ cardinal
-Inciso
I, II, III, IV... (algarismos romanos)
1º ao 9º ordinal
10+ cardinal
-Item
1,2,3,4... (algarismos arábicos)
-Alínea
a,b,c,d...

Crime ou delito Contravenção


> Culposo
-Negligência
-Imperícia
-Imprudência
> Doloso
-Intenção
-Assumindo o risco

Crime ou delito Contravenção


Homicídio Bingo
Roubo Jogo do bicho
Estupro

Infrator
Sujeito Ativo
Vítima
Sujeito Passivo
Julgamento
Condenação
Cumprimento da apenação
-Formas
Reabilitação
Extinção da Punibilidade
Excludente do crime

Estrutura da Lei (Formatação)

Direito Penal

É uma disciplina do Direito Público que dá ao Estado o poder de punir a quem pratica uma
infração penal.

Infração: é todo o ato identificado como tal no Código Penal e Legislação extravagante.

Fatores excludentes do crime

1- Legítima defesa (própria ou de terceiros);


2- Extinto de preservação da própria vida;
3- Estrito cumprimento do dever;
4- Necessidade premente;
5- Furtos para uso.
Direito Civil

É uma disciplina jurídica que regula os direitos e obrigações de ordem privada


concernentes às pessoas, aos bens e às suas relações.

Observação: O Direito supõe, sempre, a existência de um objeto de direito e um sujeito de


direito.

Objeto de Direito: são as propriedades, os bens e as atividades humanas, as coisas.

Sujeito de Direito: é quem pratica ou sofre alguma ação no mundo jurídico. Sujeito de Direito
classifica-se em pessoa natural e pessoa jurídica.

Pessoa Natural: ser humano que adquire sua personalidade civil com o nascimento, mas que
deverá ser procedido o registro de seu nascimento, no Cartório de Registro Civil de Pessoas
Naturais para que ele exerça seus direitos.

Pessoas Jurídicas: é o meio pelo qual o Direito propicia ao ser humano o exercício de suas
atividades de forma legal. São classificadas em Pessoas Jurídicas Sem Fim Lucrativo que
adquirem a sua personalidade jurídica com o arquivamento de seus atos constitutivos no
Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas. A outra classe é com Fim Lucrativo constituída
pelo Empresário Individual ou Sociedade Empresária que adquirem sua personalidade jurídica
arquivando seus atos constitutivos no Registro Público de Empresas Mercantis – Junta
Comercial.

A Pessoa Jurídica que não arquiva seus atos constitutivos no órgão próprio é chamada
de Pessoa Jurídica de Fato e não tem, com isto, os benefícios da Lei e, se for o caso poderá ser
identificada como crime falimentar. Ao contrário, é chamada Pessoa Jurídica de Direito
podendo exercer e usufruir dos benefícios legais.

Domicilio é onde eu exerço as minhas atividades.

Nasceu com vida, deverá buscar o cartório e dar a notícia do nascimento.

Capacidade civil é a aptidão que tem a pessoa natural para exercer os atos da vida civil
para si e para terceiros.

Condições para adquirir a capacidade civil:


-18 anos completos
-Sanidade física e mental
-Emancipação

Incapacidade relativa

-Entre 16 anos completos e 18 incompletos


Incapacidade mental
Atos anuláveis
Só pode praticar atos na presença do assistente
Ébrio ≠ sóbrio
Perdulário e pródigo => ambos gastam mais dinheiro do que têm, mas
o perdulário por necessidade, enquanto o pródigo em exagero.

Incapacidade absoluta
-Menor de 16 anos
-Enfermidade ou deficiência mental sem discernimento
Representados por representante (em geral, pais) ato nulo de pleno direito

Qualificação Civil

É o meio pelo qual a pessoa natural é identificada civilmente e também individualizada


composta de nome, nacionalidade, estado civil, capacidade, profissão ou ocupação, endereço
completo, carteira de identidade indicando o órgão emissor por extenso e CPF, se houver.

- Endereço: nome do logradouro, número, complemento, se houver, bairro, código


postal, nome do município e da UF.

