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A SOCIEDADE FEUDAL (SÉCULOS V A XV)
Recorrências nas provas: 2000, 2001, 2002, 2004, 2005, 2006, 2008,
2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2019, 2020. Das 24
edições da prova, o tema apareceu em 17!
- A Idade Média teve início quando o último imperador romano do Ocidente foi destruído
pelos povos germânicos. Entretanto, a expressão Idade Média surgiu no século XIV,
durante o Renascimento (“Idade das Trevas”: misticismo religioso, etc).
Onde antes havia o Império Romano do Ocidente tornou-se, nesse período, diversos
reinos que, baseados em tradições germânicas e romanas, deram origem a sociedade
feudal.
- REI
- CLERO: reza
- SENHORES FEUDAIS/ NOBREZA: guerra e segurança
- SERVOS: trabalham
- Praticamente inexistente a mobilidade social!
A SOCIEDADE FEUDAL: ESTAMENTAL
- Servos
- Os servos estavam ligados à terra e dali não podiam sair. Mesmo que um feudo
mudasse de senhor, não poderiam ser expulsos dele, passando a prestar
obrigações ao novo senhor.
- Vilões: pequenos proprietários que, por algum motivo, tinham entregado suas
terras a um senhor. Embora livres, deviam várias obrigações ao dono do feudo.
- Os escravos eram poucos e mantidos apenas em algumas regiões próximas ao
Mediterrâneo, trabalhavam em atividades domésticas.
- Os servos tinham direito a vida e a sua própria economia - diferente da pessoa
escravizada.
A distribuição das terras do feudo
- A divisão do Clero. O clero secular era constituído pelo papa e pelos arcebispos,
bispos, padres, etc. Eles eram sacerdotes que desenvolviam atividades voltadas para
o público. Já o clero regular era formado por religiosos que viviam em mosteiros em
regime de reclusão ou semi-reclusão (cristianizando povos, cultivando terras,
organizando e mantendo escolas e bibliotecas).
- Todo o ensino da época era voltado para o ingresso na vida religiosa. Oferecido em
latim.
- Os primeiros estudos eram feitos em escolas que funcionavam nos conventos e
nas igrejas das vilas, onde se aprendia a ler e a escrever, noções de cálculo e canto
religioso. Outros níveis “superiores” eram feitos em escolas mantidas nas catedrais.
E, esses níveis “superiores”, eram divididos em dois ciclos. Primeiro aprendia
gramática, retórica e lógica. Depois música, aritmética, geometria e astronomia.
A cultura feudal
- Pois bem, entre os séculos XI e XIII, a Idade Média passou por grandes
mudanças... Universidades, novas arquiteturas, etc. Relembrando: Baixa Idade
Média: IX ao XV e Alta Idade Média: V ao IX.
- Durante a Baixa Idade Média houve um aumento populacional, visto a diminuição
das invasões e das epidemias.
- No final do século XI surgiram as CRUZADAS – expedições de caráter religioso e
militar. As cruzadas modificaram a sociedade feudal.
O mundo feudal em
transformação
- O crescimento populacional: em apenas quatrocentos anos a população da Europa
praticamente dobrou. A diminuição das invasões a partir do século X gerou um clima de
estabilidade social. O isolamento entre os feudos ajudou que o número de mortos por
epidemia diminuísse. Com o fim das epidemias, o número de nascimentos começou a
superar o de mortes, resultando em um aumento populacional.
- Com mais pessoas, iniciou-se um processo de exploração agrícola das terras e dos
pântanos, ocorreu a ocupação de novas áreas e a introdução de algumas inovações na
técnica de cultivo. De qualquer forma, isso não foi o suficiente para alimentar a população
crescente dos feudos.
- Expulsão do excesso populacional: muitos servos passaram a mendigar ou a saquear
estradas.
- Os senhores feudais decidiram, para garantir a supremacia dos feudos e não dividir
posses, que o filho primogênito seria o único herdeiro.
- Aparecimento de grupos “bandoleiros” e de combates e torneios dos nobres cavaleiros.
“espírito guerreiro”.
As Cruzadas
- A partir das Cruzadas, a mudança mais visível na Europa ocidental, ficou conhecida
como renascimento comercial e urbano. Ele significou o desenvolvimento do
comércio e das cidades. (Algo novo).
- O comércio, ainda incipiente, era praticado nas feiras que se realizavam nas vilas
ou perto dos castelos e em outros lugares fortificados. Inicialmente, as feiras eram
periódicas, mas com o tempo as feiras tornaram-se permanentes, propiciando o
aparecimento de núcleos urbanos, chamados burgos.
- A partir dos burgos, desenvolveram-se novas cidades, ao mesmo tempo que
ganharam vida as mais antigas, que não haviam desaparecido por completo.
- As cidades atraíram os artesões, que nelas se fixavam para viver do seu ofício.
Atraíram também servos e camponeses que a buscavam para tentar vender os seus
excedentes agrícolas ou para viver como trabalhadores livres. Atraíram também
comerciantes de sal, de ferro e de inúmeras outras mercadorias, provenientes de
regiões distantes.
A troca de moedas
- O gesto estava revestido de duplo sentido. Por meio dele, a Igreja rompia os laços
com o Império Bizantino à medida que passava a prestigiar um novo imperador. Ao
mesmo tempo, concretizava seu interesse em ver restaurado o antigo Império
Romano.
- A administração do império carolíngio era feita de modo bastante precário.
Extensão do território. Por isso, a centralização do poder alcançada por Carlos
Magno dependia, em grande parte, de sua autoridade pessoal e não sobreviveu
muito após sua morte.
- O império estava dividido em províncias, chamadas de condados. Após jurar
obediência ao imperador, o conde recebia as funções de administrador, juiz e chefe
militar. Sua ação era fiscalizada pelos missi dominici, dois funcionários, um conde e
um bispo, de confiança do imperador.
O Império de Carlos Magno
- Carlos Magno estimulou a renovação cultural do reino, atraindo para sua corte
vários sábios de várias partes da Europa. O estímulo à cultura deu origem ao
movimento conhecido como Renascença Carolíngia. As cópias de obras greco-
romanas ganharam impulsos. As técnicas de encadernação de livros e arte de ilustrar
manuscritos por meio de pequenos desenhos, chamados iluminuras, foram
largamente desenvolvidas.
A dissolução do Império
- Com a morte de Carlos Magno, o trono foi ocupado por Luís, o Piedoso, seu único
filho, que governou até 840. Morto Luís, seus três filhos entraram em guerra pelo
controle do império.
- Depois de inúmeras lutas, foi celebrado o Tratado de Verdun, que dividiu o
território em três partes: França Ocidental (governada por Carlos, o Calvo), França
Oriental (que ficou com Luís, o Germânico) e França Central (dominada por
Lotário).
- Na França Ocidental, a dinastia carolíngia viveu um processo de enfraquecimento,
dada as disputas pelo poder e das crescentes invasões normandas (vikings),
eslavas e húngaras.
