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28/02/2023 - Teórica

1 de fevereiro de 2023 12:20

Roteiro de Direito Administrativo II

Programa:

- Atividade Administrativa: administração pública em sentido material.

Regimes Jurídicos que se aplicam às manifestações do exercicio da atividade administrativa.

Parâmetros de juridicidade aplicáveis às entidades que exercer a atividade administrativa, exercida por entidades
públicas ou privadas.

Tomada de decisão individual e elaboração de contratos e regulamentos são atividades com procedimentos diferentes.

Contratos públicos (em termos gerais)

Manuais: Prof. Paulo Otero

Dirieto Europeu influencia de forma gritante as normas juridicas administrativas.

Relação entre Direito e outras realidades que condicionam a decisão da adminsitração pública, por exemplo, diferença
entre Ciência e Dirieto, ter em conta as circunstâncias científicas nas decisões adminsitrativas, estas decisões devem
assentar em estudos científicos - Legalidade

Regime de responsabilidade civil extracontratual

Fins da atividade administrativa: satisfação das necessidades coletivas correlacionada com as modalidades da atividade
administrativa.

Do ponto de vista dos fins a atividade administrativa visa a prossecução, no quadro da separação de poderes, de fins
relacionados com a segurança e com o bem estar económico, social e cultural art. 9º da CRP. Quando se fala em Estado
em sentido amplo, também é seu fim a justiça, que cabe ao poder jurisdicional e não cabe na atividade administrativa.

Modalidades de Atividade Administrativa:

Atividades Principais:
- Critério tipo de atividade desenvolvida/ tarefas desempenhadas:
○ Atividade de polícia administrativa: relacionada com a garantia da ordem e da confiança, visa garantir a
ordem e segurança. É ampla, podemos falar em ordem e segurança noutros planos como o alimentar.
○ Atividade prestadora: prestadora de bens e serviços, traduz-se na colocação ao dispor dos cidadãos de bens
e serviços por parte de entidades públicas
○ Atividade administrativa reguladora: modalidade de atividade que remontam ao séc. XX e que se prendem Traduzem a atividade
com a evolução pública do Estado, como estabelecimento de normas (regulamentos administrativos), regras administrativa
a que outras entidades vão estar sujeitas quando desenvolverem a atividade administrativa.
○ Atividade infraestrutural: também está na mesma linha da reguladora, adminsitração publica tem de
garantir as infraestruturas para que outras entidades desenvolvam atividades administrativas.
Atividades secundárias:
○ Atividade Administrativa fiscal: vem da relação com o fisco, autoridade tributária. É uma atividade que a
adminsitração publica desenvolver de recolher de provisão de meios financeiros que possibilitem a execução
de outras atividades (através de impostos por exemplo)
○ Atividade Administrativa dos meios humanos e materiais: atividade de gestão dos meios humanos e
patrimoniais da administração pública.

- Critério do Modo como são exercida e relação com o destinatário: traduzem o modo como é exercida a atividade
administrativa.
○ Atividade administrativa agressiva: meios de atuação que passam por poderes de autoridade, pode impor
comportamentos ao particular, pode atuar de forma gravosa/ ingerir de forma gravosa na esfera juridica do
particular
○ Atividade administrativa consensual: meios de atuação passam por logicas de concertação com o particular
01/03/2023 - Prática
1 de março de 2023 19:26

Prof.: Miguel Arnaud

Como atua a Administração Pública:

- Como funcionam as posições jurídicas na administração? Posição jurídica dos particulares


- Elementos que condicionam a atividade administrativa. Elementos característicos da Administração
Pública
- Atividade administrativa (formas de atuação da administração - atos, regulamentos e contratos)

Direito Privado: posso fazer tudo aquilo que não é proibido.


Direito Público: só posso fazer o que é permitido.

Ver alteração ao CPA - ato administrativo

Avaliação:

50%- Participação em aula


50%- Frequência
02/03/2023 - Teórica
2 de março de 2023 18:14

Separação de poderes na Administração Pública

Separação de poderes: historicamente utilizamos este termo para explicar conceitos juridicamente bastante
distintos.
- Visão tradicional/clássica: mais radical, em que cada um dos orgãos de soberania tem uma função e
nenhum deles se tocam (não há intromissão da função de um na função do outro). Ex.: em vigor na
Constituição dos EUA.
- Conceção de interligação de poderes. O Governo, em Portugal, tem função administrativa mas também
legisla. Na prática há um núcleo essencial da função que está reservada ao orgão (ex.: as matérias
reservadas à AR sobre as quais só ela pode legislar). A função jurisdicional é a que tem a reserva mais
significativa , que é entregue aos tribunais, o que não significa que outros orgãos não possam ter uma
função quase jurisdicional, há orgaos da função administrativa como as entidades reguladoras que tabém
podem funcionar como entidades de resolução de litígios. Ex.: em vigor em Constituições modernas.

Relação entre função legislativa e função executiva: A separação de poderes hoje em dia não é vista de uma
forma absoluta, este caminho até esta conceção foi feita através da articulação da função legislativa e dos orgãos
da função executiva. O Governo sendo o orgão máximo da adminsitração tem ao seu dispor uma máquina de
agentes especializados em diversas matérias que os auxiliam a legislar diversas matérias.

