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Autor:
Leonardo Mathias, Heloísa
Tondinelli, Paulo Júnior
14 de Março de 2022
Leonardo Mathias, Heloísa Tondinelli, Paulo Júnior
Aula 02
BIZU ESTRATÉGICO
DIREITO PROCESSUAL PENAL – TJDFT
Olá, concurseiros e concurseiras. Tudo bem?
Neste material, trazemos uma seleção de bizus da disciplina de Direito Processual Penal para
o concurso de Analista do TJDFT.
Queremos proporcionar uma revisão rápida e de alta qualidade dos tópicos do conteúdo
programático que possuem as maiores chances de incidência em prova.
Lembrem-se que a finalidade dos bizus não é abordar toda a matéria do edital, pelo contrário.
Trata-se de uma análise estatística do conteúdo mais frequente. Ou seja: a matéria tratada
nesses bizus tem altíssima chance de estar em sua prova, portanto, deve estar na ponta da
língua. Porém, não esqueça que não serão tratados os temas-chave de todos os pontos de
seu edital, então, você não pode se limitar apenas a isso!
Esperamos que esse material possa te ajudar a conquistar o cargo que almeja e fico à
disposição para o que puder auxiliar.
@heloisatondinelli @profleomathias
ANÁLISE ESTATÍSTICA
Realizamos análise estatística para saber quais são os assuntos mais exigidos pela banca FGV
na disciplina de Direito Processual Penal. Os dados foram obtidos a partir das questões
disponíveis no Sistema de Questões do Estratégia e baseados no conteúdo programático de
nosso curso, que abrangeu os seguintes tópicos:
6,82%
Sujeitos do processo 32
6,40%
Provas 30
6,18%
Jurisdição e Competência 29
5,97%
Juizados especiais cíveis e criminais 28
5,54%
Competência 26
4,69%
Procedimento Comum 22
4,69%
Procedimentos do Tribunal do Júri 22
3,84%
Prisão e Liberdade Provisória 18
3,41%
Juizados Especiais Criminais 16
2,56%
Atos jurisdicionais 12
2,35%
Habeas Corpus e Mandado de Segurança 11
2,35%
Medidas Cautelares diversas da prisão. Fiança 11
2,35%
Introdução/Princípios 11
1,07%
Processos Especiais 5
0,43%
Disposições Constitucionais 2
Processo e julgamento dos crimes de 0,21%
1
responsabilidade dos funcionários públicos.
Seguem abaixo os cadernos de questões compatíveis com cada Bizu que será tratado neste
material.
Foram selecionados os temas com maior incidência (em vermelho), mas não se esqueça que
há outros importantes que devem ser revisados. Por fim, é essencial a resolução das questões
para a melhor fixação.
Sujeitos 19 a 24 http://questo.es/xcp4e0
Recursos 29 a 44 http://questo.es/4t5fj7
Inquérito Policial
✔ Conceito do IP:
❖ Procedimento administrativo, conduzido por uma autoridade policial,
que visa apurar um delito e sua autoria, a fim de que o titular da ação
penal possa ingressar em juízo.
✔ Características do IP:
❖ Sigiloso: Deve ser resguardado o sigilo.
✔ Escrito: Reduzido a termo.
✔ Indisponível: Delegado não pode mandar arquivá-lo.
✔ Oficial: Conduzido por órgão oficial.
✔ Dispensável: Não é obrigatório na ação penal ou queixa.
✔ Oficioso: Delegado pode instaurar de ofício (crime de ação pública incondicionada)
✔ Inquisitivo: Não há contraditório, nem ampla defesa.
✔ Discricionário: Delegado realiza, ou não, a diligência requerida pelo indiciado.
✔ Temporário: Tem prazo estabelecido para ser concluído.
❖ Mnemônico:
2) Formas de Instauração
3) Procedimentos Investigativos
✔ Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial
deverá( art. 6º do CPP):
▪ Nos seguintes crimes: Art.148, 149, 149-A, § 3º do art. 158 e art. 159, ambos
do CP.
Em relação ao Tráfico de Pessoas (art. 13-B):
✔ Justiça Estadual.
❖ INDICIADO PRESO: 10 dias: Contados do dia da prisão em flagrante
e, se preventiva, do dia em que foi executada.
7) Indiciamento
✔ Conceito:
8) Valor probante de IP
✔ O Juiz pode usar as provas obtidas no Inquérito para fundamentar sua decisão, o que
o Juiz NÃO PODE é fundamentar sua decisão somente com elementos obtidos durante
o IP.
Art. 155, CPP. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos
informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas.
9) Arquivamento
✔ Conceito:
10) Arquivamento
✔ Caso o MP entenda que não é o caso de oferecer denúncia, irá requerer arquivamento
do IP ao juiz.
✔ Caso o Juiz discorde, remeterá os autos do IP ao PGJ que decidirá se mantém ou não
aposição de arquivamento ( art. 28, CPP).
✔ O Juiz está obrigado a acatar a decisão do PGJ( Chefe do MP).
