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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

História

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SEMANA 1
Gênero: Mundo Moderno. Colonização e Relações Étnico-Culturais (1500 - 1808)
OBJETO DE CONHECIMENTO: Das crises do período Joanino
HABILIDADE(S):Compreender e analisar a crise do sistema colonial em seus processos internos e em
suas conexões com o ideário liberal
CONTEÚDOS RELACIONADOS: A construção dos processos de Independência no Brasil.
INTERDISCIPLINARIDADE: Geografia, Sociologia e Filosofia
ATIVIDADES

TEMA: O Golpe da Maioridade


DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)

O Golpe da Maioridade

O chamado golpe da maioridade foi uma estratégia polítca criada pelos membros do
partdo liberal para fazer com que D. Pedro II começasse a reinar antes de completar 12 anos.
Esse movimento foi feito especialmente com os propósitos de que a monarquia se mantvesse
no poder e evitar possíveis revoltas e movimentos separatstas que fragmentariam o território
brasileiro. Em pouco tempo, a manobra do partdo liberal surtu efeito e, em 23 de Julho de
1824, a Assembleia votou a maioridade de Pedro de Alcântara e o proclamou imperador do
Brasil.

Entendo os conceitos:

Durante o período do Brasil existaam basicaaente dois partdos polítcos: Liberais e


Conservadores. Apesar de serea partdosm teoricaaente de oposição ua a outrom aabos
tnhaa auitos interesses ea coauns. Coao afiraado pelo pernaabucano Holanda
Cavalcant:”Nada se asseaelha aais a ua “saquareaa” (conservador) do que ua “luzia”
(liberal) no poder. “
As seaelhanças entre eles estavaa na crença de que: a escravidãom a unidade
territorialm a estrutura polítca e a ordea das coisas tais quais estavaa deveriaa ser aantdas.
Contudom apesar de terea vários pontos de concordânciam liberais e conservadores
discordavaa ea relação a foraa de governar e gerir o Iapério.
Para os saquareaasm o governo deveria ser centralizam coa todas as deaandas e
ordens saindo diretaaente do governo iaperial. Para elesm isso era garanta de que a unidade
territorial iaperial estaria garantda. Já os luzias defendiaa que o governo deveria ser
descentralizadom dando aaior autonoaia as províncias nas decisões e atenção as
necessidades locais.

Pedro de Alcântara se converte em Imperador do Brasil, se converte em Dom Pedro II e


passa a ter todos os poderes que a Consttuição de 1824 concedia aos imperadores. Os
principais deles eram:
 Dissolver a Câmara e convocar novas eleições para renová-la;
 Indicava o presidente do Conselho dos ministros;
 Nomear presidentes das províncias ;
 Convocar as forças armadas;
 Vetar e aprovar decisões da Câmara e do Senado;
 Perdoar sentenças dadas pelo judiciário.

)
Como você pôde perceber, o imperador tnha bastante poder, podendo interferir em
vários campos distntos. Tendo em vista esse cenário, o historiador José Murilo de Carvalho
identfica esse cenário polítco como sendo um eteatro de sombrasm, uma vez que todos os
poderes ( legislatvo e judiciário e executvo) estavam submetdos a figura do imperador.

ATIVIDADE 1

O golpe da maioridade, datado de julho de 1840 e que elevou D. Pedro II a imperador do Brasil,
foi justficado como sendo:

a) uma estratégia para manter a unidade nacional, abalada pelas sucessivas rebeliões
provinciais;

b) o único caminho para que o país alcançasse novo patamar de desenvolvimento econômico e
social;

c) a melhor saída para impedir que o partdo Liberal dominasse a polítca nacional;

d) a forma mais viável para o governo aceitar a proclamação da República e a abolição da


escravatura;

e) uma estratégia para impedir a instalação de um governo ditatorial e simpatzante do


socialismo utópico.

ATIVIDADE 2

Quais eram os dois partdos existentes durante o período do Brasil Imperial? Quais eram as
diferenças e as semelhanças entre eles?

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Atvidades Complementares

ATIVIDADE 1

Como vimos, após a Consttuição de 1824, o imperador passou a ter amplos poderes em
diversos aspectos da polítca imperial, sendo o centro do poder. Nos tempos dos atuais, vivemos
sob outro regime polítco, a democracia. Dentro desse novo modelo, o chefe do poder executvo
é o presidente, contudo, diferentemente de um imperador, seu poder tem várias limitações.
Tendo isso em vista, pesquise e escreva quais são as atribuições de um presidente de acordo
com a nossa consttuição de 1989.

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SEMANA 2
Gênero: Cultura e íPolíca na Construção do Estado Nacional Brasileiro (1822-1930)
OBJETO DE CONHECIMENTO: Eabates Polícos e Culturais no Processo de Construção e
Afirmação do Estado Nacional
HABILIDADE(S):
r6.1. Confrontar as periodizações históricas tradicionais a pa rr das noções de imúltiplas temporalidades,
permanências e mudanças, simultaneidadede processos históricos.
6.2. Analisar as configurações das elites brasileiras no Império, seu íinteresses e agrupamentos políco-
rpardários
CONTEÚDOS RELACIONADOS: A econoaia cafeeira do Brasil Iaperial
INTERDISCIPLINARIDADE: Geografia e Sociologia.
ATIVIDADES
TEMA: A econoaia do Brasil Iaperial
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)

