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ABSOLUTISMO E

MERCANTILISMO
CENTRALIZAÇÃO MONÁRQUICA

Na Europa Ocidental, a burguesia enriquecida promoveu


algumas reformas para impulsionar o comércio. O
transporte de mercadores de uma cidade para outra
obrigava os comerciantes a cruzar vários feudos. Cada um
deles estava sob a autoridade de um senhor feudal, que
estipulava suas próprias leis e taxações. Essas restrições
levaram a burguesia a apoiar a centralização do poder
nas mãos de um rei, que podia unificar a moeda, as leis e
os impostos e estabelecer um sistema de pesos e medidas
único. Facilitando as trocas comerciais.

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PESOS E MEDIDAS

Pesos e medidas unificados para o


comércio é muito importante, pois já
imaginou um quilo de feijão ser de um
jeito no Ceará com um valor, e no Distrito
Federal o quilo de feijão ter outro peso e
outro valor? O comércio nacional não ia
funcionar não é Esta Foto de Autor Desconhecido
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mesmo!? Seria muita desorganização.
Essa centralidade era buscada nos estados
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nacionais e pela burguesia naquela época.
CENTRALIZAÇÃO DAS MONARQUIAS
• O processo de centralização do poder real foi longo.
• Houve resistência da Igreja católica e de parte dos senhores feudais.
• Transformações sociais, econômicas e culturais: a intensificação do
comércio, o crescimento das cidades, o questionamento do poder da igreja católica, a
difusão de ideias humanistas e o fortalecimento da autoridade do rei.
• Crises econômicas: a baixa produção de alimentos, a fome e as guerras atingiam
algumas regiões da Europa, o que contribuía para centralização monárquica, pois a
população depositava esperança na figura do rei para combater todos esses problemas e
possivelmente assegurar certa estabilidade a população.
• Hoje no Brasil e em alguns países, muitos problemas sociais, econômicos e políticos
contribuem para que as pessoas depositem esperanças em líderes políticos ou religiosos
para salvar a nação dos problemas.
ABSOLUTISMO
Os estados modernos europeus (XVI e XVIII) - se caracterizavam pela concentração do poder nas
mãos do rei, que tinham forte controle sobre a justiça, a elaboração das leis (legislação), criação de
impostos, moedas, fiscalização de estradas e a administração pública em geral. Mas, na prática, a
autoridade do rei era limitada. mesmo a autoridade mais alta do estado, tinha que respeitar as leis e
considerar a tradição e os costumes para não despertar hostilidades entre seus súditos. O
aumento do número e da complexidade das instituições do reino inviabilizava a administração direta do
soberano em todas as funções do Estado, o que a obrigava a delegar poderes a funcionários
encarregados de exercerem serviços e assegurar suas decisões.
A Reforma protestante e a contrarreforma acarretaram profundas consequências na configuração
política do continente europeu. O que contribuiu para o fortalecimento dos reis, a divisão do
cristianismo enfraqueceu o poder do papa. A Igreja foi colocada sob a autoridade dos reis, alguns
teóricos defendiam que a centralização política do estado absolutista era uma forma de constituir
uma sociedade forte e poderosa.
TEÓRICOS DO ABSOLUTISMO
Para legitimar o poder dos reis e justificar pela razão e pela fé a centralização
do poder, intelectuais importantes desenvolveram teorias para defender o
absolutismo.
NICOLAU MAQUIAVEL (1469-1527)

Escreveu o livro: O príncipe, que servia


como manual que segundo o qual o
estadista ao mesmo tempo devia ser
amado e temido pelos seus súditos. Caso
isso não fosse possível, era melhor ser
temido, em razão da natureza má e
oportunista dos seres humanos.

