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Catarina
Campus Joinville
Curso: CTI - Mecânica e Eletroeletrônica
Módulo: III
Unidade Curricular: História II
Prof. Anderson dos Santos
FEUDALISMO:
Feudo – a palavra surgiu no século XI, para designar um benefício concedido por
alguém em troca da prestação de serviços militares e administrativos; também podia
designar a concessão de um castelo, de uma fortificação ou o direito de receber
impostos, determinados privilégios e isenções fiscais.
Obs.: os “feudos” possuíam extensões variáveis;
Características gerais:
• Sociedades hierarquizadas;
• Regime de servidão;
• Economia rural e agrária;
• Descentralização política;
• Mentalidade religiosa;
O CLERO (oratores):
Secular – papa, cardeais, arcebispos, bispos e párocos;
Regular – monges;
Obs.: Clérigo era todo aquele que havia ingressado em uma das corporações da Igreja.
Sua função era orar.
Privilégios do Clero:
• julgados por tribunais da Igreja;
• Não pagavam impostos;
• Não tinham que cumprir serviço militar;
• Usufruto dos benefícios eclesiásticos;
Obrigações do clero:
• Celibato;
• Proibidos de usura;
• Votos de pobreza (proibidos de ter bens);
A NOBREZA (bellatores):
Todo aquele que possuía títulos de nobreza era considerado um “nobre”; Sua função era
guerrear.
“nobreza de sangue” – todo aquele que herdava os títulos de nobreza por ter nascido
em uma família nobre;
“nobreza de Toga” – aquele que adquiria o título através de serviços prestados ao rei
(burgueses ricos e com formação superior);
Alta nobreza – Ricos senhores feudais, proprietários de grandes extensões de terras,
que arrecadavam impostos na região onde viviam, eram influentes politicamente e com
plenos poderes sobre seus dependentes;
Baixa nobreza – nobres sem terras (normalmente filhos mais novos que ficavam sem
herança), que se tornavam guerreiros, prestando serviços militares a um nobre mais
poderoso, em troca de moradia e sustento.
Características do cavaleiro:
• forte;
• Destemido;
• Hábil com as armas (espada, escudo, lança, arco e flecha, faca, etc);
• Fiel ao seu senhor e à Igreja;
• Defensor dos fracos, dos pobres e das donzelas desprotegidas;
LEMBRETE: alguns servos podiam tornar-se cavaleiros, porém, a partir do século XII
o critério “nobreza” passou a ser fundamental para chegar a tal posto.
OS CAMPONESES (laboratores):
Todos aqueles que formavam a camada produtiva do feudalismo; sua função era
trabalhar.
Servos – Não possuíam quaisquer privilégios. Pagavam diversos tipos de impostos à
nobreza e ao clero, trabalhavam no pesado cotidianamente e eram impossibilitados de se
desligar do feudo, isto é, não podiam ir e vir;
Vilões – pagavam impostos mais leves que os servos e podiam ir e vir, isto é, usufruíam
de uma maior liberdade que os servos, mas também trabalhavam muito e estavam
sujeitos à autoridade do senhor.
ECONOMIA FEUDAL:
Agricultura – base de sustentação do feudalismo;
Feudos auto-suficientes (produziam quase tudo o que necessitavam);
Artesanato – boa parte era feita no próprio feudo, mas havia artesãos itinerantes que
completavam as benfeitorias;
Comércio – poucas moedas cunhadas, mas o comércio era feito na base da troca de
mercadorias
LEMBRETE: eram famosas as periódicas feiras medievais, nas quais os camponeses
trocavam seus excedentes; havia também o comércio de artigos de luxo do Oriente.
REPRESENTAÇÕES DO APOCALIPSE:
• Influência do cristianismo;
• Doenças, fome, miséria e grande quantidade de mortes;
• Crença no fim do mundo:
Visão pessimista – livro “Apocalipse” (difundido entre os letrados);
Visão otimista – crença no surgimento de uma nova “Era” (construção do paraíso
terrestre);
Do apocalipse ao messianismo:
• Crença nos profetas e messias – redentores da humanidade predestinados por
Deus a guiar os homens rumo à salvação, pela remissão de seus pecados
(influência do cristianismo);
Modos:
Interrogatórios;
Confiscos;
Torturas;
Fogueiras;
AS MULHERES:
Perseguições por medo e pavor por parte dos clérigos;
Responsáveis pela decadência da humanidade (Eva);
Castigos divinos: dores do parto, menstruação (sinais de impureza e imperfeição);
Questão do celibato:
Econômica (sem família o clérigo deixava seus bens à Igreja);
Temor à mulher (pecados da carne, desvio da conduta dos monges e ruína dos
homens).
O declínio do feudalismo:
• Condições favoráveis na Europa a partir do século XI;
• Crescimento populacional:
• 46 milhões (1050);
• 73 milhões (1300);
• Mudanças no século XIV: terras inférteis; exigência de altos investimentos para
a produção;
• Problemas climáticos;
• Guerras (Guerra dos Cem Anos)
• Fome;
• Peste Negra (1348-1350);
Para ler:
• DEL ROIO, José Luiz. Igreja Medieval: a cristandade latina. São Paulo: Ática,
1997.
• FALBEL, Nachman. Heresias Medievais. São Paulo: Perspectiva, 1977.
• GINSZBURG, Carlo. O Queijo e os Vermes: o cotidiano e as idéias de um
moleiro perseguido pela Inquisição. São Paulo: cia. Das Letras, 1987.
• INÁCIO, Inês; LUCA, Tania de. O Pensamento Medieval. São Paulo: Ática,
1991.
• MACEDO, José Rivair. Movimentos Populares na Idade Média. São Paulo:
Moderna, 1993.
• RIBEIRO, Daniel Valle. A Cristandade do Ocidente Medieval. São Paulo:
Atual, 1998.
• SALINAS, Samuel Sergio. Do Feudalismo ao Capitalismo – transições. São
Paulo: Atual, 1994.
Para assistir:
• Cruzada, EUA/Marrocos, 2005. Direção de Ridley Scott. 145 min.
• El Cid, EUA, 1961. Direção de Anthony Mann. 184 min.
• Em Nome de Deus, Inglaterra/Iugoslávia, 1988. Direção de Clive Donner. 115
min.
• Francesco, Itália, 1989. Direção de Liliana Cavani. 105 min.
• O Incrível Exército de Brancaleone, Itália, 1965. Direção de Marco Monicelli.
90 min.
• O Nome da Rosa, França/Alemanha, 1986. Direção de Jean-Jacques Annaud.
130 min.
• O Sétimo Selo, Suécia, 1957. Direção de Ingmar Bergman. 96 min.