A econoaia do Brasil Iaperial


Como já sabemos, a economia é um fator importante para o desenvolvimento de uma
economia. Durante o períodos colonial e imperial a nossa economia foi pautada na importação
de produtos agrícolas. O produto do Brasil Imperial foi o café.
No início do século XVIII ( de 1701 à 1800) o café era produzido apenas em pequenas
propriedades para a distribuição nacional. Já na década de 1820, o grão passou a ser
importando para o mundo, tendo como polo produtor o Vale do Paraíba, no Estado do Rio de
Janeiro. Durante essa década, o café já era o terceiro período mais exportados pelo Brasil. 10
anos depois, esse passou a ser o produto mais exportado pelo Brasil.
O Vale do Paraíba se tornou o principal local de produção de café durante o período
imperial por uma série de fatores, são eles: a abundância de terras, fartura de mão- de-obra
escrava , a demanda internacional pelo produto, a planta ter uma longa vida produtva,
podendo produzir frutos por 30 anos e a maior durabilidade do grão durante o transporte. De
1830 à 1880 essa foi a região onde predominou o cultvo do café.
Com a passar o tempo, o Vale do Paraíba perdeu seu protagonismo. Devido ao
empobrecimento do solo causado pela falta de rotatvidade de produtos cultvados e a erosão

)
causada pelas chuvas, e o aumento da demanda internacional pelo grão, foi necessário expandir
a produção para outras terras, como o Minas Gerias e São Paulo. Veja o mapa abaixo:

Vale ressaltar que, muito embora o café tenha sido o principal produto da nossa
economia, isso não significa que produzissemos apenas café. Veja na tabela abaixo os principais
insumos cultvados em nosso território durante o período Imperial:

)
ATIVIDADE 1
A economia cafeeira foi o principal esteio econômico do Segundo Reinado, sendo desenvolvido
seu cultvo em grande escala primeiramente:
a) no Oeste paulista
b) no Sul da Bahia
c) no Norte paranaense
d) na Baixada Fluminense
e) no Sul de Minas

ATIVIDADES 2

. (Fatec) "Gradatvamente, a produção [de café] concentrada no Vale do Paraíba entrou em


decadência. Antes da Proclamação da República, o chamado Oeste Paulista superava a região do
vale como grande centro produtor".
(BORIS FAUSTO, Pequenos Ensaios de História da República - 1889/1945)
O deslocamento da produção cafeeira do Vale do Paraíba para o Oeste Paulista deveu-se, entre
outros fatores:
a) ao desenvolvimento pouco adequado do sistema de transportes.
b) à excepcional expansão do mercado interno no Oeste Paulista.
c) à presença da pequena propriedade como célula básica da agroexportação.
d) à inexistência de mão-de-obra escrava no Oeste Paulista.
e) às condições geográficas do Oeste Paulista, superiores às do Vale do Paraíba

Atvidades Complementares
ATIVIDADE 1

A produção cafeeira foi fundamental para a modernização da nossa nação e para o


desenvolvimento da nossa economia. Voce saberia dizer algumas dessas mudanças que são
possíveis de serem identficadas até hoje? Cite abaixo alguma dessas transformações
tecnológicas e sociais iniciadas em função da produção de café e que deixou marcas na nossa
paisagem ou no nosso dia a dia.

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SEMANA 3

Gênero:Cultura e Polítca na Construção do Estado Nacional Brasileiro (1822-1900


OBJETO DE CONHECIMENTO: Eabates Polítcos no Processo de Construção e Afiraação do

)
Estado Nacional
HABILIDADE(S):
6.1. Confrontar as periodizações históricas tradicionais a partr das noções de aúltplas
teaporalidadesm peraanências e audançasm siaultaneidade de processos históricos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:Estrutura consttucionalm agrupaaentos polítcosm forças sociais
e siabologia do poder.
INTERDISCIPLINARIDADE: Geografia
ATIVIDADES

TEMA: A aodernização do Brasil


DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)

A aodernização do Brasil

A modernização do Brasil Imperial passa, prioritariamente pela criação da malha


ferroviária. As ferrovias foram desenvolvidas para o escoamento dos produtos agrícolas citados
na semana anterior do interior do Brasil para o litoral, a fim de ser exportado para o resto do
mundo. Essa investmento foi feito pela iniciatva privada, nacional ou internacional.
As principais ferrovias criadas durante esse período foram: Trecho Baia de Guanabara à
Petrópolis no Rio de Janeiro, a Recife and São Francisco Raylway em Pernambuco e a São Paulo
Railway ligando Jundiaí a Santos passando pela cidade de São Paulo.

Tarifa Alves Branco e a Lei Eusébio de Queiróz

Agora, vamos ver algumas leis e medidas que tnham o intuito de modernizar a
economia, inserindo cada vez mais o país no modelo econômico capitalista. Apesar de terem
objetvos diferentes , ambas ajudaram a mudar uma série de aspectos da realidade brasileira
durante o Brasil Império.
A tarifa Alves Branco visava aumentar a taxação mais de 3 mil produtos importados,
aumentando a nossa receita sobre produtos industrializados, elevando a taxa de 15% para 60%
do valor. Essa tarifa que entrou em vigência em 1844, foi bastante benéfica a nossa balança
comercial, uma vez que importávamos mais que exportávamos e, os produtos que eram
exportados eram de baixo valor agregado.
A Lei Euzébio de Queirós tnha como objetvo acabar com o tráfico negreiro. Promulgada
em 1850, efetvou um acordo existente entre Inglaterra e Brasil,e sua implementação era ponto
fundamental para a manutenção dos acordos polítcos e comerciais entre os dois países.
Desde a proclamação da Independência do Brasil em 1822, a Inglaterra que era uma
velha parceira comercial do Brasil, já condicionava seu apoio ao Império recém criado ao final do
tráfico de africanos para serem escravizados no Brasil. A fim de manter o apoio inglês, o governo
imperial brasileiro promulgou a lei Feijó em 1831, porém, essa foi uma lei epara inglês verm, uma
vez que nunca foi posta em prátca.
Com o acirramento entre as relações entre os governos ingleses e brasileiros e a
impossibilidade de um rompimento com a Inglaterra, abriu-se espaço para que o fim do tráfico
negreiro se efetvasse. Aproveitando esse momento favorável, Eusébio de Queirós Coutnho
Matoso Câmara propôs a lei que levou seu nome e encerrou o tráfico negreiro em 1856 , uma
vez que, desde que foi efetvada, o tráfico negreiro seguiu ocorrendo de maneira clandestna até
1856,

ATIVIDADE 1

)
Qual foi o objetvo da criação da malha ferroviária brasileira?