Relações entre função executiva e função jurisdicional:

Nas relações entre o executivo e a função jurisdicional a interação não é tão simples. Existem, em Portugal,
tribunais administrativos e tribunais judiciais, devido ao nível de especialização. A grande razão para existir estas
duas ordens é muito mais uma razão histórica: existia dúvidas significativas, em especial na passagem do estado
absolutista para o liberal, onde terminava a função administrativa e começava a jurisdicional. Julgar ainda é
adminsitrar, então devem ser orgaos da função administrativa a julgar casos que envolvam matéria administrativa.
Nos meados no século passado, os Particulares só se reconhecia um direito subjetivo de legalidade subjetiva,
tinham direito a que fosse reposta a situação de legalidade. Isto funcionava para uma atividade administrativa
agressiva, que pode, que vem desde os tempos do estado polícia, pode restabelecer os direitos dos particulares.
Esta construção é fraca para uma atividade administrativa prestadora. Estes passos de construção jurisdicional e
dogmática que foram afastando a tese mais radical, mas que ainda influencia algumas soluções do nosso
ordenamento jurídico - esta mudança de paradigma ainda é muito recente.

Doutrina (prof. Vasco Pereira da Silva): quando se dizia que julgar ainda era administrar e, assim violava-se a
separação de poderes, atribuindo aos orgãos administrativos uma função jurisdicional para julgar matérias de
casos adminsitrativos.. Para que isto não acontecesse, limitou-se a intervenção da função adminsitrativa na função
jurisdicional.

Principio da proporcionalidade - pode ser decomposto em 3 subprincípios/ critérios:


- Princípio da adequação: meio é apto para o fim?
- Princípio da necessidade: aquele meio é necessário? Inibição do excesso, se a administração tiver outros
meios para atingir aqueles fins deve usá-los em primeira instância, e só depois usar os meios mais lesivos.
- Princípio da proporcionalidade em sentido estrito: poe em confronto dois direitos. Faz-se o exercício dos
ganhos obtidos pela adminsitração pública e os danos causados aos particulares. Qual o dano provocado na
esfera juridica do particular versus quais são os ganhos efetivos para o outro lado: qual a vantagem para o
interesse publico que eu retiro desta atuação administração.
Novamente estamos em território duvidoso uma vez que é ao legislador que cabe definir o interesse publico e à
administração pública cabe garantir o interesse público.
Art. 15º: Princípio da boa administração
Ex.: Possibilidade de anulação de um ato administrativo porque não existiu uma boa administração.

Regulamento administrativo: também existe dificuldades em definir a fronteira entre a função administrativa e a
função legislativa.
06/03/2023 - Prática
6 de março de 2023 09:12

Posições Jurídicas

O Estado era "agressivo"/ Estado polícia, no sentido que impor a sua "vontade" perante os administrados.
Hoje em dia o Estado é prestador.

A constituição veio consagrar Direitos Fundamentais, promovendo a ação do Estado

Passou a ter de ser reconhecidos direitos e o Estado por outro lado tem deveres, imposições e obrigações. Tenho direitos
subjetivos perante o Estado - logica relacional.

Doutrina e jurisprudência apercebem-se que não há só dois sujeitos nesta relação, podem existir variadíssimos sujeitos.
Ex.: para construir tenho de ter licença de construção da câmara, e a câmara vê o enquandramento paisagístico da construção.
No pedido de licenciamento não estão em causa apenas os meus direitos mas também os de outros cidadãos, porque se quiser
por exemplo construir de forma a obstruir a vista de outra pessoa. Este não é um interesse público, é particular mas merece
intervenção do Estado.

Há que na relação com o Estado identificar os vários particulares que são sujeitos intervenientes.
- Passamos de ter uma adminsitração que intervem numa relação entre Estado e Administrados
- Para Estado e Administrados e Administrados e Estado - relacional
- Estado e Administrado1 e Administrado2
- Estado e todos os administrados, sendo que podem haver conflitos de parte a parte.

A CRP consagra que a atuação administrativa deve proteger os interesses particulares e os direitos subjetivos.
Não se reconhece que o particular tenha direito contra a Administração, reconhece-se que a Administração tem de agir
conforme o direito.

Exercício de Administrativo:

Qualifique as seguintes posições jurídicas substantivas:


a) Um funcionário público, com salários em atraso, pretende exigir o pagamento do seu vencimento.
Situação jurídica ativa com Direito subjetivo, com base contratual relacional
b) Um aluno da FDL que obteve 12 valores de avaliação contínua pretende ser dispensado da realização do exame
escrito.
Situação jurídica ativa com Direito subjetivo
c) Uma empresa pretende reagir contra a autorização de importação de carne oriundo do Reino Unido concedida a
uma empresa concorrente invocando a proibição legal de importação de carne contaminada com a doença das ‘vacas
loucas’.
Interesse legítimo reflexamente protegido
d) A associação de comerciante das Baixa lisboeta pretende reagir contra a decisão de (i) redução do horário de
funcionamento de todas as lojas e a (ii) decisão de encerramento do trânsito em algumas vias naquela zona, que
prejudicam alguns comerciantes.
Interesse legalmente protegido semidiferenciado (garantia que as decisões administrativas sobre um bem da vida serão sempre
tomadas de acordo com a lei, o poder legal de garantir que o eventual sacrifício de um interesse privado, por razões de interesse
público)
e) Um pescador pretende afastar a laboração e instalação de uma indústria junto ao rio Guadiana, uma vez que a
poluição das águas prejudica o seu hobby.
Direito subjetivo (poder de manter ou obter um bem da vida, um ou mais poderes legais que permitem manter ou obter a
satisfação plena de um interesse privado)

Na Administração Pública temos de ter em conta:


- Direção substantiva: tenho ou não direito a algo
- Direção procedimental: conjunto de atos que a administração tem de praticar para me garantir com este direito ou então
que atos o particular tem de praticar para que a administração atue para garantir o seu direito.
- Direção processual: requerer ao tribunal que obrigue a administração a garantir o direito.

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