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Introdução
O presente trabalho de investigação científica da cadeira de Direito administrativo nele ira
abordar os seguintes temas: falar de forma detalhada sobre a administração pública e privada e
também falar dos 3 sistemas administrativos Tradicional, Britânico e Francês.
Sendo a administração pública a Administração Pública tem características próprias e específicas,
daí que torna-se impossível reger-se pelos mesmos princípios que as administrações privadas
distinguem-se pelo objecto sobre que incidem, pelo fim que visam prosseguir, e pelos meios que
utilizam.
Deste modo, o presente trabalho tem como objectivo em explicar alguns conceitos relacionados
com a cadeira de direito administrativo.
A cadeira de Direito Administrativo visa essencialmente familiarizar os estudantes de
Administração Pública com os conceitos básicos e fundamentais, as normas e princípios chaves
reguladores da organização e funcionamento da Administração Pública, da sua actividade e
garantias dos cidadãos, do Estado, das empresas e dos particulares em geral face a ela. Em
simultâneo, procura-se reunir alguns dados do Direito do Direito Administrativo moçambicano
que facilitam o conhecimento das especificidades do das regras que norteiam a actualização da
Administração.
Quanto a estrutura, este trabalho contém uma introdução, o desenvolvimento dos temas, a parte
conclusiva e a sua respectiva bibliografia.
Para que o trabalho fosse feito com sucesso, foi graças a consulta de várias obras concernentes
aos temas dado pelo docente. Assim, as criticas e sugestões estão bem-vindas, pois só com elas é
que iremos melhorar nos próximos trabalhos do campo.
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Administração Pública e Administração Privada

Miranda.J.(2012)”afirma que embora tenham de comum o serem ambas administração, a


administração pública e a Administração privada distinguem-se pelo objecto sobre que incidem,
pelo fim que visam prosseguir, e pelos meios que utilizam”.
A Administração Pública tem características próprias e especificas, daí que torna-se impossível
reger-se pelos mesmos princípios que a administração privada. A Administração Pública é um
instrumento do poder político na medida em que as suas organizações públicas encontram-se
dependentes das vontades políticas dos representantes da colectividade e tem uma sobrevivência
dependendo de dotações orçamentais; ao passo que a Administração privada depende
essencialmente do mercado.
Há 3 diferenças entre Administração Pública e privada: que distingue-se através do objecto, fim e
meio.
Segundo Caetano citados por Noé F.G (2000 p.23)” afirma que a Administração publica e
privada a diferença existe quanto ao seu objecto, fim e meio. ″
 Quanto ao objecto a Administração Pública incide sobre as necessidades colectivas e
administração privada sobre necessidades individuais ou particulares. Para uma necessidade
ser considerada de colectiva ela deve atingir a generalidade do público. Só a colectividade é
que pode assumir as necessidades colectivas como tarefas principais por satisfazer, ao passo
que as necessidades individuais, porque não atingem a generalidade da colectividade, são
assumidas de forma particular, pela administração privada.
 Quanto ao fim a Administração Pública, prossegue sempre o interesse público ou colectivo.
Os serviços públicos só podem prosseguir o interesse público, ao passo que a administração
privada tem em vista interesses particulares ou pessoais. São fins sem vinculação necessária
ao interesse geral da colectividade.
 Quanto ao meio A Administração Pública traduz-se na satisfação de necessidades colectivas,
pelo que ela deve realizar sem encontrar resistências dos particulares. É nesta perspectiva que
a Lei permite que os serviços públicos utilizem meios coercivos para impor-se aos
particulares, sem depender do seu consentimento, fazendo mesmo contra a sua vontade. O
que caracteriza a Administração Pública é o seu comando unilateral, sob forma de acto
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normativo regulamento administrativo ou decisão concreta e individual acto administrativo e


não na forma de contrato administrativo.
Ao passo que na administração privada, há uma igualdade entre as partes, na medida em que
usam os mesmos meios jurídicos. Sendo os particulares iguais entre si, ninguém pode impor ao
outro a sua própria vontade, salvo se for decorrente de um acordo previamente estabelecido.
Portanto, o contrato é que caracteriza o funcionamento da administração privada.
Administração privada não pode, como meio, usar a autoridade, na medida em que a Lei não a
Permite.
Função Política e administração pública

