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Direito Administrativo

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#O_que_e_e_para_que_serve_o_Direito_Administrativo

 Contexto Histórico e Conceito

O direito administrativo é um sub produto da Revolução Francesa e o


surgimento do Estado de Direita, ou seja, racionaliza e controla (limita) a ação do
Estado. Evitando que o governo atinja de forma injusta o povo e, assim como na
segunda guerra mundial, abuse de seu poder voltando a ser um regime totalitário.
A partir das ideias liberais revolucionárias, sendo elas, separação dos poderes
e Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, o poder estatal foi limitado,
devendo seguir as leis e aos princípios, de forma imparcial, moral e eficiente.
O direito administrativo racionaliza e controla a ação do Estado, visando
atender ao interesse público.
O Direito Administrativo tem sua origem na França, no século XVIII e no início
do século XIX, sendo reconhecido como um ramo autônomo do direito no início do
processo de desenvolvimento do Estado de Direito, baseado no princípio da legalidade
e da separação.
- Base do processo de desenvolvimento do Direito Administrativo é a
Legalidade e teoria de Montesquieu (separação dos 3 poderes)

- Poder Legislativo
- Poder Judiciário
- Poder Executivo (administrativa)

Desse modo, o Direito Administrativo originou-se em um período pós-


revolucionário, com o Estado de Direito, época a qual era tomada pela revolta
presente em relação às ideias políticas que eram juridicamente aceitas.
O DA é um ramo do Direito público que se preocupa com a função
administrativa. Ele está atribuído ao ramo do Direito Executivo, pois é ele que executa
aquilo proposto e determinado pelo governo.
“O Direito Administrativo é a esfera do Direito Público Interno que, mediante
regras e princípios exclusivos, regulamenta o exercício da função administrativa que é
exercida por agentes públicos, órgãos públicos, pessoas jurídicas de Direito Público,
em outras palavras, pela Administração Pública.”
O DA racionaliza a ação do Estado, disciplinando, através de regras e
princípios, a função da administração pública.
É preciso levar em consideração que não é uma tarefa simples a função
administrativa vista que engloba tanto funções típicas (aquilo de sua responsabilidade
no Direito Executivo) e funções atípicas (trabalha nos outros ramos do direito judiciário
e legislativo). Se dentro dos parâmetros legais e constitucionais.
Há uma pluralização em suas atividades, como poder de polícia, regulamentar
funções, servi-los públicos, compra de bens etc.
Critérios Subjetivos = Realça, destaca, o agente da função. Um guarda de
trânsito, um prefeito municipal, um secretário estadual, um diretor de autarquia,
realizam funções administrativas, executivas. Resta certo pelo próprio sujeito do ato.
Critérios Objetivos = material e formal
Pelo critério material ou substancial, verifica-se o conteúdo da atividade. Assim,
por exemplo, a contratação de servidores, a licitação de obras, a pavimentação de
ruas e estradas, a iluminação pública.
Assim, mesmo que o ato provenha de outro Poder, estará exercendo função
administrativa se seu conteúdo indicar para “a gestão dos interesses coletivos”
Pelo critério objetivo-formal, explica-se a função administrativa conforme o
regime jurídico em que se situa a disciplina de sua atividade. Deduz-se a função
apenas em razão do tratamento normativo que recebe.

 Função administrativa
Sua função deve ser realizada da forma mais eficiente e imparcial. Ou seja,
deve seguir regulamentos (leis) e não a vontade do agente público.
Ex. Ao comprar mesas para sala de aula, procurar aquele de melhor qualidade
e economicamente acessível, respeitando os regulamentos previstos, ao invés de
comprar da loja de seu amigo ou parente, avaliando de forma pessoal a tarefa.
A finalidade do Direito Administrativo é proteger o interesse público, o que não
deve ser confundido com o interesse estatal, uma vez que, o poder público age em
prejuízo da coletividade.
Jean-Michel Lemoyne de Forges assim disserta sobre função pública, em
sentido amplo: “De maneira geral, exercer uma função pública consiste em cumprir
uma tarefa de interesse público (político, técnico, administrativo, judiciário) no âmbito
de uma coletividade pública”
O Direito Administrativo é soberano, possuindo uma relação vertical com os
particulares.

 Interesse público
O DA atente ao interesse público. Porém, seu conceito é algo abstrato. Para
alguns, o interesse público é equivalente ao interesse coletivo, para outros, tudo aquilo
que o Estado faz é considerado serviços públicos e há também autores que acreditam
que o interesse público mascará um interesse privado. Visto que, utilizam o bem maior
para prejudicar, por exemplo, um opositor.
O interesse público já passou por diversas doutrinas, contudo, atualmente, para
compreender o que é o interesse público, utilizamos a CF e os princípios como
ferramentas norteadoras.
A constituição é considerada dirigente, ou seja, possui normas definidoras de
tarefas e ações a serem tomadas pelo poder público. Ela fundamenta e determina uma
direção na qual o interesse público deve atuar, respeitando suas posições hierárquicas
de verticalidade.
Como exemplo, veja-se o instituto da desapropriação. O indivíduo não tem
interesse em ser desapropriado quando o ato é realizado em seu desfavor, porém,
tem interesse no instituto da desapropriação, pois da liberação destas áreas poderão
ser construídos hotéis, escolas, hidroelétricas, entre outras melhorias públicas.
Assim como também ocorre com as multas, posto que não é do interesse do
indivíduo sofrer a sanção, porém é do interesse público que exista sanções que
ofereçam condições de vida organizada e bem-estar comum.
Nem tudo aquilo que o Estado faz é serviço público. É algo mais demarcado.

 Regime Jurídico Administrativo.