- Esse processo coincidiu com o fortalecimento cada vez maior dos senhores feudais
a partir da divisão do Império Franco entre os netos de Magno. Os dois processos
contribuíram para a descentralização do poder e para a consolidação do regime
feudal.
A dissolução do Império
- A Idade Média teve início quando o último imperador romano do Ocidente foi
destruído pelos povos germânicos.
- Com a divisão do Império Romano, formou-se o Império Romano do Oriente, que
englobava a Grécia, a Ásia Menor, a Síria atual, a Palestina, o nordeste da África
(incluindo o Egito) e as ilhas do Mediterrâneo. Quando Roma foi tomada pelos
germanos, a parte oriental sobreviveu, mantendo intensa atividade urbana e
mercantil.
- Essa aglomeração deu origem ao Império Bizantino. Comunhão entre valores
greco-romanos e orientais. Ali também ocorreu a assimilação dos preceitos do
cristianismo.
Constantinopla
- Em seu governo Justiniano organizou o Corpo do Direito Civil. Composto por quatro
partes:
1. O código Justiniano: reunião de todas as leis romanas desde Adriano até o ano de
534.
2. As Institutas: princípios fundamentais do Direito Romano.
3. O Digesto ou Pandectas: síntese da jurisprudência romana cujo conteúdo
apresenta os pareceres dos grandes juristas a respeito das Institutas.
4. As Novelas: reunindo a nova legislação.
Nika, a revolta
- Em 532, Constantinopla foi agitada por uma grande revolta, conhecida como Nika.
(nike, em grego: vitória). Iniciada no hipódromo, onde a rivalidade esportiva
refletia divergências sociais, políticas e religiosas, a rebelião se propagou
rapidamente por toda capital.
- A população estava se rebelando contra os altos impostos cobrados.
- Diante a revolta, Justiniano ameaçou fugir da cidade, mas foi impedido pela sua
mulher, Teodora. A revolta foi reprimida pelo general Belisário. Estima-se que cerca
de 30 mil pessoas tenha sido degoladas.
O cisma do Oriente
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Linha do tempo _ História Geral
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A Formação do Mundo Moderno
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- Com a crise da Idade Média, a centralização do poder passou a ser entendida como
uma alternativa política capaz de restabelecer a ordem e a segurança. Atuando
inicialmente como árbitro entre os senhores feudais e a burguesia, o rei conseguiu, aos
poucos, impor sua autoridade sobre o território do reino.
- Idade Moderna: poder centralizado e unificação de territórios.
- Surgiram, por toda Europa ocidental, monarquias fortalecidas, como as de Portugal,
Espanha, França e Inglaterra.
- O rei contou com alguns aliados na hora de centralizar o poder: burguesia mercantil e
financeira, formada por comerciantes e banqueiros.
- O fato de cada feudo ter uma moeda trazia enormes entraves às atividades
mercantis. Além disso, a burguesia estava insatisfeita por ter que pagar pedágios para
os senhores feudais. Um poder centralizado poderia resolver isso, como também
poderia oferecer proteção às rotas comerciais.
A centralização do poder
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- Gradualmente, o rei impôs sua autoridade sobre territórios cada vez mais vastos. Os
limites entre esses locais começaram a ganhar sentido político, fiscal e militar,
fixando-se e tornando-se fronteiras. As línguas faladas dentro de cada território
faziam referência as regiões hegemônicas.
- Surgimento do Estado moderno, Estado nacional ou monarquia nacional. Caráter
fortemente centralizado do poder monárquico em oposição à fragmentação vivida no
sistema feudal.
- Dentro dos limites do seu território, o rei passou a exercer o monopólio da força
legítima (forças armadas), o monopólio da justiça e da arrecadação de impostos.
- A formação do Estado moderno ocorreu de formas diversas em cada região na
Europa. Em todas elas, porém, o Estado moderno foi o resultado de longos e
sangrentos conflitos.
O Estado Moderno: França
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- Como mencionamos nas aulas anteriores, a Guerra dos Cem Anos (XIV) foi
fundamental para o fortalecimento da monarquia. Durante o conflito, os reis franceses
promoveram importantes reformas militares e financeiras, como a formação de um
exército permanente e a criação de um imposto fixo destinado a garantir a
manutenção da força armada.
- A Guerra dos Cem Anos: França x Inglaterra. (1337-1453). Fatores: a intenção do rei
francês de afastar a rica região de Flandres do controle inglês e o fato de o rei inglês
reivindicar direitos sucessórios em relação o trono francês.
- No início, os ingleses venceram uma série de batalhas. Crécy (1346), Poitiers (1356).
No início do século XV, controlavam grande parte do norte da França. Nesse momento,
aparece Joana D’ Arc (1412-1431).
O Estado Moderno: França
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- Joana D’ Arc (1412-1431): uma jornalista camponesa. Sob seu comando, os franceses
recuperaram a cidade de Orléans, o que permitiu ao herdeiro da coroa francesa ser
coroado na catedral de Reims. Apesar da vitória, Joana D’ Arc foi presa pelo duque de
Borgonha, que se opunha ao rei da França, e entregue aos ingleses. Considerada
herege por um tribunal eclesiástico, foi queimada na fogueira em 1431. A vitória de
Orléans marcou uma reviravolta na guerra. Os ingleses começaram a perder seus
territórios nas regiões ocupadas por seu exército e acabaram expulsos da França. A
Guerra dos Cem Anos contribuiu para consolidar o Estado moderno na França, ao
fortalecer o poder do rei e despertar o sentimento de identidade nacional no país.
- Dessa forma, no final do XV, a França já era um Estado unificado politica e
economicamente. O idioma francês impôs-se em todo território. No início do XVI, a
monarquia francesa, sob o reinado de Francisco I (1515-1547), tornou-se absolutista.
O Estado Moderno: Inglaterra
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- Em 1215, diante das medidas autoritárias tomadas pelo rei João Sem- Terra, como a
imposição de novos impostos, os nobres reuniram-se e aprovaram um documento que
limitava o poder do rei e determinava que ele só poderia aumentar impostos mediante
aceitação do Grande Conselho, órgão formado pela própria nobreza e por
representantes do clero.
- No documento havia coisas como: determinava julgamento justo e imparcial a todo
indivíduo que cometesse um delito. Estabelecia que nenhuma pessoa podia ser presa
sem causa formada (direito de habeas corpus). A Magna Carta, como foi denominado
o documento, é até hoje uma das bases constitucionais da Inglaterra.
- Em 1265, os nobres, com o apoio da população, obrigaram o rei a aceitar a criação
de uma assembleia constituída pelos representantes das três ordens: clero, nobreza e
burguesia. Trinta anos depois, esse órgão, chamado Parlamento, foi definitivamente
incorporado às instituições do Estado inglês.