Lei 16/2012, de 14 de Agosto Na política, enquanto actividade pública do Estado, tem um fim
específico: definir o interesse geral da colectividade. A administração pública existe para
prosseguir outro objectivo: realizar o interesse geral definido pela política.
O objecto da política são as grandes opções ou orientações tendentes a resolver os grandes
problemas que o país estado enfrenta ao traçar o seu destino colectivo. O da administração
pública é a satisfação regular e contínua das necessidades colectivas de segurança, cultura e bem-
estar económico e social.
Amaral.D.(2002)”Afirma que política tem natureza criadora, cabendo-lhe momento inovar em
tanto quanto seja fundamental para a conservação e o desenvolvimento da Comunidade estadual
ou nacional”.
A administração pública tem pelo contrário a natureza executiva, consistindo sobretudo em por
em prática as orientações tomadas e nível político.
A política tem carácter livre e primário, apenas limitada em certas zonas pela Constituição, ao
passo que a administração pública tem carácter condicionado e secundário, achando-se por
definição subordinada às orientações da política e da legislação. De tudo resulta que a política por
natureza pertence aos órgãos superiores do Estado.
Órgãos de Soberania, enquanto a administração pública, ainda que sujeita à direcção e
Fiscalização desses órgãos, está na maioria dos casos entregue aos órgãos secundários e
Subalternos, bem como aos funcionários e agentes administrativos, a numerosas entidades e
Organismos não estaduais. Em democracias, os órgãos políticos são eleitos directamente pelo
povo a nível nacional ou ao nível local.
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Órgãos Autárquicos, em eleições genuínas, isto é, livres, justas e transparentes, ao passo que os
órgãos administrativos são nomeados ou, então, eleitos por colégios eleitorais restritos. O
governo é simultaneamente um órgão político e administrativo, que embora seja um órgão
político de Soberania não é eleito, mas sim nomeado cujo o início e manutenção das suas funções
depende da Assembleia da República ou do Parlamento.
A política e administração pública não são actividades insensíveis uma à outra. Desde cedo, nas
sociedades humanas, a administração pública, em qualquer regime e em qualquer época sofre
influência directa da política: a administração pública em democracia não é idêntica à
administração pública em ditadura; e o âmbito, as funções e os meios da administração pública
variam grandemente conforme a opção política fundamental for liberal ou socialista.
Segundo Caetano, citado por Noé F.G (2000 p.25) ″ a política, enquanto actividade pública do
Estado, tem um fim específico: definir o interesse geral da colectividade. ″ Legislação e
administração pública
Em opinião de muitos estudiosos deste assunto, a função legislativa encontra-se no mesmo plano,
ou ao mesmo nível, que a função política e por este facto as características apontadas na alínea
anterior para distinguir a política e administração pública servem igualmente para estabelecer a
distinção entre a administração e a legislação. Na verdade, também a legislação define opções,
objectivos, normas abstractas, enquanto a administração executa, aplica e põe em prática o que
lhe é superiormente determinado.
A diferença principal entre a legislação e administração pública está em que, nos dias de hoje, a
administração pública é uma actividade subordinada à lei: a lei é o fundamento, o critério e o
limite de toda a actividade administrativa.
Segundo Caetano citados por Noé, (2001 p.27) importa dizer que nos dias de hoje, a
administração pública é uma actividade subordinada à lei: a lei é o fundamento, o critério e o
limite de toda a actividade administrativa. ″
Justiça e administração pública

Estas duas actividades têm importantes traços comuns: ambas são actividades secundárias,
executivas, subordinadas à lei. Todavia, têm traços relevantes que as distinguem: a justiça
consiste em julgar e a administração pública consiste em gerir ou administrar. Ou mesmo visa
aplicar o direito aos casos concretos.
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A Administração pública visa prosseguir interesses gerais da colectividade. A justiça aguarda


