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Data 01 de Abril de 2021

Tema: Continuação de estudo do Estado Moderno

Na aula anterior introduzimos o Estudo do Estado Moderno. Deste vamos destacar os subtipos Estado
Estamental, Estado absolutista, Liberal, Estado Socialista, Estado Fascista, Estado Social e o Estado
Contemporâneo.

O Estado Estamental correspondeu ao binómio rei - reino no qual as decisões do princípio monárquico
resultavam de um consenso nos diversos estratos sociais que participavam das assembleias
representativas.

Com efeito, na Idade Média, a sociedade feudal tinha uma hierarquia que era basicamente dividida em
quatro estamentos ou estados: Rei, Nobreza, Clero e Servos. Em realação ao Clero e aos Servos, o Rei e a
Nobreza tinham privilégios. No feudalismo, o Rei era o maior poder concentrado nas mãos de uma só
figura e a Nobreza reapresentava os detentores das terras e riquezas, os quais eram designados “senhores
feudais”. O Clero era constituído por representantes da Igreja, representando o poder da religião, e o
estamento - os servos ou plebeus trabalhavam nas terras dos senhores feudais, recebendo em troca
segurança e alimentos. Note-se que no teocentrismo, as pessoas aceitavam as condições em que viviam,
pensando que Deus lhe havia dado aquele destino.

No final da Idade Média, e início da Idade Moderna, com a crise do sistema feudal, o fortalecimento do
comércio e das cidades medievais, bem como os avanços científicos, a visão teocêntrica, de Deus, foi
substituída por uma visão antropocêntrica, que coloca o homem no entro do universo, pondo fim a
Sociedade Estamental.

O Estado Absoluto coincidiu com a abolição ou eliminação dos estamentos e a concentração do poder do
Estado no monarca que governava, com base na teoria do poder divino dos reis, mas conhecendo na sua
actuação Deus como limite, devendo por consequência respeitá-lo.

O absolutismo é o sistema político em que os poderes do Estado se concentram no soberano, não se


separando o executivo do legislativo e do judiciário. O Rei detém o poder absoluto, sendo visto pelos
súbditos como uma espécie de Deus. Neste sentido, Thomas Hobbe, na sua obra “Leviatã”, juntou a
outros autores dizendo que os reinados eram totalmente soberanos.

A fase terminal do Estado Absoluto século XVIII, designou-se Estado Polícia, o qual alterou a estrutura
do poder do Rei e ao mesmo tempo introduziu a noção de Razão do Estado. O Estado Polícia fugia duma
legitimidade não divina, mas racional, sendo neste contexto que Maquiavel dizia que para se alcançar os
interesses do Estado não era necessário observar os princípios éticos e religiosos: “os meios justificam os
fins.”
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Estado Liberal: século XIX. Estado Liberal Nasceu na Europa e na América do século XVIII, percorreu o
século XIX e passou um pouco pelo século XX. Características fundamentais:

Reconhecimento dos Direitos do Homem em relação ao Estado, como acima referimos,

Separação de poderes do Estado: executivo, legislativo r judicial.

Organização económica liberal.


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