O Estado Moderno: Inglaterra
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- No século XV, a Inglaterra foi assolada por uma guerra entre duas famílias da nobreza
que disputavam o trono. Os York x Os Lancaster. Guerra das duas rosas (1445-1485).
- No decorrer da guerra, as duas famílias acabaram por se enfraquecer e abrir espaço
para uma terceira família: os Tudor, que chegaram ao poder em 1485 com Henrique
VII. Aproveitando a fragilidade da nobreza ocasionada pela guerra, o novo rei pôde
restaurar e ampliar a centralização do poder, unificando o país e constituindo as bases
do Estado moderno na Inglaterra.
- Henrique VIII (1509-1547) deu novos passos para a consolidação do poder real. Em
1534, aproveitando-se da conjuntura criada pela Reforma Protestante, ele rompeu
com o papa, confiscou terras da Igreja Católica na Inglaterra e fundou a Igreja
Anglicana, cuja autoridade máxima passou a ser exercida pelo próprio rei. Seus
sucessores, continuaram com a premissa da centralização.
Europa ocidental no início do século XVI
O Estado Moderno: a península ibérica
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- No começo do século VIII os árabes haviam invadido a península ibérica. Apenas a região
dos montes Pirineus, próxima ao reino da França, escapou dessa invasão. Ali se formaram
os reinos cristãos de Astúrias e Leão. Esses reinos apostaram na guerra de reconquista. À
medida que a luta avançava, outros reinos cristãos foram surgindo na península, entre os
quais Aragão e Castela. No final do século XI, Afonso VI, dos reinos unificados de Leão e
Castela, impôs sucessivas derrotas aos mulçumanos. Contou com a ajuda de Henrique de
Borgonha, um senhor feudal vassalo do rei da França. Para recompensar Henrique, Afonso
VI ofereceu-lhe o condado Portucalense como feudo.
- Em 1212,na batalha de Novas de Tolosa, a união de várias reinos cristãos derrotaram os
mulçumanos, que ficaram restritos à região de Granada, sul da península ibérica.
- Em 1469, Fernando, rei de Aragão, casou-se com Isabel, que se tornaria depois a rainha
de Castela. Unidos, o reinos de Aragão e Castela, tornaram-se a base da Espanha. Fernando
e Isabel, conhecidos como “reis católicos”, venceram a resistência dos senhores feudais e
limitaram a autonomia das cidades, impondo a todos a autoridade do poder real. Em 1480,
com a instituição do Tribunal da Inquisição, a Igreja Católica e os monarcas uniram-se
contra qualquer tipo de resistência ou oposição.
O Estado Moderno: a península ibérica,
Aa Espanha
- Dos pequenos Estados da península Itálica que não estavam sob o domínio do Sacro
Império, destacavam-se os da Igreja Católica e das cidades do norte, principalmente
Gênova, Veneza, Florença e Milão. Nenhum desses Estados era forte o suficiente para
impor-se aos demais e unificar a região. Tanto os germânicos quanto os da península
itálica viriam a se constituir como unidades territoriais e políticas somente no século
XIX. Unificação tardia.
HISTÓRIA
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O Antigo Regime
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- A sociedade que se formou na Europa durante a Idade Moderna constituiu um modelo
complexo e específico de organização social, econômica e política. Após a Revolução
Francesa de 1789, essa forma de organização passaria a ser chamada também de
Antigo Regime. As duas denominações, Antigo Regime e sociedade moderna, parecem
contraditórias. Na verdade elas expõem as inúmeras contradições que conviviam no
interior dessa sociedade.
- Assim, enquanto parte da economia, dominada pelo comércio, já era capitalista, outra
parte apresentava resquícios do sistema feudal. O Estado praticava o poder de forma
absolutista, mas o dinheiro comandava a vida econômica e social. A burguesia
oferecia seu apoio aos monarcas, mas a nobreza continuava a ter privilégios entre os
grupos sociais.
O Absolutismo
A
- Luís XIV, conhecido como “rei Sol”, que governou a França entre 1661 e 1715: “O
Estado sou eu”. Essa noção ganhava legitimação teórica na obra de diversos
pensadores e filósofos.
- Jean Bodin (1530-1596): para ele o rei deveria ser soberano, tendo o poder supremo
sobre os súditos, sem nenhuma limitação, a não ser a fé divina.
- Thomas Hobbes (1588-1679): autor de Leviatã, no qual desenvolveu a teoria de que
os seres humanos, em troca de segurança, haviam conferido toda autoridade a um
soberano e, por isso mesmo, o poder do soberano sobre os súditos era absoluto.
- Jacques Bossuet (1627-1704): bispo, autor de “Política tirada da Sagrada Escritura”
defendeu a teoria da origem divina do poder real, para ele, o poder do rei era absoluto
porque vinha de Deus. Logo, ele devia satisfação de seus atos apenas ao Criador.
A sociedade Estamental
A
- A sociedade permaneceu dividida, permaneceu estamental.
- Estamentos: grupos sociais bem definidos por relações de privilégio e de honra, por
laços de sangue e por um estilo específico de vida. Ainda não era oferecida grandes
possibilidades de mobilidade social.
- Na época da sociedade moderna, os estamentos, também conhecidos como ordens,
eram chamados de estados.
- Clero, nobreza, burguesia/artesãos/trabalhadores assalariados e camponeses. 3
ordens.
Da economia feudal para a
economia capitalista
- A economia europeia nessa época reunia aspectos feudais e capitalistas. Dos vínculos
com o sistema feudal, mantinham-se o sistema de corporações de ofício, as formas de
trabalho servil no campo: taxas (corvéia, talha, dízimo).
- Características capitalistas: produção realizado segundo o sistema doméstico...
Surgimento das primeiras manufaturas. Rápida difusão do trabalho assalariado.
Surgimento de novas formas de organização econômica, como as sociedade
anônimas, bancos, documentos de crédito, etc.
- Essa foi a época do capitalismo comercial, quando se realizou a acumulação primitiva
de capital (COLONIZAÇÃO). A expressão denomina um longo processo histórico
durante o qual reuniram-se as condições necessárias (dinheiro, equipamento,
fábricas) para impulsionar o capitalismo industrial, a partir da segunda metade do
XVIII.
O mercantilismo
- Certos governantes perceberam também que, em vez de matérias primas, era mais
vantajoso exportar produtos manufaturados: além de preços mais altos, a elaboração
desses produtos gerava empregos e possibilitava a cobrança de impostos pelo
governo. Por isso, alguns Estados estimularam a produção de manufatureira, iniciando
assim uma política que ficou conhecida como industrialismo.
- Portugal e Espanha, que dispunham de um vasto império colonial, foram os únicos
Estados que não incentivaram o industrialismo. Em contrapartida, praticaram o
colonialismo. A posse de colônias, localizadas em regiões de clima tropical, permitia
equilibrar a balança comercial apesar de importar produtos de outros países.
