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Aula 02

TJDFT (Analista Judiciário-Sem


Especialidade) Bizu Estratégico - 2022
(Pós-Edital)

Autor:
Leonardo Mathias, Heloísa
Tondinelli, Paulo Júnior

14 de Março de 2022
Leonardo Mathias, Heloísa Tondinelli, Paulo Júnior
Aula 02

BIZU ESTRATÉGICO
DIREITO PROCESSUAL PENAL – TJDFT
Olá, concurseiros e concurseiras. Tudo bem?

Neste material, trazemos uma seleção de bizus da disciplina de Direito Processual Penal para
o concurso de Analista do TJDFT.

Queremos proporcionar uma revisão rápida e de alta qualidade dos tópicos do conteúdo
programático que possuem as maiores chances de incidência em prova.

Lembrem-se que a finalidade dos bizus não é abordar toda a matéria do edital, pelo contrário.
Trata-se de uma análise estatística do conteúdo mais frequente. Ou seja: a matéria tratada
nesses bizus tem altíssima chance de estar em sua prova, portanto, deve estar na ponta da
língua. Porém, não esqueça que não serão tratados os temas-chave de todos os pontos de
seu edital, então, você não pode se limitar apenas a isso!

Esperamos que esse material possa te ajudar a conquistar o cargo que almeja e fico à
disposição para o que puder auxiliar.

Siga o processo. Não pare até passar!

Heloísa Tondinelli Leonardo Mathias

@heloisatondinelli @profleomathias

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ANÁLISE ESTATÍSTICA
Realizamos análise estatística para saber quais são os assuntos mais exigidos pela banca FGV
na disciplina de Direito Processual Penal. Os dados foram obtidos a partir das questões
disponíveis no Sistema de Questões do Estratégia e baseados no conteúdo programático de
nosso curso, que abrangeu os seguintes tópicos:

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL: Princípios gerais e constitucionais do processo penal.


Aplicação da lei processual no tempo, no espaço e em relação às pessoas. Fontes e Interpretação da
Lei processual penal. Persecução penal. Inquérito policial, Termo circunstanciado de ocorrência.
Comissão parlamentar de inquérito. Investigação criminal promovida pelo Ministério Público. Outras
formas de investigação. Arquivamento de inquérito. Denúncia. Sujeitos do processo: do juiz, do
Ministério Público, do acusado e defensor, dos assistentes e auxiliares da Justiça. Impedimentos e
suspeições. Atos processuais: comunicações, citações, intimações e notificações. Decisões
interlocutórias. Audiência de custódia. Audiência de instrução. Sentença: tipos, estrutura, efeitos.
Fixação da pena. Jurisdição e competência. Critérios de determinação e modificação de competência.
Perpetuatio Jurisdictionis. Incompetência. Conexão e continência. Das questões e processos
incidentes. Medidas assecuratórias: sequestro, hipoteca legal e arresto. Incidentes de falsidade e de
insanidade mental do acusado. Restituição das coisas apreendidas. Perdimento de bens. Alienação
antecipada de bens. Da prova: conceito, princípios, finalidade, objeto, meios, espécies, ônus,
procedimento probatório, limitações constitucionais das provas, sistemas de apreciação. Interceptação
de comunicações telefônicas e do fluxo de comunicações em sistemas de informática e telemática.
Quebra do sigilo fiscal, bancário e de dados. Da prisão em flagrante. Prisão temporária. Prisão
preventiva. Prisão domiciliar. Medidas cautelares diversas da prisão. Liberdade provisória. Fiança. Ação
penal. Processo e procedimento. Pressupostos processuais. Formas procedimentais. Procedimento
comum ordinário. Procedimento comum sumário. Procedimentos Especiais: do Tribunal do Júri, nos
crimes de abuso de autoridade, nos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, nos crimes
contra a honra, nos crimes contra a propriedade imaterial, nas restaurações de autos extraviados ou
destruídos. Das nulidades. Dos recursos. Recursos especial e extraordinário. Coisa julgada. Revisão
criminal. Habeas corpus. Mandado de segurança. Execução Penal. Competência. Execução das penas
privativas de liberdade, restritivas de direito e das medidas de segurança. Regimes de cumprimento
da pena.

