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Do Feudalismo às Cruzadas

Prof.º Paulo Toledo


Sociedade Feudal

Sistema Econômico, Social e Político.


Clero
• Origens: Invasões bárbaras – êxodo urbano.

• Posse de terra = FEUDO. Nobreza


• Sociedade estamental:

 Nasce nobre, morre nobre. Nasce servo, morre servo. Servos


 Abençoados e controlados pela igreja católica (poder espiritual e temporal).

Teocentrismo.
Clero – Oratores (oram);
Nobres – Bellatores (guerreiam);
Servos – Laboratores (trabalham);
O Feudo
• Manso Senhorial: Terras para o sustento do
senhor feudal.

• Manso Servil: Terras arrendadas pelo senhor


feudal aos servos.

• Manso Comunal: Bosques e pastagens – todos


usavam, apenas os nobres poderiam caçar.
Obrigações do servo
• Corveia – trabalhar para o senhor feudal 3 dias por semana.

• Talha – entregar uma parte de sua produção ao senhor feudal.

• Banalidade – Pagar uma taxa ao senhor feudal pelo uso do

celeiro, moinho, forno e etc.

• Mão-morta – taxa paga pela família após a morte do servo


para continuar na terra.

• Dízimo de são Pedro – 10% para a igreja.


Economia

• Autossuficiente – produz o suficiente para


sobreviver;

• Comércio reduzido;

• Pouca circulação de moeda;

Economia feudal era baseada na


agricultura. Devido a pouca circulação de
moedas era comum a troca ‘in natura’.
Política

• Poder político descentralizado;

• Suserania e Vassalagem:

 Suserano – doava terras;

 Vassalo – obediência e fidelidade;


As Cruzadas
As Cruzadas (1096-1270)

• O que foram: Expedições militares de caráter religioso.

• Objetivo: Expulsar os muçulmanos da Terra Santa


(Jerusalém).

• Interesses: Igreja católica, cavaleiros, pobres e comerciantes.

• Período: Entre os séculos XI e XIII – total de 8 cruzadas.


• Concílio de Clermont (1095) Papa convoca a lutar contra os “infiéis”.
Pôster do filme Cruzada, 2005.
Consequências das Cruzadas

• Vitória para os muçulmanos;

• Cruzadas se tornam expedições de cunho


econômico e comercial.

• Contato Oriente – Ocidente = cidades italianas


enriquecidas (Gênova e Veneza).

• Estimulou o desenvolvimento da cidade e do


Exercícios
(Unimep-SP) A passagem a seguir comenta as inquietações e atividades de um importante grupo
social da Idade Média.

[...] [sua] preocupação fundamental [...] era assegurar à sua família e aos que, eventualmente, tivessem direito à
terra por ele cultivada ou aos seus produtos [...], a produção de cereais, que constituíam, em toda parte, o
ingrediente principal da alimentação humana [...].
LE GOFF, Jacques (org). O homem medieval. Lisboa: Presença, 1993.

Assinale a alternativa que indica o grupo social apresentado.


a) Os senhores feudais.
b) Os monges.
c) Os servos.
d) Os grandes mercadores urbanos.
e) Os artesãos das prósperas cidades mercantis.
Leia o trecho citado.
[...] Nunca bebe o produto de suas vinhas, nem prova migalha do bom alimento; muito feliz será se puder ter seu
pão preto e um pouco de sua manteiga e queijo [...].
Texto de um cronista do século XII.

Se ele tiver ganso ou galinha gorda, bolo de farinha de trigo em seu armário, tudo isso terá de ser do senhor .
Trecho de uma canção popular. Apud HUBERMAN, Leo. História da riqueza do homem – do feudalismo ao século XXI. Rio de Janeiro: LTC, 2011.