- Outra característica importante do mercantilismo foi a intervenção do Estado na
economia. Assim, os governantes procuravam desenvolver os setores que mais lhes
interessavam, oferecendo a concessão de monopólios, privilégios, tarifas
protecionistas ou mesmo ajudando a montar empresas privadas.
Diferentes políticas econômicas
- Entre os séculos XVI e XVIII, enriquecer o Estado e fortalecer o poder real eram os
objetivos gerais compartilhados por todas as potências europeias. Havia, contudo,
variações no modo de aplicar o mercantilismo e na definição dos objetivos específicos.
Dessa variação resultam diferentes formas de mercantilismo.
- Comercialismo: forma de mercantilismo adotada nos Países Baixos. Ali, os
negociantes se voltaram para o comércio marítimo e se tornaram intermediários nas
relações comerciais entre diversos Estados. Para isso, estabeleceram uma parceria
com o Estado holandês, por meio da qual constituíram grandes Companhias de
Comércio, protegidas pelos privilégios concedidos pelo governo.
Diferentes políticas econômicas
- Jean-Baptiste Colbert, ministro do rei francês Luís XVI, no período entre 1661 a
1683, praticou uma modalidade na qual o próprio Estado passou a agir como
empresário, criando centenas de manufaturas reais. Daí o nome ser colbertismo dado
ao mercado industrial francês da época.
- A Inglaterra, a partir do reinado de Elizabeth I (1558-1603), praticou um tipo de
mercantilismo que combinou, com sucesso, o incentivo à produção de bens e ao
comércio. Foram criadas leis que fixavam preços, regulamentavam as horas de
trabalho e obrigavam todo homem capaz a trabalhar em alguma atividade produtiva.
Ao mesmo tempo, o comércio foi favorecido com a criação de companhias
privilegiadas (detentores de direitos exclusivos). A Companhia das Índias Orientais,
fundada em 1600, por exemplo, detinha o monopólio do comércio inglês com o
Oriente.
Diferentes políticas econômicas
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Os europeus chegam à América
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- As Grandes Navegações é um evento que, assim como outros, assina a passagem
para os tempos modernos.
- Nesse contexto, os europeus contornaram a África, estabeleceram novas rotas
comerciais com o Oriente, navegaram pelo mundo e chegaram às Américas. Esse
movimento é reconhecido, de forma genérica, como o primeiro passo num complexo
processo de “globalização”. O expansionismo marítimo possibilitou aos europeus o
domínio de várias regiões do mundo.
- A importância dos mapas e outras tecnologias.
As Grandes Navegações
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- Os europeus realizaram as grandes navegações por duas razões econômicas: a
necessidade de expandir seu comércio e de obter grandes quantidades de metais
preciosos. Mas, somando-se a isso, tinha-se também ambições pessoais, espírito de
aventura, fervor religioso, etc.
- Reunidos esses anseios, o Estado Moderno, com sua monarquia fortalecida e
unificada, surgiu como instrumento capaz de concretizá-los. Com o apoio da burguesia
(empréstimos), com os imposto, o rei pôde reunir o capital necessário para financiar
as viagens marítimas.
Expansão do comércio
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- Após as Cruzadas, com a reabertura do mar Mediterrâneo e com a reaproximação
com o Oriente, o comércio saiu fortalecido. No início do século XV, era intenso o
comércio de produtos vindo do Oriente: as chamadas especiarias (cravo, canela,
pimenta, seda, etc). Esses produtos eram trazidos do Oriente pelos árabes até os
portos do Mediterrâneo, onde eram comprados, principalmente, pelos mercadores da
península itálica, que os revendiam na Europa. Esse quase monopólio encarecia muito
os produtos orientais. Impedidos de efetuar negócios mais lucrativos, os comerciantes
de outras regiões começaram a procurar no Atlântico a saída para o entrave.
- Outro fator que estimulou as grandes navegações foi a busca por metais preciosos. A
expansão do comércio acarretava uma necessidade crescentes desses metais para
cunhagem de moedas. Boa parte do ouro e da prata da Europa era destinada ao
pagamento de mercadorias no comércio com o Oriente, por isso, os dois metais se
tornaram escassos, fazendo a Europa novas fontes.
Expansão do comércio
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- Outro fator importante que possibilitou a expansão marítima foi os avanços efetuados
na técnica de navegação em alto-mar e o aprofundamento dos conhecimentos
científicos alcançados pelos europeus no século XV.
- A bússola, o astrolábio (instrumento naval antigo usado para medir a altura dos
astros acima do horizonte), a caravela. Muitos desses equipamentos já eram utilizados
por outros povos e foram aperfeiçoados e adaptados pelos portugueses.
- Novidades bélicas que foram decisivas para que o domínio europeu sobre outros
povos fosse possível: a pólvora e o canhão, trazidos do Oriente.
O pioneirismo de Portugal
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- Até meados do século XV, a principal rota comercial do mundo europeu era a que
ligava por terra as cidades das costas do Mediterrâneo às do norte da Europa. Com a
Guerra dos Cem Anos (1337-1453), essa via entrou em decadência. O comércio
passou a ser realizado por uma rota marítima que partia do mar Báltico e do mar do
Norte e chegava ao Mediterrâneo. Com a mudança, as regiões centrais do continente
europeu acabaram perdendo a importância comercial. As regiões costeiras ao
Atlântico, ao contrário, foram beneficiadas, tornando-se passagem obrigatória de
mercadores que transitavam entre o norte e o sul do continente em busca de negócios
lucrativos. Essa nova rota marítima deu a Portugal, no XIV, a oportunidade de
integrar-se às atividades mercantis mais prósperas. Crescimento das cidades
portuárias (Lisboa e Porto), e a realização de contatos comerciais regulares com as
cidades da península itálica e com a França, a Inglaterra, Flandres e as cidades do
Sacro Império.
O pioneirismo de Portugal
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- Apesar da experiência de Portugal nas navegações costeiras entre o norte da Europa e
o Mediterrâneo, enfrentar o continente Atlântico, conhecido como Mar Tenebroso,
ainda era desafiador. Acreditava-se que o Atlântico era formado por águas ferventes e
precipícios, povoado por monstros, etc.
- Por conta de sua experiência portuária, Portugal acabou se transformando num
importante centro onde circulavam as ideias mais avançadas sobre navegação. Nessa
época, Dom Henrique, o Navegador – filho do rei Dom João I – reuniu inúmeros
cartógrafos, navegadores e astrônomos para desenvolver em Sagres os estudos e as
experiências náuticas. Mais tarde, o conjunto de ideias ali gerado foi denominado
Escola de Sagres.
O pioneirismo de Portugal
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- Várias camadas da sociedade portuguesa tinham interesse nos benefícios que as
grandes navegações poderiam proporcionar. Aspectos econômicos, políticos e
religiosos. Conquistar terras, riqueza, títulos, fortalecer a monarquia, expandir a fé
católica. A burguesia se interessava também pelo mercado consumidor, lucros, etc.