Conjunto de regras que o DA deve seguir.
Há prerrogativas, isso é, poderes e privilégios que possuem, e há sujeições,
limites e regras que precisa respeitar.
O DA possui uma posição vertical em relação ao particular (como é o exemplo
da desapropriação) não possuído a autonomia de vontade.
No Estado de Direito, ao contrário do Estado Absolutista, a Administração
Pública conta com prerrogativas e sujeições. As prerrogativas encontram
embasamento no Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Privado e as
sujeições no Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público pela Administração.
Em virtude das sujeições, a Administração Pública encontra limites ao exercer
suas prerrogativas, sendo que uma das principais sujeições da Administração Pública
são os princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, publicidade,
moralidade e eficiência, previstos no artigo 37, caput da Carta Magna.
Para a realização de sua função, a Administração Pública goza de
prerrogativas, bens e servidores, mas também lhe são impostas restrições e
limitações, estabelecidas pelo ordenamento jurídico em prol dos direitos e garantias
fundamentais.
Sobre o assunto, leciona Raquel Melo Urbano de Carvalho, in verbis: “O
Estado, ao realizar a função administrativa, submete-se a um regime jurídico próprio
que lhe impõe restrições e assegura prerrogativas. O regime jurídico administrativo é o
conjunto de normas que exorbita o direito privado e que estabelece sujeições e
benefícios em face da Administração e daqueles que com ela mantêm vínculos
jurídicos”.

 Regras X Princípios
No DA, as regras e princípios jurídicos caminham juntos (seguindo o pós-
positivismo).
Enquanto a regra é algo mais objetivo e concreta, os princípios são mais
abstratos e amplos, porém, também possuem poder jurídico, englobando normas
fundamentais e valores que norteiam uma atuação mais racionalizada e coordenada
do DA e que precisam ser seguidos.
Da mesma forma que não o ordenamento não deve ser seguido
exclusivamente de regras (como era a questão do positivismo, muitas vezes
associadas aos regimes totalitários), ela não pode se pautar somente nos princípios e
discricionariedade.
 Discricionariedade X Processualidade
Nem todas as condutas dos agentes administrativos são possíveis de serem
totalmente determinadas em lei. Logo, é necessária uma prerrogativa, ou seja, uma
ampliação na discussão ultrapassando as leis, para discutir e escolher uma solução
válida e avaliar as possibilidades mais adequadas para satisfazer o interesse público.
- Na discricionariedade, possui um espaço para as discussões, se limitando
aos próprios agentes públicos.
- Já na processualidade, ocorre a colaboração de particulares na elaboração do
ato. Permitindo uma discussão geral para a melhor solução.

 Direito Administrativo X. Direito Constitucional


Diferentemente do DC, que se pauta exclusivamente na cúpula, o topo da
hierarquia governamental, o DA abrange o todo. Levando em conta que um simples
funcionário público, pode afetar a vida do cidadão.

PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS CONSTITUCIONAIS EXPRESSOS

São aqueles expressamente mencionados no texto de uma norma.


Os princípios norteiam a atuação da função administrativa.
Art. 37 da CRFB

A-) Legalidade
Em consequência de o poder público ser estrita, o agente público deve agir da
forma que a lei determinar, realizando somente aquilo previsto em lei. Diferente do
particular que não pode fazer aquilo que a lei não permite.
Muitas vezes o agente público é denominado como escravo da lei. Impondo
uma restrição de ação em prol da coletividade.
Nela, não há autonomia de vontade. Isso é, a relação entre o agente particular
e o agente público é vertical.

B-) Impessoalidade
É a conduta impessoal do agente público. Ele não pode agir seguindo suas
motivações pessoais.
Deve se pautar no interesse coletivo, se fundamentando na isonomia (todos
são iguais perante a lei) e nãos tributar a ação administrativa a uma pessoa, mas sim
ao todo.
Ex. Não foi o vereador André que realizou tal ato, mas sim o poder público.
C-) Moralidade
Se refere a moralidade jurídica, não no bem x mau. A conduta deve ser
pautada na ética, honestidade e boa-fé, seguido os valores administrativos e ser um
bom administrador seguindo suas regras e princípios.
Lembrando que, nem tudo que é lícito é honesto. Nesse sentido, é possível
afirmar que a moralidade está relacionada com a atuação administrativa ética, leal e
séria.

D-) Publicidade
Levar ao conhecimento público as ações da administração pública, por meio de
publicações e outras publicidades, a fim de transparecer os atos e decisões perante os
cidadãos.
Só cabendo sigilo em situações especificas.
A transferência permite a legitimação e o combate da corrupção.
ampla divulgação dos atos do Poder Público, ressalvadas as hipóteses
excepcionais de sigilo imprescindíveis, por exemplo, à segurança da sociedade ou do
Estado, bem como à intimidade, vida privada, honra e imagem.
É permitir que os atos públicos sejam levados ao conhecimento de todos,
salvo, evidente, nos casos de sigilo.

E-) Eficiência
É a otimização na administração, gerando resultados positivos e eficazes.
Tentando quebrar de forma legitima a burocracia, proporcionando menor onerosidade
(menor gasto, despesas e sobrecargas).

PRINCIPIOS BASILARES IMPLÍCITOS

São os princípios reconhecidos pela doutrina e pela jurisprudência a partir da


interpretação sistemática do ordenamento jurídico, como os princípios da
razoabilidade e da proporcionalidade, da segurança jurídica.
Logo, tais princípios não estão codificados, mas são ferramentas jurídicas
importantes para nortear e racionalizar as decisões da administração pública.

1-) Supremacia do Interesse público.


O interesse público é superior ao interesse privado.
São as prerrogativas estabelecidos pela constituição federal, na qual deve-se
colocar o interesse público a cima do particular. Há uma relação vertical entre o DA e o
cidadão.

