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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

História

)
SEMANA 1
Gênero: Mundo Moderno. Colonização e Relações Étnico-Culturais (1500 - 1808)
OBJETO DE CONHECIMENTO: Representações Européias do Novo Mundo
HABILIDADE(S):
1.1 – Ler e analisar fontes: relatos dos cronistas dos impérios coloniais ( Pero Vaz Caminha),
descobridores (Cristóvão Colombo) e viajantes em geral (Hans Staden, Jean de Lèry, Trevet),
visando à construção de uma narrativa histórica.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
O Novo Mundo nos relatos de viagem dos navegantes , descobridores e cronistas: mitos e
visões.
INTERDISCIPLINARIDADE: Geografia
ATIVIDADES
TEMA: Relatos de viagem dos navegantes, descobridores e cronistas: mitos e visões.

FIQUE POR DENTRO DOS CONCEITOS...

Mundo Moderno: é um período de tempo que se caracteriza pela realidade social, cultural e
econômica vigente no mundo. Ao tratarmos da era moderna, pré-moderna ou ainda a pós
moderna,fazemos referência à ordem política, à organização de nações, à forma econômica
que essas adotaram e inúmeras outras características. Entretanto, nessa trajetória que
traçaremos aqui, o que nos importa é a trajetória do pensamento humano e o seu processo de
construção. Para tanto, partiremos das reflexões de Zygmunt Bauman e de Max Weber para
traçar uma linha que nos guie pelas mudanças do pensamento humano e sua conexão com a
realidade histórica das pessoas que fizeram parte desse processo.
Colonização: é o processo pelo qual os seres humanos ocuparam novos territórios pelo mundo.
Uma colonização pode ter como objetivo a habitação ou a exploração de recursos. O período
da colonização na Idade Moderna se inicia no final do século XIV, com o crescimento econômico
de países europeus e asiáticos.
PARA SABER MAIS
Vídeo : Brasil no Olhar dos Viajantes - Episódio 1- Documentário sobre os relatos estrangeiros
das primeiras viagens feitas ao país, entre os séculos XVI e XIX, e a influência que tiveram na
construção da imagem do Brasil no exterior e entre os próprios brasileiros.

Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=k-tb3oV8kgg com duração de 58:22.


Acesso em 26/03/2020.
Vídeo : Educação e relações étnico-raciais no Brasil. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=nCAguQuk14k. Duração de 16:30. Acesso em 26/03/2020
Agora é hora de testar seus conhecimentos, lembre-se que as pesquisas e consultas são
permitidas e bem vindas para que você realize com sucesso as atividades.

ATIVIDADES – MÃO NA MASSA


Agora é hora de testar seus conhecimentos, lembre-se que as pesquisas e consultas são

)
permitidas e bem-vindas para que você realize com sucesso as atividades.
ATIVIDADE 1- Observe a imagem e depois leia os documentos a seguir:

A Europa majestosa e a América selvagem: um exemplo da visão de mundo do colonizador.

Texto 1-
“Pardos, nus, sem cousa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam arcos nas mãos e
suas setas. A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons
narizes, bem feitos... Os cabelos deles são corredios.(...) Até agora não podemos saber se há
ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal (...) Contudo a terra em si é de muitos bons ares,
frescos e temperados (...) Em tal maneira é graciosa que, querendo a aproveitar-se há nela tudo,
por causa das águas que tem! [...] Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que
será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar.
(...) Quanto mais, disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a
saber, acrescentamento da nossa
fé!”
“(...) Parece-me gente de tanta inocência que se a gente os entendesse e eles a nós, que
seriam logo cristãos, porque eles não têm nem atendem a nenhuma crença (...) Por isso pareceu
a todos que nenhuma idolatria nem adoração têm .E eu bem creio que se Vossa Alteza aqui
mandar quem mais devagar ande entre eles, que todos serão tornados ao desejo de Vossa
Alteza. E, para isso, se alguém vier, não deixe de vir logo clérigo para os batizar, porque, então, já
terão mais conhecimento de nossa fé (...)”
(Trecho extraído da Carta de Pero Vaz Caminha, 01 de maio de 1500).
Texto 2-
"Por isso, quando a imagem desse Novo Mundo, que Deus me permitiu ver, se apresenta a
meus olhos, quando revejo assim a bondade do ar, a abundância dos animais, a variedade das
aves, a formosura das árvores e das plantas, a excelência das frutas em geral, as riquezas que
embelezam essa terra do Brasil, logo me acode a exclamação do profeta do salmo 104: ‘Senhor
Deus, como tuas obras diversas são maravilhosas em todo o universo! Como tudo fizeste com
grande sabedoria! Em suma, a terra está cheia de tua magnificência’."
(Trecho retirado do livro Viagem à Terra do Brasil, de Jean de Lèry, viajante francês que esteve
na América portuguesa em 1557,na região do atual estado do Rio de Janeiro.)

Texto 3-
“Devia de haver um protetor dos índios para os fazer castigar, quando houvesse mister, e
defender dos agravos que lhes fizessem. Este deveria ser bem assalariado, escolhido pelos
padres e aprovado pelo governador (...)A lei que eles hão de dar é defender-lhes de comer carne
humana e guerrear sem licença do governador, fazer-lhes ter uma só mulher, vestirem-se, pois
têm muito algodão, ao menos depois de cristãos, tirar-lhes os feiticeiros, mantê-los em justiça
entre si e para com os cristãos; fazê-los viver quietos sem se mudarem para outra parte, se não
for para entre cristãos, tendo terras repartidas que lhes bastem e com esses padres da
Companhia para os doutrinar“.

)
(O texto data de 1558 e foi escrito pelo padre Manuel da Nóbrega, jesuíta e missionário, que
morou no Brasil de 1549 a 1570.)
AGORA RESPONDA:

ATIVIDADE 1 - Quem escreveu cada texto?

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ATIVIDADE 2 - No documento 1, o que o autor esperava encontrar no Novo Mundo e qual
deveria ser o papel dos europeus para com os “gentios” da terra?

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ATIVIDADE 3 - Que semelhança teve a visão do Pero Vaz de Caminha e Jean de Lery em relação
ao povo da terra conquistada?

