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https://www.projuris.com.br/direito-administrativo/
#O_que_e_e_para_que_serve_o_Direito_Administrativo
- Poder Legislativo
- Poder Judiciário
- Poder Executivo (administrativa)
Função administrativa
Sua função deve ser realizada da forma mais eficiente e imparcial. Ou seja,
deve seguir regulamentos (leis) e não a vontade do agente público.
Ex. Ao comprar mesas para sala de aula, procurar aquele de melhor qualidade
e economicamente acessível, respeitando os regulamentos previstos, ao invés de
comprar da loja de seu amigo ou parente, avaliando de forma pessoal a tarefa.
A finalidade do Direito Administrativo é proteger o interesse público, o que não
deve ser confundido com o interesse estatal, uma vez que, o poder público age em
prejuízo da coletividade.
Jean-Michel Lemoyne de Forges assim disserta sobre função pública, em
sentido amplo: “De maneira geral, exercer uma função pública consiste em cumprir
uma tarefa de interesse público (político, técnico, administrativo, judiciário) no âmbito
de uma coletividade pública”
O Direito Administrativo é soberano, possuindo uma relação vertical com os
particulares.
Interesse público
O DA atente ao interesse público. Porém, seu conceito é algo abstrato. Para
alguns, o interesse público é equivalente ao interesse coletivo, para outros, tudo aquilo
que o Estado faz é considerado serviços públicos e há também autores que acreditam
que o interesse público mascará um interesse privado. Visto que, utilizam o bem maior
para prejudicar, por exemplo, um opositor.
O interesse público já passou por diversas doutrinas, contudo, atualmente, para
compreender o que é o interesse público, utilizamos a CF e os princípios como
ferramentas norteadoras.
A constituição é considerada dirigente, ou seja, possui normas definidoras de
tarefas e ações a serem tomadas pelo poder público. Ela fundamenta e determina uma
direção na qual o interesse público deve atuar, respeitando suas posições hierárquicas
de verticalidade.
Como exemplo, veja-se o instituto da desapropriação. O indivíduo não tem
interesse em ser desapropriado quando o ato é realizado em seu desfavor, porém,
tem interesse no instituto da desapropriação, pois da liberação destas áreas poderão
ser construídos hotéis, escolas, hidroelétricas, entre outras melhorias públicas.
Assim como também ocorre com as multas, posto que não é do interesse do
indivíduo sofrer a sanção, porém é do interesse público que exista sanções que
ofereçam condições de vida organizada e bem-estar comum.
Nem tudo aquilo que o Estado faz é serviço público. É algo mais demarcado.
Regras X Princípios
No DA, as regras e princípios jurídicos caminham juntos (seguindo o pós-
positivismo).
Enquanto a regra é algo mais objetivo e concreta, os princípios são mais
abstratos e amplos, porém, também possuem poder jurídico, englobando normas
fundamentais e valores que norteiam uma atuação mais racionalizada e coordenada
do DA e que precisam ser seguidos.
Da mesma forma que não o ordenamento não deve ser seguido
exclusivamente de regras (como era a questão do positivismo, muitas vezes
associadas aos regimes totalitários), ela não pode se pautar somente nos princípios e
discricionariedade.
Discricionariedade X Processualidade
Nem todas as condutas dos agentes administrativos são possíveis de serem
totalmente determinadas em lei. Logo, é necessária uma prerrogativa, ou seja, uma
ampliação na discussão ultrapassando as leis, para discutir e escolher uma solução
válida e avaliar as possibilidades mais adequadas para satisfazer o interesse público.
- Na discricionariedade, possui um espaço para as discussões, se limitando
aos próprios agentes públicos.
- Já na processualidade, ocorre a colaboração de particulares na elaboração do
ato. Permitindo uma discussão geral para a melhor solução.
A-) Legalidade
Em consequência de o poder público ser estrita, o agente público deve agir da
forma que a lei determinar, realizando somente aquilo previsto em lei. Diferente do
particular que não pode fazer aquilo que a lei não permite.
Muitas vezes o agente público é denominado como escravo da lei. Impondo
uma restrição de ação em prol da coletividade.
Nela, não há autonomia de vontade. Isso é, a relação entre o agente particular
e o agente público é vertical.
B-) Impessoalidade
É a conduta impessoal do agente público. Ele não pode agir seguindo suas
motivações pessoais.