2-) Indisponibilidade do Interesse Público.


Assim como o DA possui prerrogativas, há também sujeições que devem se
submeter mediante ao interesse público, limitação de suas ações.
O DA não pode agir colocando seu interesse pessoal a frente do interesse
público. Todas as suas ações devem ser voltadas ao interesse público, assim como
estabelecido na CF. Mesmo com uma supremacia e amplo rol de competência, há
limitações e constrangimentos estabelecidas em lei.
- O Estado deve possuir interesse de caráter secundário, isso é, pode agir
enquanto sujeito, desde que seus interesses privados não entram em conflito ou
violem o interesse público primário.

3-) Finalidades
O DA deve atribuir sua ação, com o objetivo de atingir ao interesse público, ou
seja, a finalidade é como o administrador deve agir para alcançar o fim público.
2 desvios:
- Genérico: Desvio e interferência do interesse público, colocando seu interesse
particular como primário.
O administrador público deixa de atender ao interesse publico imposto pelo
ordenamento jurídico, para atender ao interesse privado.
- Especifico: Realiza algo que não está ou da forma que não está previsto na
CF.
O administrador não atende a finalidade indicada na lei que quer executar,
visando outra finalidade anda que publica.

4-) Autotutela:
Controle interno realizado pelos próprios agentes administrativos.
De acordo com o princípio da autotutela, a Administração Pública deve anular
os seus atos ilegais e revogar os demais atos que se tornarem inconvenientes ou
inoportunos para o interesse público.
Pode ocorrer duas situações:
- Anulação: Quando verificar atos ilícitos, que afronta a legalidade.
- Revogação: Quando aquela ação não é mais oportuna, conveniente para o
interesse público, mesmo que legal.
O controle ocorre de forma:
- Interna: A própria administração interfere
- Externa: Quando a interferência é realizada pelo poder judiciário, por
exemplo. Pois, foi acionado.

5-) Motivações:
São os fundamentos da administração.
É importante para transparecer e demonstrar que a ação está atribuída ao
interesse público e não ao privado.
- O motivo é aquilo que levou a administração a realizar tal ato.
- A motivação é a demonstração escrita (exteriorização formal) do motivo.
Há diversas discussões referente a obrigatoriedade das motivações. Para
alguns, deve ser obrigatória, mas para outros, somente quando for necessário

6) Segurança Jurídica:
Coerência da ação pública com aquilo previsto, evitando um abuso de poder.
Decorrente do Estado de direita.
É cumprimento de seu dever garantindo maior segurança individual e
estabilidade nas relações.

7-) Razoabilidade:
Agir de forma razoável e lógica.
Proibição de ação em excesso com o objetivo de evitar abusos. Devendo
seguir os parâmetros estabelecidos.
Há 3 exigências:
- Adequação: Procurar a forma mais adequada para realizar seu objetivo.
- Necessidade: Avaliar se aquela ação é realmente necessária ou se existe
meios alternativos para isso.
- Proporcionalidade: Avaliar os pontos negativos e positivos daquela ação.
Balanço entre as vantagens e desvantagens.

ADIMINISTRAÇÃO PÚBLICA

A estrutura da administração pública.


É preciso ressaltar que direito administrativo e constitucional andam juntos,
afim de atingir seus objetivos. Contudo, é nítido notar que o administrativo não evoluiu
da mesma forma que a constituição.

Uma das maiores referencias de consolidação legislativa e da organização da


administração pública veem do Decreto 200/1967, oriunda da ditatura militar.

Em contra partida a estrutura da Administração pública, a constituição evoluiu


aos longos dos anos com a finalidade de atingir a necessidade pública e o bem estar
social. Influenciada pelas ideias neoliberais.

Otto Mayer
“O direito administrativo permanece, enquanto o direito constitucional passa”

 O Estado é dividido em 3 setores:


- 1° Setor Estatal = Possui divisão direta e indireta
- 2° Setor Privado = Mercado, com finalidades lucrativas.
- 3° Setor Civil = Não possui finalidade lucrativa.

Obs. Foi proposto uma reforma, na qual incluía o princípio da subsidiariedade


na atuação do 1° setor. Nela, caso o setor privado não consiga suprir as necessidades
do povo, o Estado deve agir para suprir qualquer déficit do setor privado por meio da
ação de cupons.
Além disso, houve também a discussão da política de cupons, sendo ela, caso
o setor público não consiga suprir as necessidades da sociedade, é entregue um
cupom ao indivíduo para o serviço particular subsidiar.
- A política de cupons é consequência do princípio da subsidiariedade. Na qual
o Estado auxiliaria e supriria a iniciativa privada em suas deficiências e carências, só a
substituindo excepcionalmente, a atuação do Estado seria a exceção, não a regra.
Só haveria necessidade de um hospital público se não houvesse ou não fosse
suficiente o hospital privado. A escola pública só faria sentido na ausência da escola
privada. O cidadão teria direito à educação ou à saúde por meio de cupons, que
garantiriam seu acesso total ou parcial a esses serviços oferecidos pelo setor privado,
muito mais eficiente, na visão dos governantes atuais, do que o Poder Público.

 Administração se divide em:

- Direta = Quando o próprio ente da federação executa o serviço público,


através de órgãos, ministérios, secretárias e departamentos.

- Indireta = Função pública prestada pelo estado de forma descentralizada, por


meio de pessoas jurídicas (entidades personalizadas).
a-) Autarquia (entidades criadas por lei, com personalidade jurídica e
autonomia financeira que desenvolve atividades em prol da sociedade e qualidade no
desempenho dos serviços públicos).
b-) Fundações (Possuem identidade jurídica, mas sem fins lucrativos, utilizado
para servir a um interesse público).
c-) Empresas públicas (atuam em uma atividade econômica ou de prestação
de serviços públicos).
d-) Sociedade de economia mista (união entre o Estado e entes privados para
realizar determinado serviço público).