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ATIVIDADE 4 - Estabeleça relação do texto três com a visão do pecado da idade média.

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ATIVIDADE 5 - Como Caminha descreveu os índios?

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ATIVIDADE 6 - O que os portugueses esperavam encontrar na terra?

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ATIVIDADE 7 - Como descreveu o clima ?

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ATIVIDADE 8 - O que caminha disse que de melhor poderia ser feito na terra descoberta, já que
não encontraram metais preciosos?

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ATIVIDADE 9 - Pero Vaz de Caminha disse que o rei deveria mandar gente para a terra. Que tipo
de gente em especial deveria mandar? Para quê?

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Atividades Complementares
ATIVIDADE 1
Assista ao vídeo sobre os povos pré-cabralinos, ou seja, os povos indígenas que viviam no Brasil
antes da chegada de Pedro Álvares Cabral

Vídeo - Os povos pré- cabralinos. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?


v=kRkbJLwFR6I. Acessado em: 16/03/2020

Agora, escreva um pequeno resumo contendo as principais informações presentes no vídeo.

SEMANA 2
Gênero: Mundo Moderno. Colonização e Relações Étnico-Culturais (1500 – 1808)
OBJETO DE CONHECIMENTO: Escravidão e Comércio no Mundo Moderno
HABILIDADE(S):
2.1 – Compreender e analisar a importância do alargamento das antigas rotas comerciais; o

)
ressurgimento e expansão do comércio ; as novas mercadorias e o tráfico de escravos
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Circuitos dos tráficos dos escravos ( Novo Mundo, África e
Europa)
INTERDISCIPLINARIDADE: Geografia
ATIVIDADES
TEMA: Rotas do tráfico de Escravos na Idade Moderna

PARA SABER MAIS –


Leia o texto: O comércio de escravos na África.

O comércio de pessoas que se tornavam escravizadas estava presente no continente africano


desde os egípcios antigos. As pessoas se tornavam escravas na África principalmente em razão
das guerras: membros de tribos rivais eram reduzidos à condição de cativos, ou seja, escravos. As
guerras se davam entre os diversos reinos africanos e, também, por meio dos conflitos que
ocorriam entre as diferentes etnias africanas. Outra forma pela qual as pessoas se tornavam
escravas era através das dívidas.

Na África, o comércio de escravos teve início por volta do século II a. C., quando o faraó
Snefru retornou da região da Núbia com milhares de prisioneiros de guerra que se tornaram
escravos no Egito Antigo. Posteriormente, gregos e romanos continuaram a traficar e a
escravizar os africanos que se tornaram prisioneiros de guerra. É bom ressaltar que grande parte
do norte da África integrou o Império Romano, e os gregos dominaram por muito tempo o mar
Mediterrâneo, que liga o continente europeu com o continente africano. Em razão disso, vários
africanos foram escravizados pelos romanos e gregos.

Com a conquista árabe, no século XII, principalmente no norte da África, o tráfico de escravos
e o número de pessoas escravizadas na África aumentaram. Porém, o comércio de escravos
africanos aumentou significativamente a partir do tráfico negreiro inaugurado pelos europeus no
contexto da expansão marítima europeia, no século XV (Idade Moderna).

No decorrer do século XV, os europeus, no intuito de expandir suas atividades comerciais,


exploraram a costa africana. Com a colonização da América, necessitavam de mão de obra para
trabalhar nas terras conquistadas no “Novo Mundo”.

Diante dessa nova realidade, os europeus passaram a praticar o lucrativo tráfico negreiro, que
aconteceu durante quatro séculos entre o continente africano e o continente americano. O
tráfico negreiro ocasionou transformações na sociedade africana, pois o aumento ou a
diminuição da escravidão interna (na África) estava relacionado (a) com a maior ou a menor
demanda externa (para a América). Portanto, quanto maior a necessidade de escravos na
América, maior era o número de pessoas escravizadas na África. Assim, o tráfico negreiro se
tornou um negócio rentável.

)
O contingente de africanos que foram trazidos forçadamente para a América como escravos
não é preciso, mas situa-se entre dez e onze milhões de africanos escravizados, desde o século
XV até a abolição do tráfico negreiro em Cuba, no ano de 1868. No Brasil, o tráfico negreiro foi
proibido com a Lei Eusébio de Queiroz em 1850, mas a escravidão somente foi abolida no ano de
1888.

Leandro Carvalho

Mestre em História

Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/comercio-escravos-na-


Africa.htm#:~:text=O%20com%C3%A9rcio%20de%20pessoas%20que,cativos%2C%20ou%20seja
%2C%20escravos.
Acesso em: 14/03/2021

Texto: História da Escravidão- Exploração do trabalho escravo na África…


Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/historia-da-escravidao-
exploracao-do-trabalho-escravo-na-africa.htm
Acesso em: 14/03/2021
Agora é hora de testar seus conhecimentos, lembre-se que as pesquisas e consultas são
permitidas e bem vindas para que você realize com sucesso as atividades.

ATIVIDADE 1-

Sobre a chegada de africanos ao Brasil pelo comércio Atlântico, é correto afirmar que:
a) foram trazidos a todos os estados brasileiros na mesma quantidade.
b) a maior parte dos escravos africanos foi trazida para a região Sul.
c) a maior parte dos africanos trazidos ao Brasil veio para a Bahia.
d) a região Sudeste recebeu poucos escravizados africanos.

ATIVIDADE 2-

(Unesp 2012) Os africanos não escravizavam africanos, nem se reconheciam então como
africanos. Eles se viam como membros de uma aldeia, de um conjunto de aldeias, de um reino e
de um grupo que falava a mesma língua, tinha os mesmos costumes e adorava os mesmos
deuses. (...) Quando um chefe (...) entregava a um navio europeu um grupo de cativos, não
estava vendendo africanos nem negros, mas (...) uma gente que, por ser considerada por ele
inimiga e bárbara, podia ser escravizada. (...) O comércio transatlântico (...) fazia parte de um
processo de integração econômica do Atlântico, que envolvia a produção e a comercialização,
em grande escala, de açúcar, algodão, tabaco, café e outros bens tropicais, um processo no qual
a Europa entrava com o capital, as Américas com a terra e a África com o trabalho, isto é, com a
mão de obra cativa. (Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos, 2008.
Adaptado.)