Direito Processual Penal – FGV


(Foram selecionadas 469 questões)
Assunto Quantidade de questões % de cobrança
13,01%
Ação penal 61
11,30%
Recursos 53
8,96%
Inquérito policial 42
7,68%
Atos processuais 36

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6,82%
Sujeitos do processo 32
6,40%
Provas 30
6,18%
Jurisdição e Competência 29
5,97%
Juizados especiais cíveis e criminais 28
5,54%
Competência 26
4,69%
Procedimento Comum 22
4,69%
Procedimentos do Tribunal do Júri 22
3,84%
Prisão e Liberdade Provisória 18
3,41%
Juizados Especiais Criminais 16
2,56%
Atos jurisdicionais 12
2,35%
Habeas Corpus e Mandado de Segurança 11
2,35%
Medidas Cautelares diversas da prisão. Fiança 11
2,35%
Introdução/Princípios 11
1,07%
Processos Especiais 5
0,43%
Disposições Constitucionais 2
Processo e julgamento dos crimes de 0,21%
1
responsabilidade dos funcionários públicos.

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Seguem abaixo os cadernos de questões compatíveis com cada Bizu que será tratado neste
material.

Foram selecionados os temas com maior incidência (em vermelho), mas não se esqueça que
há outros importantes que devem ser revisados. Por fim, é essencial a resolução das questões
para a melhor fixação.

Direito Processual Penal– FGV

Assunto Bizus Caderno de Questões

Inquérito Policial 1 a 13 http://questo.es/i17t77

Ação Penal 14 a 18 http://questo.es/rha1xl

Sujeitos 19 a 24 http://questo.es/xcp4e0

Atos Processuais 25 a 28 http://questo.es/q337cc

Recursos 29 a 44 http://questo.es/4t5fj7

Vamos à matéria. Bons estudos!

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Inquérito Policial

1) Conceito e característica do IP- Art. 4º ao art. 23 CPP

✔ Conceito do IP:
❖ Procedimento administrativo, conduzido por uma autoridade policial,
que visa apurar um delito e sua autoria, a fim de que o titular da ação
penal possa ingressar em juízo.
✔ Características do IP:
❖ Sigiloso: Deve ser resguardado o sigilo.
✔ Escrito: Reduzido a termo.
✔ Indisponível: Delegado não pode mandar arquivá-lo.
✔ Oficial: Conduzido por órgão oficial.
✔ Dispensável: Não é obrigatório na ação penal ou queixa.
✔ Oficioso: Delegado pode instaurar de ofício (crime de ação pública incondicionada)
✔ Inquisitivo: Não há contraditório, nem ampla defesa.
✔ Discricionário: Delegado realiza, ou não, a diligência requerida pelo indiciado.
✔ Temporário: Tem prazo estabelecido para ser concluído.

❖ Mnemônico:

✔ Súmula Vinculante 14 “caidora”. Fique ligado!!!


❖ É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo
aos elementos de prova que, já documentados em procedimento
investigatório realizado por órgão com competência de polícia
judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.

2) Formas de Instauração

✔ Notitia criminis: É o conhecimento do crime.


✔ Formas de instauração do IP:

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✔ Crimes de Ação Penal Pública Incondicionada:


I. De ofício pela autoridade policial.
II. Requisição do Juiz ou MP.
III. Requerimento do Ofendido - Se houver recusa, ofendido pode recorrer
para chefe de polícia- Recurso inominado.
IV. Auto de prisão em flagrante.
V. Delatio criminis- Comunicação feita à autoridade policial por qualquer
do povo.
✔ Crimes de Ação Penal Pública Condicionada
✔ Depende de representação do ofendido.
✔ Prazo de 06 meses!
✔ A contar da ciência da autoria delitiva.
✔ Sob pena de decadência.
✔ Crimes de Ação Penal Privada
❖ Depende de requerimento do ofendido.
❖ Representante legal
❖ Sucessores (C.A.D.I.)
❖ Prazo de 06 meses!
✔ A contar da ciência da autoria delitiva.
✔ Sob pena de decadência

3) Procedimentos Investigativos
✔ Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial
deverá( art. 6º do CPP):

■ Se dirigir ao local do crime.


■ Apreender objetos que tiverem relação com o fato.
■ Colher todas as provas.
■ Ouvir o ofendido.
■ Ouvir o indiciado.
■ Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações.
■ Determinar exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias.
■ Ordenar a identificação e juntar aos autos sua folha de antecedentes.
■ Averiguar a vida pregressa do indiciado.
■ Colher informações sobre a existência de filhos.

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4) Reprodução Simulada dos fatos( art. 7º)

✔ Desde que não contrarie a moralidade ou a ordem pública.


✔ Segundo STF, o Investigado não é obrigado a participar ativamente, em homenagem
ao princípio do nemo tenetur se detegere.
✔ Tópico cobrado na prova do TJ-CE/2019.