- Não há hierarquia entre administração direta e indireta, mas sim, um vínculo

 Descentralização X Desconcentração
a-) na descentralização, ocorre uma divisão na competência administrativa
entre os entes administrativos, formados por entes personalizados.
Cria entidades dotadas de personalidades jurídicas, sem hierarquia,
especializados em determinados exercícios.
b-) já na desconcentração há uma divisão interna de competência, a fim de
melhorar a eficácia do serviço.
Entidade (com personalidade jurídica – União, Estado, Município, DF) se divide
em órgãos (sem personalidade jurídica) para aumentar sua organização e eficiência.
Na qual há uma hierarquia entre os órgãos criados, visto que as entidades são
superiores aos órgãos.
Princípio da Administração pública segundo Decreto 200/67 Art.6°

Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes


princípios fundamentais:
I – Planejamento = Programar e planejar sua ação para racionalizar seu ato e
atingir o desenvolvimento social e econômico;
II – Coordenação = Coordenar sua ação dentro daquilo programado.
Harmonizar sua ação com o objetivo de torna-la mais eficiente.
III – Descentralização = Descentralizar para atingir mais eficiência, não
concentrando um serviço em apenas um único sujeito.
IV - Delegação de Competência = Delegar a competência para sujeitos mais
próximos do problema e para aqueles com o conhecimento específico.
V – Controle = Autotutela decorrente da hierarquia, na qual um órgão superior
controla e fiscaliza as atividades do outro inferior.

ADMINISTRAÇÃO DIRETA

Opera pela desconcentração para atingir melhor eficiência.

Art. 4° A Administração Federal compreende:


I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura
administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.

- Na desconcentração, o serviço é transferido para o órgão mais específico


para a melhor eficácia, não concentrando o todo o serviço em somente um órgão, pois
as vezes é necessário um conhecimento mais específico.
- Ministérios da Fazenda, da saúde, educação; subordinados a união.
- Os órgãos não possuem personalidades jurídicas.
- Como não possuem personalidade, não possuem capacidade processual
(capacidade de ser réu ou autor).
Logo, as competências são divididas por lei entre os órgãos públicos
despersonalizados para desemprenhar uma função estatal e melhorar sua eficiência.
Sendo que, não podem demandar ou serem demandados em juízo, salvo quando
necessário defender suas próprias prerrogativas por meio de um representante.

- Algumas classificações:
a-) Independentes: Amplo poder e muitas competências. Se for colocar na
perspectiva da pirâmide de Kelsen, é o topo.
Controlados somente pelo sistema de freios e contrapesos.
b-) Autônomos: Possui autonomia, mas está abaixo dos independentes.
c-) Superiores: Autonomia limitada, inferior aos independentes e autônomos.
d-) Subalternos: A base da pirâmide. Aqueles quem executa as atividades
materiais.
e-) Simples: Ausência de subdivisão, com um único centro de competência
(delegacias)
f-) Composto: Pluralidade de estruturas (Secretárias de segurança).

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

Art. 4° A Administração Federal compreende:


II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de
entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.
d) Fundações públicas.

Toda a estruturação do direito administrativo vem da imposição do decreto


200/67 durante a ditatura militar.

O direito administrativo indireto, diferente da Direito Administrativo Direto (que


se divide em órgãos sem personalidades jurídicas, de forma desconcentrada a fim de
auxiliar com as demandas sociais e distribuir tarefas para aumentar sua eficácia). O
DAI:
- Opera de forma descentralizada.
- Criação de entidades com personalidades jurídicas.
Não há hierarquia com o DAD, mas sim um vínculo, na qual, devido aos
princípios de controle, o DAI é submetido ao controle da DAD a fim de verificar se suas
atividades estão de acordo com a lei e com o objetivo.
As entidades são criadas a fim de executar determinadas tarefas para
atingirem melhores resultados por meio das delegações, ou seja, contrato ou ato
particular, transferindo a execução de um serviço.
Pode uma empresa privada realizar tal serviço como também o DAD, por meio
de uma lei, criar uma DAI para prestar o serviço.

 Princípio da legalidade
A criação da administração indireta se dá por meio de uma lei, porém, nem
todas as AI são criadas da mesma forma, Ex. Autarquia ao criar a lei já entra e vigor,
já as fundações, é necessário que uma lei complementar autorize sua criação e em
seguida precisam de registros para continuarem existindo.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

 Princípio da especialidade
Não podem os entes serem detentos de atribuições genéricas. Ou seja, deve
agir com atividades especificas para melhorar na execução da tarefa de forma mais
eficiente.

 Princípio de controle
Mesmo que o AI possui liberdade para atuarem de forma flexível, há um
vínculo com a AD para que haja um controle para que a atividade destinada a
entidade esteja sendo cumprida conforme a lei criada.
Os parâmetros de controle são diversos, pois depende da especificação da
lei criada.
- Também denominada como tutela administrativa.
- Supervisão ministerial é um meio de controle administrativo exercido
sobre as entidades integrantes da Administração Pública Indireta em relação ao
ministério a que estejam vinculadas.
Segundo o decreto 200/67, todo órgão da ADM Federal direta ou indireta está
sujeita a supervisão ministerial do Estado competente.

AUTARQUIA

Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:


I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica,
patrimônio e receita própria, para executar atividades típicas da Administração Pública
(Estado), que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e
financeira descentralizada.
- Características de Direito Público (único ente da administração indireta de
caráter publica)
- É o Ente criador que financia (transfere capital) a autarquia (patrimônio
própria).
- Sem fins lucrativos
- Criada por lei já entrando em vigência.
- Autonomia administrativa – proporciona maior controle e eficácia.