✔ Não é aceito pelo STF!!! Eis que MP tem que se manifestar acerca do pedido de
arquivamento.
12) Arquivamento Indireto
MP não oferece denúncia por entender que o juízo não é competente. Veja no quadro
abaixo:
Segue abaixo uma tabela, disponível no site do Dizer o Direito, que sintetiza, de forma
prática e objetiva, as hipóteses de desarquivamento de inquérito policial.
Ação Penal
➢ Privada
■ Exclusiva
■ Personalíssima
■ Subsidiária da pública
■ Indisponibilidade
● Uma vez ajuizada a ação penal pública, não pode seu titular dela
desistir ou transigir. O Ministério Público não poderá desistir da ação
penal.
■ Oficialidade
● A ação penal pública será ajuizada por um órgão oficial.
■ Divisibilidade
● Havendo mais de um infrator (autor do crime), pode o MP ajuizar a
demanda somente em face um ou alguns deles, reservando para os
outros, o ajuizamento em momento posterior
■ Importante ressaltar que o membro do MP não está obrigado a ajuizar a
denúncia sempre que for instaurado um inquérito policial. Ele só ajuizará a
denúncia se estiverem presentes dois requisitos:
● Prova da materialidade
● Indícios de autoria
■ Ofendido
■ Representante legal
■ Sucessores (C.A.D.I.)
● Cônjuge, ascendente, descendente, irmão (nessa ordem).
➢ Destinatário da representação
■ Autoridade Policial
■ MP
■ Juiz
➢ Formalidade
■ Escrita ou verbal. (Tópico cobrado na prova do TJ-PA/2020).
➢ Prazo
■ 06 meses!
■ A contar da ciência da autoria delitiva.
■ Sob pena de decadência.
➢ Indivisibilidade
■ A representação não pode ser dividida quanto aos autores do fato. Ou se
representa em face de todos eles, ou não há representação.
➢ Retratação
■ Renúncia
● Anterior ao ajuizamento da ação penal
● Tácita ou expressa
● Indivisível
■ Perempção
● “Punição” ao querelante negligente. Perda do direito de prosseguir na
ação como punição ao querelante que foi inerte ou negligente no
processo.
■ Hipóteses
● Querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30
dias seguidos.
● Falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não
comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de
60 dias, qualquer legitimado.
● Querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer
ato do processo a que deva estar presente.
● Querelante deixar de formular o pedido de condenação nas alegações
finais.
● Sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar
sucessor.
Sujeitos do Processo
o Tiver funcionado seu cônjuge (do Juiz) ou parente, consanguíneo ou afim, em linha
reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão
do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito;
o Ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como
testemunha;
o Tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de
direito, sobre a questão;
o Ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou
colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.
o Se, por acaso, se tratar de processo nos Tribunais, nos quais o julgamento se dá
através de órgãos colegiados (mais de um Juiz), o art. 253 estabelece que: Nos
juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si
parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau,
inclusive,
▪ CUIDADO! Parte da Doutrina entende que este art. 253 se refere a uma
incompatibilidade (e não impedimento ou suspeição).
Art. 274. As prescrições sobre suspeição dos juízes estendem-se aos serventuários e
o Funções
▪ Ajuizar a ação penal pública
▪ Fiscalizar a execução da lei
Art. 257. Ao Ministério Público cabe:
Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo,
o Espécies
▪ Defensor constituído
● Indicado pelo réu
▪ Defensor nomeado
● Indicado pelo Juiz
▪ Constituição “apud acta”
o Súmula 523
▪ No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua
deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.
● A Doutrina entende que esta disposição se aplica tanto à defesa
realizada pelo defensor nomeado quanto a realizada pelo defensor
constituído pelo próprio acusado.
Atos Processuais
o Pessoal
▪ Por mandado
● Réu reside no território da jurisdição do Juízo processante.
▪ Por carta precatória
● Réu reside fora do território da jurisdição do Juízo processante, mas
no Brasil.
▪ Por carta rogatória
● Réu está no exterior, em lugar sabido, ou em legação estrangeira.
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o Ficta ou presumida
▪ Por hora certa
● Réu se oculta para não ser citado.
▪ Por edital
● Réu está em local desconhecido.
o Citação do militar
▪ Deve ser feita por intermédio do respectivo chefe de serviço.
o Citação do funcionário público
▪ Citado pessoalmente, notificando-se o seu chefe a respeito de dia e hora em
que o funcionário deva comparecer em Juízo.
o Citação do réu preso
o Será feita pessoalmente.( Tópico cobrado no concurso do TJ-PA/2020)
o Regra
▪ Juiz nomeia um defensor, que apresentará a defesa em favor do réu.
o Exceção
o Tópico cobrado no concurso do TJ-PA/2020, TJ-AM/2019, dentre outras.
▪ Citação por edital:
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir
no art. 312.
