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Idade Média

Professora: Carolina Detoffol


1º’s anos
E.E.B. Engenheiro Álvaro Catão
- Queda do Império Romano do Ocidente (476).
- Séc. III: crise do Império Romano (gastos com as invasões germânicas,
aumento de impostos, diminuição das guerras, das conquistas de territórios,
da mão de obra escrava, da produção, aumento dos preços).
- RURALIZAÇÃO.
- V ao X: fixação dos povos germânicos nas antigas terras do Império e a
formação do FEUDALISMO - Alta Idade Média.
- VI ao XV: o feudalismo consolida-se e entra em crise - Baixa Idade Média
(formação dos Estados europeus modernos).
Povos Germânicos ou Germanos
- Estabelecidos ao norte das terras romanas (Alemanha, França, Bélgica e Holanda).
- Visigodos, anglos, saxões, francos, hérulos.
- Organizavam-se em TRIBOS (grupos de famílias ligadas por laços de
PARENTESCO e de DEPENDÊNCIA PESSOAL).
- Politeístas.
- NÃO conheciam a escrita.
- Forte tradição guerreira.
- Em tempos de guerras, em Assembleias, os chefes das famílias escolhiam um líder,
que mantinha com seus guerreiros estreitos laços de fidelidade e companheirismo.
Tais laços tinham por base um um juramento de fidelidade e OBRIGAÇÕES
RECÍPROCAS, que formavam uma instituição conhecida por COMITATUS.
Reino Franco - Império Carolíngio
- os povos germânicos se estabelecem e fundam importantes reinos.
- séc. V: os francos ocuparam a Gália.
- 495: o rei franco, Clóvis, pertencente a Dinastia Merovíngia, converteu-se ao
cristianismo (com apoio da igreja uniu as tribos francas, submetendo-as ao
seu poder, formando o REINO FRANCO).
- Sucessores de Clóvis - MORDOMOS ou PREFEITOS do Palácio.
- CARLOS MARTEL: 732, Batalha de Poitiers (muçulmanos).
- Pepino, o Breve, é aclamado rei dos francos, dando início a Dinastia Carolíngia.
- Carlos Magno (reino franco prosperou, reforçou a aliança com a Igreja) - título de
“Imperador dos Romanos”, no ano de 800, na noite de Natal, do papa Leão III.
- para fortalecer seu poder, Carlos Magno concedeu benefícios a seus fiéis
seguidores - LAÇOS DE VASSALAGEM (relação de dependência que unia o
suserano e o vassalo)
- Carlos Magno dividiu as terras do Império em condados, marcas e ducados, que
deviam ser administrados, respectivamente, por condes, marqueses e duques,
escolhidos diretamente por ele (eram responsáveis pelo recolhimento de
impostos e pelo comando dos exércitos locais).
Renascimento Carolíngio
- por julgar importante a conservação de obras da Antiguidade e a difusão da
cultura, o imperador Carlos Magno tomou medidas que ficaram conhecidas
como Renascimento carolíngio.
- fundou escolas palatinas nos palácios: onde os filhos dos nobres estudavam
com os monges, preparando-se para administrar domínios e servir ao
Imperador.
- incentivou o trabalho dos MONGES COPISTAS. (Ciro, Virgílio e Tácito).
- após a morte de Carlos Magno (814), seus herdeiros tiveram dificuldades de
exercer o poder e entraram em constantes disputas entre eles.
- Luís I, o Piedoso.
- Guerra Civil.
- Assinatura do TRATADO DE VERDUN, em 843 (dividiu o Império Carolíngio
em 3 regiões: Carlos, o Calvo, ficou com a França Ocidental; Lotário, recebeu
a Lotaríngia, região central do Império; e Luís, o Germânico, ficou com a
França Oriental.
Assinatura do Tratado de Verdun
Divisão do Império Carolíngio.
A fragmentação do Império Carolíngio.
- séc. IX: ataques de árabes, húngaros e vikings.
- proteção militar de senhores locais, edificação de inúmeros castelos e
fortalezas, protegidas por fossos, muralhas e guerreiros bem treinados.