5) Outras incumbências da autoridade policial( art 13)

✔ Fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e


julgamento dos processos;
✔ Realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público ( MP também
pode requisitar diligência, isso já foi pegadinha de prova recente);
✔ Cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias;
✔ Representar acerca da prisão preventiva.
 MP e Delegado podem requisitar de quaisquer órgãos, informações cadastrais da
vítima e do suspeito ( 13-A CPP).

▪ Nos seguintes crimes: Art.148, 149, 149-A, § 3º do art. 158 e art. 159, ambos
do CP.
 Em relação ao Tráfico de Pessoas (art. 13-B):

▪ MP e Delegado de Polícia podem requisitar às empresas de telefonia, através


de autorização judicial, sinais que permitam localização da vítima ou suspeito.

▪ Se o juiz não se manifestar em até 12h, MP ou Delegado poderão requisitar


diretamente às empresas de telefonia.
▪ O IP deverá ser instaurado em até 72h após a ocorrência.

6) Prazo para conclusão do IP

✔ Justiça Estadual.
❖ INDICIADO PRESO: 10 dias: Contados do dia da prisão em flagrante
e, se preventiva, do dia em que foi executada.

❖ INDICIADO SOLTO: 30 dias (É possível que o juiz autorize prorrogação,


somente indiciado solto).
❖ Justiça Federal.

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● INDICIADO PRESO: 15 dias prorrogáveis por mais 15.


● INDICIADO SOLTO: 30 dias.

❖ Lei de Drogas( Lei 11.343/06).


● INDICIADO PRESO: 30 dias, pode ser duplicado.
● INDICIADO SOLTO: 90 dias, pode ser duplicado.

7) Indiciamento

✔ Conceito:

■ A autoridade policial, de forma fundamentada, “direciona” a investigação,


em apenas um ou alguns dos suspeitos.
■ É ato privativo do Delegado de Polícia (§ 6º, Art. 1º,Lei 12.830)
■ Portanto, MP não pode indiciar. Mas lembre-se: MP pode investigar, segundo
decisão do STF!!!

8) Valor probante de IP

✔ O Juiz pode usar as provas obtidas no Inquérito para fundamentar sua decisão, o que
o Juiz NÃO PODE é fundamentar sua decisão somente com elementos obtidos durante
o IP.

Art. 155, CPP. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos
informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas.

9) Arquivamento

✔ Conceito:

■ Caso o MP entenda que não é o caso de oferecer denúncia, irá requerer


arquivamento do IP ao juiz.

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■ Caso o Juiz discorde, remeterá os autos do IP ao PGJ que decidirá se mantém


ou não aposição de arquivamento ( art. 28, CPP).
■ O Juiz está obrigado a acatar a decisão do PGJ( Chefe do MP).
■ Vejamos o resumo no diagrama abaixo:

10) Arquivamento

✔ Caso o MP entenda que não é o caso de oferecer denúncia, irá requerer arquivamento
do IP ao juiz.
✔ Caso o Juiz discorde, remeterá os autos do IP ao PGJ que decidirá se mantém ou não
aposição de arquivamento ( art. 28, CPP).
✔ O Juiz está obrigado a acatar a decisão do PGJ( Chefe do MP).

11) Arquivamento Implícito

✔ Objetivo: Quando o MP oferecer denúncia apenas em relação a alguns FATOS


investigados, silenciando quanto a outros.
✔ Subjetivo: Quando o MP oferecer denúncia apenas em relação a alguns
INVESTIGADOS, silenciando quanto a outros.

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✔ Não é aceito pelo STF!!! Eis que MP tem que se manifestar acerca do pedido de
arquivamento.
12) Arquivamento Indireto

 MP não oferece denúncia por entender que o juízo não é competente. Veja no quadro

abaixo:

13) Coisa Julgada no Arquivamento

 Tópico cobrado nas provas: TJ-PA/2020, TJ-AM/2019 e TJ-CE/2019.


 Coisa Julgada Formal

▪ O IP pode ser reaberto se surgirem provas novas.

 Súmula 524 do STF: “Arquivado o Inquérito Policial, por


despacho do Juiz, a requerimento do Promotor de Justiça, não
pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.”

 Coisa Julgada Material

▪ É verificada nas situações nas quais não será possível retomar as


investigações.
▪ Impede a rediscussão do caso penal nas seguintes situações:
▪ Atipicidade do fato: Conduta irrelevante para Direito Penal. (STJ
e STF)
▪ Excludente da ilicitude: O STJ entende dessa forma. Já o STF,
não!!! A excludente de ilicitude não faz coisa julgada material para
STF.