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ATIVIDADE 2
A Lei Eusébio de Queiroz, aprovada em setembro de 1850, é de grande importância na História
do Brasil, por dar o primeiro passo em direção ao fim da escravidão. Essa lei garanta a:

a) extnção do Tráfico Negreiro.


b) libertação das mulheres escravas.
c) soltura dos escravos com mais de 70 anos.
d) construção de quilombos governamentais.
e) liberdade das crianças nascidas a partr daquela data

Atvidades Complementares

ATIVIDADE 1

Pelo o que já estudamos até aqui, qual são os fatores e razões que você atribui a dificuldade e e
demora em se extnguir o tráfico negreiro?

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SEMANA 4
Gênero: Cultura e Polítca na Construção do Estado Nacional Brasileiro (1822-1900)
OBJETO DE CONHECIMENTO: Embates Polítcos no Processo de Construção e Afirmação do
Estado Nacional
HABILIDADE(S):
6.1. Confrontar as periodizações históricas tradicionais a partr das noções de múltplas
temporalidades, permanências e mudanças, simultaneidade de processos históricos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Estrutura consttucional, agrupamentos polítcos, forças sociais e
simbologia do poder.
INTERDISCIPLINARIDADE: Geografia e Sociologia.
ATIVIDADES
TEMA: A aão de obra durante o Brasil Iaperial
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)

Desde o início da colonização portuguesa no Brasil, a maior parte da nossa mão de obra
não especializada era composta por indígenas e negros, escravizados ou não. Isso gerou uma
série de problemas e confitos nas relações de trabalho durante o período do Brasil Imperial. Um
dos principais pontos desses confitos era o uso da mão de obra escrava como principal força de
trabalho no campo e bastante presente na zona urbana também.
O final da escravidão sempre foi uma pauta extremamente debatda durante o governo
Imperial. O Brasil foi o últmo país daqueles que insttuíram a escravidão negra e/ou indígena a
abolí-la. E tnhamos característcas bastante singulares: éramos o país que mais comprava e o
que mais alforriava escravizados. Vivíamos essa situação como uma maneira de tentar conter
revoltas e levantes negros. Isso porque, dado o grande números de escravos e negros, era
necessário criar mecanismos de recompensa para a manutenção da ordem, e a alforria era um
desses mecanismos.
Apesar de termos um grande número de alforriados, não havia um movimento forte pelo
fim da escravidão. Como já vimos, desde da década de 1830, já haviam leis que visavam acabar
com o tráfico, mas as medidas só começaram a ser efetvas, a partr da Lei Eusébio de Queiróz.
Com o fim do tráfico os grandes proprietários de terras temiam o fim da mão de obra
escrava e não terem trabalhadores para cultvarem suas terras. Uma medida para acalmar os
ânimos da elite agrária foi a Lei de Terras. Essa lei, basicamente, impediu a doação de terras,
quer seja, doação do governo ou por partculares. Na prátca, isso limitava o acesso a terra,
excluindo que negros e pobres a compra de terras. Sem acesso, esses trabalhadores não tnham
muitas opções além de trabalhar para os grandes proprietários de terras.
Outra medida tomada para suprir essa suposta falta de mão de obra, cresceu a demanda
pelo tráfico interno, levando os escravizados do nordeste para o sudeste. Nesse momento, já
não se vislumbrava um ambiente favorável para a manutenção da escravidão então, começou-
se a debater qual seria a mão de obra substtuta a mão de obra escravizada a longo prazo. A
elite agrária elegeu a mão de obra imigrante europeia.
Essa preferência pelos europeus no lugar dos africanos era, em grande parte, por causa
do preconceito existente em relação a população negra. A elite imperial qualificava os negros
como: preguiçosos, indisciplinados e desleais. Esse pensamento era motvado pela falsa crença
na superioridade dos brancos em relação aos negros e mestços.

ATIVIDADE 1

Por que que, durante o período do Brasil Imperial, a mão de obra escrava foi sendo deixada de
lado? Quem substtuiria os escravos em suas funções.

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ATIVIDADE 2

O que foi a Lei de terras?

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Atvidades Complementares
ATIVIDADE 1

Cite alguns dos fatores que fizeram com que tvéssemos a maior população escrava da América
e o maior número de escravos da América:

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SEMANA 5

Gênero: Cultura e Polítca na Construção do Estado Nacional Brasileiro (1822-1900)


OBJETO DE CONHECIMENTO: Embates Polítcos no Processo de Construção e Afirmação do
Estado Nacional
HABILIDADE(S):
6.1. Confrontar as periodizações históricas tradicionais a partr das noções de múltplas
temporalidades, permanências e mudanças, simultaneidade de processos históricos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Estrutura consttucional, agrupamentos polítcos, forças sociais e
simbologia do poder.
INTERDISCIPLINARIDADE: Geografia e Sociologia.