Ao caracterizar a escravidão na África e a venda de escravos por africanos para europeus nos
séculos XVI a XIX, o texto:

a) reconhece que a escravidão era uma instituição presente em todo o planeta e que a
diferenciação entre homens livres e homens escravos era definida pelas características raciais
dos indivíduos.

)
b) critica a interferência europeia nas disputas internas do continente africano e demonstra a
rejeição do comércio escravagista pelos líderes dos reinos e aldeias então existentes na África.

c) diferencia a escravidão que havia na África da que existia na Europa ou nas colônias
americanas, a partir da constatação da heterogeneidade do continente africano e dos povos que
lá viviam.

d) afirma que a presença europeia na África e na América provocou profundas mudanças nas
relações entre os povos nativos desses continentes e permitiu maior integração e colaboração
interna.

e) considera que os únicos responsáveis pela escravização de africanos foram os próprios


africanos, que aproveitaram as disputas tribais para obter ganhos financeiros.

Atividades Complementares

ATIVIDADE 1

Os infográficos são textos, em que há uma combinação da escrita, com imagem e


cores para explicar um fenômeno ou processo de visão científica. Faça a leitura do
Infográfico África berço da humanidade e do conhecimento. Para responder com eficiência as
questões abaixo, faça uma pesquisa mais ampla na internet.

Disponível em: https://www.google.com/search?q=Infogr%C3%A1fico+%C3%81frica+ber


%C3%A7o+da+humanidade+e+do+conhecimento&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEw
iD1fvRwbjoAhXPHLkGHQ0eBdIQ_AUoAXoECAwQAw&biw=1600&bih=789#imgrc=8lMBYsxinFiiC
M.
Acesso em 16/03/2021

a) Quais são os reinos africanos apresentados no infográfico?


b) Quantos reinos africanos são apresentados?
c) Atualmente, há quantos países na África?
d) Quais são as principais informações de cada reino africano?
e) Quais são as atividades desenvolvidas em cada região?

SEMANA 3

Gênero: Mundo Moderno, Colonização e Relações Étnico-Culturais(1500-1808).


OBJETO DE CONHECIMENTO:Escravidão e Comércio no Mundo Moderno
HABILIDADE(S):
2.1. Compreender e analisar a importância do alargamento das antigas rotas comerciais; o
ressurgimento   e expansão do comércio, as novas mercadorias e o tráfico de escravos.2.2.
Identificar a origem étnica e geográfica dos escravos trazidos para o Brasil.

)
CONTEÚDOS RELACIONADOS:Circuitos do tráfico de escravos (Novo Mundo, África e Europa)
INTERDISCIPLINARIDADE: Geografia
ATIVIDADES
TEMA: Rotas do tráfico de escravos no Novo Mundo Mundo, África e Europa.
Caro aluno, cara aluna! Nessa semana você vai conhecer as rotas do tráfico de escravos no
Novo Mundo, África e Europa.

PARA SABER MAIS…

Texto: Tráfico de escravos no Brasil disponível em: https://bndigital.bn.gov.br/dossies/traficode-


escravos-no-brasil/trafico-e-comercio-de-escravos/
Acesso em 14/03/2021.
ATIVIDADES
Agora é hora de testar seus conhecimentos, lembre-se que as pesquisas e consultas são
permitidas e bem-vindas para que você realize com sucesso as atividades.

ATIVIDADE 1- Leia o segmento abaixo, sobre a escravidão nas Américas


“A escravidão no Novo Mundo e os tipos de comércio a que deu origem surgiram como uma
consequência e um componente da “ globalização”, fase da história humana inaugurada pelas
explorações marítimas, comerciais e colônias de Portugal e Espanha, no final do século XV e no
início do século XVI”.
BLACKBURN, R. Por que segunda escravidão? In: MARQUESE, R.; SALLES, R. (org). Escravidão
e capitalismo histórico no século XIX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016. p. 32.

O segmento faz referência à institucionalização da escravidão no Novo Mundo, pensada a partir


de determinados processos socioeconômicos globais que influenciaram definitivamente a sua
conformação moderna.
Marque a alternativa que indica esse fenômeno.
A) A expansão de uma economia mercantil global centrada na Europa e em suas demandas por
matérias-primas e produtos tropicais de alto valor.
B) A dissolução das colônias europeias na Ásia e na África, ao longo dos séculos XV e XVI, e a
busca por novos mercados para os produtos europeus nas Américas.
C) A consolidação do feudalismo como um sistema socioeconômico global e a introdução da
servidão feudal de forma generalizada em todas as colônias americanas.
D) A fragmentação da economia mercantil global em uma série de unidades isoladas, após o
fracasso das explorações marítimas europeias durante os séculos XV e XVI.

ATIVIDADE 2- Leia a questão abaixo e escreva no seu caderno a opção correta.


“[...] e em lugar de ouro, de prata e de outros bens que servem de moeda em outras regiões,
aqui a moeda é feita de pessoas, que não são nem ouro, nem tecidos, mas sim criaturas. E a nós
a vergonha e a de nossos predecessores, de termos, em nossa simplicidade, aberto a porta a
tantos males [...]”(Garcia II, rei do Congo, século XVII).
Garcia II lamenta a ocorrência do tráfico de escravos a partir da África indicando que havia
também a responsabilidade:
a) dos europeus, que invadiram o continente e introduziram a escravidão.
b) dos próprios africanos, que haviam participado desde o início da comercialização dos
escravos.
c) dos colonos americanos, que abriram as portas das novas terras para a entrada dos
escravizados.
d) dos próprios africanos, que estavam sedentos por metais preciosos como ouro e
prata.