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▪ Extinção da punibilidade: Art. 107 do CP. Mas se houve Certidão


de óbito falsa, é possível reabrir as investigações!!!(STJ e STF)

 Segue abaixo uma tabela, disponível no site do Dizer o Direito, que sintetiza, de forma
prática e objetiva, as hipóteses de desarquivamento de inquérito policial.

Ação Penal

14) Condições da Ação Penal

➢ Possibilidade jurídica do pedido


➢ Interesse de agir
➢ Legitimidade ad causam ativa e passiva
■ Pertinência subjetiva para a demanda.

15) Espécies da Ação Penal


➢ Pública
■ Incondicionada
■ Condicionada
● Representação do ofendido

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● Requisição do Ministro da Justiça

➢ Privada
■ Exclusiva
■ Personalíssima
■ Subsidiária da pública

16) Ação Penal Pública


➢ Titularidade
■ Ministério Público (MP)
➢ Princípios
■ Obrigatoriedade
● Havendo indícios de autoria e prova da materialidade do delito, o
membro do MP deve oferecer a denúncia, não podendo deixar de fazê-
lo, pois não pode dispor da ação penal.

■ Indisponibilidade

● Uma vez ajuizada a ação penal pública, não pode seu titular dela
desistir ou transigir. O Ministério Público não poderá desistir da ação
penal.

■ Oficialidade
● A ação penal pública será ajuizada por um órgão oficial.
■ Divisibilidade
● Havendo mais de um infrator (autor do crime), pode o MP ajuizar a
demanda somente em face um ou alguns deles, reservando para os
outros, o ajuizamento em momento posterior
■ Importante ressaltar que o membro do MP não está obrigado a ajuizar a
denúncia sempre que for instaurado um inquérito policial. Ele só ajuizará a
denúncia se estiverem presentes dois requisitos:
● Prova da materialidade
● Indícios de autoria

17) Representações do ofendido


➢ No TJ-PA/2020 foram cobradas 02 questões deste tópico. Atenção!!!
➢ Legitimidade para oferecer a representação

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■ Ofendido
■ Representante legal
■ Sucessores (C.A.D.I.)
● Cônjuge, ascendente, descendente, irmão (nessa ordem).
➢ Destinatário da representação
■ Autoridade Policial
■ MP
■ Juiz
➢ Formalidade
■ Escrita ou verbal. (Tópico cobrado na prova do TJ-PA/2020).

■ Pessoalmente ou através de procurador com poderes específicos.

➢ Prazo
■ 06 meses!
■ A contar da ciência da autoria delitiva.
■ Sob pena de decadência.
➢ Indivisibilidade
■ A representação não pode ser dividida quanto aos autores do fato. Ou se
representa em face de todos eles, ou não há representação.
➢ Retratação

■ É cabível até o oferecimento da denúncia.


■ Admite-se, ainda, a retratação da retratação. Ou seja, a vítima oferece a
representação e se retrata (volta atrás). Posteriormente, a vítima resolve
oferecer novamente a representação.

18) Ação Penal Privada


➢ Titularidade
■ Ofendido
■ Representante legal
■ Sucessores (C.A.D.I.)
➢ Princípios
■ Oportunidade
● O ofendido não é obrigado a oferecer queixa-crime.
● Compete ao ofendido ou aos demais legitimados proceder à análise
da conveniência do ajuizamento da ação.
■ Disponibilidade

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● O titular da ação penal (ofendido) pode desistir da ação penal


proposta
■ Indivisibilidade
● O ofendido, embora não seja obrigado a ajuizar a queixa, deve
representar contra o fato e não pode escolher representar contra
apenas um dos infratores.
➢ Ação Penal Privada Exclusiva
■ Legitimidade para ajuizar a queixa-crime
● Ofendido
● Representante legal
● Sucessores (C.A.D.I.)
■ Prazo para ajuizar a queixa-crime
● 06 meses!
● A contar da ciência da autoria delitiva.
● Sob pena de decadência.

■ Renúncia
● Anterior ao ajuizamento da ação penal
● Tácita ou expressa
● Indivisível

A renúncia em favor a um dos infratores se entende a todos os



demais.
● Unilateral
◆ Não depende de aceitação por parte do infrator.
■ Perdão do ofendido

● Posterior ao ajuizamento da ação penal


● Tácito ou expresso
● Indivisível
◆ O perdão em favor a um dos infratores se entende a todos os
demais.
● Bilateral
◆ Depende de aceitação.
● Judicial
◆ Quando oferecido pelo querelante dentro do processo.
● Extrajudicial
◆ Quando o querelante oferece o perdão fora do processo (não o
faz em manifestação processual).

