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Professores: Adelarmo e Rondinelli

Ap. 1
Mod. 3
Frente A
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▪ Idade Média – poder político estava descentralizado, a autoridade


dos monarcas reduzida. O poder de fato era exercido pela nobreza
feudal e pela Igreja.

▪ Final da Idade Média – crise do feudalismo marcou o declínio da


autoridade da nobreza feudal e a centralização do poder político
nas mãos dos reis.

▪ O Estado Nacional Moderno surgia de uma conciliação de


interesses. Quais os grupos envolvidos nesse processo?
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▪ Interesses dos reis - definir os limites territoriais de seus reino


e exercer a soberania, de fato e de direito, sobre todos os seus
domínios.
▪ Superar o particularismo dos feudos e o universalismo da
Igreja.

▪ Os monarcas reivindicavam o monopólio do exército nacional,


da justiça (tribunais reais), fiscal (cobrança de tributos), leis
(legitimam seu poder), monetário (cunhagem de moedas).

▪ Recorreram aos recursos financeiros da burguesia para a


formatação desse Estado nacional centralizado.
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▪ Interesses da burguesia – a remoção dos diversos entraves


feudais que dificultavam suas atividades comerciais e a
segurança garantida pelo Estado.

▪ A centralização viria a padronizar pesos e medidas, adoção de


moeda única (válida em todo o reino), fim das diversas taxas e
pedágios feudais, e garantia a segurança aos comerciantes.
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▪ Nobreza e Clero – perderam poder político com a


centralização, entretanto preservaram seus privilégios de
ordem, ou seja, o Estado garantia à nobreza e à Igreja isenções
de tributos, cargos na administração, rendas e pensões,
controle sobre as massas camponesas, etc.

▪ Os monarcas necessitavam conciliar interesses entre os


grupos sociais do reino: burguesia, nobreza e clero e assim
garantir a governabilidade.
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▪ Na Idade Moderna – séculos XV ao XVIII essas monarquias centralizadas


evoluíram para a consolidação dos Regimes Absolutistas.
(FUVEST) No processo de formação dos estados Nacionais da
França e da Inglaterra, podem ser identificados os seguintes
aspectos:
a) Fortalecimento do poder da nobreza e retardamento da
formação do estado moderno.
b) Ampliação da dependência do rei em relação aos
senhores feudais e à Igreja.
c) Desagregação do feudalismo e centralização política.
d) Diminuição do poder real e crise do capitalismo
comercial.
e) Enfraquecimento da burguesia e equilíbrio entre o Estado
e a Igreja.
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▪ Primeiro Estado centralizado na Europa – processo ligado à


Guerra da Reconquista contra os muçulmanos.

▪ Século XI o nobre francês Henrique de Borgonha recebeu do rei


Afonso VI o condado Portucalense.

▪ Afonso Henriques, filho de Henrique de Borgonha rompeu os


laços de vassalagem com o reino de Leão e iniciou a primeira
dinastia portuguesa.
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▪ Portugueses se beneficiaram com a guerra entre França e Inglaterra no


século XIV – interrompeu as rotas comerciais terrestres.
▪ Rota marítima – comércio entre as cidades italianas e norte europeu passando pelo
litoral português. Favoreceu burguesia lusitana.
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▪ Morte de D. Fernando I – último rei borgonhês iniciou crise sucessória. A herdeira


do trono era casada com rei de Castela e uma possível união entre os dois reinos
não agradava à burguesia e à pequena nobreza lusitana. Eles defendiam a ascensão
de D. João, mestre da Ordem Militar de Avis e irmão ilegítimo de D. Fernando I.
▪ Revolução de Avis levou ao trono D. João I completando a centralização portuguesa.
Criou condições favoráveis para a expansão marítima de Portugal.

D. João I, fundador da
dinastia de Avis
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▪ Formação do Estado espanhol – ligada à


atuação dos reis católicos – Fernando de
Aragão e Isabel de Castela - vitória
contra os mouros na Guerra da
Reconquista (1492).
▪ Expansão marítima e conquista das
regiões mineradoras da América –
promoveu o enriquecimento do Estado.
▪ Ação do Tribunal da Inquisição –
reprimiu ricos judeus e confiscou
riquezas.
▪ Ver também Bernoulli Play YZJG –
Guerra da Reconquista.
4- (BERNOULLI) “Conquistada a Espanha, Muça (chefe islâmico) dividiu o território da
Península entre os militares que vieram à conquista, da mesma maneira que entre eles
distribuíra os cativos e os demais bens móveis arrecadados como presa. Então deduziu o
quinto das terras e dos campos cultivados, do mesmo modo que deduzira antes o dos cativos e
objetos móveis…Quanto aos outros cristãos que estavam em seus lugares inacessíveis e nos
montes elevados, Muça deixou-lhes os seus bens e o uso da sua religião, mediante o
pagamento de um tributo…”
MOZAINE, M. I. Século XI. In: FREITAS, G. 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano, 1977. v.I.

