Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
• IDADE MÉDIA
OCIDENTAL
• FEUDALISMO
CONCEITO
O feudalismo consiste em um
conjunto de práticas envolvendo
questões de ordem econômica,
social e política baseado nos
vínculos de homem a homem, no
qual uma classe de guerreiros
especializados – os senhores –
subordinados uns aos outros por
uma hierarquia de vínculos de
dependência, domina uma massa
campesina que explora a terra e
lhes fornece com o que viver
Entre os séculos V e X, a Europa Ocidental
ORIGEM
sofreu uma série de transformações que
possibilitaram o surgimento dessas novas
maneiras de se pensar, agir e relacionar.
De modo geral, a configuração do mundo
feudal está vinculada a três fatores históricos
concomitantes:
HERANÇAS ROMANAS:
O caráter sagrado da monarquia, o
sistema do colonato, onde o trabalhador
é obrigado a entregar parte de sua
colheita em troca da utilização de uma
parcela da terra.
HERANÇAS GERMÂNICAS:
O comitatus e o beneficium, que era o
juramento de fidelidade a um chefe
militar em troca das riquezas e terras
conquistadas.
Direito consuetudinário baseado nos
costumes, na tradição.
CRISTIANISMO
Fator decisivo na formação do ocidente
medieval, pois proporcionou o a ligação
entre romanos e germanos, dando
unidade à civilização medieval.
ORIGEM
Em 843 com o TRATADO DE VERDUM ocorrerá a
irreversível fragmentação do império carolíngio, e
uma das principais consequências é o
fortalecimento do poder da nobreza que
passaram a ter autonomia administrativa sobre
suas terras.
A esse processo, soma-se uma segunda onda de
invasões bárbaras aumentando a insegurança
europeia por volta dos séculos IX e X.
Essas novas invasões levou a uma interiorização
ainda maior caracterizando um processo de
ruralização que já se havia iniciado nos séculos
anteriores.
ORIGEM
Essas novas invasões levaram a uma
interiorização ainda maior caracterizando um
processo de ruralização que já havia iniciado
nos séculos anteriores.
Pessoas com menos recursos, que não tinham
como se proteger, procuraram a ajuda de
nobres em troca de proteção e de terras para
trabalhar eram submetidos a um regime de
servidão.
A economia sofreu uma retração das
atividades comerciais, as moedas perderam
seu espaço de circulação e a produção agrícola
ganhara caráter subsistente. FORTALECE-SE O
SISTEMA FEUDAL
O FEUDO
A palavra feudo é de origem germânica e
seu significado está associado ao direito
que alguém possui sobre um bem,
geralmente sobre a terra. BEM DE
IMPORTÂNCIA
O feudo era a unidade de produção do
mundo medieval e onde acontecia a
maior parte das relações sociais.
Compreendia uma ou mais aldeias que
eram normalmente divididas em: o
castelo, as aldeias, a igreja, casa
paroquial, celeiros, fornos, açudes,
pontes, pastagens e o mercado, onde nos
finais de semana ocorriam às feiras.
O FEUDO
O feudo era dividido em três
partes distintas.
MANSO SENHORIAL –
Terras cuja produção
destinava-se ao senhor
feudal.
MANSO SERVIL – Era a
parte que cabia aos servos,
eram lotes denominados
tenências.
MANSO COMUNAL – Terras
de uso comum, pastagens,
bosques e florestas.
POLÍTICA
Durante esse período o poder político passou a
ser dividido com os senhores feudais, que
governavam exercendo autoridade
administrativa, judicial, militar e cobrar
impostos e taxas em seus territórios.
A organização dos feudos baseou-se em duas
tradições: a germânica, o comitatus, e a de
origem romana, o colonato.
Pelo comitatus, os senhores da terra, unidos
pelos laços de vassalagem, comprometiam-se a
ser fiéis e a honrar uns aos outros.
No colonato, o proprietário de terras dava
proteção e trabalho aos colonos que, em troca,
entregavam ao senhor parte de sua produção.