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■ Perempção
● “Punição” ao querelante negligente. Perda do direito de prosseguir na
ação como punição ao querelante que foi inerte ou negligente no
processo.
■ Hipóteses
● Querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30
dias seguidos.
● Falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não
comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de
60 dias, qualquer legitimado.
● Querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer
ato do processo a que deva estar presente.
● Querelante deixar de formular o pedido de condenação nas alegações
finais.
● Sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar
sucessor.

➢ Ação Penal Privada Personalíssima


■ Mesmas regras da ação penal privada exclusiva, com uma diferença: só o
próprio ofendido pode ajuizar a ação penal.

■ Não há sucessão processual. Única hipótese = art. 236, CP (Induzimento a


erro essencial e ocultação de impedimento.

➢ Ação Penal Privada Subsidiária Pública


■ Tópico cobrado na prova do TJ-PA/2020.
■ Legitimidade para ajuizar a queixa-crime subsidiária
● Ofendido
● Representante legal
● Sucessores (C.A.D.I.)
● Somente na inércia do MP
◆ Não cabe, se o MP:
➢ Ajuíza a denúncia;
➢ Requer o arquivamento do IP;
➢ Requisita novas diligências.

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Sujeitos do Processo

19) Do Juiz – Hipóteses de Impedimento

o Tiver funcionado seu cônjuge (do Juiz) ou parente, consanguíneo ou afim, em linha
reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão
do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito;
o Ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como
testemunha;
o Tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de
direito, sobre a questão;
o Ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou
colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.
o Se, por acaso, se tratar de processo nos Tribunais, nos quais o julgamento se dá
através de órgãos colegiados (mais de um Juiz), o art. 253 estabelece que: Nos
juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si
parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau,
inclusive,
▪ CUIDADO! Parte da Doutrina entende que este art. 253 se refere a uma
incompatibilidade (e não impedimento ou suspeição).

20) Do Juiz – Hipóteses de Suspeição

o Tópico cobrado na prova do TJ-PE/2017, TJ-AL/2017, dentre outras.


o Se o Juiz for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes;

o Se o Juiz, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo


por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;
o Se o Juiz, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau,
inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por
qualquer das partes;
o Se o Juiz tiver aconselhado qualquer das partes;
o Se o Juiz for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;
o Se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.
o Se a parte, de alguma forma, der causa, de maneira proposital à situação de
suspeição, esta não poderá ser declarada nem reconhecida.

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21) Do Juiz – Extensão aos funcionários da Justiça

Art. 274. As prescrições sobre suspeição dos juízes estendem-se aos serventuários e

funcionários da justiça, no que Ihes for aplicável.

22) Ministério Público

o Funções
▪ Ajuizar a ação penal pública
▪ Fiscalizar a execução da lei
Art. 257. Ao Ministério Público cabe:

I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma

estabelecida neste Código; e

II - fiscalizar a execução da lei.

o Suspeição e impedimento dos membros do MP;


▪ Não pode atuar nos processos em que o juiz ou qualquer das partes for seu
cônjuge, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o
terceiro grau, inclusive.
▪ Estendem-se aos membros do MP, no que Ihes for aplicável, as prescrições
relativas à suspeição e ao impedimento dos juízes.

23) Do Defensor do Acusado

o Aquele que realiza a defesa técnica do acusado.


Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou

julgado sem defensor.

Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo,

será sempre exercida através de manifestação fundamentada.

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o Espécies
▪ Defensor constituído
● Indicado pelo réu
▪ Defensor nomeado
● Indicado pelo Juiz
▪ Constituição “apud acta”
o Súmula 523
▪ No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua
deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.
● A Doutrina entende que esta disposição se aplica tanto à defesa
realizada pelo defensor nomeado quanto a realizada pelo defensor
constituído pelo próprio acusado.

24) Assistente de Acusação

o Tópico cobrado no concurso do TJ-AM/2019


o Vítima, representante legal ou sucessores (CADI) na ação penal pública.
o Assistente pode ingressar a qualquer momento até o trânsito em julgado.
o Decisão que defere ou indefere o pedido de habilitação é irrecorrível.
o Corréu não pode ser, ao mesmo tempo, assistente de acusação.
o A admissão do assistente depende:

▪ Da análise de dois fatores pelo Juiz:


● Tratar-se o requerente de um dos legitimados para figurar como
assistente.
● Estar o requerente assistido por advogado ou Defensor Público.
▪ Sempre da oitiva prévia do membro do MP, não cabendo recurso contra a
decisão que negar ou deferir a habilitação do assistente.