Até mesmo a população, o “povo miúdo” estavam apoiando, pois as grandes
navegações poderiam abrir possibilidades de trabalho, de ascensão social, de
aventuras e de enriquecimento rápido.
- A expansão marítimo portuguesa começo em 1415, com a tomada de Ceuta, no norte
da África. Portugal ocupou também as ilhas Madeiras, Açoares e Cabo Verde. Ali, a
coroa portuguesa apostou na colonização e na produção de açúcar. A expansão se
estendeu por todo litoral africano. Em 1434, os portugueses venceram o desafio da
ultrapassagem do cabo Bojador, onde outros vários navegadores haviam fracassado.
Nessa mesma época começou a comercialização das pessoas escravizadas.
O pioneirismo de Portugal
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- Entre 1487 e 1488, Bartolomeu Dias alcançou o cabo das Tormentas, no extremo sul
da África, rebatizado pelo rei de Portugal como cabo da Boa Esperança. Esse feito
abriria caminho para a realização de um projeto ambicioso, que havia se esboçado
após a conquista do cabo Bojador: chegar as Índias, contornando a África. Em 1497,
dez anos após a viagem de Bartolomeu Dias, em maio de 1498, rei Manuel, entregou
a Vasco da Gama o comando de uma expedição que deveria estabelecer relações
comerciais com as Índias. Dez meses depois, Vasco da Gama chegava a Calicute,
próspera cidade do litoral indiano. Seu retorno a Lisboa ocorreu em setembro de 1499
e, da expedição, restaram apenas 2 navios e 55 homens e a certeza de poder
estabelecer uma rota comercial entre a Europa e o Oriente contornando o litoral da
África.
O Brasil na rota comercial
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- Dom Manuel organizou uma nova expedição. Seu principal objetivo era impor o
domínio português sobre o comércio dos produtos orientais. Comandada por Álvares
Cabral a frota partiu em março de 1500. Em, 22 de abril, chegou as terras que viriam
se chamar Brasil. Depois de formalizar a posse das terras em nome de Portugal,
Cabral enviou a Lisboa um navio com informações sobre as novas terras e prosseguiu
viagem em direção ao Oriente. Os europeus ainda não sabiam, mas a porção de terras
encontradas faziam parte de um enorme continente que seria batizado com o nome
de América e que desde de 1492 era explorado, na parte norte, pelos espanhóis.
- Com a descoberta do caminho marítimo para as Índias, intensificou-se o comércio de
especiarias. A oferta levou uma queda do valor desses produtos e, a medida que as
pessoas podiam comprá-los, ampliavam-se as atividades comerciais na Europa. A
partir daí a rota do Mediterrâneo entrou em decadência, provocando o
enfraquecimento das cidades mercantis da península itálica. Portugal se tornou um
Estado moderno poderoso, mas isso não durou muito, pois a rota das Índias passou a
ser disputada por outras potências. Portugal, voltou-se então para a exploração das
terras americanas.
A expansão espanhola
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- Embora os espanhóis já tivessem, no século XV, tomado posse das ilhas Canárias, no
oceano Atlântico, a noroeste da África, sua expansão marítima e comercial só
começou efetivamente em 1492, após a expulsão definitiva dos mulçumanos da
península Ibérica.
- Ainda em 1492, uma expedição comandada pelo piloto Cristóvão Colombo tomou
posse, em nome dos réis espanhóis, de terras localizadas na região central da
América. Colombo tinha a intenção de atingir o Oriente navegando em direção ao
Ocidente. Ao contrário do senso comum, defendia que a terra era redonda, e não
plana como a maior parte da população acreditava ser. Navegando conforme seus
planos, Colombo encontrou a atual ilha de São Domingos, na América Central.
Imaginou ter chegado às Índias, por essa razão, denominou os habitantes de índios. O
feito de Colombo criou um problema para Portugal. Supõe-se que os portugueses já
desconfiassem da existência de territórios a sudoeste do oceano Atlântico. A partir daí
foi criado uma série de acordos, mas, somente em 1492, celebraram um acordo
definitivo: o Tratado de Tordesilhas (divisão de territórios entre Portugal e Espanha).
A expansão espanhola
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- Até assinar o Tratado de Tordesilhas houve uma batalha diplomática. Em 1493, após a
volta de Colombo, o papa expediu a bula Inter Coetera reconhecendo ao rei de Castela
o domínio sobre todas as terras que se encontrassem a oeste de um meridiano
localizado a 100 léguas das ilhas de Açoares e Cabo Verde. Portugal, sentindo-se
prejudicado, não aceitou a bula papa e exigiu uma negociação direita. O resultado foi o
Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494, em que os reinos ibéricos estabeleceram
uma divisão do mundo. Segundo o tratado, terras e mares encontrados ou por
encontrar (desde que não pertencentes a nenhum rei cristão) seriam divididos entre
Espanha e Portugal. O meridiano que passa a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo
Verde foi tomado como linha divisória. As terras localizadas a oeste pertenciam a
Espanha, as do leste a Portugal.
Inglaterra, França e Holanda
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- Encontrando o mundo dividido entre Espanha e Portugal pelo Tratado de Tordesilhas,
Inglaterra, França e Holanda desconheceram o acordo e procuraram atuar por
diversos meios contra as colônias e navios ibéricos. Um desses meios era a pirataria.
Mais tarde, iniciaram a conquista de áreas não colonizadas pelos espanhóis na
América do Norte e nas Antilhas, e foram aos poucos tomando pela força terras já
ocupadas pelos reinos ibéricos.
- As Grandes Navegações deram ao comércio europeu um impulso extraordinário. Para
ter uma ideia desses crescimento, basta lembrar que antes das navegações a cidade
de Veneza comprava no Egito 420 mil libras de pimenta por ano; com o novo
comércio, uma única embarcação portuguesa podia trazer de uma só vez
carregamentos de até 200 mil libras. Além de colocar no mercado europeu mais
mercadoria, o novo comércio estabeleceu um intercâmbio sem precedentes entre os
diversos continentes. O mundo todo havia sido “unificado” pelo comércio. Isso tudo
mudou as relações internacionais, os hábitos de consumo, as mentalidades e nas
organizações sociais do mundo. Além disso, consolidaram o poder absolutista dos reis
e fizeram da burguesia o grande agente das transformações sociais.
HISTÓRIA
GERAL
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Linha do tempo _ História Geral
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O Renascimento e o Humanismo
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Reforma e Contra-Reforma
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- Na Idade Média, antes da formação do Estado Moderno, prevalecia a ideia de
cristandade, que designava o conjunto de países católicos em oposição ao mundo
mulçumano e às regiões orientais não cristianizadas.
- A partir de 1517, através da figura de Martinho Lutero, ocorreu mudanças
importantes. Ele iniciou a Reforma Protestante.
- A Reforma vai criticar ferozmente o “comércio do perdão”.
Antecedentes da Reforma
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- A reforma sinaliza uma mudança na esfera religiosa. Transição da Idade Média para a
Idade Moderna.