)
Atividades Complementares

ATIVIDADE 1
Observe a imagem e leia o texto:

No período imperial brasileiro, muitas mães não queriam


amamentar os seus filhos. Isso acontecia, em alguns casos,
por puro recato. Um historiador apontou que “o hábito do
aleitamento materno seguia a escala inversa da renda
familiar”, ou seja, as mães mais ricas amamentavam muito
menos do que as mães pobres. Para realizar essa tarefa,
algumas famílias alugavam, de outros proprietários,
escravas especializadas em amamentar e cuidar dos bebês
das famílias de classe alta e média, hábito que ocorria tanto
na cidade como no campo. Essas escravas ficaram
conhecidas como “amas de leite”. (ALENCASTRO, Luiz Felipe
de (org.). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia.
das Letras, 1997, vol.2, p. 63. Adaptado.

A prática do aluguel de amas de leite demonstra algumas características do escravismo


brasileiro. Observando a imagem e com base no texto, podemos concluir que a escravidão do
Brasil
a) contribuiu para a produção econômica, sem influenciar a cultura familiar no país.
b) esteve presente no cotidiano social, tanto na zona rural como nos meios urbanos.
c) proibiu os escravos de circularem pelos ambientes domésticos de seus proprietários.
d) manteve negros e brancos separados, evitando qualquer tipo de relação social entre eles.

SEMANA 4

Gênero: Mundo Moderno, Colonização e Relações Étnico-Culturais(1500-1808).


OBJETO DE CONHECIMENTO:Escravidão e Comércio no Mundo Moderno
HABILIDADE(S):
2.3.Estabelecer relações entre escravismo colonial e capitalismo
CONTEÚDOS RELACIONADOS:Circuitos do tráfico de escravos (Novo Mundo, África e Europa)
INTERDISCIPLINARIDADE: Geografia
ATIVIDADES
TEMA: Rotas do tráfico de Escravos na Idade Moderna

)
FIQUE POR DENTRO DOS CONCEITOS…

Escravismo colonial: O estudo de uma formação social deve começar pelo estudo do modo de
produção que lhe serve de material. As formações sociais podem conter um único modo, o que
lhes atribui homogeneidade estrutural.
Podem conter, no entanto, vários modos, dos quais o dominante determinará o caráter geral da
formação social. ...
Capitalismo: Capitalismo é um sistema econômico baseado na propriedade privada dos meios
de produção e sua operação com fins lucrativos. As características centrais deste sistema
incluem, além da propriedade privada, a acumulação de capital, o trabalho assalariado, a troca
voluntária, um sistema de preços e mercados competitivo

ATIVIDADE 1- Leia os versos abaixo e pesquise no dicionário as palavras que você não
conhecer.
“Seiscentas peças barganhei:
— Que Pechincha! — no Senegal
A carne é rija, os músculos de aço,
Boa liga do melhor metal.
Em troca dei só aguardente,
Contas, latão – um peso morto!
Eu ganho oitocentos por cento
Se a metade chegar ao porto.”
HEINE, Heinrich. Citado em: BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das
Letras, 1992.

Depois de ler o poema, analise qual das opções abaixo está correta em relação ao comércio de
escravos. Agora copie a frase da sua resposta.
a) aos grandes lucros conseguidos pelos chefes tribais africanos na venda de escravos aos
europeus.
b) à forma pela qual os europeus conseguiam adquirir metais preciosos em solo africano.
c) ao comércio de escravos no continente africano e os altos lucros proporcionados aos
europeus em decorrência dos produtos dados em troca.
d) ao comércio de carne realizado na África mediante o escambo.

Atividades Complementares

ATIVIDADE 1
Assista ao vídeo: "O Escravismo Colonial".
Jacob Gorender fala sobre seu livro "O Escravismo Colonial", obra clássica da historiografia
brasileira reeditada pela Editora Fundação Perseu Abramo. disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=pp9f7pScgQA. Duração de 6:22 – Acesso em
14/03/2021

Agora, escreva um pequeno resumo contendo as principais informações presentes no vídeo.

SEMANA 5

Gênero: Mundo Moderno, Colonização e Relações Étnico-Culturais (1500-1808).

)
OBJETO DE CONHECIMENTO: Colonização Portuguesa e Resistência
HABILIDADE(S):
3.1. Analisar as contradições entre trabalho escravo, mobilidade social e resistências à
escravidão na sociedade colonial.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Escravidão e liberdades.
INTERDISCIPLINARIDADE: Geografia, Sociologia e Filosofia.
ATIVIDADES

TEMA: COLONIZAÇÃO PORTUGUESA; ECONOMIA AÇUCAREIRA


DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)

Caro (a) estudante! Nessa semana você vai aprofundar seus conhecimentos sobre a Colonização
Portuguesa e a Resistência.

FIQUE POR DENTRO DOS CONCEITOS…

Escravidão: A escravidão, também chamada de escravismo, escravagismo e escravatura é a


prática
social em que um ser humano adquire direitos de propriedade sobre outro denominado por
escravizado,
ao qual é imposta tal condição por meio da força.

Problematizando:
Algumas décadas atrás, quando se fazia referência à economia açucareira, estava sempre
presente o tripé latifúndio, monocultura e escravidão como características fundamentais dessa
cultura. Estudos recentes mostraram que, ainda que o tripé seja válido para as plantações de
cana-de-açúcar, ele é insuficiente para explicar o funcionamento da economia canavieira como
um todo. Por um lado, a cultura da cana-de-açúcar apresenta um setor agrícola, plantações, que
é realmente fundado no latifúndio monocultor escravista. Por outro, apresenta um setor fabril
— o engenho —, que pede uma caracterização mais ampla. Por isso, passou-se a utilizar o termo
plantation, para designar um latifúndio monocultor em que há o beneficiamento fabril do
produto, isto é, no nosso caso, a transformação da cana em açúcar.
O engenho foi, na época da economia açucareira da América Portuguesa, um sofisticado
artefato mecânico. Nele, ocorria todo o processo de transformação da cana em açúcar, sendo
mão de obra composta por homens livres e assalariados, como os mestres de açúcar, e pelos
escravos, além de uma gama de trabalhadores responsáveis pelas inúmeras tarefas que a
produção e a preparação para a exportação exigiam. Por tudo isso, o termo Plantation é mais
adequado, pois explicita essa importante face fabril da economia açucareira.