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THOMAS HOBBES (1588-1679)

O filosofo inglês, através da sua


principal obra, o leviatã, afirma que
só o estado forte seria capaz de
limitar a liberdade individual,
impedindo a “guerra de todos contra
todos”, pois segundo Hobbes a
natureza humana em sua essência é
má e egoísta. Assim, o ser humano
deve dar plenos poderes ao Estado e
renunciar à sua liberdade a fim de
proteger sua própria vida. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND
JACQUES BOSSUET (1627-1704)

O e bispo
teólogo a francês obra
escreveu
Sagrada escritura”, desenvolveu
“Política
a doutrina do direito divino
da dos
reis, segundo ao qual o poder do
soberano era a vontade de Deus
na terra, assim era ilimitado e
incontestável.
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MERCANTILISMO
Durante a época moderna, a economia mercantil teve grande
desenvolvimento na Europa Ocidental. Os Estados absolutistas
modernos se apoiavam no comércio para o seu fortalecimento
econômico e político. Com a finalidade de ampliar seus rendimentos,
os governantes desses Estados desenvolveram uma série de ideias e
práticas econômicas conhecidas como mercantilismo, cuja principais
características era o rígido controle da economia pelo Estado.
Com a centralização do poder trouxe consigo, manter a
abundância e ostentação das cortes europeias, assim como sustentar os
funcionários que cuidavam da administração do reino e equipar as
tropas que protegiam o território, tinha um custo muito alto. Como
sustentar tudo isso? A solução encontrada por muitas monarquias para
enriquecer o reino foi adotar um conjunto de práticas que recebeu o
nome de mercantilismo.
Luís XIV da França, o Rei Sol.
Pintura de Hyacinthe Rigaud
(1701).
BASE DO MERCANTILISMO
 Metalismo- A riqueza de um reino era medida pela quantidade
de metais nobres que ele possuía. Por essa razão, muitos
governos evitavam a saída de ouro e prata dos cofres do estado.
 Balança Comercial Favorável- Os governos criavam medidas

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protecionistas para encarecer os produtos importados e reduzir
sua entrada no reino. Diminuindo as importações e aumentando
as exportações, a balança comercial ficaria positiva.
 Estímulo às manufaturas locais- Os governos estimulavam a
produção de bens manufaturados, como tecidos e ferramentas.
Esses produtos abasteciam o mercado interno, geravam
impostos e pediam ser exportados, rendendo mais moedas para
a coroa.
RESULTADOS DA POLÍTICA MERCANTILISTA
As práticas mercantilistas tinham traços comum a todos os reinos, foi a interferência do Estado na
economia por meio de incentivos, tributação (impostos e taxas) e controle monopolista do comércio.
Entre os séculos XV e XVIII, a aliança entre os Estados monárquicos e as burguesias europeias
impulsionou o investimento em marinhas mercantes e nas grandes viagens marítimas para explorar os
mares e conquistar colônias na África, na Ásia e na América, em busca de riquezas e produtos de
alto valor no mercado europeus, como especiarias e metais preciosos. As conquistas territoriais e
ampliação das relações comerciais em escala mundial permitiam a concentração de riquezas pelos
europeus e o acumulo de capitais através dos saques nas regiões conquistadas. A produção colonial
de mercadorias muito cobiçadas e de alto valor na Europa, como o açúcar, o cacau, o algodão, o ouro e
a prata, foram possíveis com a utilização do trabalho compulsório de indígenas e africanos. Além
disso, as monarquias europeias intensificaram a produção de manufaturas, que também passaram a ser
vendidas em suas colônias, o que aumentava seus lucros. Dessa forma, algumas monarquias se
transformaram em grandes potenciais econômicas mundiais.
BIBLIOGRAFI
A
BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: <
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>.
BRASÍLIA, Governo do Distrito Federal. Currículo em movimento do Distrito Federal – Ensino
Fundamental Anos Iniciais – Anos Finais. 2º ed. SEDF. Brasília: 2018. Disponível em:
http://www.educacao.df.gov.br/curriculo-em-movimento/
FERNANDES, Ana Carolina. Araribá mais. Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida
pela
Editora Moderna. 1 ed. Moderna. São Paulo: 2020.
PELLEGRINI, Marco César. DIAS, Adriana Machado. & GRINBERG, Keila. #Contato História. São Paulo:
Quinteto editorial, 2018.

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