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A administração direta engloba toda a estrutura vinculada ao centro do poder, sem

autonomia decisória. A indireta, ou descentralizada, são órgãos criados com


personalidade jurídica própria, com autonomia administrativa, financeira e
patrimonial, mas que, nem por isso, perdem suas características de órgãos públicos,
submetendo-se aos mesmos princípios constitucionais destinados à administração
pública em geral, e ao mesmo governo.

Para tanto, é importante ressaltar que é, somente, através dos recursos humanos que
se dará na realidade à ação prevista em lei como necessária a alcançar o interesse
da coletividade organizada. Por meio dos servidores públicos ou agentes públicos
que devem ser profissionais em suas atividades específicas, e permanentes, como o
são os serviços a serem prestados rotineira e continuamente à população é que se
concretizará o interesse da coletividade. Esta estrutura orgânica e humana
encarregada da coordenação e prestação de serviços coletivos, parte integrante e
ativa do governo, mereceu do constituinte um tratamento sistematizado.

Legalidade - a administração, por seus agentes, está absolutamente submetida ao


mandamento legal. «Não há liberdade, nem vontade pessoal na administração pública».
A finalidade da lei, em termos amplos, é o atendimento do interesse público,
portanto, será nulo todo ato que derive de lei individualizadora de destinatários.

Eficiência – «é o princípio que impõe à administração pública a obrigação de


realizar suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, além, por certo, de
observar outras regras, a exemplo do princípio da legalidade.». É preciso entender
que a Constituição Federal também apresenta o sistema de repartição de competências
entre a União Federal, os Estados, Distrito Federal e Municípios, que é
extremamente importante para compreender o relacionamento entre a Administração e
os seus trabalhadores. Portanto, dentre as competências comuns, que estão no texto
constitucional, cabe a cada esfera de governo a competência para organizar os
serviços concernentes à administração pública, o que é reafirmado pelo caput do
art. 37, também da Constituição Federal, condicionando seu exercício aos princípios
e normas que arrola.

Portanto, como última observação necessária, cuide-se de lembrar que a


administração pública, orgânica e humana, não é exclusividade do Poder Executivo e
nem se confunde com quaisquer dos Poderes de governo. Assim, tanto o Legislativo
quanto o Judiciário , contam com seus próprios aparelhos administrativos, que
organizam e gerenciam no exercício de suas independências e para satisfação
exclusiva de seus interesses internos, muito embora seja o Poder Executivo, por sua
própria função de dar concretude aos serviços destinados ao público e definidos em
lei, que detém a maior estrutura. Também na esfera municipal, verifica-se, sem que
se confundam os representantes políticos eleitos com os servidores administrativos,
destacam-se e são independentes entre si, a administração executiva e a
administração do legislativo. A expressão administração pública é utilizada com
diversos significados.

Quando levamos em consideração quem exerce a atividade, podemos classificar a


administração pública em direta ou indireta. O mesmo ocorre quando a União, por
meio de um hospital federal, realiza uma cirurgia no âmbito do SUS. Nesses casos, a
Polícia Federal, o hospital federal e as Forças Armadas são órgãos da própria
União. São, portanto, administração pública direta.

São exemplos de entidades da administração indireta as agências reguladoras, como a


ANATEL, ANEEL e a ANP, que são autarquias federais responsáveis pela fiscalização e
pela regulação de atividades ligadas a telecomunicações, energia elétrica, petróleo
e seus derivados. Correios e Caixa Econômica são os principais exemplos de empresa
pública.

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