- No decorrer do século XV, alguns humanistas apontaram deturpações cometidas pela
Igreja e criticavam a corrupção reinante em sua alta hierarquia.
- Os abusos cometidos pelo clero, desde a venda de relíquias sagradas (como pretensos
pedaços da cruz em que Cristo foi crucificado), efetuada pelo baixo clero, até a
intervenção política em problemas internos dos reinos pelos papas, tudo contribuía
para justificar as críticas dos intelectuais humanistas.
- De acordo com um desses humanistas, Erasmo de Roterdã, era preciso que a Igreja
assumisse uma posição mais humilde e desvinculada da vida material, conforme
propunha os Evangelhos.
Antecedentes da Reforma
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- Nesse contexto, surgiu Martinho Lutero, que propunha mudanças na Igreja de Roma.
Suas propostas provocariam um intenso movimento de transformação religiosa em
toda a Europa Ocidental, que ficou conhecida como Reforma Protestante.
- A própria ascensão da burguesia e desenvolvimento do capitalismo estimulou a
Reforma. O lucro, a busca por esse lucro, algo tipicamente capitalista, era condenado
pela Igreja Católica. Lutero, por outro lado, tinha uma visão mais tolerante em relação
ao lucro. Outros reformadores, como Calvino, iriam mais longe, defendendo
abertamente o direito ao lucro. Seria natural, então, que comerciantes e homens de
negócio os apoiassem.
A fé de Lutero
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- De origem germânica, Martinho Lutero (1483-1546) era monge e teólogo católico. Em
1517, Lutero estava ensinado na universidade de Wittenberg (Sacro Império), quando
apareceu por ali um religioso vendendo indulgências (absolvição de pecados). Naquele
tempo, as autoridades da Igreja difundiam a ideia de que a compra de indulgências era
condição para garantir a salvação dos fiéis.
- Contrário a isso, Lutero afixou na porta da Igreja um texto que ficou conhecido como
95 teses, no qual discordava em pontos importantes da prática católica. Ele recebeu
apoio de muitos nobres e integrantes da burguesia. Lutero conquistava adesão de
parcela cada vez maior da população. Muitos dos principados germânicos, convertidos
às novas doutrinas, passaram a empreender o confisco de terras da Igreja. Após alguns
anos, as ideias de Lutero levaram os nobres a reivindicar a autonomia religiosa dos
principados germânicos em relação a Roma.
A fé de Lutero
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- Diante dos conflitos que se disseminavam pelo Império, Carlos V, imperador católico,
convocou uma assembleia para decidir do apoio às propostas de Lutero. A reunião
declarou que as novas doutrinas poderiam ser seguidas apenas em alguns principados,
mantendo a hegemonia da Igreja Católica na maior parte do Império. Revoltados,
nobres e burgueses protestaram violentamente contra essa decisão. A partir desse
acontecimento, os seguidores da Reforma Luterana passaram a ser chamados de
protestantes. O conflito se prolongou até 1555, quando foi celebrada a Paz de
Augsburgo, concedendo a cada príncipe o direito de escolher a religião de seu
principado. Ainda em 1530, auxiliado pelo humanista Filipe Melanchthon, Lutero redigiu
a Confissão de Augsburgo, que constituiu a doutrina da Igreja Luterana.
A fé de Lutero: princípios
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- Sacerdócio universal: qualquer um pode interpretar os textos sagrados e ser
“sacerdote de si mesma”, sem necessidade de um representante para intermediar sua
relação com Deus.
- A tese da salvação pela fé: rejeita a crença católica da salvação pelas obras,
especialmente as “falsas boas obras”, pagas com dinheiro.
- A abolição do celibato dos sacerdotes.
- A eliminação dos sacramentos, isto é, das cerimônias de bênção aos fieis, com
exceção do batismo e da eucaristia.
- A substituição do latim pela língua germânica nas cerimônias religiosas.
- A rejeição da hierarquia do clero católico (padre, bispo, arcebispo, cardeal e papa).
Revoltas camponesas no Sacro Império
A
- A pregação de Lutero foi interpretada pelos camponeses como uma reforma religiosa.
Para eles, o novo credo autorizava a luta contra a nobreza e por melhores condições
de vida. Assim, em 1524 eclodiu no Sacro Império uma revolta popular de grandes
proporções, liderada por Thomas Muntzer.
- Muitos mosteiros e castelos foram incendiados. Os nobres senhores reagiram com
violência, recebendo total apoio de Lutero, que aconselhava “golpear, estrangular e
apunhalar os camponeses, pois não há nada mais diabólico do que um homem
revoltado”. A revolta foi reprimida e Thomas Muntzer morto.
A Igreja Calvinista
A
- Sarcedote francês convertido ao luteranismo, João Calvino (1509-1564) levou ainda
mais longe as propostas de reforma do Lutero. Estabelecido em Genebra, na Suíça,
sua pregação conquistou grande número de adeptos.
- Calvino registrou sua doutrina na obra Instituição da religião cristã, 1536. De modo
sintético, o calvinismo – semelhante ao luteranismo em muitos aspectos –
apresentava as seguintes propostas:
- Aceitação exclusiva das sagradas escrituras como instrumento para conhecer a
verdade divina.
- Predestinação: independente das obras no mundo material, desde o nascimento as
pessoas estão destinadas por Deus à salvação ou à condenação.
- Eliminação de imagens de santos e das cerimônias pomposas no culto.
- O lucro não era pecado, e a única maneira de alguém saber se era predestinado à
salvação era obter lucro através de trabalho árduo e disciplinado.
O anglicanismo
A
- Forma como as ideias de Lutero ganhou forma na Inglaterra. Henrique VIII, agindo
mais por interesses políticos do que religiosos, rompeu com o papa em 1534 e
publicou o Ato de Supremacia, pelo qual estabeleceu as bases da Igreja Anglicana. A
nova religião adotou elementos do calvinismo e manteve outros do catolicismo. Sua
peculiaridade consistia no fato de o rei ser chefe supremo. Posteriormente, Elisabeth I
proclamou o anglicanismo a religião oficial da Inglaterra. Muitos protestantes ingleses
continuaram, entretanto, a lutar para que a Igreja Anglicana fosse “purificada” de
seus vestígios de catolicismo. Eram os puritanos, que acabaram aderindo
definitivamente às doutrinas calvinistas. Como consequência dessa divisão, a
Inglaterra seria mais tarde assolada por lutas de caráter político-religioso. Tais lutas
levaram às Revoluções Inglesas do século XVIII.
A contra-reforma católica
A
- O concílio de Trento (1545 e 1563), do qual participaram representantes da Igreja
Católica de toda a Europa, coordenou e orientou o movimento.