TEMA: A aão de obra durante o Brasil Iaperial


DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)
Iaigrantes no Brasil

A imigração para o Brasil foi motvada especialmente pela busca de uma melhor

)
qualidade de vida para si e sua família e ter acesso a terra. Os imigrantes eram, em sua maioria,
pobres, fugitvos de guerra e agricultores sem acesso a terra. Veja no quadro abaixo quais foram
as principais nacionalidades que a migrarem para o nosso país durante os períodos Imperiais e
Primeira República.

Como visto na semana passada, a imigração europeia para o Brasil foi incentvada pelo
governo brasileiro como meio de substtuir a mão de obra escrava por mão de obra livre
europeia. No início esse processo foi financiado pelos fazendeiros brasileiros, em um sistema de
parceria. Ou seja, quando esses trabalhadores chegavam em solo brasileiro, tnham uma dívida
de passagem, além de terem que comprar fiado por alimentos, roupas e outros artgos de
primeira necessidade que eram vendidos em um armazém que ficava na própria fazenda onde
trabalhava, a preços super faturados. Isso fazia com que a divida adquirida por esses imigrantes
fosse quase impagável. Além disso, esses imigrantes não eram tão bem recebidos por seus
patrões, uma vez que esses fazendeiros ainda mantnham a mentalidade escravocrata. Esse
modelo opressor não foi bem aceito pelos europeus ocorrendo revoltas em busca de melhores
condições de trabalho.
Em 1871, o governo paulista começou a pagar as passagens dos imigrantes que viriam
trabalhar para os cafeicultores; Estes, por sua vez, adotaram o colonato como regime de
trabalho. Esse sistema de trabalho se resumia ao seguinte contrato: os colonos ( imigrantes)
recebiam um salário anual, podiam plantar alimentos e criar animais par a consumo próprio e
para a venda. Com isso a imigração, especialmente a italiana, intensificou-se no estado de São
Paulo. Enquanto os italianos se dirigiam para o trabalho nas lavouras de café em São Paulo,
portugueses e espanhois emcaminhavam-se para as grandes cidades como Rio de Janeiro, São
Paulo e Salvador, onde trabalhavam como artesãos, operários ou comerciantes.
Já na região sul, essa primeira onda migratória foi bastante distnta do que ocorreu na nas
regiões Nordeste e Sudeste. Alemães, italianos e poloneses imigraram para o sul a fim de
viverem em pequenas comunidades e serem donos de pequenos propriedades agrárias. O
império escolheu essas áreas despovoadas para a criação dessas colônias, com o objetvo de
povoamento, branqueamento da população e consolidação das fronteiras.

ATIVIDADE 1

( PUC _RJ)"A raça ariana, reunindo-se, aqui, a duas outras totalmente diversa s, contribuiu para
a formação de uma sub-raça mestça e crioula, distnta da europeia. Não vem ao caso discutr se

)
isto é um bem ou um mal; é um fato e basta."
(Sílvio Romero, História da Literatura,)
Nos anos que antecederam a abolição da escravidão no Brasil e nas décadas que a sucederam,
houve uma longa controvérsia, expressa em polêmicas, discursos e livros, acerca do caráter
racial brasileiro. Acerca desta questão, analise as afirmatvas abaixo:

I) As teses sobre a inferioridade da "raça africana", aliada ao sentmento da sua incapacidade


para o trabalho livre e auto-estmulado, reforçaram a opção dos cafeicultores paulistas pela
imigração europeia.
II) O argumento de "que a raça chinesa abastarda e faz degenerar a nossa" objetvou impedir a
imigração de chineses _ os "coolies" - para substtuir a mão de obra escrava.
III) Vários homens de ciência, após a Abolição, defenderam que somente a fusão dos grupos
étnicos poderia aprimorar o homem brasileiro, ao propiciar o seu branqueamento.
IV) Ao longo da década de 20, mas principalmente na seguinte, o homem nacional mestço foi
valorizado, sendo inclusive o argumento para a lei da nacionalização do trabalho, de 1931,
obrigando todas as empresas urbanas a empregar, pelo menos, 2/3 de mão de obra nacional.

Assinale a alternatva que contém as afirmatvas corretas:


a) somente I, II e III.
b) somente I, III e IV.
c) somente II, III e IV.
d) somente I, II e IV.
e) todas as afirmatvas estão corretas.

ATIVIDADE 2
(Ufrs) A imigração europeia, do século XIX, oportunizou mudanças para o Rio Grande do Sul,
tendo como resultado
a) o predomínio da grande exploração agrícola, utlizando uma mão-de-obra extensiva.
b) o desenvolvimento de culturas tropicais, aliado à formação de comunidades de pequenos
proprietários.
c) a ampliação da mão-de-obra escrava devido à ineficiência do imigrante europeu.
d) o aparecimento de um campesinato voltado para a produção de alimentos básicos e a
utlização da mão-de-obra familiar. e) a utlização da mão-de-obra indígena já completamente
catequizada pelas missões cristãs.
ATIVIDADE 1
Atvidades Complementares

)
Como vimos, os imigrantes europeus que se dirigiam ao Brasil, vinham motvados,
especialmente, por uma expectatva de melhora de vida. Essa expectaiva era sempre verdadeira?
Quais eram as dificuldades que eles encontravam pra e fazer fortunam na América?