Residente NA rua
Sem nº da casa
Sem portador da identidade
DIPC=Polícia civil

Ausência

Ocorre a ausência quando uma pessoa natural desaparecer de seu domicílio e não
houver deixado representante ou procurador encontrando-se em lugar incerto e não sabido e
assim reconhecido por sentença judicial.

Sociedade empresarial

É a união de duas ou mais pessoas que comprometessem a contribuir com bens ou


serviços no exercício de uma atividade econômica, tendo como objetivo o lucro de forma lícita.
O Direito brasileiro admite cinco tipos de sociedades empresárias personificadas e um
tipo não personificado. Apesar dessa diversidade de tipos as sociedades empresárias têm
características que lhe são comuns, a saber:

A) É constituída por duas ou mais pessoas (exceto a subsidiária integral artigo 251 da lei
6404/76) através de um contrato social ou um estatuto social que, devidamente
arquivado na junta comercial dá a sociedade empresária a sua personalidade jurídica
e protege o seu nome empresarial;
B) Tem personalidade diferente da de seus sócios;
C) O patrimônio é da sociedade, não dos sócios;
D) Tem direitos, deveres e obrigações próprias;
E) Quem pratica os atos mercantis e comerciais é a sociedade, não os sócios;
F) Quem representa a sociedade empresária é aquele que o contrato social ou o estatuto
determinar;
G) Classificasse, economicamente, em sociedades de pessoas e sociedades de capital.
Será de pessoas quando o interesse principal for os atributos pessoais dos sócios,
como capacidade civil, confiança mútua e conhecimento técnico, e será de capital
quando o interesse precípuo for o investimento pecuniário;
H) O que mais diferencia as sociedades empresárias umas das outras é a responsabilidade
assumida pelos sócios, que poderá ser ilimitada ou limitada. A responsabilidade será
ilimitada quando os bens particulares dos sócios responderem pelas obrigações não
cumpridas pelas sociedades e será limitada quando os sócios responderem até o limite
do capital social e seus bens não forem chamados às obrigações sociais;
I) Tem como nome empresarial uma firma social ou razão social (a mesma coisa) ou uma
denominação social.

Nome Empresarial

É o meio pelo qual as sociedades empresárias são conhecidas e agem juridicamente.


Deve ser inédito no sentido de até então inexistente, pois é proibido o uso de núcleo do nome
empresarial igual ou parecido. É protegido pela junta comercial quando do arquivamento dos
atos constitutivos. Classifica-se em duas espécies, firma social e razão social ou uma
denominação social. É a lei que determina quando usar uma ou outra espécie, sabendo-se que
a sociedade em nome coletivo e a sociedade em comandita simples utilizam firma social ou
razão social. A sociedade anônima usa, obrigatoriamente, denominação social e a sociedade
limitada e a sociedade em comandita por ações utiliza uma ou outra espécie de nome
empresarial.

Razão Social - É composta pelo nome dos sócios, de todos eles ou de algum deles, sendo que
se houve a omissão de qualquer nome por iniciativa própria ou porque a lei determina deverá
ser acrescida a expressão “E Companhia”, por extenso ou abreviadamente ou uma outra
expressão equivalente, qual seja “E Filho”, “E Sobrinho”, “E Irmão”, “E Amigo” ou “E
Associado”, no singular ou plural, feminino ou masculino. Além de nome empresarial, a firma
social ou razão social é a assinatura coletiva da sociedade, devendo ser essa lançada nos
documentos oficiais, como cheques, duplicatas, contratos, convênios, etc.

Exemplo
Sociedade composta por José dos Santos, Maria Souza Oliveira e Paulo Couto.
A razão social deve ser os nomes completos dos sujeitos, os sobrenomes ou o sobrenome de
um dos sócios junto de “E Cia.”.

Denominação Social – Nesta espécie de nome empresarial devemos indicar o quanto que
possível a atividade da sociedade e o ramo da atividade. Não é obrigatório o uso de nome
próprio, mas se isto ocorrer trata-se de uma homenagem ao sócio fundador, à alguem que
contribuiu para o sucesso do empreendimento ou então é uma homenagem geográfica,
religiosa ou histórica.