- O concílio não abraçou nenhuma das críticas protestantes, mas tomou providência
para moralizar o clero e fortalecer a autoridade da hierarquia católica. A Companhia
de Jesus (1534) teve um importante papel no concílio...seus integrantes, os jesuítas,
logo se espalhariam pelo mundo com o objetivo de expandir a fé católica, colaborando
assim na luta contra o protestantismo.
Consequências da reforma
A
- A reforma pôs fim no monopólio espiritual da Igreja Católica.
- Estimulou o desenvolvimento do capitalismo.
- Impulso a alfabetização.
- Intolerância as artes e as ciências.
- Ocorreram guerras de religiões. Muitos fugiram para a América do Norte, por
exemplo.
HISTÓRIA
GERAL
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O Iluminismo e o Despotismo
Esclarecido
- No decorrer do século XVIII, difundiu-se na França e na Inglaterra um conjunto de
ideias opostas ao absolutismo do rei e ao misticismo religioso: o movimento
iluminista. Eles valorizavam a ciência e a racionalidade como forma de eliminar a
ignorância dos seres humanos acerca da natureza e da vida em sociedade. Para os
iluministas, a ignorância era alimentada pela tradição, pelo fanatismo e pelas crenças
religiosas. O iluminismo manifestou-se sobretudo no campo da filosofia, mas acabou
se refletindo ainda na política, na economia, na arte e na literatura. No campo
político, os iluministas se concentraram em defender os direitos do indivíduo e no
combate às arbitrariedades dos governos absolutos.
O Iluminismo
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As revoluções inglesas do século XVII
CONTEXTO
- Elisabeth I, que era uma rainha da dinastia Tudor, filha de Henrique VIII, investiu
na marinha inglesa e na pirataria, com o intuito de fortalecer a economia da época.
- Já era uma Inglaterra Anglicana, que havia confiscado os bens da Igreja.
- A Lei dos Cercamentos dos campos ganhava força.
- Com uma duração de quase 50 anos, entre 1642 e 1689, as Revoluções Inglesas
foram cercadas por quatro momentos específicos. Esse período foi considerado a
primeira grande revolução da burguesia dentro da Europa e o início de uma
mudança de tempos que questionava o Absolutismo e a nobreza no poder.
- Com a morte de Elisabeth I, a rainha virgem, o trono ficou sem sucessor. A partir
daí, iniciou-se a era da dinastia Stuart. O primeiro rei foi Jaime I, já de início, ele
começou a inserir diversas mudanças que não agradaram ao Parlamento nem a
sociedade. A primeira delas foi a chamada INTOLERÂNCIA RELIGIOSA. Por ter
influências católicas, ele não permitia o Calvinismo, perseguindo quem praticava
essa religião.
As revoluções inglesas do século XVII
- Jaime I também acreditava no Direito Divino dos Reis, com isso, ele começou a
mostrar um poder autoritário, onde a única opinião que interessava era a do rei,
desagradando o Parlamento.
- Jaime I morreu em 1625, sendo sucedido por Carlos I, que permaneceu com os
mesmos ideais do pai. Ademais, ele mudou as tarifas alfandegárias, implementando
o chamado SHIP MONEY, que era o imposto cobrado anteriormente apenas em
regiões portuárias, e com a chegada do novo rei passou a ser exigido em todas as
cidades inglesas.
As revoluções inglesas do século XVII
- Nesse cenário, iniciou-se uma guerra civil e, o exército de Carlos I, foi derrotado
em 1649, após ser condenado por traição contra a Inglaterra.
- Entre 1649 e 1658, ocorreu o que foi chamado de Revolução Puritana. Na época, a
Inglaterra era governada por Oliver Cromwell, que também acreditava no
autoritarismo do rei como base do governo. Com sua morte, em 1658, seu filho não
conseguiu manter as rédeas o país, foi então, que o parlamento e a sociedade civil
tomaram a arriscada decisão de restaurar a monarquia Stuart.
As revoluções inglesas do século XVII
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A Revolução Industrial
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- A revolução industrial foi o resultado de um longo processo que teve início na Baixa
Idade Média, com o aparecimento das corporações de ofício e o renascimento das
cidades e do comércio na Europa ocidental. Noções de lucro e de produtividade
ganham protagonismo: desenvolvimento de uma mentalidade voltada para o
enriquecimento e para a acumulação, isto é, a mentalidade empresarial capitalista.
- Com as grandes navegações, os europeus levaram para o seu território riquezas que
seriam aplicadas na fabricação de produtos destinados a alimentar um mercado cada
vez maior.
- Mudança nas formas de produção: para atender a demanda crescente surgiram
métodos mais eficientes de produzir as mercadorias. Com isso, as antigas corporações
de ofício foram substituídas pela produção manufatureira, dirigida por um comerciante
que controlava a produção de vários artesãos. Estes trabalhavam por encomenda,
com a matéria-prima e as ferramentas necessárias cedidas pelo comerciante, e, como
forma de pagamento, recebiam um salário.
Surgem as fábricas
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- Com mercadorias produzidas por meios baratos, era possível aumentar a margem de
lucro e o mercado consumidor.
- Foram as fábricas as principais responsáveis pelo desenvolvimento das grandes
cidades, um novo cenário dominado por chaminés e por multidões de trabalhadores,
marcado também por sério desequilíbrio ambiental.
- A transformação mais marcante foi o uso de máquinas movimentadas a vapor nas
unidades fabris, o que selou a passagem da produção artesanal domiciliar para a
produção em grande escala.
- Nessa mudança o trabalhador perdeu o controle de suas atividades. Na manufatura,
sem suas ferramentas e matérias primas, tornou-se dependente do comerciante. A
atividade do trabalhador tornou-se apenas uma parcela da produção geral e, ele
perdeu o domínio sobre o produto final de seu trabalho.
A Inglaterra
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As fases da revolução industrial
- Primeira Revolução Industrial (XVIII): durou de 1750 a 1850. Essa fase foi
caracterizada por diversas descobertas as quais favoreceram a expansão das
indústrias, o progresso técnico e científico e a introdução das máquinas.
As fases da revolução industrial
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A independência das trezes colônias
inglesas
- O segundo passo de Jorge III foi impor aos colonos, em 1764, a Lei do Açúcar ,
que criava taxas adicionais sobre as importações de vários produtos, entre os quais
o melaço. O maior entrave dessa lei foi o rigor com que se cobravam os impostos
alfandegários, o que dificultava o contrabando, prática comum entre os colonos. Em
1765, outra lei foi criada, a Lei do Selo. A partir dessa lei, os colonos tinham de
afixar estampilhas em todos os jornais, folhetos e em numerosos documentos
legais. Como os selos eram ingleses, ao comprá-los, os colonos transferiam
recursos para a Inglaterra. O rei justificava essa lei argumentando que, com a
guerra, o tesouro inglês havia se esgotado e os colonos deveriam ajudar a pagar as
dívidas, contraídas também a favor dos interesses deles.