O texto apresentado faz menção ao processo de ocupação da Península Ibérica por povos de
origem árabe, islamizados. Tais palavras registram
a) como a conquista islâmica sobre os ibéricos, embora militar, apresentou ações tolerantes.
b) o caráter violento da jihad islâmica, resultando em ações fundamentalistas sobre os inimigos
religiosos.
c) que o domínio do Império Árabe sobre a Península Ibérica envolveu somente aspectos religiosos.
d) que, durante a conquista da Península Ibérica, os chefes islâmicos adotaram práticas
econômicas que permitiram o florescimento do intercâmbio capitalista.
e) a capacidade dos cristãos para conseguir impor limitações à dominação islâmica na Península
Ibérica.
(UNICAMP-2021) Segundos os historiadores, pela primeira vez, uma potência europeia desenvolveu
um projeto planetário que abrangia quatro continentes, a fim de assentar as pretensões universais
da monarquia. Para isso, os juristas espanhóis invocaram a noção de extensão geográfica sem
precedentes de suas possessões. Com a monarquia católica surgiram a primeira economia mundial
e um regime capitalista e comercial intercontinental.
(Adaptado de Serge Gruzinski, “Babel no século XVI. A mundialização e Globalização das Línguas”, em Eddy Stols, Iris Kantor, Werner Thomas e Júnia Furtado (orgs.), Um Mundo sobre
Papel. São Paulo/Belo Horizonte: EDUSP/ Editora UFMG, 2014, p. 385.)

Com base no texto do historiador Serge Gruzinski sobre as monarquias católicas, assinale a
alternativa correta.

a) A noção de monarquia católica inclui Portugal, Espanha e Inglaterra, que colocaram em marcha
um processo de expansão marítima planetário, calcado no trabalho assalariado dos indígenas.

b) O projeto planetário da monarquia católica calcava-se na memória do Império Romano, sendo


que Roma ambicionou estabelecer seu aparato burocrático ágil e repressivo nos quatro continentes.

c) O projeto planetário da monarquia católica fundava-se em um corpo jurídico criado com


argumentos teológicos, em uma burocracia exercida a distância e no trabalho compulsório.

d) A monarquia católica expandiu seu projeto comercial baseado em estamentos feudais nos
moldes das capitanias hereditárias implementadas na América, na África e na Ásia.
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▪ Século XIII o rei João Sem Terra foi obrigado a assinar um documento
– Magna Carta (1215) que lhe fora imposto por parte da nobreza e do
clero inglês que formaram um Conselho.
▪ O grande Conselho daria origem ao Parlamento.

▪ A Magna Carta limitava a ação do rei que não poderia alterar as leis
ou criar impostos sem aprovação do Conselho.

▪A existência desse órgão, no entanto, não evitou posteriores


momentos de concentração do poder nas mãos do rei.
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▪ No século XIV a Inglaterra se envolveu na Guerra dos Cem Anos contra a França. A
longevidade da guerra provocou a união da nobreza e favoreceu a centralização
política.
▪ Ao final da Guerra dos Cem Anos a Inglaterra estava vivendo uma crise econômica
e sentia-se um declínio da nobreza. Tinha início um novo conflito – Guerra das Duas
Rosas, disputa interna pelo trono inglês. Dinastia York (rosa branca) e dinastia
Lancaster (rosa vermelha).
▪ Em 1485 Henrique Tudor destronou Ricardo III da casa dos York e assumiu o trono,
sendo reconhecido pelo Parlamento como Henrique VII. A dinastia Tudor completou
a centralização.
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▪ A centralização francesa teve início com a dinastia Capetíngia – século X


com o rei Hugo Capeto.

▪ Século XIII a centralização foi acelerada no reinado de Felipe Augusto –


necessidade de exército poderoso para enfrentar conflitos com a
Inglaterra, cobrança de impostos diretamente pelos fiscais nomeados pelo
rei e centralização da Justiça.

▪ Felipe IV, o Belo – seguiu o processo de centralização e entrou em conflito


com a Igreja.

▪ O rei reprimiu a Ordem dos Templários criada durante as Cruzadas –


dívidas do reino com essa ordem.
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▪ Choque com a Igreja veio da ameaça do rei de cobrar impostos


sobre os bens eclesiásticos do clero francês e impedir a saída de
recursos para a Santa Sé.

▪ O papa Bonifácio VIII chegou a ameaçar Felipe, o Belo de


excomunhão, mas após a morte do papa o rei conseguiu impor o
nome do cardeal francês Clemente V como papa.

▪ Clemente V transferiu a sede do papado para Avingnon na França


– Cisma do Ocidente – que duros 70 anos. A existência de dois
papas – o romano e o francês.
▪ As vitórias obtidas pela França na
Guerra dos Cem Anos fortaleceram a
consciência nacional – destaque para a
figura de Joana d’Arc, símbolo da luto
contra os ingleses e do nacionalismo
francês.

▪ A guerra terminou em 1453 com a


expulsão dos ingleses e pela dinastia
de Valois. Nobreza enfraquecida e
fortalecimento do exército permitiram
a reforço do poder monárquico.

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