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Atos Processuais

25) Citações - Tipos

o Pessoal
▪ Por mandado
● Réu reside no território da jurisdição do Juízo processante.
▪ Por carta precatória
● Réu reside fora do território da jurisdição do Juízo processante, mas
no Brasil.
▪ Por carta rogatória
● Réu está no exterior, em lugar sabido, ou em legação estrangeira.
2
o Ficta ou presumida
▪ Por hora certa
● Réu se oculta para não ser citado.
▪ Por edital
● Réu está em local desconhecido.

26) Citações – Modalidades Especiais

o Citação do militar
▪ Deve ser feita por intermédio do respectivo chefe de serviço.
o Citação do funcionário público
▪ Citado pessoalmente, notificando-se o seu chefe a respeito de dia e hora em
que o funcionário deva comparecer em Juízo.
o Citação do réu preso
o Será feita pessoalmente.( Tópico cobrado no concurso do TJ-PA/2020)

27) Citações – Consequências da ausência de defesa

o Regra
▪ Juiz nomeia um defensor, que apresentará a defesa em favor do réu.
o Exceção
o Tópico cobrado no concurso do TJ-PA/2020, TJ-AM/2019, dentre outras.
▪ Citação por edital:

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Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir

advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional,

podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas

urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto

no art. 312.

● Não se aplica esse artigo para crimes de lavagem de capitais!

28) Intimações - Modalidades

o Diferentemente da citação, que é o ato único mediante o qual o réu é integrado ao


processo, as intimações são várias durante o processo, e ocorrerão sempre que for
necessário dar ciência a alguém da prática de um ato processual.
2
o Intimação pessoal
▪ Defensor Público;
▪ MP;
o Defensor nomeado (advogado dativo). Tópico cobrado no concurso do TJ-AM/2019
o Intimação por publicação no órgão oficial
▪ Defensor constituído;
▪ Advogado do querelante;
▪ Assistente de acusação.

Recursos

29. Teoria Geral dos Recursos

 Os recursos são meios voluntários de impugnação às decisões judiciais, interpostos no


curso do processo, ou seja, são utilizados dentro da mesma relação jurídico-processual.

30. Juízo de admissibilidade

 Em regra, o juízo de admissibilidade é realizado tanto pelo Juízo a quo (aquele que
proferiu a decisão) quanto pelo Juízo ad quem (aquele que vai efetivamente julgar o
recurso).
EXCEÇÕES:

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 O próprio juízo que proferiu a decisão for o responsável pelo julgamento do recurso
(ex.: embargos de declaração) – Neste caso só há juízo a quo.
 O recurso é interposto diretamente perante o juízo ad quem (Ex.: Carta testemunhável)
– Neste caso o juízo a quo não participa do juízo de admissibilidade.

31. Pressupostos processuais

32. Juízo de mérito

 Análise do recurso, propriamente dita. Sendo positivo o juízo de admissibilidade, o órgão


julgador adentrará ao mérito e apreciará o recurso, dando provimento a ele ou não. O
mérito do recurso pode estar fundamentado em:
 Error in procedendo – Alegação de algum erro processual cometido pelo Juiz, que
conduz à anulação da decisão.
 Error in judicando – Alegação de “injustiça” da decisão, ou seja, o Juiz julgou de uma
forma que o recorrente entende não ser a que condiz com o ordenamento jurídico. Visa
à reforma da decisão.

