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Contudo, há diferenças:
JUSTIÇA:
- A justiça julga;
- A justiça aplica o direito aos casos concretos;
ADMINISTRAÇÃO:
- A administração gere;
- A administração é um conjunto de órgãos, funcionários e agentes
subordinados hierarquicamente ao governo;
- A administração visa realizar os interesses gerais;
- A administração é parte interessada na realização dos interesses gerais
que lhe estão confiados e, pretende que a sua interpretação do que são os
interesses gerais tenha vencimento.
Por vezes, não é fácil distinguir administração de justiça. Os tribunais podem praticar
atos materialmente administrativos (ex: processos de jurisdição voluntária). A
administração pode praticar atos jurisdicionalizados (ex: decisões arbitrais,..).
A criação dos tribunais administrativos, como foro especial, permitiu retirar aos
tribunais civis os litígios em que era parte a administração. Proibiu-se aos juízes penais
e civis a decisão das questões prévias administrativas, devendo remeter a decisão para
o juíz administrativo. A administração, em alguns países, ganhou uma competência
sancionadora própria em variadíssimos aspetos da atividade administrativa. Os atos
administrativos gozavam da presunção da legalidade. A administração tinha um
privilégio de executoriedade, e o eventual recurso contra a decisão administrativa não
tinha efeitos suspensivos. A administração não precisava dos tribunais para por si
própria assegurar a efetividade das suas decisões.
Na atualidade, os poderes dos tribunais administrativos face à administração
aumentaram de forma expressiva, porém, sem se anular a autonomia constitucional
da administração, por motivo do princípio da separação dos poderes (art 111º, nº1
CRP).
Os poderes dos tribunais face à administração foram bastante ampliados pela reforma
processual de 2002, a qual entrou em vigor a 1/1/2004:
- Afirmou-se o princípio da plena jurisdição, art 2º CPTA;
- As partes em juízo estão em pé de igualdade;
- Os poderes dos juízes são anulatórios e condenatórios (art 4º, nº2 e art 47º, nº2,
CPTA);
- Criou-se um verdadeiro e efetivo processo executivo (art 2º, nº1 e art 157º a 179º
CPTA);
- Organizaram-se providências cautelares efetivas;
A 4º alteração do CPTA pelo DL nº214-G/2015, de 2 de outubro, confirmou esta
tendência de afirmar os poderes dos tribunais administrativos.
» História: (apenas ler) A revolução francesa de 1789 veio fixar formalmente a divisão
de poderes como princípio estruturante do Estado, tudo em nome da defesa da
liberdade individual. Contudo, os revolucionários temiam que os órgãos judiciários se
pudessem opor ou ter uma atitude de ingerência perante a nova administração. Neste
âmbito, apoiaram-se no princípio da separação dos poderes, concluindo que o poder
judiciário não podia apreciar litígios onde a administração fosse posta em causa.
» Norma: (existe normas que não ordenam ou proíbem uma conduta, antes são
atributivas de poderes ou faculdades. portanto, a norma não é sempre um
“imperativo”, as normas podem ser preceptivas, proibitivas e permissivas.
» Normas jurídicas: é uma norma de conduta das atividades humanas, é uma norma
de decisão para solucionar os casos jurídicos, e é uma regra de apreciação pela qual o
interprete valoriza os casos concretos.
- Fontes voluntárias internas: constituição, leis artigo 112º nº1 CRP, atos da
fundação política , doutrina como doente mediata de juridicidade, e jurisprudência;
Regulamentos:
Critério da determinabilidade:
-Regulamentos: os destinatários são indetermináveis, nem a situação é
suscetível de conhecimento imediato.
- Atos administrativos: aos destinatários são determináveis e as situações que
são objeto de ato também são possíveis de conhecer de imediato.
A competência regulamentar
» A competência para emanar regulamentos cabe ao Governo(a competência , em
principio cabe a cada ministro, intervindo o conselho de ministros no caso de previsões
por lei), à assembleia regional, ao governo regional, à assembleia de freguesia (aprovar
os regulamentos externos sob proposta da juntas de freguesia), a assembleia
municipal (aprova as posturas e os regulamentos com eficácia externa sob proposta da
camara municipal), aos conselhos de administração dos serviços municipalizados, aos
órgãos dirigentes dos institutos públicos e das associais publicas, etc. – artigos 199º al.
G); 227º nº1 al. D); 241º CRP.
» Quanto ao objeto
- Regulamentos promocionais: regulam iniciativas ou atividades. Exemplo:
atribuições e bolsa de estudo pelo município;
» Quanto à eficácia
ARTIGOS IMPORTANTES:
Invalidades dos regulamentos: artº 143 CPA, artº 161 e 163 CRP
Reserva de lei: art 164º e 165º Constituição
Não confundir art 148º (ato administrativo) com o art 135º (regulamento) do
CPA
Art 164º e 165º CPA