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IDADE MÉDIA OU

FEUDAL

SÉCULOS V a XIV
OBJETIVOS DO CONTEUDO

□ Entender a consolidação do processo de mudança


e a formação de uma sociedade nova e original.
□ Compreender a formação do mundo medieval a partir de
diferentes instâncias, tais como: a econômica, a mental,
a política e a cultural.
DIVISÃO DA IDADE MÉDIA OU FEUDAL

□ A Idade Média ou Feudal é dividida em:


Alta Idade Média (Século V a X), época onde a
concentração de feudos (Unidade produtiva) era
muito alta; e Baixa Idade Média (Século XI a
XIV), fase da Idade Média onde a concentração
de feudos diminui com ressurgimentos das
cidades na Europa Ocidental.
INTRODUÇÃO
□ A Idade Média teve início na Europa com as invasões germânicas
(bárbaras), no século V, sobre o Império Romano do Ocidente.
Essa época estende-se até o século XIV, com a retomada
comercial e o renascimento urbano. A Idade Média caracteriza-se
pela economia ruralizada, enfraquecimento comercial,
supremacia da Igreja Católica, sistema de produção feudal e
sociedade hierarquizada.
FIM DO IMPÉRIO ROMANO
FATORES QUE POSSIBILITARAM O FIM DO IMPÉRIO
ROMANO DO OCIDENTE

□ Cristianização do Império ( Imperador Constantino – Século IV)


□ Diminuição das conquistas territoriais
□ Diminuição do fluxo de escravos no Império
□ Crise econômica
□ Aumento dos impostos
□ Falta de proteção nas fronteiras imperiais
□ Invasão Barbaras (Povos Germânicos – Séculos IV e V)
INVASÕES BÁRBARAS (POVOS GERMÂNICOS – SÉCULOS IV E V)

□ A formação de um vasto império proporcionou aos romanos uma série de dificuldades ligadas
à manutenção dos limites territoriais com outros povos europeus. Durante o século IV os povos
germânicos foram gradativamente atraídos pela disponibilidade de terras férteis e o clima
ameno das possessões romanas. Paralelamente, essas populações também sofriam com a
pressão militar exercida pelos hunos, habilidosos guerreiros mongóis que forçavam a entrada
dos germânicos no Império Romano.
□ Naquele período, os romanos tinham o costume de chamar esses invasores estrangeiros de
“bárbaros”. Essa palavra de origem grega era genericamente destinada a todo aquele que não
tinha capacidade de assimilar a língua e os costumes romanos. Apesar dessa distinção, as
invasões bárbaras foram responsáveis diretas por um intenso intercâmbio cultural que
modificou profundamente a formação étnica, política, econômica, linguística e religiosa do
mundo ocidental.
INVASÕES BÁRBARAS (POVOS GERMÂNICOS – SÉCULOS IV E V)

□ Inicialmente a aproximação entre romanos e germânicos foi pacífica ao longo da fronteira natural
Rio Reno
□ De forma amigável o Germanos começaram a atuar na própria estrutura de poder Romana
□ A expansão dos povos Hunos, vindos do Oriente, obriga os germanos a adentrarem as fronteiras
romanas de forma beligerante
□ Várias etnias germânicas conquistaram territórios romanos ( Visigodos conquistaram regiões da Península
Itálica, Península Ibérica e Gália.
□ Por volta de 406 d C, tribos germânicas dos Quados, Vândalos, Suevos e Alanos, entram em território
romano.
□ Vândalos conquistam o norte da África em 455 d C.
□ Os Francos conquistam a porção norte da Gália
□ Os Anglos e Saxões, juntos, promoveram a conquista da região da Bretanha
□ Em 476 d C, os Hérulos invadem Roma, depõem o imperador Romulo Augustos e põe fim ao Império
romano do Ocidente.
ALTA IDADE
MÉDIA
SÉCULOS V a
X
CULTURA
MEDIEVAL
□ A cultura medieval vai ser forjada com a união de tradições
romanas (Colonato) com tradições germânicas
(Comitatus)

