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A reforma interna
Entre 1545 e 1563, reuniu-se o Concílio de Trento, tendo sido reafirmados os princípios
fundamentais da Igreja Católica: a salvação pela fé e pelas boas obras, o culto dos santos e
da virgem maria, os sete sacramentos, a Bíblia e a tradição como fontes de fé, e a autoridade
do Papa.
Adotaram-se medidas de reforma interna para moralizar e ensinar o clero, destacando-se a
criação de seminários, a proibição da acumulação de cargos religiosos e a manutenção do
celibato dos sacerdotes.
A contrarreforma
Para combater as heresias e expandir a fé, a Igreja Católica contou com a companhia de
Jesus, a Inquisição e o Index.
A Companhia de Jesus, ordem religiosa criada por Santo Inácio de Loyola, tinha como
principal objetivo converter os hereges e os pagãos à fé católica.
A Inquisição era o tribunal da Igreja que tinha sido criado no século XIII para combater as
heresias. A partir do século XVI, o Papa Paulo III reorganizou-a, passando a vigiar e
condenar os que não respeitassem as regras da Igreja Católica.
O Index, criado na mesma altura, era uma lista, organizada em índice, das obras de leitura
proibida aos Católicos, sob pena de excomunhão.
Em França, Luís XIV mandou construir um grande palácio em Versalhes, onde passou a
residir e onde instalou a sua corte, Para suportar a vida faustosa, o monarca impunha uma
grande quantidade de impostos e a sua rigorosa cobrança.
O Rei proibiu as igrejas protestantes em França, tendo mandado fechar os seus templos e
perseguir os crentes. O monarca criou um exército nacional, que ele próprio comandava.
Em Portugal, D.João V, a partir do final do século XVII e graças ao ouro trazido do Brasil,
criou uma corte faustosa e promoveu festas e espetáculos públicos, mandou construir obras
monumentais (Convento de Mafra e aqueduto das Águas Livres) mas, não foi capaz de
realizar a influência dos grandes senhores, nem de diminuir o poder da inquisição.
A sociedade do Antigo Regime era constituída por três ordens: clero, nobreza e Terceiro
Estado. A sociedade era, por isso, profundamente estratificada e fechada. Como cada estrato
devia obediência àqueles que lhe eram superiores, a sociedade era também hierarquizada.
O clero era o primeiro estado, por estar mais próximo de Deus, devido às suas funções
religiosas o que lhe dava mais privilégios: não pagar impostos e ter leis e tribunais próprios.
O alto- clero integrava cardeais, arcebispos, bispos e abades, que viviam luxuosamente.
Alguns destes clérigos desempenhavam altos cargos na governação do reino. O baixo clero
( párocos) vivia de forma modesta.
O Terceiro Estado era a ordem mais numerosa e o seu estrato mais importante era a
burguesia, constituída maioritariamente por homens de letras, comerciantes, médicos,
artesão, assalariados rurais e urbanos, e os escravos. Alguns dos burgueses mais ricos
podiam ascender à nobreza de toga, através do casamento ou por concessão do rei, mas era
raro.
A sociedade portuguesa
A produção agrícola era fraca, na generalidade dos países europeus. Como os senhores da
nobreza e do clero viviam, na corte ou nas cidades, à custa dos pesados impostos pagos pelos
camponeses, não se preocupavam em investir na modernização agrícola das suas
propriedades. Continuavam a usar os instrumentos, as técnicas e as culturas tradicionais.
O comércio teve grande desenvolvimento. A partir dos portos dos países com impérios
coloniais, como a Inglaterra, os Países Baixos, a França, Espanha e Portugal, muitas
mercadorias eram redistribuídas para outras regiões.
Segundo o mercantilismo, um país seria tanto mais rico quanto maior fosse a quantidade de
metais preciosos que possuísse. Para alcançar esse objetivo, os reis absolutos:
Deste modo agravou-se o défice da balança comercial portuguesa a partir de 1670 e dado que
em Portugal a produção agrícola era fraca e as manufaturas eram poucas, eram com a venda
de produtos coloniais que o país conseguia dinheiro para pagar o elevado volume de
produtos importados.
Portugal enfrentou assim, uma grave crise económica na segunda metade do século XVII.
O mercantilismo em Portugal
D. Luís de Meneses, conde da Ericeira e vedor da Fazenda do rei, pôs em prática algumas
medidas mercantilistas:
O tratado de Methuen
As medidas tomadas por Carvalho e Melo, como “ enterrar os mortos e cuidar dos vivos” e
reforçar o policiamento da cidade para evitar roubos e assaltos, realçaram as suas qualidades
de dirigente e contribuíram para que o rei o nomeasse secretário de Estado dos Negócios do
Reino.
O desenvolvimento económico
As medidas tomadas pelo Marquês de Pombal contribuíram para que o comércio com a
Inglaterra atingisse um saldo positivo no final do século XVIII.
A arte barroca
O barroco em Portugal