passivamente que lhe tragam os conflitos. Sobre os quais deve se pronunciar, a administração
toma a iniciativa de satisfazer as necessidades colectivas que lhes são confiadas. A justiça está
acima dos interesses, é desinteressada, não é parte nos conflitos que decide, a administração
pública defende e prossegue os interesses colectivos a seu cargo.
Consequentemente, a justiça é assegurada pelos tribunais cujos juízes são independentes no seu
julgamento e inamovíveis no seu cargo; pelo contrário, a administração pública é exercida por
órgãos e agentes hierarquizados, de modo que em regra os subalternos dependem dos superiores,
devendo-lhes obediência nas decisões que tomam e podendo ser transferidos ou removidos
livremente para lugar diverso.
Cumpre por último acentuar que do princípio da submissão da administração pública à lei, atrás
referida, decorre um outro princípio, não menos importante o da submissão da administração
pública aos tribunais, para apreciação e fiscalização dos seus actos Administrativos.
Em conclusão, podemos sublinhar o seguinte:
 Que a Administração Pública em sentido orgânico é o sistema de órgãos, serviços e agentes
do Estado, bem como das demais pessoas colectivas públicas, que asseguram em nome da
colectividade a satisfação regular e contínua das necessidades colectivas de segurança, cultura
e bem-estar;
 Que a administração pública em sentido material é actividade típica dos serviços públicos e
agentes administrativos desenvolvida no interesse geral da colectividade, com vista à
satisfação regular e contínua das necessidades colectivas de segurança, cultura e bem-estar,
obtendo para o efeito os recursos mais adequados e utilizando formas mais convenientes.
 Que a administração pública em sentido material ou objectivo é actividade típica dos
organismos e indivíduos, que sob direcção ou fiscalização do poder político, desempenham
em nome da colectividade a tarefa de prover à satisfação regular e contínua das necessidades
colectivas de segurança, cultura e bem-estar económico e social, nos termos estabelecidos
pela legislação aplicável e sob o controlo dos tribunais competentes.
Sublinhe-se, também, que a Administração Pública não se limita ao Estado: inclui-o, mas ou
comporta muitas outras entidades e organismos. Portanto, nem toda a actividade administrativa
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do Estado, isto quer dizer que a administração não é uma actividade exclusiva do Estado. Pois, ao
lado do Estado ou sob a sua égide, há muitas outras instituições administrativas que não se
confundem com ele, que têm personalidade própria, e constituem por isso entidades política,
jurídica e sociologicamente distintas. É o caso dos municípios, das universidades, dos institutos
públicos, das associações públicas, e das pessoas colectivas de utilidade pública, entre outras, que
constituem formas autónomas de administração pública.
Governo e Administração Pública são entidades diferentes, mais indissociáveis e
interdependentes.
Segundo Caetano, citado por Noé, (2001 p.31) conclui que A Administração Pública varia no
plano organizativo, segundo os modelos de governo, e conforme as características de cada país
nos níveis económico, social e cultural. Actua, também de acordo com as formas e os limites
estabelecidos pelo Direito Público. ″
De modo geral, a Administração Pública abrange:
 A Administração Directa centralizada, da qual fazem parte: o Poder Legislativo, o Poder
Executivo e o Poder Judiciário.
 A Administração descentralizada, composta por órgãos e unidades componentes, com
personalidade jurídica de Direito Público e com autonomia administrativa e financeira, como
as autarquias locais e outras;
 A Administração Indirecta, integrada por instituições e organizações com personalidade
jurídica de Direito Privado que actuam por concessão da Administração Pública, como as
Empresas Públicas.
Sistemas administrativos:

Segundo Caetano. (1927 p.50) ″ afirmam que o sistema administrativo é o modo jurídico de
organização, funcionamento e controle da Administração Pública.
A História e o Direito Comparado mostram com clareza os sistemas administrativos, tipificando
os e distinguindo-os segundo as respectivas características e, localizando-os no espaço e no
tempo.
Neste modo nos interessa directamente falar de três tipos fundamentais de Sistemas
Administrativos:
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O sistema tradicional, o sistema tipo britânico e o sistema tipo francês.


O sistema tradicional vigorou na Europa Ocidental até aos séculos XVII e XVIII e assentava nas
Seguintes características:
 Indiferenciação das funções administrativas e jurisdicionais e, consequentemente,
inexistência de uma separação rigorosa entre os órgãos do poder executivo e do poder
judicial;
 Não subordinação da Administração Pública ao Direito e, consequentemente, a inexistência
de garantias jurídicas dos particulares face à Administração Pública. Durante o período em
que vigorou o sistema tradicional não havia separação de poderes nem Estado de Direito.
Viveu-se, na Europa, durante séculos, até ao final do período do absolutismo sem separação
de poderes e sem Estado de Direito. Este panorama foi alterado a partir de 1688, com a
Grande Revolução em Inglaterra, e de 1789, com a Revolução Francesa.
Com a consagração do princípio de separação de poderes, com o nascimento do Estado de direito
e com a proclamação solene dos Direitos do Homem e do Cidadão, em França, o sistema
tradicional deixou de vigorar e estabelecem-se os sistemas administrativos modernos nos pós
revoluções liberais.
 Estado Absoluto (máxima concentração do poder no rei: a vontade do rei é lei e as regras
jurídicas definidoras do poder são exíguas, vagas, parcelares e quase todas não reduzidas e
escrito;
 Estado de Direito é o Estado em que, para garantia dos direitos dos cidadãos, se estabelece
juridicamente a divisão do poder e em que o respeito pela legalidade se eleva a critério da
acção dos governantes;
Princípio de Separação de Poderes