Classificação:
- Autarquias em regime comum: são as autarquias que não possuem
nenhuma particularidade que as diferencie das autarquias em geral. São as autarquias
em geral.
- Autarquias em regime especial: são aquelas que possuem características
próprias, que as tornam "especiais", se comparadas com as autarquias comuns, como
maior autonomia administrativa, técnica ou financeira. Cada autarquia especial tem a
sua peculiaridade.
As agências reguladoras são espécies do gênero autarquias em regime
especial
As agências reguladoras no Brasil foram criadas na década de 90 segundo o
modelo norte americano, com o objetivo principal de regular e fiscalizar as atividades
exercidas por concessionários e permissionários.

Seu conceito é vago, mas para diferencia-las basta verificar se há ou não


caráter econômico. As autarquias são despidas de caráter econômico possuindo
ampla atividade voltada para o cunho administrativo e social
A partir do momento do nascimento da autarquia, a mesma adquire
personalidade jurídica, através da vigência da lei que a instituiu.
É por meio de Atos (Imperativos) e Contratos (Licitação) que as autarquias
realizam suas atividades.
Podendo ser:
- Assistencial (INCRA)
- Previdenciário (INSS)
- Administrativo
- Controle (ANVISA)
- Profissionais (OAB)

 Princípio da legalidade
Todas as autarquias são criadas por meio de lei. Entrando em vigo logo após
sua publicação.
O chefe do Executivo possui competência para criar as autarquias. A lei cria,
logo, somente a lei pode extinguir. Porém, pode sua organização interna ser criada por
meio de decretos.

 Objeto das Autarquias


Atividades típicas do Estado (atividades diversificadas sem cunho econômico)
– Atividades de cunho social e administrativas

 Controle Finalísticos
São os controles exercidos sobre as atividades das autarquias.
- Supervisão ministerial
É o vínculo na qual o AD exerce sobre as atividades da AI para verificar que
estão respeitando sua especialidade.
Seus parâmetros são determinados pela lei de sua criação.

Art.37 CF - § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado


prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.
A responsabilidade civil das autarquias é objetiva, pois está estabelecida em
lei.
Já o Estado, atua com responsabilidade subsidiaria.
Devido regime jurídico uno, o regime jurídico do pessoal é estatutário. Mas,
pode haver celetista, pois houve uma época que foi permitido o regime jurídico duo
Estatutário = Possui estabilidade;
Celetista = Regimes privados (CLT).

FUNDAÇÕES PÚBLICAS

As fundações possuem finalidade públicas, na qual, caso haja lucro, não será
destruída internamente, mas sim, investida para melhor desempenho de suas
atividades.
- Busca melhor eficiência.
- Definição no decreto lei 200/67 – Art.5°, inciso IV:
“Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o
desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de
direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos
respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de
outras fontes.”
Segundo o decreto lei, sua personalidade jurídica é de Direito Privado, contudo,
há entendimentos que o denominam como Direito Público, por fazer parte de
atividades públicas. Logo, há uma dualidade de regimes.
A fundação é autorizada por lei e entra em vigor somente após a criação de
uma lei complementar, salvo quando se trata de direito publico, neste caso a lei cria da
mesma forma que as autarquias, pois se assemelham a ela (fundações autárquicas).
Há dois tipos de fundações; a de direito público, que tem natureza de
autarquia, e a fundação de direito privado instituídas pelo Poder Público:

 Fundações Públicas de Direito Privado


- Também chamadas de fundações estatais
- Desenvolvem atividades socialmente relevantes.
- Diferentes de Fundações Privadas do CC
Não são fundações de caráter privado, visto que possuem algumas
prerrogativas de Direito Público estabelecidas pela CF/88. São fundações públicas (se
submente as regras e princípios do DAP, concurso público, fiscalização).
- Regime jurídico: misto/ hibrido
- Autorizada por lei.
- Controle = Tutela administrativa (vinculo ministral) e tribunal de contas
- Regime de pessoal = Celetista, pois se trata de Direito Privado
- Responsabilidade objetiva, pois se trata de fundação pública.

 Fundações Públicas de Direito Público


- Possuem prerrogativas e sujeições
- Deve seguir
- Chamada também de fundação autárquica ou autarquia fundacional
- São criadas pela lei  Determinado como uma espécie de autarquia.
- Regime pessoal = Estatutário.
- Devem seguir a lei de licitação e possuem contratos administrativos com
clausulas exorbitantes em razão da relação vertical.
- Atos administrativos imperativos.
- Controle = Tutela administrativa (vinculo ministral) e tribunal de contas
- Responsabilidade objetiva

AGENCIAS REGULADORAS

São autarquias em regime especial de controle


Surgiu nos EUA em um contexto pós crise de 29 para maior intervencionismo
do Estado na economia (New Deal) naquilo que foi falho. Foram propostas obras
publicas para gerar empregos e girar capital interno.
Brasil tentou trazer em seu contexto, porém, devido a visão neoliberal da
época, em que se pauta no Estado mínimo e mais entes mais autônomos.

 Conceito
As agencias reguladoras foram concebidas para a disciplina e controle
administrativos sobre os atos e contratos que dizem respeito a prestação cautelas e
reconhecimento de inconstitucionalidade do dispositivo, há portarias exigências de
concurso públicos para a contratação do pessoal.
Porém, diferente dos EUA, estes entes serão autônomos e fiscalizarão a
atividade econômica e serviços públicos sem a intervenção do Estado.

