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Idade média

O modo de produção feudal


(Des)Construindo o conceito de
Idade Média
• O estereótipo criado pelos humanistas (séc. XV e XVI) e
pelos iluministas (séc. XVIII) → chamavam o período que
vai da queda do império romano do ocidente (séc.V) até
a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos
(1453) de “idade das trevas”.
• O movimento do romantismo (séc. XIX) → valorização da
idade média como o berço dos estados nacionais
modernos.
• Séc. XX→ os historiadores passam a ver a idade média
com mais equilíbrio, apontando seus aspectos sociais,
econômicos e, especialmente, culturais.
Alta idade média
séc. V ao X
1. Séc. V → invasões “bárbaras” → sobretudo de grupos
germânicos (suevos, lombardos, teutônicos, francos,
godos, visigodos, ostrogodos, vândalos, burgúndios,
anglos, saxões...) Formaram vários reinos – alguns de
curta duração, outros mais duradouros.
2. A antiga unidade do império romano foi substituída pela
descentralização política.
3. Com as constantes invasões e a proliferação da peste
bubônica (séc. VI) → abandono das cidades = declínio do
comércio e ruralização da economia.
4. formação do feudalismo
• Feudalismo → lento processo de integração de
elementos romanos e germânicos → sistema político,
econômico e social característico da Europa medieval;
atingiu o seu auge na França, entre os séculos XI e XIII,
com uma sociedade fortemente hierarquizada, baseada
nos laços de dependência entre as pessoas.
• Feudo: “bem” ou “benefício” que um rei ou um nobre
poderia oferecer a alguém em troca de algum serviço
prestado. O benefício podia ser em forma de terras,
cargos, direitos, renda fixa, etc.
• Em troca, aquele que recebia o
feudo (vassalo), deveria jurar
fidelidade àquele que o doava
(suserano).
• Feudo passou a significar a
própria unidade de produção → o
senhorio, isto é, uma grande
propriedade rural.
• O dono do feudo tinha a tutela
dos habitantes da propriedade→
as massas camponesas se
transformavam em servos.
Roland promete sua fidelidade a
Carlos Magno:Roland (à direita)
recebe a espada Durandal das
mãos de Carlos Magno (à
esquerda). De um manuscrito de
um chanson de geste, c. Século 14.
• Características fundamentais do feudalismo
• Sociedade na idade média
5. Consolidação da igreja
• Cristianização de reinos bárbaros → expansão da
cristandade.
• alianças do reino franco com a igreja → a conversão
de Clóvis (496) da dinastia merovíngia; as campanhas
militares promovidas por carlos magno, da dinastia
carolíngia contra pagãos e muçulmanos.
• Fortalecimento da igreja→ instituição mais rica e
poderosa da Europa entre os séculos V e XV → poder
espiritual e temporal.
Papa Leão III coroando Carlos Magno
nas Chroniques de Saint-Denis, vol. 1;
França, segundo quartel do século XIV.

O batismo de Clóvis,
iluminura do manuscrito
A vida de São Denis,
século XIII.
Baixa idade
média
séc. XI ao XV
6. As Cruzadas
• expedições de caráter religioso e militar organizadas
com o objetivo de retomar Jerusalém do domínio
muçulmano – teve início em 1095, quando o papa Urbano
II convocou os cristãos prometendo a salvação da alma
a todos que participassem do movimento.
• Motivações políticas e econômicas
→ o papa: recuperar o prestigio e a unidade da igreja,
abalados pela corrupção e pelo cisma do oriente (1059).
→os nobres: pilhar riquezas e conquistar novas terras.
→ mercadores da península Itálica: reabertura do
comércio no Mediterrâneo, dominado pelos muçulmanos.
→ Os camponeses: ingressaram nas Cruzadas sonhando
com a conquista da liberdade.
• As Cruzadas não conseguiram
o objetivo de retomar
Jerusalém, mas contribuíram
para estimular o comércio
entre o Oriente e o Ocidente,
trazendo riqueza para muitas
cidades da península Itálica,
como Veneza e Gênova.
• As cruzadas enfraqueceram a
nobreza (por causa dos
gastos com as expedições) →
favorecendo a concentração
de poder nas mãos dos reis.
7. Transformações no feudalismo
• Séc. XI e XIII → transformações técnicas → aumento e
diversificação da produção agrícola → crescimento
demográfico.
→ aumento das áreas cultivadas (rotação trienal)
→ferramentas mais eficientes (charrua)
→utilização de moinhos (movidos pelo ventou ou pela água)
→ ampla utilização de cavalos (em vez de bois) e mudanças no
atrelamento
8. Renascimento comercial
• Excedente agrícola → permite a comercialização dos
excedentes e a reintrodução da moeda nas trocas
comerciais.
• Fugas de camponeses para áreas de comércio, onde
teriam mais oportunidades.
• Depois das cruzadas → intensificação do comércio no
mediterrâneo.
• Diversificação dos ofícios nas cidades: ferreiros,
padeiros, ourives, seladores, alfaiates, construtores,
comerciantes (mercadorias vindas do oriente, do
Mediterrâneo, do norte da Europa...)
• Feiras medievais
7. Transformações no feudalismo
9. Renascimento urbano
• Cidades medievais → a partir de pequenos núcleos que
serviam de entrepostos comerciais ou por iniciativas que
senhores feudais que cobravam impostos para permitir a
instalação de comerciantes perto das muralhas de seus
feudos.
• Ampliação das muralhas → as cidades eram chamadas de
burgos → surge uma nova classe social em torno do
comércio = os burgueses.
• Para resolver o problema das diferentes moedas→ casas
de câmbio e banqueiros

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