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Administrativo
Para concursos
Pedro Garcia
JUSCURSOS PREPARATÓRIO
Juscursos Pedro Garcia
INDICE
1. Introdução:
1.1 Conceito de Direito Administrativo;
1.2 Ramos do direito;
1.3 Fontes do Direito Administrativo;
1.4 Regime Jurídico Administrativo;
1.5 Tripartição dos Poderes.
2. Noções de Estado:
2.1 Elementos do Estado;
2.2 Forma de Estado;
2.3 Forma de Governo;
2.4 Sistema de Governo;
2.5 Regime de Governo.
3. Princípios da Administração Pública;
3.1 Conceito;
3.2 Princípios Constitucionais expressos;
3.3 Princípios Implícitos.
4. Organização da Administração Pública:
4.1 Conceito;
4.2 Administração Direta;
4.3 Administração Indireta;
4.4.1 Autarquia;
4.4.2 Fundações Públicas;
4.4.3 Empresas Estatais;
4.4 Órgãos Públicos;
4.5 Formas de prestação do serviço público.
4.5.1 Centralização;
4.5.2 Descentralização;
4.5.3 Concentração;
4.5.4 Desconcentração.
5. Atos Administrativos:
5.1 Conceito;
5.2 Classificações;
5.3 Elementos;
5.4 Atributos;
5.5 Formas de extinção.
6. Poderes da Administração:
6.1 Tipos de poderes;
6.2 Modalidades de abuso de poder.
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7. Agentes Públicos:
7.1 Conceito;
7.2 Tipos de Agentes Públicos;
7.3 Cargo em Comissão x Função de Confiança;
7.4 Acumulação Remunerada de cargos públicos.
8. Controle da Administração:
8.1 Conceito;
8.2 Classificações;
8.3 Espécies de controle.
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1. INTRODUÇÃO AO DIREITO
ADMINISTRATIVO:
1.1 Conceito:
O Direito Administrativo é o conjunto de normas e regras que disciplinam as
relações da Administração Pública. Como ela se organiza, como ela se relaciona
com os particulares e seus servidores.
A treta do Direito Administrativo é que ele está espalhado, por exemplo, para
começar a estudar constitucional, você precisa ler a Constituição. Já em relação ao
Direito Administrativo, não existe nenhum código administrativo, justamente, porque
ele está espalhado. Dessa forma, podemos pegar o direito administrativo dentro
de Constitucional (mais precisamente no artigo 37), há uma diversidade de leis,
por exemplo, lei de Improbidade, Estatuto dos Servidores Públicos, Licitações..., há
também muita doutrina e muita Jurisprudência, e cabe a nós estudar cada um
desses elementos e responder na prova dependendo do que a banca pedir.
Particular Particular
Relação Horizontal
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Estado
Relação Vertical
Particular
Fonte primária: Lei, mas essa é a lei em sentido amplo, ou seja, lei
complementar, lei ordinária, Constituição Federal..., e a lei é a fonte mais
importante do Direito Administrativo, porque no artigo 37°, CF. há o princípio da
legalidade que fala que a Administração Pública só pode fazer o que a lei manda.
Mas além das Leis, há outra fonte primária que é a Súmula Vinculante, essa
súmula só pode ser feita pelo STF e ela se enquadra como fonte primaria, porque
é de observância obrigatória, ela tem peso de Lei, por isso é considerada fonte
primária. Logo, fonte primaria = Lei (sentido amplo) e Súmula vinculante.
Fonte secundária: Apesar da Lei ser a fonte mais importante, ela, em grande
parte das vezes, é omissa, é falha, não tem como ela tratar de todos os casos, ela
traz normas gerais, muita coisa fica no vácuo. Dessa forma, a gente responde isso
justamente com as fontes secundárias que seriam a Jurisprudência (decisões
proferidas pelos tribunais de maneira reiterada, por exemplo, as súmulas,
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perceba que são apenas súmulas e não vinculantes, porque as súmulas vinculantes,
apesar de se serem jurisprudência, são tradas como fonte primaria, justamente,
por terem peso de Lei e serem de observância obrigatória) e a Doutrina (é o
conjunto de princípios, ideias e ensinamentos de autores e juristas)
nosso país é algo que não pode ser abolido, justamente por ser tratar de cláusula
pétrea.