COLONATO
+
COMITATUS
CULT
URA MEDIEVAL
COMITATUS
□ Tradição germânica que consiste em uma relação de lealdade e honra
entre um suserano e um vassalo.
□ Segundo esta tradição o suserano maior, no caso da idade media um
rei, conquista território, e este território, é dividido entre seus vassalos.
Estes vassalos eram nobres ligados diretamente a esse rei motivado
pelo comitatus.
□ Na idade média a classe social condicionada a guerra era a classe nobre
(Suseranos e Vassalos)
□ Estes territórios conquistados chamarão futuramente, Feudo.
COLONATO
□ Colonato é o nome que se dá a um sistema de
exploração de grandes propriedades entre diversos
colonos ou meeiros, que ficam incumbidos de
cultivar uma determinada área e entregar parte da
produção ao proprietário, conservando outra parte
para seu próprio consumo.
ESTRUTURA POLÍTICA MEDIEVAL
□ Prevaleceu na Idade Média as relações de suserania e
vassalagem. O suserano era quem dava um lote de terra ao
vassalo, sendo que este último deveria prestar fidelidade e ajuda
ao seu suserano. O vassalo oferecia ao senhor, ou suserano,
fidelidade e um exército, em troca de proteção e um lugar no
sistema de produção. As redes de vassalagem se estendiam por
várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.
Todo os poderes jurídico, econômico e político concentravam-se
nas mãos dos senhores feudais, donos de lotes de terras
(feudos).
□ As relações de suserania e vassalagem eram fechadas com
um ósculo, ou seja, um beijo entre o suserano e o vassalo.
SOCIEDADE MEDIEVAL
ECONOMIA
MEDIEVAL
□ A economia feudal baseava-se principalmente na
agricultura. Existiam moedas na Idade Média, porém eram
pouco utilizadas. As trocas de produtos e mercadorias
eram comuns na economia feudal. O feudo era a base
econômica deste período, pois quem tinha a terra possuía
mais poder. O artesanato também era praticado na Idade
Média. A produção era baixa, pois as técnicas de trabalho
agrícola eram extremamente rudimentares. O arado
puxado por bois e servos era muito utilizado na
agricultura.
O FEUDO
□ Na Europa, durante a Idade Média (século V ao XV) o
feudo era um terreno ou propriedade (bem material) que o
senhor feudal (Suserano) concedia a outro nobre (vassalo).
Em retribuição, o vassalo deveria prestar serviços ao
senhor feudal, pagar impostos e oferecer lealdade e
segurança.
□ A palavra Feudo significa bem doado em troca
Religião na Idade Média

□ Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário


religioso. Detentora do poder espiritual, a Igreja
influenciava o modo de pensar, a psicologia e as formas de
comportamento na Idade Média. A igreja também tinha
grande poder econômico, pois possuía terras em grande
quantidade e até mesmo servos trabalhando. Os monges
viviam em mosteiros e eram responsáveis pela proteção
espiritual da sociedade. Passavam grande parte do tempo
rezando e copiando livros e a Bíblia.
IMPOSTOS MEDIEVAIS

□TALHA –
□BANALIDADE -
□CORVÉIA -
TALHA
□ Era uma obrigação pela qual o servo deveria
passar, para o senhor feudal, metade de tudo que
produzia nas terras que ocupava no feudo. Se
colhesse 20 quilos de batata, 10 quilos deveriam
ser separados para o pagamento da talha.
CORVÉIA
□ Esta obrigação correspondia ao pagamento através de serviços
prestados nas terras ou instalações do senhor feudal. De 3 a 4 dias
por semana, o servo era obrigado a cumprir diversos trabalhos
como, por exemplo, fazer a manutenção do castelo, construir um
muro, limpar o fosso do castelo, limpar o moinho, etc. Podia
também realizar trabalhos de plantio e colheita no manso
senhorial (parte das terras do feudo de uso exclusivo do senhor
feudal).
BANALIDADE

□Esta obrigação correspondia ao


pagamento pela utilização das
instalações do castelo. Se o servo
precisasse usar o moinho ou o forno,
deveria pagar uma taxa em
mercadoria para o senhor feudal.
ÁPIÇE DO SISTEMA FEUDAL (FEUDALISMO)