- Os entes podem criar estas agencias desde que respeitem sua competência
- Criação por meio de lei, visto que é uma autarquia
- O chefe do Executivo indica o representante, mas também deve ser aprovado
pelo congresso nacional. Sendo que esta aprovação não ocorre nas autarquias
comuns. É preciso somente a indicação do presidente da república.

 Perda do mandato
Há três formas de perder o mandato:
- Processo administrativo disciplinar (instrumento pelo qual a administração
pública exerce seu poder-dever para apurar as infrações funcionais e aplicar
penalidades aos seus agentes públicos e àqueles que possuem uma relação jurídica
com a administração).
- Processo judicial transitada em julgado
- Renúncia.

 Recurso hierárquico impróprio


- Não há do que se falar disso.
Quando a autoridade superior estiver em outra estrutura da Administração é
considerada impróprio.
O recurso hierárquico impróprio se caracteriza pela possibilidade de revisão
dos atos de uma entidade da administração indireta pelo Ministério a qual estão
vinculadas.
Não deveria ter hierarquia entre a ADM direta e indireta, porém a ADMI recorre
a um ente superior ou com vinculo, caso haja previsão legal.
 Contratação de Pessoal
- Concurso público
- Estatutário.
É preciso ter estabilidade para enfrentar/ fiscalizar/ regular organizações
poderosas e influentes.
Em relação ao regime pessoal, a lei havia estabelecido emprego publico (CLT),
mas houve questionamento no supremo que em sede de medida cautelar, reconheceu
a inconstitucionalidade do dispositivo. Há, portanto, exigências de concurso publico
para a contratação do pessoal.

 Licitação
Deve seguir a lei de licitação rígida e formal
Algumas leis criadoras dessas agencias tentaram esquiva-las da obediência a
lei de licitação e contratos. Essa disposição foi objeto de ADI e o supremo em cautelar
declarou a inconstitucionalidade dos dispositivos.
As agências reguladoras estão sujeitas a seguir a lei de licitação e contratos.
Devem atender ao interesse público.

 Fundamentos principais
- Despolitização (ou desgovernamentalização): É a retirada da política para
melhor na eficiência do trabalho, com ação mais neutra e menos burocrática.
Há críticas perante este fundamento, visto que despolitizar retira o controle do
povo por meio de representação indireta. Assim não podemos interferir, mesmo que a
ideia seja impopular.
É somente por meio da política que se resolve política.
- Celeridade: Uma atuação mais célebre, menos democrática e mais prático.

AGENCIAS EXCECUTIVAS
Podem ser autarquias ou fundações publicas
Voltadas para a operacionalidade das atividades administrativas.
Agencias autônomas que visam o gasto mínimo e mais eficiência
 Conceito
Considera-se agencias executivas a autarquia ou fundação publica assim
qualificada por ato do chefe do executivo que celebre com a ADMD, a qual ache
vinculado um contrato de gestão com vistas a melhoria de qualidade de gestão, e
eficiências e redução dos custos
Há um contrato de um ano estabelecendo metas para atingir seu objetivo.

 Título jurídico
Essas agencias possuem apenas título jurídico, visto que recebem a renda
para realizarem aquilo que as autarquias e empresas públicas foram criadas para
realizarem.

 Contrato de gestão
Dois requisitos:
- Possuir um plano
- Decreto do chefe do executivo
Art. 51 da Lei 9649/98 - O Poder Executivo poderá qualificar como Agência
Executiva a autarquia ou fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos:
I - Ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento
institucional em andamento;
II - Ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor.

- Estados e Municípios podem ter agencias executivas

1 – Sobre o Direito Administrativo, assinale a alternativa CORRETA:


a) O Direito Administrativo é um ramo autônomo do Direito surgido no século
XX, tendo como atribuição a regulação jurídica da ação política estatal.
b) Há relações evidentes entre esse ramo do Direito e as demais disciplinas do
Direito Público, como o Direito Constitucional e o Direito Tributário, não havendo
relações com o Direito Privado em virtude dos objetos patentemente diferentes das
duas searas.
c) Direito Administrativo pode ser definido como ramo do direito público que
regula uma das funções desenvolvidas pelo Estado: a função administrativa.
d) Direito Administrativo foi criado de forma concomitante à unificação do
Estado-Nação europeu após o fim da Idade Média.

2 – Leia as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA:


a) Funções administrativas são aquelas predispostas à gestão dos interesses
da coletividade, através de comandos infralegais ou infraconstitucionais.
b) O Governo corresponde à face do Estado que atua no desempenho da
função administrativa, objetivando atender concretamente os interesses coletivos.
c) A Administração Pública pode ser definida como um núcleo social
politicamente organizado e ordenado, com poder soberano, exercido em um território,
com um povo, para cumprimento de finalidades específicas.
d) Governo e Administração Pública são sinônimos, realizando a mesma
atividade.

3 – Assinale a alternativa INCORRETA:


a) Discurso oficial do regime militar era o da ortodoxia econômica.
Constituições da época chegaram a incorporar o “princípio da subsidiariedade”, sendo
o Estado visto como subsidiário da iniciativa privada. Pode-se dizer que houve a
introdução da lógica empresarial como prática administrativa.
b) Em face do Decreto-Lei 200/67 a Administração Pública Federal reparte-se
em Direta e Indireta.
c) Reforma administrativa da ditadura militar foi criada por comissão presidida
por Roberto Campos, e não foi debatida no Congresso, sendo promulgada
diretamente pelo Marechal Castello Branco por decreto-lei.
d) A reforma administrativa operada pelo Decreto-Lei 200/67 terá sua essência
alterada na década de 1990 com a Reforma Gerencial promovida pelo governo
Fernando Henrique, que adotou a lógica publicística para que houvesse convergência
entre serviços e políticas públicas.