É preciso lembrar, contudo, que o castigo e a violência física faziam parte do dia a dia de toda
a sociedade. Esses procedimentos marcavam as relações entre pais e filhos, esposo e esposa,
mestres e estudantes. Uma clara expressão da legitimidade do castigo violento era o direito que
o Estado tinha de aplicar pena de morte em pessoas vistas como ameaças à ordem social.
Esse direito foi amplamente exercido durante todo o período escravista, tirando a vida de livres
e cativos. Considerando esse contexto histórico, podemos afirmar que, apesar das injustiças, os
escravos também compartilhavam da noção de legitimidade do castigo, embora, evidentemente,
não gostassem dele. Assim, por exemplo, os libertos que se tornavam senhores de escravos — e
eles eram numerosos — não hesitavam em aplicar castigos físicos nos seus cativos, quando
julgavam necessário.
LIBBY, Douglas Cole; PAIVA, Eduardo França. A escravidão no Brasil: relações sociais, acordos e

)
conflitos.
São Paulo: Moderna, 2000. p. 39.

Fonte imagem:https://www.google.com/search?q=A+Escravid%C3%A3o+do+S%C3%A9c.+XVI+e+seu+impacto:
+Escravismo+de+Plantation&sxsrf=ALeKk03DS2UFwGm9iOzfShqGNAIqj6kqRw:1592166157458&
source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjg-fORkYLqAhXSK7kGHc3NDRAQ_AUoA3oECAwQBQ#imgrc=ctsWqqVW1E0UaM

A MONTAGEM DA ÁREA DE PRODUÇÃO AÇUCAREIRA


O açúcar foi o produto escolhido para iniciar, em 1534, a colonização sistemática do Brasil,
uma
vez que tinha mercado garantido na Europa e possibilidade de gerar altos lucros para a
metrópole portuguesa. Além disso, havia o especial interesse de os flamengos investirem na
nova área de produção, um tipo de solo altamente favorável à cultura canavieira em
Pernambuco, e o recurso possível ao trabalho compulsório, inicialmente os indígenas e,
posteriormente, os africanos. E, principalmente, os portugueses já tinham experiência com o
produto, uma vez que o cultivavam nas ilhas africanas das costas do Atlântico. Em 1498,
comerciantes genoveses e portugueses vendiam açúcar da Ilha da Madeira até Constantinopla e,
nos séculos XV e XVI, quase todas as Ilhas africanas do Atlântico exportavam açúcar para o
mercado europeu. Sendo assim, a extensão do cultivo do açúcar para o Brasil era mais do que
natural.

O ENGENHO COLONIAL
A grande propriedade de produção açucareira acabou assimilando a denominação de
engenho, que era apenas um dos seus elementos. A propriedade englobava as terras de
plantação de cana-de-açúcar, o setor agrícola da plantation, e o engenho propriamente dito, o
setor fabril da plantation, responsável pela transformação da cana em açúcar. O termo
plantation substitui a tradicional denominação do tripé da agricultura de exportação: latifúndio,
monocultura e escravidão. O que diferencia a plantation de outras culturas agrícolas é a
existência, nela, de um setor fabril para o beneficiamento do produto agrícola cultivado.
Nem todos os proprietários de engenho, principalmente os donos de engenhos reais, movidos
a água, plantavam cana-de-açúcar. Preferiam beneficiar a cana de arrendatários e lavradores
livres, lucrando no beneficiamento, ou seja, com a renda industrial, em geral metade do açúcar
levado para ser beneficiado em seu engenho. Já os lavradores e arrendatários lucravam muito
menos do que o senhor de engenho com a renda da terra, ou seja, a quantidade de cana
produzida. Além dos engenhos reais, havia também os trapiches, engenhos menores movidos a
força animal; e as engenhocas, essas últimas geralmente dedicadas à produção de rapadura e
aguardente.

ATIVIDADE 1-

(Enem) O açúcar e suas técnicas de produção foram levados à Europa pelos árabes no século VIII, durante
a Idade Média, mas foi principalmente a partir das Cruzadas (séculos XI e XIII) que a sua procura foi
aumentando. Nessa época, passou a ser importado do Oriente Médio e produzido em pequena escala no sul
da Itália, mas continuou a ser um produto de luxo, extremamente caro, chegando a figurar nos dotes de

)
princesas casadoiras".

CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). São Paulo: Atual, 1996.

Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o açúcar foi o produto escolhido por Portugal para
dar início à colonização brasileira, em virtude de:

a) O lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso.

b) Os árabes serem aliados históricos dos portugueses.

c) A mão de obra necessária para o cultivo ser insuficiente.

d) As feitorias africanas facilitarem a comercialização desse produto.

e) Os nativos da América dominarem uma técnica de cultivo semelhante.

ATIVIDADE 2-

(Enem) O açúcar e suas técnicas de produção foram levados à Europa pelos árabes no século VIII, durante
a Idade Média, mas foi principalmente a partir das Cruzadas (séculos XI e XIII) que a sua procura foi
aumentando. Nessa época, passou a ser importado do Oriente Médio e produzido em pequena escala no sul
da Itália, mas continuou a ser um produto de luxo, extremamente caro, chegando a figurar nos dotes de
princesas casadoiras".

CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). São Paulo: Atual, 1996.

Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o açúcar foi o produto escolhido por Portugal para
dar início à colonização brasileira, em virtude de:

a) O lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso.

b) Os árabes serem aliados históricos dos portugueses.

c) A mão de obra necessária para o cultivo ser insuficiente.

d) As feitorias africanas facilitarem a comercialização desse produto.

e) Os nativos da América dominarem uma técnica de cultivo semelhante.

Atividades Complementares
1- Assistam ao vídeo Escravidão no Brasil — No Brasil, a escravidão teve início com a produção
de açúcar nos engenhos. Os portugueses traziam mulheres e homens negros africanos de suas
colônias na África para
utilizar como mão de obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-PSkXk7eBK0. Duração de 10’12”. Acesso
em:
15/03/2021

SEMANA 6

Gênero: Mundo Moderno, Colonização e Relações Étnico-Culturais (1500-1808).