Exemplos
Construtora Mendes Júnior S.A.
Drogaria Araújo S.A.
Banco do Brasil S.A.
Bar e Restaurante Nossa Senhora de Fátima Ltda.
Transportes Dom Pedro II Ltda.
Cia. Vale do Rio Doce

Título de Estabelecimento

É um apelido, um cognome que se dá à sociedade empresária. Tem como objetivo


aproximar o produto - seja ele um serviço ou um bem - da clientela.
Exemplo
Nome Empresarial: Santos e Cia Ltda.
Título do Estabelecimento: Rei do Pão de Queijo
Sociedade em Nome Coletivo

Artigo 1039 e seguintes do código civil.


Nome empresarial: Razão Social
Responsabilidade dos sócios: ilimitada
Só poderá ser administrado por sócios pessoas naturais pois além da responsabilidade
ilimitada eles têm responsabilidade subsidiária e solidária, devendo por este motivo, serem
capazes civilmente. Os administradores devem prestar contas, mensalmente, dos negócios
societários aos demais sócios.

Sociedade em Comandita Simples


Artigo 1045 e seguintes do código civil.
Nome empresarial: Razão Social*
*Duas categorias de sócios:
A) Sócio Comanditado – Tem responsabilidade ilimitada, subsidiária e
solidária. Além de contribuir para a formação do capital social somente
esta categoria de sócio poderá administrar a sociedade e somente os
sócios comanditados que emprestarão seus nomes para a composição
do nome empresarial.
B) Sócio Comanditário – Tem responsabilidade limitada, contribui para
a formação do capital social, mas não podem administrar nem ter o
nome na formação do nome empresarial
Sociedade Limitada
Artigo 1052 e seguintes do código civil.
Nome empresarial: Razão social ou denominação social, acrescida de expressão
“Limitada” por extenso ou abreviadamente.
Responsabilidade dos sócios: Limitada do Capital Social.

Atividades de Economistas

Aprovação de contas da administração, designação e destituição de administradores,


modificação de contrato social, pedido de recuperação extrajudicial.

Sociedade em conta de Participação

Artigo 991 ao 996 do código civil.


Nome Empresarial: não tem
Capital próprio: não tem (investimento)
Contrato Social*: Não é arquivado na junta comercial
É uma sociedade não personificada, pois não tem seus atos constitutivos arquivados na
junta comercial. Sendo assim, não possui nome empresarial e não constitui capital próprio.
Opera-se por meio de um contrato social de investimento que se formaliza, tecnicamente se
assinado também por duas testemunhas. Não é necessário, mas se as partes assim quiserem,
este contrato pode ser registrado no cartório de títulos e documentos. Admite duas categorias
de sócio, uma chamada ostensivo, que é aquele que aparece, pois deverá ser um empresário
individual ou uma sociedade empresária sendo que é em seu nome empresarial que serão
realizados os negócios mercantis. A outra categoria é o sócio oculto, que é o sócio investidor.
O nome “Conta de Participação” justifica-se pelo fato da operação individualizada ser
controlada nos moldes de uma conta corrente pelo sócio ostensivo de cujo resultado participa
o sócio oculto. Para que haja participação de mais de um sócio oculto, deverá ter o
consentimento expresso dos demais participantes. A responsabilidade perante terceiros é
restrita ao sócio ostensivo.

Duas categorias de sócios:

a)Sócio ostensivo >> Deve ser empresário individual ou sociedade empresária pois é em seu
nome empresarial que são realizados os negócios mercantis.

b)Sócio oculto

Exemplo: Apart Hotel


Investidores escolhem apartamentos e colocam dinheiro para posteriormente receber
dividendos se e quando os apartamentos forem ocupados. Enquanto isso, o dinheiro investido
é usado para aprimorar o hotel, melhorando a qualidade do mesmo sem interferir no valor da
diária.

