Você está na página 1de 3

Princípios Administrativos

A doutrina encontra ainda um número grande de outros princípios que também


auxiliam o direito administrativo e serão abordados adiante.

Legalidade:  Com fundamento constitucional estampado no artigo 5º, II, adverte que:
“ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. De
forma cristalina estabelece uma rígida interpretação de que o administrador público deve
obedecer estritamente o que reza a lei, não oportunizando flexibilidade em inovar com
subjetividade.

Veja então que o cidadão pode fazer tudo o que a lei não proíba e este princípio
manifesta que a administração pública pode fazer tão-somente o que diz a lei, a o excesso
levará a nulidade do ato.

Impessoalidade:  É o princípio que determina que a atividade administrativa tem que ter seu
fim voltada ao atendimento do interesse público, sendo vetada o atendimento à vontades
pessoais ou favoritismo em qualquer situação.

Segundo Celso António Bandeira de Mello, “a impessoalidade funda-se no postulado


da isonomia e tem desdobramentos explícitos em variados dispositivos constitucionais como
o artigo 37, II, que exige concurso  público para ingresso em cargo ou emprego público”

Noutra vertente, este princípio estabelece que os actos públicos não podem conter
marca pessoal do administrador, pois os actos do administrador não são necessariamente
deste e sim da administração, devendo todas as realizações serem atribuídas ao ente estatal
que o promove. Desta feita, entende-se que os actos não são necessariamente do agente, mas
sim da administração, sendo desta todo o crédito. Na carta Magna, no artigo 37 é cristalina
lição, veja-se:

Moralidade:  Não se trata neste caso da moral comum, mas sim em um conjunto de
regras que excluem as convicções subjectivas e íntimas do agente público, trazendo à baila
uma necessidade de actuação com ética máxima pré existente em um grupo social.

Este princípio “constitui hoje pressuposto de validade de todo acto da Administração


Pública”.
Publicidade: É o princípio que manifesta a imposição da administração em divulgar
seus actos. Geralmente, os actos são divulgados no diário oficial (Boletim da Republica)
como a obrigação constante na lei em garantir a transparência da administração dando
conhecimento generalizado e produzindo seus efeitos jurídicos.

Eficiência:  Este princípio veio através do previsto na constituição nº 1 do artigo 250,


que garante a inclusão de um princípio que é era implícito a outros. A administração pública
deve ser eficiente, visando sempre o balanço das contas e despesas públicas controlando
adequadamente  a captação dos recursos e seu uso contemplando as necessidades da
sociedade, visando obter sempre o melhor resultado desta relação.

Supremacia do interesse público: É considerado pela maioria dos doutrina dores


como um dos mais importantes princípios, pois tem a finalidade pública como conditio sine
quo non da administração. Este princípio está presente não somente na elaboração de normas,
mas também na condução e execução do caso concreto.

A Administração Pública no ofício de suas prerrogativas impõe actos a terceiros de


forma imperativa e exige seu cumprimento com previsão de sanções aos que descumprirem.
Tudo isso com o interesse maior que é o colectivo. O interesse colectivo tem prevalência
sobre os individuais, diferenciando do direito privado. Esta condição coloca a administração
em uma condição hierárquica.

1. O princípio de imprescritibilidade

Nos termos da Constituição da República (n.º 3 do Artigo 98 da Constituição), o


regime jurídico dos bens do domínio público, bem como a sua gestão e conservação deve
respeitar o princípio da imprescritibilidade. O princípio de imprescritibilidade significa que,
praticamente, se um particular instala- se numa parcela do domínio público, e mesmo se este
permaneça nesta um número indeterminado de anos, o referido particular jamais poderá
adquirir a propriedade desta parcela por prescrição aquisitiva como ele como o poderia fazer
no caso em que o terreno fosse propriedade de uma pessoa privada.

2. O princípio de impenhorabilidade

Qualquer que seja a natureza dos bens (obras públicas ou não), que fazem parte do
domínio público ou não, esses é impenhorável. No que diz respeito aos bens do domínio
público o fundamento é constitucional (n.º 3 do Artigo 98 da Constituição); no que concerne
os outros, o fundamento é legislativo.

3. O princípio de inalienabilidade

O domínio público é inalienável. Por outras palavras não pode ser vendido. Assim, a
Administração não pode dispor do domínio público, salvo se ela toma medidas prévias
legalmente previstas e cumprir com os procedimentos específicas de desclassificação e
desafectação da coisa pública em causa.

Você também pode gostar