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ESTADO

O Estado é um ente personalizado, apresentando-se não apenas


exteriormente, nas relações internacionais, como internamente, neste caso
como pessoa jurídica de direito público, capaz de adquirir direitos e contrair
obrigações na ordem jurídica.
Em nosso regime federativo, por consequência, todos os componentes da
federação materializam o Estado, cada um deles atuando dentro dos limites de
competência traçados pela Constituição.
Os Poderes de Estado figuram de forma expressa em nossa Constituição: são
Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o
Executivo e o Judiciário (art. 2º).
A cada um dos Poderes de Estado foi atribuída determinada função. Assim, ao
Poder Legislativo foi cometida a função normativa (ou legislativa); ao Executivo,
a função administrativa; e, ao Judiciário, a função jurisdicional.
Entretanto, não há exclusividade no exercício das funções pelos Poderes. Há,
sim, preponderância.
Função administrativa: “A administrativa é a atividade do Estado para realizar
seus fins, debaixo da ordem jurídica”
Pode dizer-se que função administrativa é aquela exercida pelo Estado ou por
seus delegados, subjacentemente à ordem constitucional e legal, sob regime
de direito público, com vistas a alcançar os fins colimados pela ordem jurídica.
a função administrativa haveria de ter duas faces: a primeira relativa ao sujeito
da função (aspecto subjetivo); a segunda relativa a
Para a identificação da função administrativa, os autores se têm valido de
critérios de três ordens:
1º) subjetivo, que dá realce ao sujeito ou agente da função;
2º) objetivo material, pelo qual se examina o conteúdo da atividade; e
3º) objetivo formal, que explica a função pelo regime jurídico em que se situa a
sua disciplina.
Nenhum critério é suficiente, se tomado isoladamente. Devem eles
combinar-se para suscitar o preciso contorno da função administrativa. os
efeitos da função no mundo jurídico (aspecto objetivo formal).
Federação
A federação, como forma de Estado, “foi a forma mais imaginosa já inventada
pelo homem para permitir a conjugação das vantagens da autonomia política
com aquelas outras defluentes da existência de um poder central”.
Características:
● Descentralização política- Significa que, além do poder central, outros
círculos de poder são conferidos a suas repartições. No Brasil, há três
círculos de poder, todos dotados de autonomia, o que permite às
entidades componentes a escolha de seus próprios dirigentes.
Compõem a federação brasileira a União Federal, os Estados, os
Municípios e o Distrito Federal (art. 18, CF).
Afigura-se fundamental o sistema de repartição de competências.
Assim, pertencem à União as matérias de predominante interesse nacional; ao
Estado, as de interesse regional; e ao Município, as de interesse local. Trata-se
da prevalência do interesse da entidade federativa.
● Participação da vontade dos Estados na vontade nacional,
representados no Senado Federal (art. 46, CF).

● Poder de auto constituição, conferido de forma expressa aos Estados de


modo a permitir sejam regidos também por suas próprias Constituições
(art. 25, CF). Os Municípios, por sua vez, saíram bastante fortalecidos
na Carta vigente. Embora não se lhes tivesse permitido ter uma
Constituição sob o aspecto formal, admitiu-se fossem regidos por lei
orgânica, de efeitos assemelhados aos que decorrem das Constituições
(art. 29, CF).18
GOVERNO
Um conjunto de atividades, órgãos para conduzir politicamente o Estado.
A adm. pública executa as políticas e diretrizes decididas pelo Governo.
Associada a função política, sendo mutável.
Aspecto subjetivo x objetivo
-ASPECTO OBJETIVO:
Para Renato Alessi, a função administrativa abarca a função de governo ou
política, “que implica uma atividade de ordem superior referida à direção
suprema e geral do Estado em seu conjunto e em sua unidade, dirigida a
determinar os fins da ação do Estado, a assinalar as diretrizes para as outras
funções, buscando a unidade da soberania estatal”. (ALESSI, 1970 apud DI
PIETRO, 2022)
É possível diferenciar o que é político e o que é administrativo de maneira geral
como:
Função política: atividades colegislativas e as de direção;
Função administrativa: serviço público.
-ASPECTO SUBJETIVO:
Repartição entre Executivo e Legislativo.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Sobre a terminologia administração, é preciso levar em consideração que há
sempre uma vontade externa ao administrador lhe impondo uma orientação.
Na administração pública essa vontade decorre da lei, que fixa os objetivos, as
finalidades.
A partir disso, a gente verifica duas formas de conceituar esta terminologia.
Primeiramente, ela se apresenta em dois sentidos: um amplo e outro restrito.
No sentido amplo, a administração pública compreende tanto os órgãos
governamentais quanto os administrativos, e tanto as funções políticas de
traçar metas e diretrizes governamentais quanto as administrativas, de
simplesmente executar as políticas governamentais.
Já no sentido restrito, compreende-se somente os órgãos administrativos e a
função administrativa.
O governo e a função política são o estudo do direito constitucional, no direito
administrativo o objeto é a administração pública em sentido estrito, ou seja, os
órgãos administrativos e a função administrativa.
Sobre a segunda classificação que me referi, podemos dividir a administração
pública em sentido estrito de duas formas: em sentido subjetivo e objetivo.
O subjetivo é um conceito que parte das pessoas, ou seja, trata da
administração pública como um conjunto de órgãos, agentes e entidades que
exercem a atividade administrativa. São as pessoas jurídicas políticas ( a
União, os Estados, municípios e DF – que é a administração direta) e as
pessoas jurídicas com personalidade de direito público ou privado que a lei
opta pela execução indireta (a administração indireta).
Já o conceito objetivo, parte da função, ou seja, é o conjunto de atividades e
funções concretas e imediatas que o estado desenvolve para o alcance do
interesse coletivo. São as atividades administrativas.
No sentido objetivo, administração pública abrange as funções de fomento, de
polícia administrativa, serviço público, de intervenção e a regulação.
Então temos que a administração pública se trata de um conjunto de órgãos,
agentes e entidades que executam as políticas públicas do Estado. Ela é a
máquina administrativa.
A administração pública abrange o fomento, a policia administrativa e o serviço
público. Há quem inclua a intervenção e a regulação também.
Fomento: atividade administrativa de incentivo à iniciativa privada de utilidade
pública. Ex: auxílios financeiros, favores fiscais.
Polícia administrativa: toda atividade de execução das limitações
administrativas. Ex: as notificações, autorizações, sanções, fiscalizações.
Serviço público: atividade para satisfazer a necessidade coletiva. Ex: serviços
postais, instalações de energia elétrica
Intervenção: compreende a regulamentação e fiscalização da atividade
econômica de natureza privada. ex: empresas estatais
Regulação: Atividade estatal de intervenção indireta sobre a conduta dos
sujeitos públicos e privados, de modo permanente e sistemático, para
implementar as políticas de governo e a realização dos direitos fundamentais

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