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33. Efeitos dos recursos

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34. Princípios recursais

 Duplo grau de jurisdição – Toda decisão deve estar submetida à reapreciação por outro
órgão do Judiciário, que lhe é superior. A maior parte da Doutrina entende que este
princípio não está expressamente previsto na Constituição como sendo obrigatório em
todos os casos.
 Taxatividade – Somente se pode considerar como recurso aquele que está previsto
expressamente em Lei, não existindo hipótese de recursos sem previsão legal.
 Singularidade (Ou unirrecorribilidade ou unicidade) – É o princípio segundo o qual para
cada decisão somente é cabível um único recurso.
 Voluntariedade – A existência do recurso só pode decorrer da vontade da parte, não
existindo hipótese de recurso obrigatório.
0
 Fungibilidade – O princípio da fungibilidade recursal determina que, interposto um
recurso de maneira errada pela parte, é possível que o órgão recursal receba este recurso
como sendo o correto, desde que inexista má-fé.
 Non reformatio in pejus – O recurso interposto pela defesa NUNCA poderá ser julgado de
forma a agravar a situação do réu. OBS.: Veda-se, ainda, a aplicação da reformatio in pejus
indireta.
 Complementariedade – O recorrente poderá complementar a fundamentação de seu
recurso (razões recursais) quando a decisão atacada for modificada após a apresentações
das razões recursais.
 Colegialidade – Princípio nem sempre trabalhado pela Doutrina, prega que a parte tem
direito de, uma vez recorrendo, ter seu recurso apreciado por um órgão colegiado.

35. Recurso em Sentido Estrito

 Cabimento – Destina-se a impugnar decisões interlocutórias. Contudo, o RESE só poderá


ser manejado nas hipóteses TAXATIVAMENTE previstas no art. 581 do CPP. OBS.:
JURISPRUDÊNCIA vem admitindo o cabimento do RESE em situações análogas às do art.
581 do CPP.
 Art. 581 do CPP. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
I - que não receber a denúncia ou a queixa;
II - que concluir pela incompetência do juízo;
III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição;
IV – que pronunciar o réu;

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V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento
de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em
flagrante.
VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;
VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva
da punibilidade;
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;
XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;
XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional;
XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;
XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;
XV - que denegar a apelação ou a julgar
2 deserta;
XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial;
XVII - que decidir sobre a unificação de penas;
XVIII - que decidir o incidente de falsidade;
XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado;
XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra;
XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774;
XXII - que revogar a medida de segurança;
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a
revogação;
XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples.
XXV - que recusar homologação à proposta de acordo de não persecução penal, previsto
no art. 28-A desta Lei. Atenção! Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019.

 Tópicos importantes quanto ao cabimento:


 Decisão que julga extinta a punibilidade – Se estiver no corpo da sentença, o recurso será
a apelação. Logo, só cabe o RESE se a decisão for isolada. Se a decisão for proferida em
sede de EXECUÇÃO PENAL, caberá o AGRAVO em execução.
 Toda e qualquer decisão proferida pelo Juiz da execução penal será atacável mediante
agravo em execução. Assim, todas as hipóteses do art. 581 que tratam de situações
durante o cumprimento da pena, foram tacitamente revogadas pelo art. 197 da LEP.

36. Processamento

 Prazo - 05 DIAS, salvo na hipótese do inciso XIV, na qual o prazo será de 20 DIAS.

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 EXCEÇÃO: O prazo para o assistente de acusação, NÃO HABILITADO, interpor o RESE


contra decisão que declara extinta a punibilidade, será de 15 dias, contados a partir do
momento em que termina o prazo para o oferecimento do recurso pelo MP.
 Forma – Por petição ou por termo nos autos.
 Razões – Devem ser apresentadas em 02 dias.
 Juízo de retratação – O Juiz poderá, em 02 dias, reformar sua decisão (efeito regressivo
do recurso).
 Efeito suspensivo - O RESE não possui, em regra, EFEITO SUSPENSIVO. EXCEÇÕES:
 Decisão que determina a perda do valor da fiança
 Decisão que denegar a apelação ou julgá-la deserta
 RESE interposto contra decisão de pronúncia
 Remessa ao Tribunal
 REGRA - Subirá ao Tribunal por traslado ou instrumento (mediante a remessa de cópias
de determinadas peças do processo, pois os autos do processo ficarão no Juízo de
primeira instância).
 EXCEÇÕES:
 Quando se tratar de RESE interposto de “ofício” pelo Juiz – Atualmente isso só
ocorre com a decisão que concede o HC.
 Nas hipóteses dos incisos I, III, IV, VIII e X do art. 581.
 Quando a subida dos autos ao Tribunal não prejudicar o andamento do processo.

37. Apelação

 A apelação, em regra, será o recurso cabível para atacar as SENTENÇAS. Será também
um recurso SUBSIDIÁRIO com relação às decisões interlocutórias mistas (terminativas ou
não-terminativas), pois serão apeláveis estas decisões quando não for, para elas, previsto
o cabimento do RESE.