Contrato Social

É um instrumento firmado entre duas ou mais pessoas que irá normatizar a vida da
Sociedade Empresária, além da legislação específica. Admite qualquer cláusula, desde que
lícita e juridicamente possível. É este documento que, devidamente arquivado no Registro
Público de Empresas Mercantis - Junta Comercial - dá à Sociedade Empresária a sua
personalidade jurídica. Deverá conter, basicamente, o seguinte:
1) O nome do documento “contrato social”;
2) Qualificar civilmente os sócios;
3) Ao final deste preâmbulo indicar o tipo de sociedade empresária que se constitui;
4) A partir deste ponto os assuntos são identificados por meio de cláusulas e suas
divisões técnicas, a saber:
a) Indicar o nome empresarial e o endereço completo;
b) Informar clara e precisamente o objeto social;
c) Informar o capital social que deverá ser subscrito por no mínimo duas pessoas,
especificando o valor por algarismo e por extenso, em moeda nacional e a
forma de sua integralização;
d) Informar a responsabilidade dos sócios;
e) Indicar quem representa a sociedade empresária e as suas funções perante a
sociedade;
f) Prever a forma de cessão de quotas e o exercício de preferência;
g) Indicar a forma de indenização das quotas dos sócios que se retirem;
h) Prever a forma de admissão de novos sócios;
i) Indicar que a sociedade não irá se extinguir nos casos de retirada, proibição ou
impedimento, interdição ou morte de qualquer um dos sócios;
j) Declarar que nenhum dos sócios encontra-se impedido ou proibido para o
exercício mercantil;
k) Indicar a data de início das atividades e o prazo de duração da sociedade;
l) Indicar a época de realização do balanço geral (balanço patrimonial) e a forma
de distribuição dos resultados;
m) Eleger o foro.
5) Não na forma de cláusula, ratificar os termos do contrato social;
6) Local e data do contrato social;
7) Colher a assinatura dos sócios identificando-os pelo nome;
8) Identificar a forma de assinatura da sociedade;
9) Colher a assinatura do advogado que deverá ser identificado pelo seu nome e o
número de inscrição na OAB.
Sociedade em Comandita por Ações

Artigo 280 ao 284 da lei 6404/76


Nome empresarial: razão social ou denominação social
É uma das duas sociedades de capital admitidas no Direito brasileiro. Está prevista no
artigo 280 ao 284 da lei 6204/76. Tem como nome empresarial uma razão social ou
denominação social, devendo-se acrescer a expressão “Comandita por ações”, por extenso ou
abreviadamente. Tem duas categorias de sócios, os com responsabilidade ilimitada, solidária e
subsidiária e a outra categoria com responsabilidade limitada. Somente os que compõe
a .;primeira categoria terão seus nomes na razão social e também só estes poderão gerenciar a
sociedade. Os gerentes ou administradores acionistas poderão ser nomeados nesta função no
próprio estatuto social e só serão destituídos do cargo de direção por acionistas que
representam, no mínimo, dois terços do capital social.

Sociedade Anônima

Lei 6404/76
Nome empresarial: Denominação social
Cia. Vale do Rio Doce, Banco do Brasil S.A.
Tem como nome empresarial uma denominação social figurando em seu nome a
expressão “Sociedade Anônima” ou “Companhia” grafadas por extenso ou abreviadamente. A
primeira poderá ser anteposta ou posposta ao núcleo, e a segunda, significando sociedade
anônima, só se utiliza de forma anteposta ao núcleo do nome. Qualquer que seja seu objeto
social, ela é sempre empresarial e poderá exercer outras atividades desde que lícita e
juridicamente possível, com o objetivo de levar lucros aos seus sócios, aos seus acionistas. A
companhia será considerada aberta se os seus valores mobiliários (ações) estiverem admitidos
a negociação no mercado de capitais, e caso as ações estejam na propriedade de determinado
grupo, e não negociadas no mercado de valores mobiliários, a companhia será fechada.
A responsabilidade dos acionistas é limitada ao preço da ação subscrita ou adquirida.
O capital social poderá ser integralizado em dinheiro ou qualquer outro bem suscetível
em avaliação em dinheiro, mas pelo menos 10% das ações adquiridas deverão ser
integralizadas em dinheiro.