Recursos
Em regra, o juízo de admissibilidade é realizado tanto pelo Juízo a quo (aquele que
proferiu a decisão) quanto pelo Juízo ad quem (aquele que vai efetivamente julgar o
recurso).
EXCEÇÕES:
O próprio juízo que proferiu a decisão for o responsável pelo julgamento do recurso
(ex.: embargos de declaração) – Neste caso só há juízo a quo.
O recurso é interposto diretamente perante o juízo ad quem (Ex.: Carta testemunhável)
– Neste caso o juízo a quo não participa do juízo de admissibilidade.
Duplo grau de jurisdição – Toda decisão deve estar submetida à reapreciação por outro
órgão do Judiciário, que lhe é superior. A maior parte da Doutrina entende que este
princípio não está expressamente previsto na Constituição como sendo obrigatório em
todos os casos.
Taxatividade – Somente se pode considerar como recurso aquele que está previsto
expressamente em Lei, não existindo hipótese de recursos sem previsão legal.
Singularidade (Ou unirrecorribilidade ou unicidade) – É o princípio segundo o qual para
cada decisão somente é cabível um único recurso.
Voluntariedade – A existência do recurso só pode decorrer da vontade da parte, não
existindo hipótese de recurso obrigatório.
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Fungibilidade – O princípio da fungibilidade recursal determina que, interposto um
recurso de maneira errada pela parte, é possível que o órgão recursal receba este recurso
como sendo o correto, desde que inexista má-fé.
Non reformatio in pejus – O recurso interposto pela defesa NUNCA poderá ser julgado de
forma a agravar a situação do réu. OBS.: Veda-se, ainda, a aplicação da reformatio in pejus
indireta.
Complementariedade – O recorrente poderá complementar a fundamentação de seu
recurso (razões recursais) quando a decisão atacada for modificada após a apresentações
das razões recursais.
Colegialidade – Princípio nem sempre trabalhado pela Doutrina, prega que a parte tem
direito de, uma vez recorrendo, ter seu recurso apreciado por um órgão colegiado.
V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento
de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em
flagrante.
VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;
VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva
da punibilidade;
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;
XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;
XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional;
XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;
XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;
XV - que denegar a apelação ou a julgar
2 deserta;
XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial;
XVII - que decidir sobre a unificação de penas;
XVIII - que decidir o incidente de falsidade;
XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado;
XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra;
XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774;
XXII - que revogar a medida de segurança;
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a
revogação;
XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples.
XXV - que recusar homologação à proposta de acordo de não persecução penal, previsto
no art. 28-A desta Lei. Atenção! Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019.
36. Processamento
Prazo - 05 DIAS, salvo na hipótese do inciso XIV, na qual o prazo será de 20 DIAS.
37. Apelação
A apelação, em regra, será o recurso cabível para atacar as SENTENÇAS. Será também
um recurso SUBSIDIÁRIO com relação às decisões interlocutórias mistas (terminativas ou
não-terminativas), pois serão apeláveis estas decisões quando não for, para elas, previsto
o cabimento do RESE.
APELAÇÃO - CABIMENTO
DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS
MISTAS TERMINATIVAS OU NÃO
SOMENTE SE NÃO FOR CABÍVEL O RESE
(DECISÕES DEFINITIVAS OU
COM FORÇA DE DEFINITIVAS)
SENTENÇAS DEFINITIVAS DE
CONDENAÇÃO OU SEMPRE
ABSOLVIÇÃO
DECISÕES PROFERIDAS NO
SOMENTE NOS CASOS PREVISTOS NO
BOJO DO PROCEDIMENTO DO
ART. 593, III DO CPP
TRIBUNAL DO JÚRI
39. Processamento
Prazo - 05 DIAS.
Exceções:
Prazo para a interposição de apelação pelo ofendido nos crimes de ação penal pública
Se já estiver habilitado como assistente de acusação, o prazo será de 05 dias. Contudo,
caso ainda não tenha se habilitado, o prazo será de 15 dias. Em ambos os casos o prazo
será contado a partir do escoamento do prazo para o MP (art. 598, § único do CPP e
súmula 448 do STF). No primeiro caso, contudo (assistente já habilitado), o prazo será
contado da data de sua intimação, caso seja posterior à do MP.
Apelação nos processos da competência do JECrim – Neste caso o prazo é de 10 dias.
APELAÇÃO - PRAZO
40. Efeitos
Devolutivo – Possui, como todo recurso. Em se tratando de apelação da defesa, ainda que
se tenha recorrido apenas de parte da decisão, o efeito devolutivo abrange toda a matéria
tratada no processo.
Efeito regressivo – Não há.
Efeito suspensivo
Apelação interposta contra sentença absolutória própria – Não possui efeito
suspensivo.
Apelação interposta contra sentença absolutória imprópria – Possui efeito suspensivo.
Apelação interposta contra sentença condenatória – Possui efeito suspensivo.
Apelação interposta pelo assistente de acusação – Não possui efeito suspensivo.
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Bons estudos!
@heloisatondinelli @profleomathias