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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS – Thallius Moraes

Introdução

-Nortear o Sistema Jurídico

-São diretrizes e orientações gerais

-Aplicação:

Entes Federados (3 poderes – E/L/J)

Adm. Indireta

Obs: Os delegatários de serviços públicos também devem observar esses princípios contudo isso não precisa ser
feito de forma integral

-Divisão: DENTRO DA CF/88


a) Princípios expressos/escritos/explícitos ou positivados:

Legalidade

Impessoalidade

Moralidade

Publicidade

Eficiência
b) Princípios Implícitos: Todos os demais mesmo que sejam sinônimos

-Entre os princípios não há que se falar em hierarquia e prevalência: Devem todos ser observados, não pode
atender um princípio e violar outro. Nenhum princípio é mais FODA que o outro ( o que há são princípios
basilares)

1) Princípio da Legalidade:

 Aplicável aos particulares: Previsto no Art.5°, II, CF ( obrigado a fazer ou não fazer senão em virtude de lei)
possui autonomia de vontade – Legalidade LATO SENSU (em sentido amplo)
 Aplicável à administração pública: Art.37 da CF/88 (a administração pública somente pode agir mediante
expressa previsão legal) – Legalidade STRICTO SENSU, se o administrador público praticar um ato não
previsto no ordenamento jurídico ele cometeu ATO ILEGAL passível de anulação. ADMNISTRADOR
PÚBLICO É PAU MANDADO. E se a lei não disser nada? Ele não faz nada. Não pode agir mesmo na
omissão

CUIDADO PARA NÃO CONFUDIR:

 LEGALIDADE: Lei deve ser observada


 Reserva Legal: é algo que depende de lei para ser concretizado. Ex: Criação dos entes da administração
indireta
Princípio da Juridicidade:

Ampliação da legalidade que reduz a discricionariedade administrativa.

A atuação da administração pública encontra-se subordinada a todo o ordenamento jurídico e não apenas a lei

Deve observar lei/princípios/decretos/atos normativos secundários

Em virtude desse princípio pode ser feita anulação de um ato que viole princípios mesmo que ele esteja em
conformidade com a lei

2) Princípio da Impessoalidade:

Atuação Impessoal

Age por critérios de interesse público

Ex: Concurso Público – Cargos preenchidos de maneira isonômica

Teoria da Imputação – Agente público manifesta o interesse do órgão que representa

Vedação do Nepotismo

Vertentes:

 Isonomia: Veda privilégios e discriminações.


Não é regra absoluta devido a igualdade substancial/material  tratar os desiguais de forma desigual
Ex: Ações afirmativas/ Atendimento Preferencial/ Aposentadoria da mulher

 Finalidade Pública: A conduta do administrador deve sempre ter fins públicos


Vedado: Interesses próprios ou Interesses de terceiros
Sinônimo: Princípio da Finalidade (Implícito)
 Vedação à promoção pessoal ou político partidária
Publicidade a obras/programas/serviços  consta nome do órgão e entidade nesse caso é vedado à
menção a autoridade pública ou partido público  Imagem/Nome/Símbolo

3) Princípio da Moralidade: Serve para complementar a legalidade

Dever de atuação ética do administrador atuando conforme preceitos morais

Moralidade: Equilíbrio entre a legalidade e a finalidade (para que está realizando o ato?)
A observância da moralidade é um pressuposto de validade dos atos administrativos

Mesmo que esteja de acordo com a lei, se ele for ilegal ele deverá ser invalidado (requisito de validade)

4) Princípio da Publicidade:

Vertentes:
 Dever da administração pública de publicar seus atos em meio oficial (diário oficial)
Publicação É UM REQUISITO DE EFICÁCIA (produção de efeitos)
Obs: Há exceções (Sigilo)  Proteção da segurança nacional/ resguardar a intimidade dos administrados/
atos internos PUBLICIDADE É REGRA SIGILO É EXCEÇÃO
 Transparência: Acesso á informação permitindo o controle social
Ex: Certidão em repartição públicas
Portal da transparência

5) Princípio da eficiência: Incluída posteriormente na CF/88 com a Emenda Constitucional de 19/1988

Prestação de serviços públicos adequados que atenda as necessidades da população, mas isso deve ser feito com
o menor gasto possível

Exemplos: exoneração do estável por meio da avaliação periódica de desempenho mediante Lei complementar
sendo assegurado ao servidor a ampla defesa

Contrato de gestão

Celeridade Processual

PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS

1) SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO ou PRINCÍPIO DA PREVALÊNCIA/PREPONDERÂNCIA:

De um lado interesse individual e do outro lado o interesse coletivo  na maioria dos casos interesse privado
toma pau

É desse princípio que deriva os poderes da administração proporcionado ela atuar com superioridade. Ex Poder
de Polícia/ Instituto da desapropriação

2) PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO:

Não pode abrir mão

Mero gestor da coisa alheia (Atuação: conforme determinado em lei)

Deveres e restrições

Poder dever de agir  Não pode ser omisso quando tiver o dever de agir

Obs: JURISPRUDÊNCIA DO STF  Não impede que a administração celebre acordos ou transações quando for
mais benéfico ao interesse público
PILARES DO D. ADMNISTRATIVO: SUPREMACIA E INDISPONIBILIDADE (orientam toda a atuação da
administração pública e no momento de editar leis)

INTERESSE PÚBLICO DIVIDE-SE EM:

a) Primário: Interesses diretos do povo

b) Secundário: Interesses patrimoniais do Estado. Não pode colidir com o primário

3) PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE:

Limitação aos atos discricionários e coibir excessos

O administrador público deve fazer uma relação entre: MEIOS X FIM e FORÇA X FALTA

É vedado que ele utilize meios superiores aos necessários: Se for utilizado um ato excessivo o mesmo será
passível de INVALIDAÇÃO

4) PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA ADMNISTRATIVA: SÚMULA 473 DO STF

Diferente da tutela administrativa

Pode rever os próprios atos (anulação quando os mesmos forem ilegais ou então revoga-los por razão de
conveniência ou oportunidade)  mediante de requerimento ou de ofício

A súmula diz que quando forem revogados os atos devem ser respeitados os direitos adquiridos

Segundo a súmula em todo o caso é resguardada a apreciação judicial

 CAEM MENOS NAS PROVAS:

5) MOTIVAÇÃO:

Exige apresentação dos motivos que justificam a prática do ato

Exigência alcança: atos vinculados e discricionários

Exceções: Exoneração do titular de um cargo em comissão

6) CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA

Se aplica no âmbito administrativo e judicial

Regra  Prévio (antes da administração pública fazer a restrição de um direito)

a) Ampla defesa na via administrativa: É concedido APENAS quando houver a restrição ou possibilidade de
restrição de direitos
Exemplos: Aplicação de penalidade à servidor ou particular / Exoneração de servidor inabilitado no estágio
probatório (período de 3 anos antes de conseguir estabilidade) / Anulação de um ato que produziu efeitos
favoráveis à determinado administrado (quando a administração anula ato que produziu algo massa para alguém)

APROFUNDANDO  Situações que não há ampla defesa, ou seja, não há restrição de direitos

* Exoneração de um cargo em comissão (pois ele não possui direito de permanência)

* Inquérito Civil e Policial (são situações investigativas não há penalidade podem dar início ao processo judicial)

* Sindicância investigativa (administração pública investiga para verificar se há indícios do cometimento de


alguma infração, nesse caso não há penalidade)  caso haja infração inicia-se o PAD

* Modalidades de PAD (nessas situações há a ampla defesa porque pode surgir daqui a penalidade)

 Sindicância
 PAD
 PAD SUMÁRIO

7) SEGURANÇA JURÍDICA (relacionado ao princípio da confiança e da boa-fé)

Trata da estabilidade e credibilidade nas relações travadas com o Estado

a) Vedação da aplicação retroativa de nova INTERPRETAÇÃO

STF diz que se deve respeitar situações que já estão consolidadas e amparadas pelo tempo e pela boa-fé

b) Presunção de legitimidade e comprometimento com os atos praticados

8) CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

a) A prestação dos serviços públicos deve ser feita de maneira adequada e ininterrupta

*Ininterrupta salvo caso de emergência e aviso prévio Ex: Corte pelo não pagamento

b) O prestador de serviços públicos pode fazer a interrupção da prestação por inadimplência da administração?
Somente após a sentença judicial com trânsito em julgado

9) SUBSIDIARIEDADE

CUIDADO É UM TERMO QUE PODE SIGNIFICAR COISAS DIFERENTES NOS DIVERSOS ÂMBITOS DO DIREITO

Diz que a atuação do Estado deve ser subsidiária, ou seja, o estado só deve atuar onde a iniciativa privada não
seja capaz  Visa reduzir o intervencionismo estatal

OBS: Esse princípio não possui amparo na CF/88 não é o que ocorre de fato no Brasil depende do contexto da
questão
10) CONTROLE

Todos os órgãos e entidades do poder público estão sujeitos à uma forma de controle (interno ou externo)

11) PRECAUÇÃO

Traz uma exigência para administração pública para que ela adote medidas preventivas em algumas situações,
nos casos que envolvam risco de dano ao interesse da coletividade

Tenta evitar os danos antes que eles ocorram

12) ESPECIALIDADE

Relacionado à administração pública descentralizada (entes da adm. indireta-exercem atividade de forma


especializada, conforme estiver definido em LEI)

A lei já define as especialidades desses entes não são gerais

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