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Objectivos
Geral
Caracterizar os princípios de contencioso administrativo
Específicos
Elencar juridicamente as formas como são aplicadas os princípios de contencioso administrativo
Metodologia
Para obtenção desse matéria foi necessária recorrer aos livros científicos de matéria jurídica.
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Princípio de separação de poderes.
A este título continua a ser útil recordar o artigo 16.º da Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão, de 26 de Agosto de 1789 – “toda a sociedade, em que não esteja assegurada e garantia
dos direitos nem determinada a separação de poderes, não tem constituição”.
Nesta perspectiva o princípio assegura tendencialmente a defesa dos direitos fundamentais como
imperativo limitador de qualquer poder do Estado. Descobre-se, ainda, a intenção de alcançar um
modelo organização estrutural dos órgãos de soberania que favoreça as condições institucionais
de respeito da esfera individual e a possibilidade de realização do programa de direitos
fundamentais ínsito em cada lei fundamental - defesa dos direitos, liberdades e garantias e
realização crescente dos direitos sociais.
Como é sabido, no campo do Direito Constitucional, o princípio da separação de poderes afirma-
se historicamente pela demarcação do poder legislativo e do poder executivo evitando uma
sobreposição propiciadora da concentração de poderes e da diminuição de liberdades.
No plano do Direito Administrativo o princípio dirige-se claramente à separação da função
administrativa da função jurisdicional.
As relações entre a Administração e a Justiça são sintetizadas por FREITAS DO AMARAL da
seguinte forma:
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1. Separação dos órgãos administrativos e jurisdicionais;
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O princípio da prossecução do interesse público constitui o “fio condutor”, o “norte” da
actividade administrativa que demonstra a superioridade do poder legislativo na definição do
interesse que à Administração cabe prosseguir.
Este princípio vincula a Administração a prosseguir exclusivamente o interesse público e
concretamente o interesse especificamente definido por lei. É esta consideração que densifica o
vício de desvio do poder, vedando, consequentemente, a prossecução de interesses privados ou
de outros interesses públicos estranhos à previsão normativa habilitante.
O interesse público traduz-se num conceito indeterminado que confere à administração uma
grande margem de liberdade na sua concreta actuação.
Surge, deste modo, a questão de saber se um tribunal pode invalidar um acto administrativo com
fundamento numa diferente leitura da prossecução do interesse público levada a cabo pela
Administração. Dito de outra forma, o problema situa-se na força irradiante do princípio da boa-
administração.
Entendemos que o dever de boa-administração constitui uma vinculação da Administração na
escolha da conduta que melhor preenche o interesse público previsto na lei. Esta vinculação tem
consequências administrativas no controlo interno mas não autoriza uma substituição da escolha
administrativa por parte do tribunal.
Confluem nesta conclusão os princípios da legalidade e da separação de poderes na medida em
que excluem dos poderes do juiz a apreciação do mérito da decisão administrativa.
Princípio de legalidade
Actualmente a importância do princípio de legalidade ultrapassa o entendimento clássico que
restringia a respectiva influência a um mero limite à acção da Administração Pública.
O princípio de legalidade é encarado de uma forma positiva – a lei define tudo o que a
Administração pode fazer e não só o que está proibida de fazer.
O princípio abrange todas as formas de actuação – vincula a administração ablativa e também a
administração prestadora.
Por último, o princípio não constitui só um limite à actividade administrativa é também o seu
fundamento.
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Utilizando as palavras de FREITAS DO AMARAL, em matéria de actividade administrativa a
regra geral não é o do princípio de liberdade, é o princípio de competência. Segundo o princípio
de liberdade que constitui a regra no direito privado, pode fazer-se tudo aquilo que a lei não
proíba; segundo o princípio de competência, pode fazer-se aquilo que a lei permite.
O princípio de legalidade abrange, deste modo, a Constituição, as normas de direito
internacional, a lei, os regulamentos e deve respeitar os actos e os contratos.
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Princípio da imparcialidade.
A ausência ou deficiente ponderação global traduz-se num vício de decisão que indicia o seu
carácter aleatório e tem como consequência a invalidade.
Assim, mais que uma delimitação do conceito de acto discricionário, a imparcialidade desenha a
actividade administrativa, como actividade sujeita a especiais deveres quando exercita poderes
discricionários. Deste modo, o isolamento e prova da falta de uma ponderada e comparativa
análise de situações não se refere, apenas ao momento da decisão final, mas diz respeito a todo o
processo que a antecede.
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O que importa sublinhar é a possibilidade de explicação do acto, submetido à cognição do juiz,
de forma a verificar-se a adequação da actividade administrativa ao princípio que deve informar
a conduta sindicada.
Princípio de igualdade
O princípio da igualdade, como princípio constitucional e legal da actividade administrativa,
vincula qualquer actuação administrativa que comporte uma margem de livre decisão.
