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Colégio Estadual Indígena Capitão Francisco Rodelas

Estado
Absolutista
Rodelas – Bahia
Colégio Estadual Indígena Capitão Francisco Rodelas
Alunos: Tayná Cá Arfer e Guilherme Antônio Cá Arfer Jurum Tuxá
Componente curricular: Sociologia
Professora responsável: Genicléia Jurum Tuxá
Data de entrega: 07/10/2022
Estado Absolutista

O que é?

Estado absolutista é um regime político surgido no fim da Idade Média. Também


chamado de Absolutismo se caracteriza por concentrar o poder e autoridade no
rei e de poucos colaboradores. Nesse tipo de governo, o rei está totalmente
identificado com o Estado ou seja, não há diferença entre a pessoa real e o
Estado que governa. Não há nenhuma Constituição ou lei escrita que limite o
poder real e tampouco existe um parlamento regular que contrabalance o poder
do monarca.

Como surgiu?

No período da Idade Média, o rei era apenas mais um nobre. Ele não era o
detentor de todo o poder. Na transição do feudalismo para o capitalismo, com a
ascensão do mercantilismo e da burguesia, viu-se a necessidade de um outro
regime político europeu. Seria necessário um modelo que garantisse o
cumprimento das leis e a paz. Daí a necessidade de centralizar o poder.

Com isso, no estado absolutista, o rei se tornou a pessoa certa para tal
centralização. Já a burguesia via na unificação político-administrativa uma boa
forma de ampliar suas riquezas, pois a descentralização política do período
medieval e a falta de uma moeda única inviabilizavam os lucros comerciais. Em
um estado unificado, com uma mesma moeda e somente o poder central
cobrando impostos, a possibilidade de ganhos comerciais por parte da burguesia
aumentava.

Os estados nacionais adotaram diversas práticas visando definir seus territórios.


Algumas delas foram:

• Centralização do poder;
• Criação de grandes exércitos nacionais;
• Criação de uma moeda única;
• Criação de símbolos nacionais;
• Determinação de uma língua oficial;
Os estados absolutistas tiveram o apoio da igreja católica, que considerava o rei
como um ser divino.

As monarquias nacionais se firmaram por meio de um processo lento e gradual.


A criação desse novo modelo político enfrentou várias batalhas e tratados que
contribuíram para a sustentação do mesmo.

Exemplos de Estados Absolutistas:

Inglaterra

• Parlamento subordinado ao rei;


• Igreja subordinada ao Estado;
• Criação de uma nova religião: Anglicanismo;
• Estabelecimento de uma religião oficial.

Portugal

• Concomitante às grandes navegações;


• Centralização dos assuntos referentes ao exército, economia e justiça;
• Ausência de Constituição.

França

• Limitação do poder da nobreza;


• Concentração das decisões econômicas;
• Concentração das decisões de guerra;
• Política de alianças com o intuito de expandir a influência da monarquia
francesa na Europa;
• Perseguição religiosa ao protestantismo.

Espanha

• Influência da Igreja Católica;


• Ausência de Constituição;
• Inquisição;
• Retirou direitos da nobreza.

Percebe-se, então, que as características dos estados absolutistas europeus são


basicamente iguais. Lembrando que aqui foram abordadas apenas algumas
particularidades das monarquias absolutistas.

O Direito Divino e o Estado Absolutista:


A teoria do Direito Divino foi idealizada por Jacques Bossuet (1627-1704).
Influenciado pela Bíblia, Bossuet afirmava que o rei era o representante de Deus
na Terra. Por isso, o soberano devia ser obedecido sem ser questionado.

Para Bossuet, a criação do rei tinha que ser baseada na religiosidade. Sendo
assim, ele seria um bom governante pois suas ações estariam pautadas em
valores cristãos, sempre em benefício de seus súditos.

Economia no Estado Absolutista:

No campo da economia, o Estado absolutista não era barato, e por isso eram
necessários muitos recursos para financiar os luxos do rei e de sua Corte assim
como outros gastos do Estado. A arrecadação, a venda de cargos, o confisco de
bens e a cessão de contratos de comércio e navegação eram formas de
arrecadação dos Estados absolutistas. Essa riqueza era ampliada
pela exploração das colônias, pelo comércio no Oriente e pelo tráfico de
africanos escravizados.

A economia absolutista manifestou práticas que ficaram conhecidas


como mercantilismo e são entendidas pelos historiadores como um estágio de
transição do feudalismo para o capitalismo. O mercantilismo ficou caracterizado
por uma forte intervenção do Estado na economia e trabalhou para unificar o
mercado interno e garantir que o Estado arrecadasse a maior quantidade de
metais preciosos possíveis.

O declínio do Absolutismo:

O absolutismo, enquanto sistema político, perdeu força com o surgimento dos


ideais iluministas na França, a partir do século XVIII. Os iluministas
questionavam o acúmulo de poder do rei, os privilégios da nobreza e do clero, a
atuação da Igreja Católica, e propunham ações para a economia, ciência,
sociedade etc. Os ideais iluministas foram colocados em prática a partir de 1789,
quando eclodiu a Revolução Francesa. Os revolucionários lutaram contra os
privilégios da nobreza e o absolutismo, dando início à queda desse sistema no
século XIX.

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