Os documentos históricos reproduzidos apresentam a situação de um grupo social característico do


feudalismo. Sobre seus integrantes, pode-se afirmar:
a) Eram explorados por membros do alto clero, que podiam comprar ou vender alguns desses
trabalhadores, caso houvesse necessidade.
b) Originários de povos bárbaros, migraram para a Europa na Alta Idade Média e foram
transformados em cativos pelos romanos antigos.
c) Deveriam prestar serviços militares aos nobres guerreiros, o que acarretava uma condição de vida
miserável e vulnerável a epidemias.
d) Empregados pelas corporações de ofício, produziam mercadorias que eram posteriormente
vendidas pela burguesia citadina.
e) Eram obrigados a trabalhar para a aristocracia feudal e ofertar-lhes grande parte dos gêneros
alimentícios que produziam.
(UNESP - 2018/2 - 1ª FASE) A era feudal tinha legado às sociedades que a seguiram a cavalaria,
cristalizada em nobreza. [...] Até nas nossas sociedades, em que morrer pela sua terra deixou de ser
monopólio de uma classe ou profissão, o sentimento persistente de uma espécie de supremacia moral
ligada à função do guerreiro profissional — atitude tão estranha a outras civilizações, tal como a
chinesa — permanece uma lembrança da divisão operada, no começo dos tempos feudais, entre o
camponês e o cavaleiro.
(Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987. Adaptado.)
Segundo o texto, a valorização da ação militar

a) Representa a continuidade da estrutura social originária da Idade Média.

b) Ultrapassa as barreiras de classe social, igualando os homens medievais.

c) Deriva da associação, surgida na Idade Média, entre nobres e cavaleiros.

d) Surgiu na Idade Média e é desconhecida nas sociedades modernas.

e) Revela a identificação medieval de quem trabalhava com quem lutava.


(UEG-GO) Leia o texto a seguir.
A Cruzada foi fonte de enormes infelicidades, desde a própria época: a tomada de Jerusalém, em
1099, o saque de Constantinopla em 1204 são páginas vergonhosas da história do Ocidente cristão
[...]. É claro que a Cruzada foi muito importante para a identidade da cristandade: um tal
projeto une uma comunidade, dá-lhe uma unidade.
LE GOFF, Jacques. Uma longa Idade Média. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008. p. 101-102.
Quando, no século XI, o papa Urbano II convocou a Primeira Grande Cruzada ao Oriente, usou
como justificativa para tamanha movimentação de tropas e recursos o projeto de:
a) Reafirmar a universalidade da fé católica, ameaçada pelas conversões em massa dos cristãos do
Oriente ao islamismo.
b) Reunificar os Impérios Romano do Oriente e do Ocidente separados desde o Édito de Tessalônica
de 395.
c) Retomar a posse de reinos cristãos ibéricos ocupados por muçulmanos, num projeto militar
chamado de Reconquista.
d) Defender os cristãos do Oriente e a retomada dos “lugares santos” que estavam em posse dos
muçulmanos.
e) Punir os cavaleiros cristãos que desobedeciam a Paz e a Trégua de Deus, enviando-os em missão
suicida ao Oriente.
(FGV-SP) Leia o texto.
[…] as Cruzadas não foram as responsáveis pelas grandes transformações econômicas, mas produtos delas. Contudo,
elas não deixaram de contribuir para os avanços daquelas transformações. […] O intenso comércio praticado
pelas cidades italianas, Gênova e Veneza, cresceu bastante com a abertura dos mercados orientais, para o que as
Cruzadas desempenharam papel decisivo […]
Hilário Franco Júnior. As Cruzadas.

Além da decorrência apresentada, pode-se atribuir a essas expedições:

a) o desaparecimento das ordens mendicantes — especialmente franciscanos e dominicanos —, assim como a


superação das heresias católicas.

b) o fortalecimento nas relações de vassalagem em toda a Europa ocidental e um forte retraimento do poder
econômico da burguesia comercial.

c) a estagnação das atividades comerciais entre algumas cidades comerciais do mar do Norte — como Bruges e Gand
— e as cidades do litoral oeste da África.

d) a radicalização no processo de fragmentação político-territorial da Europa, com a importante ampliação do poder


econômico da nobreza togada.

e) a relação entre os cruzados com bizantinos e muçulmanos, permitindo que a Europa voltasse a ter contato com
algumas obras de filosofia greco-romana.

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