Deve se pautar no interesse coletivo, se fundamentando na isonomia (todos
são iguais perante a lei) e nãos tributar a ação administrativa a uma pessoa, mas sim
ao todo.
Ex. Não foi o vereador André que realizou tal ato, mas sim o poder público.
C-) Moralidade
Se refere a moralidade jurídica, não no bem x mau. A conduta deve ser
pautada na ética, honestidade e boa-fé, seguido os valores administrativos e ser um
bom administrador seguindo suas regras e princípios.
Lembrando que, nem tudo que é lícito é honesto. Nesse sentido, é possível
afirmar que a moralidade está relacionada com a atuação administrativa ética, leal e
séria.
D-) Publicidade
Levar ao conhecimento público as ações da administração pública, por meio de
publicações e outras publicidades, a fim de transparecer os atos e decisões perante os
cidadãos.
Só cabendo sigilo em situações especificas.
A transferência permite a legitimação e o combate da corrupção.
ampla divulgação dos atos do Poder Público, ressalvadas as hipóteses
excepcionais de sigilo imprescindíveis, por exemplo, à segurança da sociedade ou do
Estado, bem como à intimidade, vida privada, honra e imagem.
É permitir que os atos públicos sejam levados ao conhecimento de todos,
salvo, evidente, nos casos de sigilo.
E-) Eficiência
É a otimização na administração, gerando resultados positivos e eficazes.
Tentando quebrar de forma legitima a burocracia, proporcionando menor onerosidade
(menor gasto, despesas e sobrecargas).
3-) Finalidades
O DA deve atribuir sua ação, com o objetivo de atingir ao interesse público, ou
seja, a finalidade é como o administrador deve agir para alcançar o fim público.
2 desvios:
- Genérico: Desvio e interferência do interesse público, colocando seu interesse
particular como primário.
O administrador público deixa de atender ao interesse publico imposto pelo
ordenamento jurídico, para atender ao interesse privado.
- Especifico: Realiza algo que não está ou da forma que não está previsto na
CF.
O administrador não atende a finalidade indicada na lei que quer executar,
visando outra finalidade anda que publica.
4-) Autotutela:
Controle interno realizado pelos próprios agentes administrativos.
De acordo com o princípio da autotutela, a Administração Pública deve anular
os seus atos ilegais e revogar os demais atos que se tornarem inconvenientes ou
inoportunos para o interesse público.
Pode ocorrer duas situações:
- Anulação: Quando verificar atos ilícitos, que afronta a legalidade.
- Revogação: Quando aquela ação não é mais oportuna, conveniente para o
interesse público, mesmo que legal.
O controle ocorre de forma:
- Interna: A própria administração interfere
- Externa: Quando a interferência é realizada pelo poder judiciário, por
exemplo. Pois, foi acionado.
5-) Motivações:
São os fundamentos da administração.
É importante para transparecer e demonstrar que a ação está atribuída ao
interesse público e não ao privado.
- O motivo é aquilo que levou a administração a realizar tal ato.
- A motivação é a demonstração escrita (exteriorização formal) do motivo.
Há diversas discussões referente a obrigatoriedade das motivações. Para
alguns, deve ser obrigatória, mas para outros, somente quando for necessário
6) Segurança Jurídica:
Coerência da ação pública com aquilo previsto, evitando um abuso de poder.
Decorrente do Estado de direita.
É cumprimento de seu dever garantindo maior segurança individual e
estabilidade nas relações.
7-) Razoabilidade:
Agir de forma razoável e lógica.
Proibição de ação em excesso com o objetivo de evitar abusos. Devendo
seguir os parâmetros estabelecidos.
Há 3 exigências:
- Adequação: Procurar a forma mais adequada para realizar seu objetivo.
- Necessidade: Avaliar se aquela ação é realmente necessária ou se existe
meios alternativos para isso.
- Proporcionalidade: Avaliar os pontos negativos e positivos daquela ação.
Balanço entre as vantagens e desvantagens.
ADIMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Otto Mayer
“O direito administrativo permanece, enquanto o direito constitucional passa”
Descentralização X Desconcentração
a-) na descentralização, ocorre uma divisão na competência administrativa
entre os entes administrativos, formados por entes personalizados.
Cria entidades dotadas de personalidades jurídicas, sem hierarquia,
especializados em determinados exercícios.
b-) já na desconcentração há uma divisão interna de competência, a fim de
melhorar a eficácia do serviço.