Consequência: a fragmentação política e territorial + a afirmação da Igreja


Católica + a síntese de tradições romanas e germânicas = nascimento de um
novo sistema político, econômico e social: o FEUDALISMO.
A formação do feudalismo.
- após a desintegração do Imp. Carolíngio, reis e senhores vão continuar a
utilizar a VASSALAGEM para obter ajuda administrativa e militar. A aliança
firmada entre dois senhores se estabelecia em uma cerimônia conhecida
como HOMENAGEM. Nela, ocorria o juramento de fidelidade entre o
VASSALO (Senhores Feudais, que recebiam benefícios do rei em troca de
auxílio militar e outros serviços), e o SUSERANO (que fazia a doação).
- séc. XI: o benefício (armas, cavalos, jóias, o direito de cobrar taxas ou
terras) passou a se chamar FEUDO, que significa “bem doado em troca de
algo”.
Organização do feudo.
A sociedade feudal.
O CLERO
- Formado por dois grupos:

Clero Secular (vivia em contato com os fiéis, ensinava o Evangelho e cuidava


dos bens da Igreja. Na base de sua hierarquia estava o pároco; no topo, o
papa).

Clero Regular (viviam em mosteiros, isolados do mundo, seguiam uma vida


regrada pela oração e pela penitência. Se dedicavam a copiar e estudar as
obras da Antiguidade pagã e cristã).
Inovações agrícolas
- séc. XI: mudanças que merecem destaque:
- expansão das áreas de cultivo devido a derrubada de florestas e a drenagem
de pântanos;
- o desenvolvimento de novas técnicas agrícolas
Charrua
Rotação trienal de culturas
- um novo modo de atrelar o cavalo usado para puxar o arado. Antes, o cavalo
era atrelado pelo pescoço, o que limitava bastante seu rendimento e o
sufocava. A partir do século X, passou a ser atrelado pelo peito, o que
aumentava seu rendimento e resistência no trabalho;
- o aprimoramento e a difusão dos moinhos acionados pela força do vento ou
da água; tais moinhos contribuíram para aumentar a velocidade e a
qualidade da moagem de grãos.
O revigoramento comercial e urbano.
OS ARISTOCRATAS
- Eram os senhores feudais, mas entre eles também havia uma hierarquia:

REI

DUQUES/ CONDES/ MARQUESES

OBS: Esses aristocratas formavam a verdadeira NOBREZA FEUDAL,


descendentes dos antigos servidores de Carlos Magno.

VISCONDES/ BARÕES

CAVALEIROS
OS QUE TRABALHAM
- No campo, onde vivia a maior parte da população, havia três tipos de
trabalhadores:

OS SERVOS (eram camponeses ligados à terra - não podiam abandonar a


propriedade, nem ser expulsos dela). Pagavam taxas pelo uso da terra e pela
proteção recebida.

VILÕES (camponeses livres. Podiam vagar pelos feudos em busca de


trabalho, proprietários de pequenos lotes de terra).

ESCRAVOS (pertenciam ao senhor. Os poucos existentes, trabalhavam nos


domínios do senhor, executando tarefas domésticas).
Mentalidade e cultura na Idade Média
- As ideias eram ligadas ao domínio cultural da Igreja.
- Teocentrismo - Deus como centro do mundo.
- O ser humano é visto com certo “desprezo” porque é um pecador.
Merecemos sofrer porque somos pecadores - figura da mulher (?).
- Apenas alguns padres e monges sabiam ler e escrever.
- A “verdade” só poderia ser encontrada nas tradições da sociedade medieval,
no que estava escrito na Bíblia e na autoridade da Igreja.
- A vida material é pouco importante. O que é preciso é a salvação da alma.
- Tudo que acontece na natureza é explicado pela vontade direta de Deus.
- A razão deve ser subordinada a fé.
- Teatro: centradas em temas religiosos, organizadas pelo clero (veículo de transmissão da fé
católica).
- Também haviam encenações populares (saltimbancos): misturava performances acrobáticas,
palhaços e representações de histórias.
- Literatura (séc. XII):

Romances (inspirados em lendas da Antiguidade e adaptadas), que circulavam nas cortes dos
grandes senhores

Canções de gesta (longas narrativas em versos e tratavam de feitos dos heróis medievais),
como a Canção de Rolando.

Novelas de Cavalaria (destacavam a honra, bravura e lealdade dos cavaleiros), como do Rei
Arthur e dos Cavaleiros da Távola Redonda.
A Canção de Rolando

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