Conflitos entre as trezes colônias e a
Inglaterra
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A Revolução Francesa
- Enquanto a Assembleia estava reunida, uma agitação crescente tomava conta das
ruas. Luís XVI, temeroso da revolta popular, concentrou tropas às portas de Paris e
de Versalhes. A população, por sua vez, procurava se armar a fim de defender a
Assembleia de uma possível agressão.
- Nesse clima, começaram a ocorrer os primeiros conflitos nas ruas de Paris. Em 14
de julho de 1789, uma grande massa popular tomou de assalto a Bastilha, uma
fortaleza utilizada como depósito e presídio, em busca de armas e munição. A
Bastilha era um símbolo de opressão, pois em seu interior ficavam trancafiados os
prisioneiros políticos.
- A revolução se espalhou por todo país. Os sangrentos episódios que se seguiram
forçaram o rei a retirar suas tropas, mostraram a força da população e levaram a
formação de um conselho de cidadãos para administrar Paris. Conduziram,
finalmente, à organização de um corpo de voluntários armados que se intitulou
Guarda Nacional, cuja chefia foi entregue ao general La Fayette.
A Assembleia Nacional Constituinte
- Com a nova Constituição, o país passou a ser governado pelo Diretório, controlado
pelos girondinos. Entre os principais acontecimentos dessa fase, destacam-se: a
eliminação de muitas das medidas aprovadas no tempo da Convenção, como o
sufrágio universal masculino; a continuidade da guerra contra diversos países,
liderados pela Inglaterra; e o agravamento da crise interna, em virtude da
desorganização da economia, da inflação e da corrupção por parte de setores do
governo.
- Em meio a essa crise generalizada, os líderes burgueses recorreram a Napoleão
Bonaparte, na época um general de prestígio. Apoiado pelo exército e pela
burguesia, Bonaparte deu um golpe de Estado contra o Diretório e assumiu o poder.
Esse fato, conhecido como o Golpe do 18 de Brumário de 1799, assinala o início de
uma nova etapa da Revolução Francesa.
O período napoleônico
- A paz firmada com a Inglaterra durou pouco. Em 1803, a maior potência marítima
e comercial do continente aliou-se à Rússia e à Áustria para combater a França.
Dois anos depois, Napoleão organizou uma grande expedição para invadir o
território inglês, mas as forças navais francesas foram derrotadas na batalha de
Trafalgar. Em terra, porém, o exército francês venceu as forças russas e austríacas,
em Austerlitz, em 1806.
- As guerras napoleônicas geraram numerosas mudanças no mapa da Europa. As
vitórias dos franceses no norte, por exemplo, provocaram o fim do Sacro Império
Romano-Germânico, que existia desde o século X. Em seu lugar instituiu-se a
Confederação do Reno.
O Império de Napoleão
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O pensamento e a ideologia no século XIX
O Idealismo Romântico
O Idealismo Romântico
- As origens do Romantismo se encontram na Alemanha. Alguns dos filósofos e
escritores associados ao movimento Romântico foram Johann Wolfgang von Goethe
(1749-1832), Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling (1775-1854) e George Wilhelm
Friedrich Hegel (1770-1831), na Alemanha; Samuel Taylor Coleridge (1772-1834) e
William Wordsworth (1770-1850), na Grã-Bretanha.
O pensamento e a ideologia no século XIX
O Idealismo Romântico
-O Idealismo é a doutrina de que ideias e pensamentos constituem a realidade
fundamental. Essencialmente, é qualquer corrente filosófica que defenda a ideia de
que a única coisa verdadeiramente concebível é a consciência (ou o conteúdo da
consciência) e que não se pode ter certeza a respeito da existência de qualquer coisa
do mundo externo. Portanto, as únicas coisas reais são entidades mentais, não
físicas, pois estas existem apenas à medida que são percebidas.
A teoria de Kant sustentava a ideia de que não enxergamos as coisas por si só:
apenas compreendemos o mundo por meio de nosso ponto de vista humano. Os
Idealistas alemães que deram continuidade à filosofia de Kant – adaptando e
ampliando sua obra por meio de suas interpretações sobre o Idealismo – podem ser
considerados Românticos. Os mais importantes desses filósofos foram Johann
Gottlieb Fichte, Friedrich Schelling, Georg Wilhelm Friedrich Hegel e Arthur
Schopenhauer.
O pensamento e a ideologia no século XIX
O Cartismo
Recebe o nome de cartismo o primeiro movimento de massa das classes operárias da Inglaterra, ocorrido entre as décadas de 30
e 40 do século XIX, e que basicamente exigia melhores condições para os trabalhadores na indústria. Durante vários anos os
cartistas realizaram comícios e manifestações por todo o país, nos quais participaram milhões de operários e artesãos.
O nome do movimento tem sua origem na carta escrita pelo radical William Lovett, em maio de 1838, a chamada Carta do Povo,
na qual estavam registradas todas as reivindicações que os participantes do movimento desejavam ver implementadas.
voto universal;
igualdade entre os distritos eleitorais;
voto secreto por meio de cédula;
eleição anual;
pagamento aos membros do Parlamento;
abolição da qualificação segundo as posses para a participação no Parlamento;
O pensamento e a ideologia no século XIX
O liberalismo
O anarquismo
O evolucionismo
- Evolucionismo é um termo usado para denotar a teoria da evolução. Seu
significado exato mudou ao longo do tempo à medida que o estudo da evolução
progrediu. No século 19, foi usado para descrever a crença de que os organismos
deliberadamente melhoraram a si mesmos por meio de mudanças herdadas
progressivas.
O pensamento e a ideologia no século XIX
O positivismo
- O positivismo é uma corrente filosófica que surgiu na França no começo do século
XIX. Os principais idealizadores do positivismo foram os pensadores Auguste Comte
e John Stuart Mill. Esta escola filosófica ganhou força na Europa na segunda metade
do século XIX e começo do XX. É um conceito que possui distintos significados,
englobando tanto perspectivas filosóficas e científicas do século XIX quanto outras do
século XX. Para Comte, o positivismo é uma doutrina filosófica, sociológica e política.
Surgiu como desenvolvimento sociológico do iluminismo, das crises social e moral do
fim da Idade Média e do nascimento da sociedade industrial, processos que tiveram
como grande marco a Revolução Francesa (1789-1799). Em linhas gerais, ele propõe
à existência humana valores completamente humanos, afastando radicalmente a
teologia e a metafísica (embora incorporando-as em uma filosofia da história).
O pensamento e a ideologia no século XIX
O positivismo
- O positivismo defende a ideia de que o conhecimento científico é a única forma de
conhecimento verdadeiro. De acordo com os positivistas somente pode-se afirmar
que uma teoria é correta se ela foi comprovada através de métodos científicos
válidos. Os positivistas não consideram os conhecimentos adquiridos através de
crenças religiosas, superstição ou qualquer outro, do campo espiritual, intuitivo ou
transcendente, que não possa ser comprovado cientificamente. Para eles, o
progresso da humanidade depende exclusivamente dos avanços científicos.