Categoria de ações
a) Quanto ao direito
I – Ordinária
II – Preferencial
III – De gozo ou Fruição
b) Quanto a Circulação
I – Nominativa
II – Nominativa endossável
c) Quanto a Omissão
I – Cautela ou Certificado
II – Escritural (virtual)

Assembleia Geral
É a reunião dos acionistas de uma companhia. Detém poder de decisão, pois as
matérias ali deliberadas, desde que lícitas e juridicamente possíveis, tornam-se obrigatória a
todos presentes ou ausentes. Classificam-se em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) e
Assembleia Geral Ordinária (AGO). É a lei que determina realizar uma ou outra, sendo que até
o quarto mês após o encerramento do exercício social deverá ser realizada uma AGO de
prestação de contas do exercício findo. A convocação das Assembleias Gerais serão feitas
mediante anúncio publicado em um jornal de grande circulação da sede da Sociedade e sendo
a Companhia Fechada, o anúncio deve ser publicado por três vezes, no mínimo, oito dias antes
da realização da Assembleia, sendo a Companhia Aberta, com quinze dias de antecedência. Os
anúncios deverão conter o local e hora da realização da Assembleia e mesmo que
suscintamente, a ordem do dia. A ata deverá ser publicada e arquivada na Junta Comercial
com um exemplar do jornal que a publicou.

Administração da Sociedade Anônima


A companhia poderá ser administrada por uma Diretoria ou por um Conselho de
Administração e uma Diretoria. No primeiro caso, a Diretoria é escolhida pela Assembleia
Geral, e por ela também destituída a qualquer tempo, se necessário. É composta por dois
membros, no mínimo, e o máximo estatuto é que deverá definir. Pelo menos um dos diretores
deverá ser acionista. Quando a administração for feita por um Conselho de Administração e
uma Diretoria, o Conselho será composto de no mínimo três membros, todos acionistas,
escolhidos em Assembleia Geral, e é este Conselho de Administração que irá eleger a Diretoria,
composta por no mínimo dois diretores, sendo que um deles deverá ser também membro do
Conselho de Administração. Em qualquer uma destas situações, o prazo de gestão é de três
anos, podendo seus membros serem reconduzidos indefinidamente.

Extinção da Sociedade Empresarial


A extinção das sociedades empresárias passa por um processo de três fases:

I) Dissolução – é a identificação de qual motivo que levou a sociedade à extinção, podendo ser:

a) De pleno Direito, que ocorre quando os sócios deliberam em Assembleia Geral ou


reunião de Diretoria pela extinção da sociedade;
a.1) quando o contrato social há termo, por prazo determinado, não der
continuidade às atividades após este prazo;
a.2) quando constituída por apenas dois sócios e um vier a falecer, sendo a
sociedade empresária limitada, não se reconstituir o quadro social em no
mínimo dois em até seis meses da data do óbito, ou, se for S.A., não se
reconstituir o quadro social em no mínimo dois contado da data em que se
constatou a morte de um sócio que deverá ser informada na primeira AGO de
prestação de contas tendo o prazo de um ano, para que seja reconstituída no
mínimo em dois.

b) Judicial, por sentença em ação proposta por algum sócio que comprovou não estar a
sociedade exercendo o seu objeto social. Da mesma forma, em ação proposta por
terceiros ou pelo Ministério Público quando a sociedade estiver exercendo atividade
ilícita; e nos casos de falência, se a sentença final foi pela extinção da sociedade
empresária.

II) Liquidação – Tem por objetivo apurar direitos e deveres da sociedade em extinção e cumprí-
los. Este ato está a cargo de um liquidante, escolhido pelos sócios ou determinado por um juíz,
que tem também a obrigação de requerer e exibir as certidões negativas de débito.

III) Arquivamento dos atos extintivos – é levar à guarda da Junta Comercial os documentos
constantes da extinção da sociedade empresária, como por exemplo o distrato social, as
sentenças declaratórias de extinção da sociedade, atas que deliberaram pela extinção da
sociedade, as CND (Certidões Negativas de Débito) e qualquer outro documento que fizer
parte desta extinção.

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