O Princípio de Separação de Poderes teve a sua consagração efectiva no séc. XVIII, primeiro na
Revolução americana e depois na Revolução francesa.
O princípio se encontra traduzido nos planos do Direito Constitucional e do Direito
Administrativo.
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No plano do Direito Constitucional, o princípio visa retirar ao rei e aos seus ministros a função
de legislar, deixando-os apenas com a função política e a função administrativa. E foi assim que
se deu a separação entre o Executivo e o Legislativo;
No plano do Direito Administrativo, o princípio visa retirar à Administração Pública a função
judicial e aos tribunais a função administrativa. Foi a separação entre a Administração Pública e a
Justiça.
Consequência directa do princípio
 Separação dos órgãos administrativo executivo, legislativo e judicial, e a cada órgão com,
atribuições próprias;
 Aparecimento de incompatibilidades das magistraturas;
 Independência recíproca da Administração e da Justiça;
Poder É a possibilidade atribuída a alguém de eficazmente ou ineficazmente impor aos outros a
respeito da própria conduta ou traçar a conduta alheia.
Os Principais Poderes do Estado
Lei nº 7/2012, de 8 de Fevereiro Poder Legislativo é o poder de legislar, criar e sancionar as leis.
O objectivo do poder legislativo é elaborar as normas de direito de abrangência geral ou
individual que são aplicadas a toda sociedade, objectivando a satisfação dos grupos de pressão; a
administração pública; em causa própria e distender a sociedade.
Poder Executivo
O Poder Executivo é o poder do Estado que, nos moldes da Constituição de um país, possui a
atribuição de governar o povo e administrar os interesses públicos, cumprindo fielmente as
ordenações legais.
O poder executivo pode assumir diferentes faces, conforme o local em que esteja instalado.
Presidencialismo o líder do poder executivo, denominado Presidente é escolhido pelo povo para
mandatos regulares acumulando a função de chefe de Estado e de chefe de governo.
Parlamentarismo o poder executivo depende do apoio directo ou indirecto do parlamento para
ser constituído e para governar. Este apoio costuma ser expresso por meio de voto de confiança.
Não há, neste sistema de governo, uma separação nítida entre os poderes Executivo e Legislativo,
ao contrário do que acontece no Presidencialismo.
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Semipresidencialista no qual o chefe de governo geralmente com o título de primeiro-ministro e


o chefe de Estado geralmente com o título de presidente compartilham em alguma medida o
poder executivo, participando ambos, do quotidiano da Administração Pública de um Estado. O
Presidente cuida das relações exteriores, o Primeiro-Ministro das relações internas, sob
observação do presidente.
Poder Judicial
O Poder Judicial ou Poder Judiciário é um dos três poderes do Estado moderno na divisão
preconizada por Montesquieu em sua teoria de separação dos poderes. É exercido pelos juízes
que possuem a capacidade e a prerrogativa de julgar, de acordo com as regras constitucionais e
leis criadas pelo Poder Legislativo em determinado País.
Locke (1968 p.53)″ afirma que O Princípio de Separação de Poderes teve a sua consagração
efectiva no séc. XVIII, primeiro na Revolução americana e depois na Revolução francesa. ″
Sistema administrativo do tipo britânico

As suas características são as seguintes:


 Estado de Direito: respeito pelos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, consagrados no
Bill of Rights
 Descentralização: distinção entre Administração Central e Administração Local;
 Sujeição da Administração aos Tribunais Comuns: a Administração Pública é submetida ao
controlo jurisdicional dos tribunais comuns;
 Execução judicial das decisões administrativas: a Administração Pública não pode executar as
decisões por autoridade própria, fá-lo mediante mandados judiciais (sentenças proferidas
pelos tribunais);
 Garantias jurídicas dos administrados: os particulares dispõem de um sistema de garantias
contra ilegalidades e abusos da Administração Pública. Estas são as características essenciais
do sistema administrativo do tipo britânico – também chamado sistema de administração
judiciária, dado o papel preponderante nele exercido pelos tribunais.
O sistema é oriundo da Inglaterra e vigora hoje em dia na generalidade dos países anglo-saxónico
e em alguns países da América Latina.
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Segundo Locke, Citado por Noé, (1968 p.55) ″ diz que O sistema é oriundo da Inglaterra e vigora
hoje em dia na generalidade dos países anglo-saxónicos e em alguns países da América Latina”.
Sistema administrativo do tipo francês