)
OBJETO DE CONHECIMENTO: Colonização Portuguesa e Resistência.
HABILIDADE(S):
3.1. Analisar as contradições entre trabalho escravo, mobilidade social e resistências à
escravidão na sociedade colonial.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Alforrias, coartações: mobilidade social e econômica.
INTERDISCIPLINARIDADE: Geografia, Sociologia e Filosofia.
ATIVIDADES
TEMA: ESCRAVIDÃO DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)

Caro (a) estudante! Nessa semana você vai conhecer as revoltas e as rebeliões dos escravos.
FIQUE POR DENTRO DOS CONCEITOS
Sedição — É um ato de rebelião, indisciplina e insubordinação contra a segurança pública do
Estado.
Motins — insurreição, organizada ou não, contra qualquer autoridade civil ou militar instituída,
caracterizada por atos explícitos de desobediência, de não cumprimento de deveres, de
desordem e geralmente acompanhada de levante de armas e de grande tumulto.

Leia o texto: Motins, Sedições e resistência escrava.

As revoltas que eclodiram na América Portuguesa estão, algumas delas, intimamente ligadas
às políticas metropolitanas adotadas para a colônia. Outras derivaram de interesses específicos
dos vassalos de Portugal, como disputa por terras, por territórios de mando, enfrentamento de
grandes potentados, reações às políticas das câmaras, entre outros motivos. Para se entender as
revoltas, é preciso, primeiro, entender as relações que se estabeleceram entre metrópole e
colônia. Isto não é muito fácil, porque há inúmeras interpretações historiográficas acerca de
como essas relações foram configuradas e cada uma dessas versões explica a eclosão das
revoltas de forma diferenciada.
Até algum tempo atrás, acreditava-se que a colônia estava totalmente submetida à
metrópole e não possuía uma vida própria. Essa interpretação defendia a ideia de que as
colônias, em geral, eram satélites das potências europeias e só faziam responder aos interesses
econômicos metropolitanos. Nessa perspectiva, ficava difícil explicar como e por que as revoltas
ocorriam, já que os colonos não possuíam interesses próprios.
As críticas a essa visão reducionista mostraram que, se havia interesses metropolitanos em
jogo, os vassalos de Portugal, ou de qualquer outra metrópole, também acabavam
desenvolvendo interesses próprios, conferindo à colônia uma dinâmica interna fundada nas
relações de poder, de trabalho e na sociabilidade entre as populações coloniais. Essa perspectiva
torna bem mais fácil explicar a eclosão das revoltas,tanto aquelas contrárias a determinadas
medidas tomadas pelas metrópoles em relação às suas colônias quanto as que surgiam, fruto
dos conflitos entre os próprios atores coloniais. De acordo com essa versão historiográfica, as
autoridades metropolitanas procuravam respeitar os costumes, as tradições e os interesses dos
colonos, uma vez que, desrespeitados, eram motivo suficiente para iniciar uma revolta. Havia
convenções estabelecidas entre o rei e seus vassalos,que deviam ser observadas para manter a
paz na colônia. Entretanto, muitas vezes as convenções foram desrespeitadas. Recentemente,
uma nova interpretação da administração portuguesa em relação às suas colônias voltou a
tornar difícil entender os conflitos de toda ordem que eclodiam na América Portuguesa.
Segundo essa nova interpretação, havia uma interação de interesses entre o soberano
português e seus vassalos, interação essa baseada no que é chamado de economia do dom.
A economia do dom fundava-se na troca de favores entre o soberano e os colonos. O rei
concedia mercês e favores aos seus vassalos e, em troca, recebia deles fidelidade incondicional.

)
Como você pode perceber, se havia fidelidade incondicional dos vassalos, dificilmente haveria
conflitos contra as determinações metropolitanas. E não foi isso o que aconteceu. Muitas
vezes,o desrespeito das autoridades metropolitanas aos direitos dos vassalos era motivo da
eclosão imediata de revoltas. Outra questão teórico-conceitual importante é a divisão das
revoltas ocorridas na América Portuguesa em movimentos de contestação e movimentos de
oposição.
Nessa perspectiva, movimentos de contestação são aqueles também chamados nativistas,
que não colocavam em pauta a separação da colônia de sua metrópole. Esses movimentos
seriam característicos da primeira metade do século XVIII, ou anteriores a essa data. Já os
movimentos de oposição seriam aqueles que pretendiam se livrar do jugo metropolitano e
seriam caracterizados mais especialmente pelas inconfidências, características da segunda
metade do século XVIII, conjuntura em que, por suposto, as ideias iluministas passaram a ter
influência nos homens letrados da colônia e as revoluções Americana e Francesa foram exemplo
para as conjurações na América Portuguesa.
Hoje já é possível discordar dessa posição. Todas as revoltas coloniais tiveram muitas faces.
Elas não foram só de contestação ou só de oposição. Há movimentos de oposição nas primeiras
décadas do século XVIII, assim como há os de contestação no final do setecentos, de acordo com
o arsenal conceitual adotado por essa postura historiográfica. Por isso, é importante estudar os
movimentos nas suas especificidades, sem construir tipologias que engessam a análise de cada
um deles.
No que se refere à resistência escrava, a análise é bem diferente. Não havia convenções entre
o soberano e os cativos que, embora tivessem direitos, muitas vezes eram vítimas de extrema
violência de seus senhores. Não obstante seja preciso relativizar a posição de vítima que a
historiografia marxista conferiu ao escravo e relevar as negociações e as acomodações entre os
cativos e seus senhores, muitos escravos negaram o sistema escravista e procuraram formas
para escapar da escravidão ou enfrentá-la de forma violenta. Na América
Portuguesa, foram inúmeras as revoltas, especialmente nas regiões mineradoras. Infelizmente,
não se pode, em um livro didático, abordar todas elas. Contudo, é preciso conhecer pelo menos
as mais importantes.
ATIVIDADES
Agora é hora de testar seus conhecimentos, lembre-se que as pesquisas e consultas são
permitidas e bem vindas para que você realize com sucesso as atividades.

ATIVIDADE 1
Responda as questões sobre o texto:
1 — Quais as motivações das revoltas que eclodiram na América Portuguesa?

