Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
· Orgânico; e
ADMINISTRAÇÃO PRIVADA
Tanto pode tratar-se de fins lucrativos como de fins não econômicos e até nos indivíduos mais
desinteressados, de fins puramente altruístas. Mas são sempre fins particulares sem vinculação
necessária ao interesse geral da colectividade, e até, porventura, em contradição com ele.
A Política, enquanto atividade pública do Estado, tem um fim específico: definir o interesse
geral da atividade. A Administração Pública existe para prosseguir outro objectivo: realiza em
termos concretos o interesse geral definido pela política.
O objecto da Política, são as grandes opções que o país enfrenta ao traçar os rumos do seu
destino colectivo. A da Administração Pública, é a satisfação regular e contínua das
necessidades colectivas da segurança, cultura e bem-estar econômico e social.
A Política reveste carácter livre e primário, apenas limitada em certas zonas pela Constituição,
ao passo que a Administração Pública tem carácter condicionado e secundário, achando-se
por definição subordinada às orientações da política e da legislação
LEGISLAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
A diferença entre Legislação e Administração está em que, nos dias de hoje, a Administração
Pública é uma atividade totalmente subordinada à lei: é o fundamento, o critério e o limite de
toda a atividade administrativa.
Há, no entanto, pontos de contacto ou de cruzamento entre as duas atividades que convém
desde já salientar brevemente.
De uma parte, podem citar-se casos de leis que materialmente contêm decisões de carácter
administrativo.
De outra parte, há atos da administração que materialmente revestem todos o carácter de uma
lei, faltando-lhes apenas a forma e a eficácia da lei, para já não falar dos casos em que a
própria lei se deixa completar por atos da Administração.
Estas duas atividades têm importantes traços comuns: ambas são secundárias, executivas,
subordinadas à lei: uma consiste em julgar, a outra em gerir.
A Justiça visa aplicar o Direito aos casos concretos, a Administração Pública visa prosseguir
interesses gerais da colectividade. A Justiça aguarda passivamente que lhe tragam os conflitos
sobre que tem de pronunciar-se; a Administração Pública toma a iniciativa de satisfazer as
necessidades colectivas que lhe estão confiadas. A Justiça está acima dos interesses, é
desinteressada, não é parte nos conflitos que decide; a Administração Pública defende e
prossegue os interesses colectivos a seu cargo, é parte interessada. (CAETANO , 1997)