Ademais, cada poder tem sua função principal e sua função secundária,
levando para o juridiquês, essas funções são chamadas de funções típicas
(principais) e funções atípicas (secundárias)
Questões:
1) Tendo em vista que a função pública é a atividade exercida no cumprimento de
alcançar o interesse público, ou seja, interesses pertinentes à
coletividade/sociedade, tem-se que o Estado tem o Poder Dever de perseguir na
justa medida o que é necessário para o interesse público.
Assim, o Direito Administrativo possui dois princípios basilares. Quais são eles?
a) Doutrina.
b) Jurisprudência
c) Costumes
d) Analogia
e) Lei
( ) Certo. ( ) Errado.
( ) Certo. ( ) Errado.
Gabarito
1- A.
2- B.
3- Errado.
4- D.
5- Errado.
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2. NOÇÕES DE ESTADO:
2.1 Elementos do Estado:
O Estado possui três elementos: Povo, Território e Governo Soberano. Dessa
forma, podemos entender que Estado é um povo organizado em um território
sobre o controle de um governo soberano.
CUIDADO 2!! Os entes federados NÃO são dotados de soberania, eles são
apenas autônomos e independentes. Quem é dotado de soberania é a
República Federativa do Brasil (R.F.BR). A R.F.BR é formada pelos entes
Federados:
União
Estado
s República Federativa do Brasil
(SOBERANA).
D.F
Municípios
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Questões:
1) Os estados, os municípios e o Distrito Federal integram a estrutura constitucional
do estado, sendo dotados de soberania e autonomia política, administrativa e
financeira.
( ) Certo. ( ) Errado.
2) São elementos do estado o povo que está sob um território administrado por
um governo soberano.
( ) Certo. ( ) Errado.
( ) Certo. ( ) Errado.
4) Todo poder emana do povo que o exerce de forma direta ou por meio de seus
representantes. Assinale dentre as alternativas abaixo qual melhor se enquadra
com o enunciado:
a) República.
b) Democracia indireta.
c) Federação.
d) Democracia Participativa.
e) Democracia Direta.
( ) Certo. ( ) Errado.
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Gabarito
1- Errado.
2- Certo.
3- Errado.
4- d.
5- Errado.
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3. PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA:
3.1 Conceito:
São normas genéricas abstratas no direito que servem de base para a
interpretação e aplicação das leis. No direito administrativo há duas classes de
princípios, os constitucionalmente expressos e os implícitos. Esses princípios são
aplicados à Administração Pública, tanto a direta quanto a indireta, de todas as
esferas dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), ou seja, esses
princípios são aplicados a qualquer um dos três poderes. A regra é: se faz parte
da Administração Pública, então deve observar os princípios.
Para o particular, nós usamos a legalidade do art. 5°, II/CF que diz que
“ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão
em virtude de lei” essa legalidade é mais ampla, pode ser chamada de
legalidade em “lato sensu”. Nela, o particular tem uma autonomia de
vontade, ele pode tudo o que a lei não proibir.
Por exemplo, você quer voar, você como particular pode voar? Se você
conseguir, sim, você pode, não há nenhuma lei proibido essa conduta.
Entretanto, se vier uma lei falando que é vedado voar, aí já era, essa
conduta será proibida, você não poderá voar.
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Exemplo: Um político quando faz algo imoral e fala “Ah, estava na lei que eu
podia...”, não basta ser legal, também deve ser moral.