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SEMANA 6

Gênero: Cultura e Polítca na Construção do Estado Nacional Brasileiro (1822-1900)


OBJETO DE CONHECIMENTO: Embates Polítcos no Processo de Construção e Afirmação do
Estado Nacional
HABILIDADE(S):
6.1. Confrontar as periodizações históricas tradicionais a partr das noções de múltplas
temporalidades, permanências e mudanças, simultaneidade de processos históricos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Estrutura consttucional, agrupamentos polítcos, forças sociais e
simbologia do poder.
INTERDISCIPLINARIDADE: Geografia, Sociologia

TEMA: A guerra do Paraguai


DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)

A aorte na Bacia do Prata

A Bacia do Prata é formada pelas águas dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai e no século
XIX representava a única comunicação da província do Mato Grosso com a capital do Império
Brasileiro, o Rio de Janeiro. Representava também a única forma de escoamento da produção
paraguaia, uma vez que este país não tnha saídas para o mar, fazendo-os dependentes das
águas destes rios para sobreviver economicamente.
Em 1.864 o Brasil era governado pelo Imperador D. Pedro II, no que foi chamado de
Segundo Reinado ,e buscava contnuar exercendo seu domínio polítco sobre as sociedades
cisplatnas, desta vez, visava interferir politcamente nas eleições uruguaias, marcadas para
aquele ano. Dois grupos polítcos disputavam o poder no Uruguai, os Colorados e os Blancos, o
Império brasileiro era apoiador dos primeiros e decidiu invadir o país vizinho para garantr a
vitória dos Colorados.
O Paraguai era governado por Francisco Solano López e era aliado dos Blancos e ao
receber a notcia da invasão brasileira ao Uruguai para apoiar os Colorados, rompeu relações
diplomátcas com o Império Brasileiro em outubro de 1.864. No mês seguinte, o governo do
Paraguai apreendeu o navio brasileiro Marquês de Olinda, que rumava para a cidade de Cuiabá
no Mato Grosso. A situação agrava-se em dezembro quando um exército paraguaio composto
por cerca de 7.700 militares invade e domina facilmente a região da província do Mato Grosso.
A diferença de efetvos militares era imensa, enquanto os paraguaios contavam com quase 8 mil

)
homens, as forças brasileiras na região eram representadas apenas por 875 militares do Exército
e cerca de 3 mil homens da Guarda Nacional.
Após dominar a região de Mato Grosso, Solano López mobilizou suas tropas para
socorrer seus aliados Blancos no Uruguai na guerra contra as tropas brasileiras, para isso
solicitou ao líder argentno, Bartolomé Mitre, que permitsse a passagem de suas tropas pela
região de Corrientes para invadir o território do Rio Grande do Sul. Mitre era aliado aos
Colorados e negou a passagem aos paraguaios, diante da recusa, López declara guerra a
Argentna e invade a região de Corrientes.A declaração de guerra à Argentna formaliza a criação
da Tríplice Aliança, unificando as tropas de Brasil, Argentna e os colorados uruguaios, visando
derrotar os Blancos e as tropas de Solano Lopez do Paraguai a partr de 1.865. A investda
paraguaia em Corrientes foi um grande fracasso e López teve que adotar uma posição
meramente defensiva no confito, buscando evitar que as tropas da Tríplice Aliança invadam seu
país.
A batalha mais importante deste confito ocorreu entre as forças navais brasileiras e
paraguaias no que foi chamada de Batalha de Riachuelo, onde a Marinha do Brasil alcançou
importante vitória, destruindo grande parte das forças navais paraguaias e deixando a bacia
platna sob o controle da forças da Tríplice Aliança, deixando as tropas de Solano López isoladas
no Paraguai.
A guerra só chegou ao fim quando tropas brasileiras matam Francisco Solano Lopez em
1.870 na Batalha de Cerro Corá. Para os países envolvidos, a Guerra do Paraguai trouxe
resultados diferentes e talvez menos valiosos do que o esperado. Para Argentna e Uruguai,
trouxe consolidação polítca na região,mas não trouxe estabilidade polítca para suas nações, já
para o Brasil, a guerra representou uma profunda crise econômica, uma vez que o Império
Brasileiro custeava quase todas as despesas da Tríplice Aliança, resultando em gastos que
estouraram o orçamento brasileiro. Entretanto, o Exército Brasileiro voltou ao país
extremamente valorizado, com seus líderes considerados heróis nacionais, dando a este grupo
social um grande poder polítco na segunda metade do século XIX no Brasil.
O país mais prejudicado no confito foi justamente o Paraguai, uma vez que o confito
ocorreu em suas terras, gerando grande destruição de sua infraestrutura e economia. Como
perdas de guerra, teve que ceder parte de seus territórios à Argentna e ao Brasil,
enfraquecendo ainda mais suas tentatvas de recuperação. A população teve um grande número
de baixas, estma-se que ao menos 150 mil paraguaios tenham perdido a vida no confito,
equivalente a um quinto da população na época. Até os dias atuais, a sociedade paraguaia busca
se recuperar deste violento confito.

ATIVIDADE 1 - Diante do texto acima, responda às seguintes questões acerca da Guerra do


Paraguai:
a) Qual era o interesse do governo brasileiro nas eleições uruguaias de 1.864?

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b) Qual a importância econômica da Bacia do Prata para região no século XIX?

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)
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c) O que foi a Tríplice Aliança?

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Atvidades Complementares
ATIVIDADE 1

Qual o impacto do confito para a nação paraguaia?

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ATIVIDADE 2

Porque podemos afirmar que o confito foi oneroso ao Império Brasileiro?

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SEMANA 7

Gênero: Cultura e Polítca na Construção do Estado Nacional Brasileiro (1822-1900)


OBJETO DE CONHECIMENTO: Embates Polítcos no Processo de Construção e Afirmação do
Estado Nacional
HABILIDADE(S):
6.1. Confrontar as periodizações históricas tradicionais a partr das noções de múltplas

)
temporalidades, permanências e mudanças, simultaneidade de processos históricos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Estrutura consttucional, agrupamentos polítcos, forças sociais e
simbologia do poder.
INTERDISCIPLINARIDADE: Geografia, Sociologia e Filosofia.

