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PORTUGAL NA

EUROPA DO ANTIGO
REGIME
O Antigo Regime
• Antigo Regime: sistema económico, social e político, que tem
por base:
uma economia assente na agricultura e no comércio;
uma sociedade hierarquizada e estratificada;
o poder absoluto do rei.

Trabalhos agrícolas
O peso dos impostos
Rei Luís XIV
A Economia do Antigo Regime
• A maior parte da população vive da agricultura e trabalha as terras
da nobreza e do clero, estando sujeita, em troca, a pesadas taxas e
obrigações.
• Persistem técnicas tradicionais de cultivo, pelo que a produtividade
é muito reduzida e o povo mal consegue garantir a sua subsistência.
• Verifica-se um activo comércio ultramarino com as colónias.

O ciclo vicioso do regime Porto de Lisboa: século XVII


agrícola
Uma Sociedade de Ordens
• A sociedade do Antigo Regime é hierarquizada e estratificada,
dividindo-se em três ordens ou estados: o clero, a nobreza e o povo
ou terceiro estado.
• O clero e a nobreza são grupos sociais privilegiados: o clero não
paga impostos, recebe a dízima e dispõe de tribunais próprios
(direito canónico), enquanto a nobreza, também isenta da maioria
dos impostos, tem acesso exclusivo aos cargos superiores da corte,
do exército e da Igreja.
• O Terceiro Estado, grupo social não privilegiado, abrange grupos
diversificados, desde a burguesia (comerciantes, homens de leis…)
aos artesãos, camponeses, serviçais.
• Pertence-se à nobreza ou ao povo por nascimento, havendo uma
reduzida mobilidade social, e as ordens sociais têm um estatuto
jurídico próprio, com direitos, deveres, vestuário e formas de
tratamento distintas.
O Absolutismo Régio
• O poder régio, em fortalecimento desde os finais da Idade Média,
atinge o seu auge no Antigo Regime – Absolutismo Régio.
• O poder do monarca é considerado de origem divina, isto é,
provém de Deus.
• Os monarcas procuram concentrar em si todos os poderes do
Estado, exercidos por funcionários em seu nome; o interesse do
Estado é ditado pela vontade do rei, como se conclui da célebre
frase de Luís XIV “O Estado sou eu”.
• Todos os grupos sociais estão subordinados ao poder do rei, que
ostenta uma imagem de esplendor, rodeando-se de um complexo
cerimonial e construindo grandiosas obras.

Absolutismo Régio

Origem divina do Concentração dos poderes Complexa rede de


poder régio nas mãos do rei funcionários régios
O Mercantilismo
• No Antigo Regime praticou-se uma política económica proteccionista e de
nacionalismo económico designada por mercantilismo, que assenta em
dois princípios:
1.º – a riqueza de um país reside na quantidade de metais preciosos que
nele existe;
2.º – a melhor forma de obter metais preciosos é através das trocas
comerciais com o estrangeiro.
• Para conseguir um saldo positivo na balança comercial, o Estado
intervinha na economia, protegendo o comércio e a indústria contra a
concorrência das outras nações.

Mercantilismo

Objectivos:
Programa de acção:
- alcançar uma balança
-incremento das manufacturas Papel do Estado:
comercial favorável
-fomento do comércio - controlo e fomento da economia
- enriquecer o Estado
- leis pragmáticas
- fortalecer o poder real
A Introdução do Mercantilismo
em Portugal
• Durante o Antigo Regime, a riqueza de Portugal assenta no tráfego
comercial, sobretudo de produtos ultramarinos.
• Por volta de 1670, a grave crise comercial provocada pela baixa do
preço do açúcar nos mercados europeus, devido à concorrência do
açúcar produzido nas Antilhas, leva à adopção de medidas
mercantilistas.
• Em 1675, o rei D. Pedro II nomeou vedor da Fazenda o Conde da
Ericeira, que decide promover a industrialização do país:
- apoia a fundação de manufacturas de lanifícios e de sedas;
- manda vir do estrangeiro técnicos e novos equipamentos;
- concede monopólios de fabrico às manufacturas;
- aprova as leis pragmáticas (proibição de uso de panos e outros
artigos de origem estrangeira).
A Falência das Medidas
Mercantilistas
• A política de industrialização do Conde da Ericeira contou com a
forte oposição dos comerciantes ingleses, que viram as suas
exportações de lanifícios afectadas e, por isso, diminuíram a compra
de vinhos portugueses, o que prejudicou os grandes viticultores
portugueses.
• Simultaneamente, os produtos comerciais portugueses voltam a
valorizar-se nos mercados europeus e faz-se a descoberta do ouro e
dos diamantes brasileiros, no reinado de D. João V, que tornam
possível o pagamento das importações dos produtos de que
Portugal necessita.
• Neste contexto, é assinado com a Inglaterra o Tratado de Methuen,
em 1703, pelo qual Portugal se compromete a aceitar sem restrições
os lanifícios ingleses, em troca da redução das taxas alfandegárias
sobre os vinhos portugueses.
O Barroco
• Nos séculos XVII e XVIII, as formas clássicas
do Renascimento são substituídas pelo
movimento, pela exuberância e pelo
dramatismo do Barroco.
• Este novo estilo artístico surge em Roma,
associado ao espírito da Contra-Reforma, e
difunde-se principalmente nos países Bernini, O Êxtase de Santa
católicos, mas manifesta-se, de igual forma, Teresa de Ávila

na arte civil, espelhando a grandeza dos


monarcas.
• Arte do espectáculo, o Barroco também
está presente no teatro, na ópera e na
música.

Tecto da 2.ª sala da


Biblioteca de Coimbra

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