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Exemplo: Poder de Polícia, nesse caso, a administração manda na sua vida, ela
fala como você vai pilotar sua moto, como você vai construir sua casa... ela faz isso,
justamente, para proteger o interesse público. Aqui, nós limitamos o individuo em
prol da comunidade. Outro exemplo é a desapropriação, vamos supor que há
uma casa onde a administração acha conveniente e estratégico construir um posto
policial, ela, investida com os poderes da administração, poderá desapropriar
aquela casa pra construir o posto policial, e não precisa da anuência do
particular.
porque é assim que vem em prova. Esse princípio representa uma limitação aos
atos discricionários, a finalidade desse principio é evitar condutas excessivas. O
administrador deve fazer uma relação entre os meios e os fins, uma relação entre
a força utilizada com a falta cometida, por exemplo, se for uma falta leve, recebe
uma penalidade leve. Entretanto, se for uma falta grave, aí já recebe uma
penalidade grave.
OBS: Esse princípio não possui amparo na CF/88, repare na Empresa Pública
e Sociedade de Economia Mista, as atribuições que elas desempenham um
particular também pode fazer.
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Questões:
1) Mesmo pertencendo ao quadro da administração indireta, o INSS deve
obedecer aos preceitos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
publicidade e da eficiência.
( ) Certo. ( ) Errado.
( ) Certo. ( ) Errado.
( ) Certo. ( ) Errado.
( ) Certo. ( ) Errado.
( ) Certo. ( ) Errado.
Gabarito:
1) Certo.
2) Certo.
3) Errado.
4) Errado.
5) Certo.
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ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA:
4.1 Conceito:
Esse tópico trata de como a administração pública é formada, como ela é
organizada e quem são seus integrantes. E qual seria o conceito de Administração
Pública? Pois bem, nós podemos conceituá-la de duas maneiras distintas, que seria
o critério formal e material.
Executivo
União
Estados Legislativo
DF
Judiciário
Municípios
E como a indireta é criada? A Direta institui a Indireta por meio de uma lei.
Portanto, a criação/extinção da Administração Indireta encontra-se submetida ao
princípio da reserva legal, ou seja, é reservado à lei tratar da criação/extinção
dos entes da Indireta. Vale ressaltar, que inexiste uma relação de hierarquia e
subordinação entre os entes da Direta e Indireta, o que existe é a TUTELA
ADMINISTRATIVA, que se da por meio do controle finalístico/supervisão
ministerial, ou seja, a Direta não manda na Indireta, mas ela fica de olho pra ver
se a Indireta tá fazendo o que foi criada pra fazer.
Administração Administração
Direta Indireta
Lei
Feito as considerações iniciais, bora agora ver ente por ente da Indireta:
4.4.1 Autarquias:
Elas possuem personalidade jurídica de direito público, por serem de direito
público elas possuem mais prerrogativas (poderes) e mais restrições. Ademais,
quando se fala em Autarquias, a criação delas é diferente dos demais entes da
indireta, a criação das Autarquias é feita diretamente por lei, Autarquia a lei cria.
momento, ou seja, uma Autarquia normal, sem nada de diferente. Outra são as
Autarquias Fundacionais/Fundações Autárquicas, que são as Fundações
Públicas de direito público, depois falaremos dela, só deixa guardada essa
informação. Além dessas, nós temos também as Autarquias territoriais, nada mais
são do que aqueles territórios federais. Ademais, há também como espécie as
Agências Reguladoras, são Autarquias que tem por finalidade a fiscalização de
determinadas atividades, por exemplo, ANAC, Anatel, Anvisa... Só um parêntese,
quando vem no edital organização da administração pública, como regra, Agência
Reguladora tá de fora, quando é para ser cobrado em prova, é comum que venha
expresso no edital. Ainda não acabou, há também as Autarquias Profissionais,
que são os conselhos fiscalizadores de atividade profissional, por exemplo, CREIA,
CRM, CRF, CRO...
Mas isso é a exceção, veja bem, se a questão vier de forma genérica, por
exemplo, “A fundação pública é P.J de direito público” vai estar errado essa
afirmação, porque a banca trouxe de forma genérica, nessa assertiva ela veio
generalizando, falando que a regra é a Fundação ser de direito público, por
isso está errada.