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_______________________________
_______________________________
2 — Quais são as interpretações historiográficas acerca das relações entre colônia e
metrópole?

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________________________________
)
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3 — Na sua opinião, qual dessas interpretações historiográficas explica melhor a eclosão das
revoltas.

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Atividades Complementares

ATIVIDADE 1
Leia o texto e responda:
GUERRA DOS MASCASTES
A Guerra dos Mascates ocorreu em Pernambuco, entre 1710 e 1711. Foi um conflito que
envolveu os membros da nobreza açucareira de Olinda e os comerciantes portugueses sediados
em Recife. Após a expulsão dos holandeses do Nordeste açucareiro, o desenvolvimento urbano
e a importância comercial alcançados por Recife, devido à presença flamenga, levaram seus
moradores a solicitar à Coroa a sua separação de Olinda e sua elevação à vila, pedido que foi
atendido por D. João V, em 1709. Os oficiais da Câmara de Olinda não concordaram com a
decisão real e pressionaram o governador para que não a acatasse. Contudo, o governador
Sebastião de Castro e Caldas, homem de pouca política e totalmente inábil, apoiou os
moradores de Recife e lhes permitiu a construção do pelourinho, que seria o símbolo da
autonomia administrativa da nova vila. Elevada à vila, Recife foi atacada pelos olindenses. O
pelourinho, que havia sido levantado na calada da noite com a cobertura do governador, foi
destruído.

1 — Em que medida essas novas funções dos comerciantes portugueses foram determinantes
para a eclosão da Guerra dos Mascates?

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________________________________
________________________________
ATIVIDADE 2
Leia o texto e responda:

A palavra emboaba, de origem tupi, significava “pinto calçudo”, aquele que usava calçado.
Era a alcunha empregada pelos paulistas para se referir a todos os forasteiros. Por esta época,
os paulistas constituíam um grupo muito peculiar, dotado de uma identidade cultural formada
ao longo de dois séculos. Naturais das vilas de São Paulo, orgulhavam-se de ter descoberto as
primeiras minas de ouro em meio ao sertão inóspito, e por essa razão reivindicavam para si o
direito de conquista ·- isto é, a posse e o domínio sobre a região mineradora. Em meio à
multidão de forasteiros vindos de todas as partes da América Portuguesa, os paulistas
preservavam a identidade de grupo. Falavam a língua geral, de origem indígena, tinham práticas

)
culturais mestiças, como a arte de sobrevivência nos matos, vestiam-se de forma estranha,
recusando-se a usar calçados, e mais importante, pautavam-se por um código de valores
assentado em ideais de bravura e honra. Isolados pela Serra do Mar, desligados do circuito da
economia açucareira e voltado, para o apresamento de índios, os homens da vila de São Paulo e
Campo de Piratininga se organizavam em clãs e parentelas, que disputavam entre si a honra e o
prestígio social. Mas não era somente isso que fazia dos paulistas um grupo à parte. Desde o
início do século XVIII, eles encarnavam a mais formidável máquina de guerra da América
portuguesa, acionada nos momentos em que a Coroa necessitava de sertanejos, experientes nas
artes de sobrevivência e luta no mato. Adeptos das técnicas de guerrilhas, aprendidas com os
índios, sabiam como poucos derrotar inimigos insidiosos como quilombolas de Palmares e
bárbaros das Guerras do Açu-grande levante de índios, ocorrido no Nordeste durante a segunda
metade do século XVII.
ROMEIRO, Adriana. Uma guerra no sertão. Revista Nossa História. Rio de Janeiro, n. 25, p. 71,
nov. 2005. (Fragmento).

1 — Defina o “direito de conquista” reivindicado pelos paulistas.

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________________________________
2 — Apresente os traços definidores de identidade cultural peculiar dos paulistas.

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3 — Em que circunstâncias os paulistas eram requisitados pela Coroa?

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SEMANA 7

Gênero: Mundo Moderno, Colonização e Relações Étnico-Culturais (1500-1808).


OBJETO DE CONHECIMENTO: Colonização Portuguesa e Resistência.
HABILIDADE(S):
3.2. Ler e analisar fontes: correspondências, anúncios para captura de escravos, documentos
oficiais e mapas identificando a localização dos principais quilombos e seus efeitos sobre os

)
colonos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Quilombos e outras resistências negras.
INTERDISCIPLINARIDADE: Geografia, Sociologia e Filosofia.
ATIVIDADES
TEMA: ESCRAVIDÃO E RESISTÊNCIAS DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)

Caro (a) estudante! Nessa semana você vai conhecer sobre os Quilombos e Quilombolas, o
Racismo e discriminação no Brasil uma herança da escravidão.

FIQUE POR DENTRO DOS CONCEITOS…

QUILOMBO
O quilombo ou mocambo é o nome que se dá às comunidades formadas majoritariamente
por remanescentes de fugitivos da escravidão no Brasil e que remontam ao Período Colonial. Era
também uma das formas de resistência ao sistema escravocrata que essas populações
encontraram, muitas vezes após fugas individuais e coletivas de senzalas e plantações. Mesmo
após abolição da escravidão, em 1888, essas comunidades continuaram a existir e foram, por
muito tempo, totalmente negligenciadas e esquecidas pelo poder público.
O nome quilombo passou a ser mais utilizado a partir da segunda metade do século XVII, no
Brasil, sobretudo com o surgimento do Quilombo dos Palmares, na então região da Capitania de
Pernambuco. Hoje essas comunidades são parte fundamental da História do Brasil e
representam um de seus maiores símbolos de resistência.

RACISMO

Racismo consiste no preconceito e na discriminação com base em percepções sociais


baseadas em diferenças biológicas entre os povos. Muitas vezes toma a forma de ações sociais,
práticas ou crenças, ou sistemas políticos que consideram que diferentes raças devem ser
classificadas como inerentemente superiores ou inferiores com base em características,
habilidades ou qualidades comuns herdadas. Também pode afirmar que os membros de
diferentes raças devem ser tratados de forma distinta.