4 – Sobre os princípios constitucionais relativos à Administração Pública,


marque a alternativa correta:
a) Pode-se afirmar que moralidade não se confunde com a legalidade
administrativa. Norma ou atividade pode estar em perfeita situação do ponto de vista
legal, mas moralmente deficiente, caso não represente atitude ética e de boa-fé.
b) Diferentemente dos particulares, o Poder Público é regido pelo princípio da
legalidade estrita. Logo, o Estado pode fazer tudo aquilo que a lei não proíbe;
c) Na relação administrativa, a vontade da Administração é a que decorre da
autonomia da vontade e da lei (princípio da legalidade);
d) Princípio da Impessoalidade significa que atos administrativos são
imputáveis ao funcionário público que os pratica, de sorte que ele é autor institucional
do ato;

5 – São princípios constitucionais expressos relativos à Administração


Pública:
A) Autonomia e parcialidade.
B) isonomia e celeridade.
C) legalidade e eficiência.
D) proporcionalidade e pessoalidade.

1 – Sobre as Intervenções Estatais na Propriedade, marque a alternativa


incorreta:
a) Não há que se falar em dever indenizatório estatal na ocupação temporária.
b) A ocupação temporária também afeta a exclusividade do direito de
propriedade.
c) A ocupação temporária tem, para a maioria dos autores, características
próprias e não se identifica com outras modalidades, apesar das semelhanças.
d) Reconhece-se hoje a possibilidade de ocupação temporária para
necessidades públicas temporárias, como realização de campanhas de vacinação ou
coleta de votos em época eleitoral, situações que não justificam desapropriação.
2 – Sobre a desapropriação, assinale a alternativa correta:
a) A desapropriação-confisco incide apenas sobre a área efetivamente
plantada, onde forem cultivadas plantas psicotrópicas.
b) A função social da propriedade rural é multifatorial, já que envolve a
produtividade e o elemento ambiental, entre outros.
c) Desapropriação é decorrência da supremacia do interesse privado que
permite ao ente público restringir o exercício do direito de propriedade, para adequá-
los aos interesses dos indivíduos.
d) Para que se legitime a desapropriação de bens públicos, exigível será
apenas a autorização por Decreto específico para tal desiderato, tal como ocorre em
relação aos bens privados.

3 – Sobre a desapropriação, assinale a alternativa INCORRETA:


a) A fase declaratória da desapropriação pode ser por iniciativa do Legislativo,
por meio de Lei, sendo que nesse caso cabe ao Executivo praticar atos necessários à
sua execução.
b) A despeito da regra geral ser da indenização prévia, justa e em dinheiro, há
apenas duas exceções que dizem respeito à desapropriação para fins de reforma
agrária e à desapropriação para fins urbanísticos.
c) A desapropriação é privativa das entidades políticas. Mas a própria lei pode
atribuir essa competência a outras entidades da Administração Indireta.
d) Na desapropriação, o poder público transfere para si a propriedade de
terceiro, suprimindo direito de propriedade anteriormente existente.

4 – Sobre as Intervenções Estatais na Propriedade, marque a alternativa


incorreta:
a) As servidões administrativas são restrições gerais e abstratas emanadas do
exercício do poder de polícia administrativa do Estado, que atingem o caráter absoluto
da propriedade, tolhendo o poder de uso, gozo e disposição de um número
indeterminado de propriedades particulares.
b) Limitações administrativas se sujeitam aos limites da reserva legal, recaindo
a competência para impô-las sobre o ente da federação a quem o constituinte atribuiu
prerrogativa para legislar sobre a matéria.
c) Estados contemporâneos reconhecem e garantem a propriedade privada,
mas condicionam o uso, gozo e disposição dessa propriedade ao bem-estar social.
d) Há jurisprudência do STJ reconhecendo que determinadas limitações
administrativas podem trazer prejuízo aos proprietários gerando a obrigação de
indenizar.

5 – Sobre os Serviços Públicos, assinale a alternativa INCORRETA:


a) Primeiras noções de Serviços Públicos surgiram na França com a Escola de
Serviço Público, liderada por Duguit e Jéze.
b) Apesar da definição variar de autor para autor, pode-se dizer que serviço
público é atividade administrativa prestada pelo Estado ou por seus delegados, sob
regime total ou parcialmente público, destinada a atender interesses públicos e
coletivos.
c) A tendência atual é a aproximação de duas noções de Serviços Públicos, a
baseada no modelo francês e a do modelo americano.
d) Diferente do direito francês (serviço público de titularidade estatal), o Brasil
sempre seguiu o modelo americano das public utilities, titularizadas por particulares,
mas com limitações estatais (poder de polícia).

6 – Sobre as entidades da Administração Indireta, marque a alternativa


correta:
a) A empresa pública pode ser definida como a pessoa jurídica de direito
público, integrante da Administração Indireta, criada por lei para desempenhar funções
que sejam próprias e típicas do Estado.
b) Autarquias se submetem ao poder hierárquico do ente político que a criou.
c) A lei de criação da autarquia deve ser da iniciativa privativa do Chefe do
Executivo.
d) Uma Sociedade de Economia Mista é parte do setor privado, não sendo
classificada como estatal.