SUSERANIA E
VASSALAGEM
O feudo era cedido por um poderoso senhor a um nobre
em troca de obrigações e serviços, quem concedia a terra
era o suserano e quem a recebia era o vassalo.
O vassalo, por sua vez, podia ceder parte das terras
recebidas a outro nobre, passando a ser, ao mesmo
tempo, vassalo do primeiro senhor e suserano do
segundo.
HOMENAGEM: O vassalo, ao receber a terra, jurava
fidelidade a seu senhor, se ajoelhava diante do suserano,
colocava sua mão na dele e prometia ser-lhe leal e servi-lo
na guerra.
INVESTIDURA: O suserano entrega ao vassalo um objeto
simbólico representando a posse da terra.
A quebra dos laços de fidelidade com o suserano era
denominada FELONIA, considerada uma falta gravíssima
que poderia ter como consequência o isolamento de
quem o praticasse, pois não seria aceito como vassalo por
nenhum outro senhor.
ECONOMIA
O feudo era a base econômica deste
período, pois quem tinha a terra possuía
mais poder e a economia feudal
baseava-se principalmente na
agricultura, utilizando o sistema de
rotação de culturas.
A produção era baixa, pois as técnicas
de trabalho agrícola eram
extremamente rudimentares.
Nos feudos plantavam-se
principalmente cereais (cevada, trigo,
centeio e aveia), cultivavam-se também
favas, ervilhas e uvas.
ECONOMIA
Os instrumentos mais comuns usados no
cultivo eram a charrua ou o arado, a
enxada, a pá, a foice, a grade e o podão.
Nos campos criavam-se carneiros que
forneciam a lã; bovinos, que forneciam leite
e eram utilizados para puxar carroças e
arados; e cavalos, que eram utilizados na
guerra e transporte.
Existiam moedas na Idade Média, porém
eram pouco utilizadas, as trocas de
produtos e mercadorias eram comuns na
economia feudal é o comércio IN-NATURA.
O artesanato também era praticado na
Idade Média.
SOCIEDADE
Hierárquica, estratificada, dividida
em classes, camadas, estratos e
ordens.
Estática e imobilista com pouca ou
nenhuma mobilidade social.
O clero ocupava o topo dessa
hierarquia social – OS QUE ORAM
Além disso, os membros dessa
ordem tinham grande influência
entre os grandes proprietários e
reis desse período.
Ao longo do tempo, a igreja
acumulou terras e conhecimento
em uma época em que a leitura e a
escrita era privilégio de poucos.
SOCIEDADE
A nobreza, OS QUE GUERREIAM que
detinha o controle sobre os feudos e todo
o cenário político da época.
Os grandes proprietários eram integrantes
da alta nobreza, reconhecida pelos títulos
de rei, príncipe, arquiduque, duque,
marquês e conde.
Abaixo tínhamos a pequena nobreza,
sendo composta pelos viscondes, barões e
cavaleiros.
Estes últimos eram os mais expressivos
representantes das forças militares que
asseguravam a proteção das propriedades.
SOCIEDADE
A maioria da população feudal era
composta por camponeses.
Eles eram responsáveis pelo trabalho
nas terras e pela produção agrícola.
Na maioria dos casos, trabalhavam
em regime de servidão e se
submetiam às exigências de um
senhor feudal
Com uma dura rotina de trabalho,
muitos camponeses esperavam que a
penúria no mundo terreno fosse
recompensada pela salvação de suas
almas.
TRIBUTOS E OBRIGAÇÕES
FEUDAIS
CORVÉIA: trabalho compulsório
nas terras do senhor em alguns
dias da semana;
TALHA: Parte da produção do
servo que deveria ser entregue ao
nobre
BANALIDADE: tributo cobrado
pelo uso de instrumentos ou bens
do feudo, como o moinho, o
forno, o celeiro, as pontes;
CAPITAÇÃO: imposto pago por
cada membro da família (por
cabeça);
TRIBUTOS E OBRIGAÇÕES
FEUDAIS
TOSTÃO DE PEDRO OU DÍZIMO: 10% da
produção do servo era pago à Igreja,
utilizado para a manutenção da capela
local;
FORMARIAGE: quando o nobre resolvia
se casar, todo servo era obrigado a pagar
uma taxa para ajudar no casamento, era
também válida para quando um parente
do nobre iria casar.