TEMA: O processo de abolição da escravidão


DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)

Liberdadem Liberdade!

Por mais de 300 anos a famigerada prátca de escravizar seres humanos foi um negócio
extremamente lucratvo no Brasil. Entretanto, no século XIX, o país era um dos poucos a manter
essa prátca desumana de sistema de trabalho e começou a sofrer forte pressão inglesa para
extngui-la. Importante lembrar que a passagem do século XVIII para o XIX foi marcada pela
disseminação do iluminismo na América, alimentando um forte desejo abolicionista em parte
das sociedades.
No Brasil, que após a independência resolveu manter o sistema escravocrata, os
imperadores, sobretudo D. Pedro II, passou a sofrer uma intensa pressão da Inglaterra para
acabar com o sistema escravocrata, uma vez que os ingleses já haviam abolido essa prátca e
passaram a usar sua força polítca para forçar outros países, dependentes de sua economia, a
fazer o mesmo. A teoria mais aceita sobre o motvo da Inglaterra em acabar com a escravidão
no Atlântco, sobretudo Brasil, era o interesse econômicoem aumentar seu mercado
consumidor, uma vez que sua crescente produção industrial necessitava demais compradores.
O fim da escravidão no Brasil iria favorecer a contratação de assalariados, possíveis
consumidores dos produtos ingleses.
A economia brasileira focada na produção cafeeira com mão-de-obra escrava dependia
deste sistema,fazendo com que suas lideranças ignorassem a pressão inglesa para acabar com a
escravidão. A resposta inglesa veio com a aprovação da lei Bill Aberdeen em 1.845, autorizando
a Marinha da Inglaterra a apreender quaisquer navios negreiros no Oceano Atlântco. Num
período de dois anos (1849-1851), cerca de 90 navios foram apreendidos, causando a revolta na
sociedade escravocrata brasileira, deteriorando a relação entre os dois países. No entanto,
ciente que não poderia enfrentar o poderio inglês, foi aprova-
da no brasil em 1850 a Lei Eusébio de Queiroz, determinando o fim do tráfico negreiro
internacional para o Brasil. A solução encontrada pelos grandes fazendeiros foi aumentar o
tráfico interno de escravos.
Em 1871 foi aprovada no Brasil a Lei do Ventre-Livre, declarando que filhos de mulheres
escravizadas que nascessem a partr desta data eram considerados livres. No entanto, a criança
ficaria com a mãe (escrava) até completar 8 anos e só assim, mediante uma indenização do
Estado, poderiam ser libertadas. Sem a indenização, o fazendeiro poderia exigir a permanência
da criança em seu poder até a idade de 21 anos.
Em 1885 foi aprovada a Lei dos Sexagenários, libertando qualquer escravizado que
completasse a idade de 60 anos, ficando este a trabalhar mais três anos para o fazendeiro como
indenização. Os senhores de escravos consideravam um bom negócio, visto que a grande
maioria dos escravizados não chegavam a esta idade e se chegassem, eram considerados
improdutvos.
Na década de 80 do século XIX, setores abolicionistas da sociedade brasileira passaram a
exercer forte pressão para o fim da escravidão. Fugas eram promovidas, quilombos eram
fortficados, deixando grande parte dos fazendeiros em situação delicada mediante os desejos
abolicionistas. No dia 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel, provisoriamente no poder, assinou

)
a Lei Áurea, determinando o fim da escravidão no Brasil.
O que poderia representar uma grande catástrofe à produção agrícola brasileira, a
abolição não modificou de imediato as relações entre escravizados e fazendeiros num primeiro
momento. Uma vez libertos e sem direito a indenização, os escravizados não tnham garanta de
sustento se deixassem suas fazendas, fazendo com que muitos decidissem permanecer nas
terras dos senhores em sistema similar de trabalho.
Em outros casos, os recém libertos entravam em acordo com os senhores para contnuar
trabalhando nas fazendas em troca de algum sustento e nas áreas urbanas, especialmente Rio
de Janeiro e São Paulo, buscavam algum sustento realizando serviços considerados perigosos
para a elite dominante.
O que podemos afirmar é que a Lei Áurea foi um grande alento aos humanos
escravizados, uma vez que concedia-lhes o direito inalienável de serem, livres, mas não resolveu
o grave problema do preconceito racial da elite branca dominante, determinando para os recém
libertos serviços considerados aviltantes e precárias moradias em cortços, onde era comum a
proliferação de doenças. A abolição não resolveu o problema do preconceito.

ATIVIDADES

ATIVIDADE 1
De acordo com o texto, qual a teoria mais aceita sobre os motvos do interesse inglês em
extnguir a escravidão no Brasil?

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______________________________
______________________________
ATIVIDADE 2
Explique as leis criadas ao longo do século XIX que determinaram o processo gradual
de abolição?

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______________________________
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Atvidades Complementares
ATIVIDADE 1
Na sua opinião, a abolição resolveu definitvamente o processo de discriminação das pessoas
negras na sociedade brasileira?

______________________________
______________________________

)
______________________________
SEMANA 8
Gênero: Cultura e Polítca na Construção do Estado Nacional Brasileiro (1822-1900)
OBJETO DE CONHECIMENTO: Embates Polítcos no Processo de Construção e Afirmação do
Estado Nacional
HABILIDADE(S):
6.1. Confrontar as periodizações históricas tradicionais a partr das noções de múltplas
temporalidades, permanências e mudanças, simultaneidade de processos históricos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Estrutura consttucional, agrupamentos polítcos, forças sociais e
simbologia do poder.
INTERDISCIPLINARIDADE: Geografia, Sociologia e Filosofia.