7 – Marque a alternativa INCORRETA:


a) Quando o Estado institui pessoa jurídica sob a forma de fundação, ele pode
atribuir a ela regime jurídico administrativo, com todas as prerrogativas e sujeições que
lhe são próprias, ou subordiná-la ao Código Civil, neste último caso, com derrogações
de normas de direito público.
b) Se for criada sob o regime de direito público, a fundação pública terá
natureza jurídica de autarquia e recebe o nome de autarquia fundacional.
c) Se forem criadas com personalidade jurídica de direito privado, se
submeterão a um regime misto, no qual, as regras de direito civil são derrogadas por
restrições impostas pelo direito público.
d) Às fundações públicas se aplica o regime jurídico único para nomeação de
servidores, mediante aprovação regular em concurso público, salvo as contratações
temporárias realizadas nos moldes do art. 37, IX da Carta Magna e a nomeação de
servidores para exercerem cargos em comissão de livre nomeação e exoneração para
exercício de atividades de direção, chefia e assessoramento.

8 – A Constituição determina que em caso de iminente perigo público, a


autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao
proprietário indenização ulterior, se houver dano. Assinale a modalidade de
intervenção na propriedade a que o trecho anterior diz respeito:
a) Requisição Administrativa;
b) Servidão Administrativa;
c) Desapropriação Indireta;
d) Tredestinação.
ATO ADMINISTRATIVO

- Os atos adm são diversificados.


- Seus atos tem origem na administração publica por meio do poder imperativo.
Devemos seguir concordando ou não.
- O ato administrativo é espécie de gênero do ato jurídico regido pelo Direito
Público, do qual se vale o Estado ou quem age em seu nome, para exprimir
unilateralmente uma declaração de vontade fundada na lei e voltada ao desemprenho
de funções administrativas na gestão do interesse coletivo.
- O ato pode ser delegado a um representante.
- Os atos são infralegais. Complementam as leis.

 Atributos
- Presunção: Juridicidade (de acordo com a lei e CF) e Veracidade (seja
verdade). Podendo ser contestada.

- Imperatividade: É valido e se impõe, independente da concordância.


A imperatividade é a qualidade do ato administrativo de impor obrigações aos
administrativos independentemente da concordância deles. Ela não existe em todos os
atos, mas apenas naqueles que impõe obrigações.

- Exigibilidade: Coerção indireta. Tem forma de coerção para que cumpra


aquilo que impôs.
Ex. Multas.

- Executoriedade: Coesão direta. Não necessita de autorização.


A administração pode por si só conferir imediata efetividade aos seus atos.
Pode ela compelir materialmente o administrado independentemente das vias judiciais
para cumprimento da obrigação que ela previamente impôs (imperatividade) e exigiu
(exigibilidade).

- Tipicidade: Deve obedecer a lei de forma restrita. Os atos sempre estarão


relacionados com a lei, seja de forma mais distante ou próxima
O ato administrativo é porque a lei autoriza. Caso contrário, não pode haver
ato. É vedada a prática de ato totalmente discricionário, pois os limites estão definidos
na lei.

 Elementos

- São os requisitos que deve seguir.


- Para se constituir validade o ato administrativo de ser editada por um agente
público competente, não basta ser expressado pela administração, sendo necessário
que o agente que atue em nome da administração, declarando a sua vontade que
titularize a competência para tanto.
- Sujeito competente

- Forma: Escrita (para um melhor controle – majoritariamente). Sendo o silencio


administrativo não sendo sinônimo de aceitação.

- Objetivo: Aquilo que o ato almeja.


O objeto tem intima relação com o conteúdo do ato. Trata-se, portanto, do
conteúdo do ato através do qual os administrados manifestam o seu poder e a sua
vontade ou simplesmente atua para a sua existência. O objeto deve ser licito
(conforme a lei), possível (realizável fática e juridicamente) e determinável ou
determinado.

- Motivos: Causa do ato. Atende as demandas.


O motivo diz respeito a causa que originou a pratica do aro, ou seja, a situação
de direito ou de fato, que determina ou autoriza a prática de ato. Quando o motivo for
deixado a critério do administrador ara decidir se pratica ou não o ato será ele motivo
de fato. Quando o motivo for fixado em lei, será ele motivo de direito, obrigando o
administrador a praticar um ato determinado.

- Finalidades: Satisfação do interesse público.


Há uma relação de causa e efeito entre motivo e finalidade. A finalidade é uma
razão genérica (meio ambiente), o motivo é uma razão especifica (intervém para não
poluir a água).

SERVIÇOS PUBLICOS

- Conceito variável
- Surgimento do conceito na França com a Escola do Serviço Público.
- Influencia com o caso Blanco.
Nessa Escola, tudo o que o Estado fazia era considerado serviço público. Há
um exagero, pois há diversas formas de atuação, logo, tal conceito não é mais
relevante.
- O Serviço Público atente a maioria e obteve além da influencia francesa, mas
também a americana. Em que as agencias vão atuar e fiscalizar.
- Serviços públicos podem ser de forma Direta e Indireta.

 Característica
- Sujeito Estatal: Pode atuar diretamente ou delegar para iniciativa privada.

- Interesse coletivo: O Estado deve atender ao interesse coletivo. Podendo


beneficiar geral (luz da rua) e especial (luz de casa).

- Regime de Direito Público: Criado por lei que se volta para o interesse
coletivo, porém não integralmente, mas sim mesclado.
Não restrita para o poder pública, pois pode as empresas privadas atuarem.
 Principio
- Generalidade: Atua sem discriminar. O serviço publico é algo importante e
deve atingir o maior numero de pessoas. Sendo ela impessoal de igualdade a todos os
usuários.

- Continuidade: A prestação de serviço deve ser continua não havendo pausas


desnecessárias, pois afetará a coletividade.

- Eficiência: Serviço adequado com pouco custo. Deve ser prestado de forma
eficiente.

- Modicidade: Serviço acessível, com preço baixo para ninguém ser


prejudicado.

 Tipos de Estado e Serviço Publico

- As duas “crises” do serviço publico


a-) Do Estado Liberal para o Estado Intervencionista
b-) Neoliberalismo e o ataque ao serviço público.

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