A igualdade impõe que se trate de modo igual o que é juridicamente igual e de modo diferente o
que é juridicamente diferente na medida de diferença.
A doutrina e a jurisprudência constitucionais têm fixado o conteúdo do princípio de igualdade ao
nível do eventual conflito entre a Constituição e a lei.
Princípio da proporcionalidade
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Principio de boa fé
O princípio da boa fé encontra as suas raízes no direito civil ao contrário da generalidade dos
outros princípios da actividade administrativa. A doutrina aponta em relação a este princípio
duas vertentes essenciais na respectiva concretização.
O princípio da primazia da materialidade subjacente, que comporta a ideia de que as normas
jurídicas visam a obtenção de resultados efectivos não se satisfazendo com condutas que, embora
formalmente correspondam a tais objectivos, falhem em atingi-los substancialmente.
O princípio da tutela da confiança visa a protecção da actuação de um sujeito de direito cuja
confiança lhe foi criada com base num comportamento que inspire uma convicção razoável na
conduta de outrem.
O princípio da tutela da confiança justifica acções indemnizatórias em relação à quebra do
investimento de confiança de um particular na conduta da Administração mesmo quando esta
pratique actos legais.
O princípio releva, ainda, no entendimento que hoje é dado às consequências de promessas
administrativas não cumpridas e que, naturalmente, criaram uma confiança legítima no
particular.
Por último, o princípio da confiança explica a irrevogabilidade de actos administrativos
favoráveis válidos e contribui para perceber a irretroactividade desfavorável de actos
administrativos.
Princípio da justiça
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Princípio da participação dos interessados
Este princípio assume nas legislações dos países de expressão oficial portuguesa uma
importância crescente com relevo na participação procedimental dos interessados na gestão da
Administração Pública.
Não se trata aqui de um mero princípio de participação política mas, outrossim, um mecanismo
privilegiado de intervenção no procedimento administrativo.
Significa que os interessados podem e devem pronunciar-se antes da decisão da Administração
sobre o seu sentido em termos de lesão dos seus interesses e da correcta prossecução do interesse
público.
A influencia da audiência dos interessados em relação às condutas administrativas estende-se
hoje não só à actuação por actos administrativo mas também aos regulamentos e contratos
administrativos. Importa salientar que a preterição da audiência dos interessados quando prevista
na lei gera uma invalidade do procedimento destinado à prática de um acto, elaboração de um
regulamento e à celebração de um contrato.
Este direito de os particulares participaram no procedimento administrativo não deve ser
encarado como uma antecipação do litígio contencioso mas uma forma de o evitar levando a
Administração muitas vezes a corrigir erros de facto ou erros de direito por sugestão dos
particulares.
Princípio da decisão
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na tradicional figura do deferimento ou indeferimento tácito ou, na condenação da
Administração a praticar o acto imposto pelo dever de decisão.
Trata-se, naturalmente, de uma opção legislativa, relacionada com as impugnações
administrativas de omissões de decisão. A nova lei do contencioso portuguesa adoptou a figura
da condenação à pratica do acto administrativo devido quebrando, assim, uma tradição de
indeferimentos tácitos que favoreciam a inércia da Administração e que era contraditória com a
proclamação do dever de decisão.
No entanto, a instituição da figura da condenação à prática do acto administrativo devido acaba
por ser mais benéfica para o particular que, ao abrigo do anterior regime, era forçado a impugnar
o acto de indeferimento tácito. Mesmo que obtivesse sucesso nessa impugnação contenciosa,
poderia ver renovado o acto indeferimento expressamente o que implicara novo recurso
contencioso de anulação.
No que toca ao deferimento tácito, o regime mantém-se, presumindo-se a existência de um acto
favorável em vez de obrigar o particular a uma acção condenatória para a prática do acto devido.
Trata-se de uma opção legislativa uma pouco contraditória mas justificada por razões de
celeridade e economia no que respeita à actuação da Administração em certas matérias,
nomeadamente, urbanísticas
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Conclusão
Direito faz-se para a Justiça. O processo é apenas um instrumento democrático para que o Direito
justo se concretize e ofereça ao homem uma razão de conviver com dignidade e segurança,
legitimando o poder e tornando o cidadão seu artífice participante e confiante de que vale a pena
viver com os outros numa ambiência política que pode aperfeiçoar e abrandar a experiência
daquele que vier depois. Para isso o constitucionalismo contemporâneo, atento ao batuque surdo
da exclusão social por carência de instrumentos viabiliza dores do Direito conquistado, expressa
princípios que convergem para a concretização do princípio magno da dignidade da pessoa
humana
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Referencia bibliográfica
Correia Sérvulo Ayala bernardo Medeiros,Rui estudos do direito processual administrativo lex
Lisboa 2002
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