Teaa: O final do período imperial e a proclamação da República


DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)

O Brasil Republicano

Como já dito nas semanas anteriores, o Brasil foi o últmo território a abolir a escravidão,
contudo, essa não foi a única singularidade que vivenciamos aqui durante o período Imperial.
Além de sermos os últmos a terminamos com o sistema escravocratas, fomos o único país da
América a sermos a sede de um império e. também, fomos o últmo dos países latnos
americanos a aderir ao sistema republicano.
Quando nossa independência foi proclamada, isso foi feito pelo filho do nossa imperador,
ou seja, viramos uma nação independente mas contnuamos a ser governados pelos membros
da família real portuguesa. Nosso regime polítco só muda, de fato, quando houve a
proclamação da República.
A proclamação da República aconteceu em 15 de Novembro de 1989 e foi infuenciada,
basicamente, por três fatores: o republicanismo, questões militares e questões religiosas. Leia o
texto abaixo para conhecer um pouco mais sobre esses pontos que levaram ao fim do império.
Crise da aonarquia

)
Proc
lamação da

A proclamação da república foi fruto da crise do iapério e sua incapacidade de atender


as novas deaandas que foram surgindo na sociedade brasileira. Essas insatsfações
convergiram-se para o movimento republicano, que, um tanto na base do planejamento e um
tanto na base do improviso, realizou um golpe que colocou fim na monarquia no Brasil.
Podemos considerar que essa crise da monarquia no Brasil iniciou-se na década de 1870m
logo após a Guerra do Paraguai. O Brasil venceu a guerra, mas a monarquia saiu enfraquecida e
os novos rearranjos polítcos que estavam em formação no Brasil, desde a década de 1860,
começaram a ganhar espaço no debate polítco.
Os dois principais grupos insatsfeitos e que diretamente infuenciaram no fim da
monarquia foram certos grupos polítcos, que reivindicavam a modernização do país e novas
agendas para polítca brasileira, e os ailitares. Ambos orbitavam ao redor do republicanismo,
forma de governo que passou a ser enxergada como moderna e como solução para o país.

Insatsfação ailitar
No caso dos militares, a insatsfação com a monarquia iniciou-se após a guerra,
justamente quando o Exército brasileiro estabeleceu-se como uma insttuição profissional. Isso
fez com que os militares passassem a organizar-se na defesa por seus direitos. Suas duas
principais exigências passaram a ser auaento salarial e aelhora no sisteaa de carreira.
Os militares também exigiam para si o direito de aanifestar suas opiniões polítcas, uma
vez que passaram a enxergar-se como os responsáveis pela tutela do Estado. Além disso, havia
insatsfações entre eles pelo fato de o Brasil não ser um país laico, e todas essas questões
fizeram-nos abraçar o positvisao, conjunto de ideias defendidas pelo sociólogo francês

)
Auguste Conte.
O positvisao tornou-se o discurso oficial para o questonamento da monarquia por
parte dos militares. No fim, grande parte deles passou a defender que a modernização do país
fosse realizada com base em uma república ditatorial, na qual um governante representaria os
interesses do povo. Para agravar a situação, a insatsfação dos militares ainda era incentvada
por outros grupos da sociedade.

Insatsfação polítca

Na polítca, havia uma grande insatsfação com a monarquia, principalmente em


províncias como São Paulo, pela sub-representação polítca. Economicamente, São Paulo já era
o principal estado do Brasil, mas politcamente sua representação era muito pequena em
relação a outros estados com economias decadentes, como Bahia, Pernambuco e o próprio Rio
de Janeiro. Isso mobilizava as elites polítcas da província na exigência de maior partcipação.
A socióloga Ângela Alonso também fala da insatsfação em grupos eaergentes nas
cidades que desejavaa ter voz polítca, mas que não conseguiam porque o sistema polítco da
monarquia era abertamente excludente|1|. Os liberais até tentaram incluir parte da sociedade
no eleitorado, mas a realidade que se impôs foi contrária: a Lei Saraiva, de 1881, reduziu
drastcaaente o eleitorado brasileiro.
Os problemas da monarquia, portanto, criaram um grupo de insatsfeitos que passou a
ver na república uma alternatva para o desenvolvimento do Brasil. Pontos de partda
extremamente importantes para o fortalecimento do republicanismo aqui foram a fundação do
Partdo Republicano Paulista (PRP) e o lançamento do Manifesto Republicanom em 1870.
O PRP surgiu por meio do Clube Radical, e era formado por um grupo de republicanos
paulistas que estavam insatsfeitos com a polítca na monarquia, sobretudo por conta
dacentralização do poder e da falta de autonomia das províncias. Entretanto, o PRP, surgido em
1873, só foi possível graças ao Manifesto Republicano, publicado três anos antes.
Essa manifesto tornou-se um balizador dos defensores da república no Brasil e defendia a
ideia de que os grandes males do país advinham da monarquia. O manifesto também critcava o
centralismo e propunha o federalisao como a principal ação em benefcio do país. A questão
federalista, na defesa por autonomia para as províncias, foi um dos grandes motes dos
defensores da república no Brasil.