Entidade (com personalidade jurídica – União, Estado, Município, DF) se divide
em órgãos (sem personalidade jurídica) para aumentar sua organização e eficiência.
Na qual há uma hierarquia entre os órgãos criados, visto que as entidades são
superiores aos órgãos.
Princípio da Administração pública segundo Decreto 200/67 Art.6°
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
- Algumas classificações:
a-) Independentes: Amplo poder e muitas competências. Se for colocar na
perspectiva da pirâmide de Kelsen, é o topo.
Controlados somente pelo sistema de freios e contrapesos.
b-) Autônomos: Possui autonomia, mas está abaixo dos independentes.
c-) Superiores: Autonomia limitada, inferior aos independentes e autônomos.
d-) Subalternos: A base da pirâmide. Aqueles quem executa as atividades
materiais.
e-) Simples: Ausência de subdivisão, com um único centro de competência
(delegacias)
f-) Composto: Pluralidade de estruturas (Secretárias de segurança).
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
Princípio da legalidade
A criação da administração indireta se dá por meio de uma lei, porém, nem
todas as AI são criadas da mesma forma, Ex. Autarquia ao criar a lei já entra e vigor,
já as fundações, é necessário que uma lei complementar autorize sua criação e em
seguida precisam de registros para continuarem existindo.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Princípio da especialidade
Não podem os entes serem detentos de atribuições genéricas. Ou seja, deve
agir com atividades especificas para melhorar na execução da tarefa de forma mais
eficiente.
Princípio de controle
Mesmo que o AI possui liberdade para atuarem de forma flexível, há um
vínculo com a AD para que haja um controle para que a atividade destinada a
entidade esteja sendo cumprida conforme a lei criada.
Os parâmetros de controle são diversos, pois depende da especificação da
lei criada.
- Também denominada como tutela administrativa.
- Supervisão ministerial é um meio de controle administrativo exercido
sobre as entidades integrantes da Administração Pública Indireta em relação ao
ministério a que estejam vinculadas.
Segundo o decreto 200/67, todo órgão da ADM Federal direta ou indireta está
sujeita a supervisão ministerial do Estado competente.
AUTARQUIA
Classificação:
- Autarquias em regime comum: são as autarquias que não possuem
nenhuma particularidade que as diferencie das autarquias em geral. São as autarquias
em geral.
- Autarquias em regime especial: são aquelas que possuem características
próprias, que as tornam "especiais", se comparadas com as autarquias comuns, como
maior autonomia administrativa, técnica ou financeira. Cada autarquia especial tem a
sua peculiaridade.
As agências reguladoras são espécies do gênero autarquias em regime
especial
As agências reguladoras no Brasil foram criadas na década de 90 segundo o
modelo norte americano, com o objetivo principal de regular e fiscalizar as atividades
exercidas por concessionários e permissionários.
Princípio da legalidade
Todas as autarquias são criadas por meio de lei. Entrando em vigo logo após
sua publicação.
O chefe do Executivo possui competência para criar as autarquias. A lei cria,
logo, somente a lei pode extinguir. Porém, pode sua organização interna ser criada por
meio de decretos.
Controle Finalísticos
São os controles exercidos sobre as atividades das autarquias.
- Supervisão ministerial
É o vínculo na qual o AD exerce sobre as atividades da AI para verificar que
estão respeitando sua especialidade.
Seus parâmetros são determinados pela lei de sua criação.
FUNDAÇÕES PÚBLICAS
As fundações possuem finalidade públicas, na qual, caso haja lucro, não será
destruída internamente, mas sim, investida para melhor desempenho de suas
atividades.
- Busca melhor eficiência.
- Definição no decreto lei 200/67 – Art.5°, inciso IV:
“Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o
desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de
direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos
respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de
outras fontes.”
Segundo o decreto lei, sua personalidade jurídica é de Direito Privado, contudo,
há entendimentos que o denominam como Direito Público, por fazer parte de
atividades públicas. Logo, há uma dualidade de regimes.
A fundação é autorizada por lei e entra em vigor somente após a criação de
uma lei complementar, salvo quando se trata de direito publico, neste caso a lei cria da
mesma forma que as autarquias, pois se assemelham a ela (fundações autárquicas).