□ O APÇE DO SISTEMA FEUDAL VAI SE DAR COM A EXPANSÃO TERRITORIAL DO IMPERIO


FRANCO PELA EUROPA.
□ ESTE APÇE ACONTECERÁ NOS FINAIS DO SECULO VII E POR TODO SÉCULO VIII E IX
IMPÉRIO FRANCO OU REINO FRANCO
□ A origem dos Francos ainda é um mistério para os pesquisadores. Não há consenso sobre
sua primeira aparição na história, entretanto há versões que apontam algumas teses. Alguns
acreditam que esse povo tenha se originado da unificação de pequenos grupos germânicos
que habitavam o vale do Rio Reno. Outra corrente de estudiosos argumenta que os Francos
são originários de uma região no Nordeste da Holanda. Sabe-se, contudo, que a palavra
Franco significa livre na língua frâncica falada por esse povo. Uma liberdade que, como
acontece quase sempre, não era acessível a todos. Mulheres e escravos não possuíam os
mesmos direitos dos francos livres.
Acredita-se que o Reino dos Francos teve início nas primeiras décadas do século V. Todavia os
relatos não são confirmados e têm aspecto de mito sobre a fundação da dinastia merovíngia. Um
desses reis, Clódio, teria sido o primeiro a conquistar terras na Gália. Mas esta seria uma condição
verdadeira mais à frente. Os Francos conquistariam cada vez mais terras e mais poder sobre os
galo-romanos. O nome da dinastia dos merovíngios provavelmente está relacionado a um dos
filhos de Clódio, Meroveu. Um de seus sucessores, Clóvis, foi responsável por consolidar os
vários reinos francos e encerrar o controle romano na região de Paris, expandindo seu reino até
os Pirineus. A conversão de Clóvis ao cristianismo no final do século V aproximou os Francos do
papa. Os filhos de Clóvis continuaram a expansão territorial e chegaram a cobrir a maior parte do
território francês atual.
A dinastia merovíngia perdeu forças em meados do século VII
quando uma série de mortes prematuras levou ao reinado de
menores de idade. Essa fraqueza administrativa abriu espaço para o
poder dos mordomos do palácio, que eram também
superintendentes de estado, e para a organização de sua própria
regência hereditária. Criando, assim, a dinastia dos carolíngios.
DINASTIA CAROLINGIA

□ Pepino, o Breve, foi coroado como primeiro rei franco da dinastia


carolíngia em 751. Ele foi um rei eleito que solidificou sua posição
através de uma aliança com o Papa Estevão III. O rei franco foi
responsável por reconquistar as áreas perdidas em torno de Roma e
entrega-las ao papa, uma doação que criaria os estados papais. A
Igreja estava muito satisfeita e a ação de Pepino mudaria o curso
da história. O novo poder papal estabeleceria uma nova ordem que
caracterizaria toda a Idade Média, a supremacia da Igreja Católica.
CARLOS MAGNO E A DINASTIA CAROLINGIA

□ O sucessor de Pepino, seu filho, foi um dos mais notórios reis da história, Carlos Magno. Letrado,
poderoso e inteligente, ele restaurou a igualdade entre papa e imperador e se tornou emblemático para
a história tanto da França como da Alemanha. Carlos Magno estabeleceu a prática de cristianizar os
povos conquistados, aumentando a influência da Igreja Católica e do cristianismo no mundo.
Soberano em grande território na Europa, Carlos era o grande líder da cristandade ocidental e foi
coroado pelo Papa Leão III como Imperador dos Romanos. A cerimônia, na verdade, reconhecia o
Império Franco como sucessor do Romano. Depois da morte de Carlos Magno e de seu filho, o
Império Franco foi dividido entre os herdeiros, dando origem aos territórios da atual Alemanha e da
França.
CONCLUSÃO
□ O Reino dos Francos mudou a organização e a distribuição do
poder na Europa e foi fundamental para o poderio dominante da
Igreja Católica no mundo medieval. Seu legado deixou marcas
culturais no Ocidente que persistem até hoje.
□ Foi durante o processo de conquistas territoriais implementadas
pelos vários reis Fracos que se consolidou o sistema feudal por
praticamente toda a Europa.

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