Este sistema tem as seguintes características:


 Separação de Poderes: Legislativo, Executivo e Judicial – com a Revolução Francesa de
1789, consagrou-se o Princípio de Separação de Poderes, onde a Administração ficou
separada da Justiça;
 Estado de Direito: enunciam-se solenemente direitos subjectivos públicos invocáveis pelo
indivíduo contra o Estado – respeito pela Lei Fundamental;
 Centralização: com a Revolução Francesa uma nova classe social e uma nova elite chega ao
poder;
 Sujeição da Administração aos Tribunais Administrativos: o poder executivo não pode
imiscuir-se nos assuntos da competência dos tribunais e estes, também não poderiam
interferir no funcionamento da Administração;
 Subordinação da Administração ao Direito Administrativo: a Administração Pública
subordina-se ao Direito Administrativo, tendo poder de autoridade o Privilégio de Execução
Prévia, os tribunais anulam as decisões administrativas que acharem ilegais;
 O privilégio de execução prévia: o Direito Administrativo confere à Administração Pública
poderes exorbitantes sobre cidadãos, por comparação com os poderes Normais reconhecidos
pelo Direito Civil aos particulares nas suas relações entre
 Garantias jurídicas dos administrados: o Estado de Direito oferece aos particulares um
conjunto de garantias jurídicas contra os abusos e ilegalidades da Administração Pública.
Estas são as características essenciais do sistema administrativo de tipo francês também chamado
sistema de administração executiva, dada a autonomia aí reconhecida ao poder executivo
relativamente aos tribunais.
Este sistema nasceu na França e vigora hoje em dia em quase todos os países da Europa ocidental
continental e em muitos dos novos Estados que nasceram da descolonização no século XX depois
de terem sido colónias desses países europeus. Há, é óbvio, numerosas variantes nacionais.
Moçambique pretende pertencer a este grupo. Fazendo uma confrontação entre os sistemas
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francês e britânico podemos concluir que tem de comum o facto de consagrarem ambos a
separação de poderes e o Estado de Direito.
Os sistemas administrativos mais seguidos no mundo são os sistemas modernos de tipo britânico
e do tipo francês, cada um com sua natureza e pureza teórica original, embora haja entre eles
alguns pontos comuns.
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Conclusão
Após termos feito o trabalho, concluímos que há que ter em conta que estudar depende da
capacidade de fazer escolhas e organizar-se nos seus hábitos. Essas habilidades devem ser
aprendidas para que se tenha sucesso na vida universitária.
Alguns aspectos são importantes para o acto de estudar tais como: a atenção; a memória e a
associação de ideias.
A aprendizagem, em nível universitário, só se realiza mediante o esforço individualizado e
autónomo do aluno”. Isso significa dizer quem faz a universidade boa ou má é o estudante, este é
o principal actor do processo, pela sua participação no processo de construção do conhecimento.
A referência bibliográfica é crucial pois fundamenta a pesquisa, sendo assim a base de todo o
trabalho, permitindo a identificação das informações expostas, assim dando a oportunidade de
confirmar a fonte de onde foi extraída, permitindo que o seu uso seja feito sempre que houver a
necessidade de pesquisa.
Nenhum país civilizado ou moderno pode deixar de ter Administração Pública, ou deixar de
desenvolver uma actividade administrativa. Mas nem todos têm o Direito Administrativo e, este
não se reveste a mesma natureza de país para país. Vimos que o Direito Público regula as
relações e interesses do Estado entre seus agentes e a colectividade e visa o bem-estar comum,
especificado em normas aprovadas por representantes do Povo, escolhidos democraticamente.
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Bibliografia
AMARAL .D. & Idalberto.(2002) Função Política e administração pública. (edição compacta),
7ª ed. Editora Atlas S.A., São Paulo, 2002.
Miranda.J.(2012) Administração Pública e Administração Privada. Direito Constitucional III,
Revisto e actualizado, Ass. Acad. Da Faculdade de Direito, Pag. e Impressão Lisboa,
2003.
Moçambique. Lei nº 7/2012, de 8 de Fevereiro, que aprova a lei de base da Organização e
Funcionamento da Administração Pública moçambicana;
Moçambique. Lei 16/2012, de 14 de Agosto: Lei da Probidade Pública.
Noé ,F.G, Caetano. M,& Locke .J (2000) Administração Pública e Administração Privada.
Direito Administrativo. Moçambique: UCM-BEIRA.

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