Há dois tipos de fundações; a de direito público, que tem natureza de
autarquia, e a fundação de direito privado instituídas pelo Poder Público:
AGENCIAS REGULADORAS
Conceito
As agencias reguladoras foram concebidas para a disciplina e controle
administrativos sobre os atos e contratos que dizem respeito a prestação cautelas e
reconhecimento de inconstitucionalidade do dispositivo, há portarias exigências de
concurso públicos para a contratação do pessoal.
Porém, diferente dos EUA, estes entes serão autônomos e fiscalizarão a
atividade econômica e serviços públicos sem a intervenção do Estado.
- Os entes podem criar estas agencias desde que respeitem sua competência
- Criação por meio de lei, visto que é uma autarquia
- O chefe do Executivo indica o representante, mas também deve ser aprovado
pelo congresso nacional. Sendo que esta aprovação não ocorre nas autarquias
comuns. É preciso somente a indicação do presidente da república.
Perda do mandato
Há três formas de perder o mandato:
- Processo administrativo disciplinar (instrumento pelo qual a administração
pública exerce seu poder-dever para apurar as infrações funcionais e aplicar
penalidades aos seus agentes públicos e àqueles que possuem uma relação jurídica
com a administração).
- Processo judicial transitada em julgado
- Renúncia.
Licitação
Deve seguir a lei de licitação rígida e formal
Algumas leis criadoras dessas agencias tentaram esquiva-las da obediência a
lei de licitação e contratos. Essa disposição foi objeto de ADI e o supremo em cautelar
declarou a inconstitucionalidade dos dispositivos.
As agências reguladoras estão sujeitas a seguir a lei de licitação e contratos.
Devem atender ao interesse público.
Fundamentos principais
- Despolitização (ou desgovernamentalização): É a retirada da política para
melhor na eficiência do trabalho, com ação mais neutra e menos burocrática.
Há críticas perante este fundamento, visto que despolitizar retira o controle do
povo por meio de representação indireta. Assim não podemos interferir, mesmo que a
ideia seja impopular.
É somente por meio da política que se resolve política.
- Celeridade: Uma atuação mais célebre, menos democrática e mais prático.
AGENCIAS EXCECUTIVAS
Podem ser autarquias ou fundações publicas
Voltadas para a operacionalidade das atividades administrativas.
Agencias autônomas que visam o gasto mínimo e mais eficiência
Conceito
Considera-se agencias executivas a autarquia ou fundação publica assim
qualificada por ato do chefe do executivo que celebre com a ADMD, a qual ache
vinculado um contrato de gestão com vistas a melhoria de qualidade de gestão, e
eficiências e redução dos custos
Há um contrato de um ano estabelecendo metas para atingir seu objetivo.
Título jurídico
Essas agencias possuem apenas título jurídico, visto que recebem a renda
para realizarem aquilo que as autarquias e empresas públicas foram criadas para
realizarem.
Contrato de gestão
Dois requisitos:
- Possuir um plano
- Decreto do chefe do executivo
Art. 51 da Lei 9649/98 - O Poder Executivo poderá qualificar como Agência
Executiva a autarquia ou fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos:
I - Ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento
institucional em andamento;
II - Ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor.
Atributos
- Presunção: Juridicidade (de acordo com a lei e CF) e Veracidade (seja
verdade). Podendo ser contestada.
Elementos
SERVIÇOS PUBLICOS
- Conceito variável
- Surgimento do conceito na França com a Escola do Serviço Público.
- Influencia com o caso Blanco.
Nessa Escola, tudo o que o Estado fazia era considerado serviço público. Há
um exagero, pois há diversas formas de atuação, logo, tal conceito não é mais
relevante.
- O Serviço Público atente a maioria e obteve além da influencia francesa, mas
também a americana. Em que as agencias vão atuar e fiscalizar.
- Serviços públicos podem ser de forma Direta e Indireta.
Característica
- Sujeito Estatal: Pode atuar diretamente ou delegar para iniciativa privada.
- Regime de Direito Público: Criado por lei que se volta para o interesse
coletivo, porém não integralmente, mas sim mesclado.
Não restrita para o poder pública, pois pode as empresas privadas atuarem.
Principio
- Generalidade: Atua sem discriminar. O serviço publico é algo importante e
deve atingir o maior numero de pessoas. Sendo ela impessoal de igualdade a todos os
usuários.
- Eficiência: Serviço adequado com pouco custo. Deve ser prestado de forma
eficiente.