Outras deaandas
Outras grandes demandas da época eram o estabeleciaento do laicisao no Brasil, isto é,
a transformação do Brasil em um Estado laico, e a questão do abolicionisao, uma das pautas
que moveram a sociedade brasileira na década de 1880. A grande maioria dos abolicionistas era
adepta dos ideais republicanos, e a mobilização em defesa do movimento inclinou-se para a

)
implantação da república.
Por fim, havia uma insatsfação a respeito da sucessão do trono. A Princesa Isabel não
era considerada a pessoal ideal para assumir o trono e a possibilidade de que seu marido, um
francês, se tornasse imperador também não era muito bem aceita. Chegou-se até a cogitar que
seu filho mais velho fosse coroado, mas essa ideia não avançou.

Conspiração
Percebemos, portanto, que havia inúmeras razões de insatsfação contra a monarquia, e,
nas palavras de Ângela Alonso, eas crises polítcas sobrepostas, somadas à mobilização social,
produziram a conjuntura propícia para a mudança de regimem. Ela completa dizendo que, em
1889, a questão não era se a monarquia cairia, mas quando ela cairia.
Associações e grupos defensores do republicanismo começaram a fazer ações na rua em
defesa da implantação da república, e jornais da época propagavaa esses ideais. Em julho de
1889, a monarquia proibiu essas manifestações, mas já era tarde. Conspirações contra a
monarquia aconteciam, em meios civis e militares.
Nomes como Benjaain Constant, Quintno Bocaiuva, Antônio da Silva Jardia,José do
Patrocínio, entre outros, movimentavam-se pela implantação da república no Brasil. O Exército
também era cada vez mais agitado pela possibilidade de agir contra a monarquia. Em novembro
de 1889, os boatos sobre um levante militar eram fortes no Rio de Janeiro.
Insatsfação polítca
Na polítca, havia uma grande insatsfação com a monarquia, principalmente em
províncias como São Paulo, pela sub-representação polítca. Economicamente, São Paulo já era
o principal estado do Brasil, mas politcamente sua representação era muito pequena em
relação a outros estados com economias decadentes, como Bahia, Pernambuco e o próprio Rio
de Janeiro. Isso mobilizava as elites polítcas da província na exigência de maior partcipação.
A socióloga Ângela Alonso também fala da insatsfação em grupos eaergentes nas
cidades que desejavaa ter voz polítca, mas que não conseguiam porque o sistema polítco da
monarquia era abertamente excludente. Os liberais até tentaram incluir parte da sociedade no
eleitorado, mas a realidade que se impôs foi contrária: a Lei Saraiva, de 1881, reduziu
drastcaaente o eleitorado brasileiro.
Os problemas da monarquia, portanto, criaram um grupo de insatsfeitos que passou a
ver na república uma alternatva para o desenvolvimento do Brasil. Pontos de partda
extremamente importantes para o fortalecimento do republicanismo aqui foram a fundação do
Partdo Republicano Paulista (PRP) e o lançamento do Manifesto Republicanom em 1870.
O PRP surgiu por meio do Clube Radical, e era formado por um grupo de republicanos
paulistas que estavam insatsfeitos com a polítca na monarquia, sobretudo por conta da
centralização do poder e da falta de autonomia das províncias. Entretanto, o PRP, surgido em
1873, só foi possível graças ao Manifesto Republicano, publicado três anos antes.

)
Essa manifesto tornou-se um balizador dos defensores da república no Brasil e defendia a
ideia de que os grandes males do país advinham da monarquia. O manifesto também critcava o
centralismo e propunha o federalisao como a principal ação em benefcio do país. A questão
federalista, na defesa por autonomia para as províncias, foi um dos grandes motes dos
defensores da república no Brasil.

Outras deaandas

Outras grandes demandas da época eram o estabeleciaento do laicisao no Brasil, isto é,


a transformação do Brasil em um Estado laico, e a questão do abolicionisao, uma das pautas
que moveram a sociedade brasileira na década de 1880. A grande maioria dos abolicionistas era
adepta dos ideais republicanos, e a mobilização em defesa do movimento inclinou-se para a
implantação da república.
Por fim, havia uma insatsfação a respeito da sucessão do trono. A princesa Isabel não
era considerada a pessoal ideal para assumir o trono e a possibilidade de que seu marido, um
francês, se tornasse imperador também não era muito bem aceita. Chegou-se até a cogitar que
seu filho mais velho fosse coroado, mas essa ideia não avançou.

Conspiração

Percebemos, portanto, que havia inúmeras razões de insatsfação contra a monarquia, e,


nas palavras de Ângela Alonso, eas crises polítcas sobrepostas, somadas à mobilização social,
produziram a conjuntura propícia para a mudança de regimem. Ela completa dizendo que, em
1889, a questão não era se a monarquia cairia, mas quando ela cairia.
Associações e grupos defensores do republicanismo começaram a fazer ações na rua em
defesa da implantação da república, e jornais da época propagavaa esses ideais. Em julho de
1889, a monarquia proibiu essas manifestações, mas já era tarde. Conspirações contra a
monarquia aconteciam, em meios civis e militares.
Nomes como Benjaain Constant, Quintno Bocaiuva, Antônio da Silva Jardia,José do
Patrocínio, entre outros, movimentavam-se pela implantação da república no Brasil. O Exército
também era cada vez mais agitado pela possibilidade de agir contra a monarquia. Em novembro
de 1889, os boatos sobre um levante militar eram fortes no Rio de Janeiro.

Texto disponível em:


https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/proclamacao-republica-no-
brasil.html acessado no dia: 10/05/2021

ATIVIDADE 1
Quais foram os principais grupos que tornaram possíveis a efetvação da Proclamação da
Republica?

)
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Atvidades Complementares
ATIVIDADE 1
Pesquise qual é o significado de República:

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ATIVIDADE 2
Para você, hoje, nós vivemos dentro de goveno republicano?

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