APELAÇÃO - CABIMENTO

DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS
MISTAS TERMINATIVAS OU NÃO
SOMENTE SE NÃO FOR CABÍVEL O RESE
(DECISÕES DEFINITIVAS OU
COM FORÇA DE DEFINITIVAS)

SENTENÇAS DEFINITIVAS DE
CONDENAÇÃO OU SEMPRE
ABSOLVIÇÃO

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DECISÕES PROFERIDAS NO
SOMENTE NOS CASOS PREVISTOS NO
BOJO DO PROCEDIMENTO DO
ART. 593, III DO CPP
TRIBUNAL DO JÚRI

38. Hipóteses de cabimento

 Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:


I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular;
II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos
casos não previstos no Capítulo anterior;
III - das decisões do Tribunal do Júri, quando:
a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia;
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados;
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança;
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos.

39. Processamento

 Prazo - 05 DIAS.
Exceções:
 Prazo para a interposição de apelação pelo ofendido nos crimes de ação penal pública
Se já estiver habilitado como assistente de acusação, o prazo será de 05 dias. Contudo,
caso ainda não tenha se habilitado, o prazo será de 15 dias. Em ambos os casos o prazo
será contado a partir do escoamento do prazo para o MP (art. 598, § único do CPP e
súmula 448 do STF). No primeiro caso, contudo (assistente já habilitado), o prazo será
contado da data de sua intimação, caso seja posterior à do MP.
 Apelação nos processos da competência do JECrim – Neste caso o prazo é de 10 dias.

APELAÇÃO - PRAZO

RECORRENTE PRAZO INÍCIO

PARTES 05 DIAS Contados da intimação

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• Do dia em que terminar o


prazo para o MP
ASSISTENTE DE
• Caso tenha sido intimado
ACUSAÇÃO 05 DIAS
após o MP, será
HABILITADO
contado da data da
intimação
ASSISTENTE DE
Contados do dia em que
ACUSAÇÃO NÃO 15 DIAS
terminar o prazo do MP
HABILITADO

 Razões – Devem ser apresentadas em 08 dias. EXCEÇÕES:


 Razões apresentadas pelo assistente em relação ao recurso que não foi por ele interposto
– 03 dias
 Razões no rito sumaríssimo (Juizados Especiais Criminais) – Simultaneamente com a
apelação
 Razões nos processos por contravenção – 03 dias

40. Efeitos

 Devolutivo – Possui, como todo recurso. Em se tratando de apelação da defesa, ainda que
se tenha recorrido apenas de parte da decisão, o efeito devolutivo abrange toda a matéria
tratada no processo.
 Efeito regressivo – Não há.
 Efeito suspensivo
 Apelação interposta contra sentença absolutória própria – Não possui efeito
suspensivo.
 Apelação interposta contra sentença absolutória imprópria – Possui efeito suspensivo.
 Apelação interposta contra sentença condenatória – Possui efeito suspensivo.
 Apelação interposta pelo assistente de acusação – Não possui efeito suspensivo.

41. Embargos infringentes

 Cabível quando, durante o julgamento de um recurso (apelação ou RESE), em segunda


instância, houver decisão não-unânime DESFAVORÁVEL AO RÉU.
 Prazo – 10 dias.

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42. Embargos de declaração

 Os embargos de declaração são o recurso cabível para sanar alguma obscuridade,


omissão, ambiguidade ou contradição na decisão.
 Prazo – 02 dias.
 Só podem ser opostos por PETIÇÃO, e não por termo nos autos.
 Interrompe o prazo para a interposição dos demais recursos.

43. Carta Testemunhável

 Art. 639 do CPP. Dar-se-á carta testemunhável:


I - da decisão que denegar o recurso;
II - da que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento para o
juízo ad quem.
 A carta testemunhável será requerida ao escrivão, ou ao secretário do tribunal, conforme
o caso, nas quarenta e oito horas seguintes ao despacho que denegar o recurso,
indicando o requerente as peças do processo que deverão ser trasladadas.
 A carta testemunhável não terá efeito suspensivo.
 Prazo – 48 horas.
 Processamento – O mesmo trâmite do recurso que não foi admitido.

44. Agravo em Execução

 Impugnar as decisões proferidas na execução penal.


 Prazo – 05 dias (súmula 700 do STF).
 Razões recursais = 02 dias.
 Rito - Segue o rito do Recurso em Sentido Estrito.
 Efeitos – NÃO possui, em regra, efeito suspensivo. Possui efeito regressivo (segue o rito
do RESE, que possui).

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Ficamos por aqui.

Esperamos que tenham gostado do nosso Bizu!

Bons estudos!

Heloísa Tondinelli Leonardo Mathias

@heloisatondinelli @profleomathias

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