MÃO MORTA: Era o pagamento de uma
taxa para permanecer no feudo da
família servil, em caso do falecimento do
pai ou da família.
SOCIEDADE
Além desses representantes fundamentais da
sociedade medieval, ainda podemos falar sobre
a existência dos vilões e dos escravos.
O vilão era um indivíduo livre que oferecia sua
força de trabalho temporariamente a um
senhor feudal.
Dessa forma, poderia transitar entre diferentes
propriedades e estava livre dos vínculos servis
tradicionais.
Já os escravos eram bastante escassos nessa
época e geralmente ficavam responsáveis pela
realização de trabalhos domésticos.
A
JUSTIFICATIVA
“O próprio Deus quis que
entre os homens, alguns
DO CLERO
fossem senhores e outros
servos, de modo que os
senhores venerem e amem
a Deus, e que os servos
amem e venerem a seu
senhor, seguindo a palavra
do apóstolo: Servos,
obedecei a vossos senhores
temporais com temor e
apreensão; senhores, tratai
vossos servos de acordo
com a justiça e a equidade”.
CULTURA e RELIGIÃO
TEOCENTRISMO
A cultura feudal foi caracterizada
por uma visão do homem voltada
para Deus e para a vida, após a
morte na Terra.
A Igreja conseguiu sobreviver às
invasões germânicas e logo depois
iniciou o processo da conversão dos
bárbaros.
Com isso, transformou-se na mais
poderosa e influente instituição do
sistema feudal, sendo a principal
divulgadora da cultura teocêntrica.
CULTURA e RELIGIÃO
TEOCENTRISMO
Todas as relações típicas do
feudalismo foram justificadas
e legitimadas pelo
teocentrismo.
A moral religiosa condenava o
comércio, o lucro e a usura
(empréstimo com cobrança de
juros).
As artes, as letras, as ciências
e a filosofia eram
determinadas pela visão
religiosa divulgada pela Igreja.
CULTURA e RELIGIÃO
TEOCENTRISMO
Em quase toda a Europa Ocidental,
durante a Idade Média, o
cristianismo era a crença religiosa
predominante.
A grande exceção constituía a parte
da península Ibérica ocupada pelos
árabes.
Aí, a religião dominante era o
islamismo.
Outro caso particular dizia respeito
às comunidades de judeus
disseminadas pela Europa,
praticantes do judaísmo.
LATIM e LITERATURA
Herdeira e transmissora dos valores
greco-romanos, a igreja, marcou de
maneira profunda a cultura
medieval, tanto do ponto de vista
material quanto espiritual.
As afirmações científicas ou
filosóficas eram baseadas na
interpretação da bíblia escrita em
LATIM que era a língua oficial da
igreja.
Na literatura, as NOVELAS DE
CAVALARIA retratam heróis
fantásticos e feitos heroicos: EL CID,
TRISTÃO E ISOLDA, REI ARTUR.
FILOSOFIA
Na alta idade média, a base filosófica se
encontra na obra de SANTO AGOSTINHO,
criador da filosofia patrística.
Essa corrente filosófica considera DEUS, o
único ser racional e superior, e nós,
humanos irracionais como sinais da sua
existência.
Devido ao pecado original, o homem se
encontra em um estado de perdição, e
somente a fé poderá salva-lo, sendo
assim, para SANTO AGOSTINHO a
predestinação e a salvação pela fé são
importantes dogmas de sua obra.
ARQUITETURA
Na arquitetura o destaque fica
para o estilo ROMÂNICO,
refletindo a instabilidade e o
medo do período.
Apresentando com a utilização do
arco romano simples e paredes
grossas de caráter sólido com
poucas aberturas, devido às
guerras constantes.
Estilo Românico usado em
castelos e igrejas.