Se ela quiser cobrar a exceção, ela vai jogar na sua cara, por exemplo,
“As fundações públicas de direito público são criadas diretamente por lei” essa
está certa, nessa ela cobrou diretamente a exceção, perceba que ela não falou
que todas as Fundações são de direito público, ela falou somente das que são
criadas com personalidade de direito público, ela trouxe à tona a exceção.
Independentes
Autônomos
Superiores
Subalternos
Questões:
1) A distribuição de competências a órgãos subalternos despersonalizados, como
as secretarias-gerais, é modalidade de descentralização de poder.
( ) Certo. ( ) Errado.
( ) Certo. ( ) Errado.
( ) Certo. ( ) Errado.
d) a Administração pública foi autorizada por lei ou decreto a criar, mediante lei
específica, autarquias, pessoas jurídicas de direito público que executam serviços
públicos.
( ) Certo. ( ) Errado.
7) Em regra, o órgão não tem capacidade processual, ou seja, não pode figurar
em quaisquer dos polos de uma relação processual.
( ) Certo. ( ) Errado.
( ) Certo. ( ) Errado.
II. sociedades de economia mista somente podem ter por objeto social a
exploração de atividade econômica em regime de competição no mercado.
a) I.
b) III.
c) II e III
d) I e II.
e) I e III.
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Gabarito:
1- Errado.
2- Certo
3- Certo.
4- B.
5- E.
6- Errado.
7- Certo.
8- Errado.
9- B.
10- A.
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5. ATOS ADMINISTRATIVOS:
5.1 Conceito:
É a manifestação unilateral de vontade da Administração Pública utilizando
suas prerrogativas de direito público, quando o Estado quer manifestar sua
vontade, ele faz isso por meio de um ato. Além disso, os atos administrativos podem
ser praticados tanto pela administração pública quanto por particulares que
receberam delegação pelo Estado para prestar uma atividade administrativa.
Ademais, os atos administrativos refletem o desempenho da função
administrativa do Estado (função típica do Executivo e atípica do Judiciário e
Legislativo).
Ato da administração
Ato administrativo
5.2 Classificações:
1)
Ato Unilateral: Nesse Caso há Ato Bilateral: Nesse, há duas
apenas a manifestação de manifestações de vontade, no
vontade por parte da caso a de um particular +
Administração Pública. Por Administração pública. Por
exemplo: Quando a Administração exemplo: Quando você passar em
pratica o ato, quem vem e assina o um concurso e assinar o termo de
ato, que pratica ele, é somente a posse. Nesse exemplo, você
Administração. Você vai entender particular estará praticando um
quando fazer a contraposição com ato bilateral com a
o bilateral. Administração, você e ela vão
estar assinando o termo de posse.
2) A MAIS IMPORTANTE!!!
3)
4) Muito cobrado!!
Ato Simples: Esse, se cair, é um presente. A parada fica cabreira mesmo quando
cai ato complexo e ato composto. Quando vem esse aqui, só faltar vir com lacinho
e uma legenda falando “acerta a questão”, porque é bem tranquilo. Veja bem,
no ato simples, nós temos a manifestação de vontade de apenas um órgão que
pratica um único ato. Viu o porquê do simples? Porque é um órgão praticando
um ato.
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Ato Composto: Aqui, nós temos uma manifestação de vontade de um órgão, mas
para que esse ato seja formado, ele precisa ser aprovado por outro órgão. Nessa
situação, há dois atos distintos, um ato que é a manifestação de vontade e outro
que é a aprovação.
-2 órgãos que praticam atos diferentes, sendo um deles o ato principal e outro o
ato instrumental.
5)
Ato Enunciativo: Esse ato não é uma manifestação de vontade propriamente dita,
quando a administração pública pratica um ato enunciativo, ela apenas está atestando
alguma coisa/algo que já existia. Esses atos podem ser chamados também de “meros
atos administrativos” (são atos que não produzem efeitos por si só, dependem de outros
atos).
Exemplo: Certidão, você pede uma certidão e seu nome tá sujo, é a certidão que sujou seu
nome? Não, seu nome já estava sujo, ela só mostrou.