Professor: Claudio Mota Aula - História 8º Ano - História – 8º Ano – Rebeliões na América Portuguesa: Conjurações mineira e baiana. Durante a época colonial, diversos conflitos opuseram a população da colônia ao governo português, os quais pretendiam mudar aspectos da dominação colonial portuguesa Também houve movimentos como a Conjuração Mineira, a Conjuração Baiana e a Revolução Pernambucana, que contestaram o domínio português e queriam obter a independência. Características que marcaram a Conjuração Mineira (1789)
• Progressivo esgotamento das jazidas de ouro da cidade de Vila Rica ( Atual
Ouro Preto) e dificuldades dos colonos para pagar os tributos cobrados por Portugal. • Pagamento de 100 arrobas anuais por meio dos quintos (a retenção de 20% do ouro em pó ou folhetas ou pepitas) à Coroa de Portugal. Caso não se chegasse a esse total, ocorreria a derrama. • Violência por parte dos soldados portugueses. • Proibição da impressão de livros e jornais e controle na divulgação de ideias. • Em 1785, a rainha Maria I proibiu a produção de tecidos, caçados, ferramentas, sabão e outras manufaturas na colônia, obrigando os mineiros a importar esses artigos de Portugal a altos preços. • Em 1788, a Coroa decretou que a derrama deveria ser paga de qualquer maneira, inclusive com os bens pessoais da população. Elite colonial e conspiração contra o governo português
Ideais da inconfidência mineira
• Inspiração nos textos Iluministas e admiração dos líderes da
independência dos Estados Unidos. • Instauração de uma República com sede em São João del-Rei. • Criação de uma Universidade em Vila Rica. • Prestação do serviço militar obrigatório e apoiar a industrialização. • O fim da escravidão não era pauta no plano dos inconfidentes. • A rebelião mineira não chegou a acontecer. Alguns participantes – como o tenente-coronel Joaquim Silvério dos Reis – em troca do perdão de suas dívidas, denunciaram os revoltosos ao governador. O governador ordenou a prisão de todos os envolvidos. Muitos foram condenados ao exílio e enviados às colônias portuguesas na África. Tiradentes recebeu a sentença de morte. Foi enforcado e esquartejado em 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro, capital colonial. A Conjuração Baiana (1798)
A Conjuração Baiana foi a mais ampla e popular das rebeliões
coloniais. Dela participaram padres, profissionais liberais (como médicos e advogados), alguns membros da elite intelectual e sobretudo, pessoas dos grupos sociais mais pobres, como sapateiros, ex-escravizados, soldados e vários alfaiates. Características que marcaram a Conjuração baiana (1798)
• Transferência da capital da colônia para o Rio de Janeiro, em 1763.
• Crise econômica em Salvador, empobrecimento dos habitantes e
protestos contra as tributações impostas pela metrópole.
• Propagação dos ideais iluministas de liberdade, igualdade e
fraternidade, divulgados na Bahia por membros da Maçonaria (associação civil não religiosa que cresceu na Europa do século XVIII e logo foi difundida no Brasil). • Liderados por João de Deus, Manuel Faustino dos Santos, Lucas Dantas e Luís Gonzaga das Virgens, um grupo de populares passou a organizar a revolta.
• Pregavam a proclamação de um governo republicano,
democrático e livre de Portugal; o fim da escravidão e dos preconceitos contra negros; a liberdade de comércio e o aumento do salário dos soldados. No dia 12 de agosto de 1798, os organizadores da revolta espalharam cartazes pela cidade proclamando o início da rebelião. Entretanto, denunciados por traidores, os participantes acabaram presos.
Os líderes foram condenados à morte por enforcamento, tendo
seus corpos esquartejados. Dezenas de outras pessoas que apoiavam o movimento acabaram presas, mas sofreram penas menores, como prisão e exílio. Apesar de não terem alcançado os objetivos as revoltas demonstraram a clara insatisfação com o autoritarismo e a exploração que sofriam de Portugal. Tentativas de se libertar da dominação inspiradas nas ideias Iluministas e nas experiências bem sucedidas como a Independência dos Estados Unidos, do Haiti e a Revolução Francesa. Referências:
Vicentino, Cláudio. Projeto Mosaico: história: anos finais: ensino
fundamental/ Cláudio Vicentino, José Bruno Vicentino. – 1ª edição – São Paulo: Scipione, 2015. 8º ano. p. 70-72.
Ingleses x Ingleses: poder e conflito entre a diplomacia londrina e os comerciantes britânicos no comércio proibido de escravos (Rio de Janeiro, 1826-1850)