)
Fonte: Tela de Augusto Earle (1793-1838) https://www.google.com.br/search?
q=Zumbi+e+o+Quilombo+dos+
Palmares&sxsrf=ALeKk033ulU5BqLF46YI0-
7ZfVKXRCjjNQ:1592166971856&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjm8J6WlILqAhUbF
7kGHQ-oDhIQ_AUoAnoECBgQBA#imgrc=DnJJsZ3g9bculM

Leia os textos:
FORMAS DE RESISTÊNCIA ESCRAVA

Durante todo o tempo em que foram escravizados, os negros lutaram pela sua liberdade.
As formas de resistência do negro ao trabalho escravo foram as mais variadas. Revoltas, fugas,
suicídios, assassinatos de seus senhores, feitiçaria, capoeira, impermeabilidade cultural foram
estratégias frequentes de resistência no dia a dia do seu cativeiro. Mas, sem dúvida, foram os
quilombos a estratégia de resistência mais importante. As revoltas dos escravos no período
colonial, embora muitas vezes planejadas, acabaram por não acontecer, o que não impediu o
medo da população branca de que alguma delas se tornasse bem-sucedida.

OS QUILOMBOS

Os quilombos eram comunidades formadas por negros fugidos, os chamados quilombolas. O


quilombo foi o termo usado para designar os redutos de negros fugidos, sobretudo no século
XVIII. Até o século XVII, usava-se mais comumente a palavra mocambo. De acordo com algumas
versões, o termo quilombo é derivado de ki-lombo, de origem angolana e que traduzia uma
organização social de comunidades guerreiras formadas por uma grande variedade étnica. Para
participar dessa organização, os negros deviam cumprir determinados ritos de iniciação,
garantindo a entrada daqueles mais aptos. Outras versões afirmam que o termo quilombo, na
África, significava o cercado onde eram colocados os negros prisioneiros de guerra que seriam
escolhidos e comprados pelos traficantes, os chamados pombos. Na América Portuguesa, de
acordo com a resposta do rei de Portugal à consulta do Conselho Ultramarino de 1740,
considerava-se quilombo toda habitação de negros fugidos que passassem de cinco, em parte
despovoada, ainda que não houvesse ranchos levantados nem se achassem vilões nele. Muitas
vezes, essas comunidades abrigavam, além dos negros fugidos, desertores do serviço militar,

)
criminosos, índios e mulatos. Os quilombos mantinham relações com comerciantes brancos,
com autoridades metropolitanas e com bandos de salteadores, que viviam nas estradas e nos
caminhos do território colonial. A vida nos quilombos girava em torno da agricultura, da caça e
da coleta. Contudo, os quilombolas também conseguiam sua sobrevivência por meio de assaltos,
furtos, sequestros de escravos e ataques e pilhagens às propriedades dos brancos. Os pequenos
quilombos, verdadeiros grupos armados, tinham uma estrutura muito simples. Os maiores,
contudo, eram extremamente complexos. Dos quilombos que se disseminaram por toda a
América Portuguesa, o maior e mais conhecido foi o de Palmares, com cerca de 20.000
habitantes. Palmares era, na verdade, uma confederação de quilombos, cujo principal líder foi
Zumbi. Desses quilombos, o mais importante foi o de Cerca Real dos Macacos, situado onde
atualmente é a cidade de União dos Palmares, no estado de Alagoas. Na Capitania de Minas
Gerais, o mais conhecido foi o Quilombo do Ambrósio, com cerca de 10.000 habitantes e que
tomou o nome do seu líder. Situado na Serra da Canastra, foi destruído em 1746. Nas Minas, os
quilombolas participavam também de salteadores, aterrorizando os viajantes nos caminhos.

Responda as questões sobre o texto:


1 — Cite as diversas formas de resistências utilizados pelos negros para fugir do trabalho
escravo.

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________________________________
2 — O que era um Quilombo?

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3 — O que era um Quilombo segundo a origem angolana?

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4 — Segundo o Conselho Ultramarino de 1740 o que o rei de Portugal considerava como
Quilombo?

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)
5 — Como era vida em torno dos Quilombos?

________________________________
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Atividades Complementares

Leia o texto e responda:

A RESISTÊNCIA ESCRAVA

A resistência escrava tomou diversas formas, individuais e coletivas. No dia a dia, as formas
comuns eram a desobediência, a diminuição deliberada do ritmo de trabalho e a sabotagem.
Esta
última incluía o dano a implementação de trabalho ou à maquinaria, maus-tratos a animais de
carga e a destruição de plantações, incendiando-as, por exemplo. Nesses casos, a resistência
geralmente requeria um certo grau de cooperação entre os escravos, o que frustrava as
tentativas de aplicar um castigo exemplar. Já as formas declaradas de resistência individual eram
mais extremas: a autodestruição por suicídio, a matança dos filhos recém-nascidos ou ataques
físicos contra seus senhores e seus familiares, administradores e feitores. Embora as vinganças
violentas fossem raras, elas alimentavam o medo dos senhores. Com efeito, o assassinato de um
senhor, por um ou mais de seus escravos, sempre colocava regiões inteiras em pânico. Uma das
formas mais frequentes de resistência dos escravos era a fuga individual ou coletiva [... ] desde
os primórdios da Colônia existiu uma forte repressão às fugas. Os Senados da Câmara, por
exemplo, sempre nomearam capitães - do- mato. Eram homens especializados na captura de
fugitivos, recompensados pelos proprietários de acordo com a distância do local onde
efetuavam o reaprisionamento. Os capitães-do-mato eram homens livres, mas tinham origem
nos estratos mais humildes da população, ou seja, geralmente eram mestiços e negros. Muitas
vezes, esses caçadores de escrum direito não abertamente reconhecido,mais uma vez
demonstrando a complexidade das relações senhor-escravo.
LIBBY, Douglas Cole; PAIVA, Eduardo França. A escravidão no Brasil: Relações sociais,
acordos e conflitos. São Paulo: Moderna, 2000.

1 — Com base no conteúdo do subtítulo A resistência escrava e nas informações de Libby &
Paiva,
redija um texto sobre a resistência na América Portuguesa.

________________________________
________________________________
________________________________

)
SEMANA 8

Gênero: Mundo Moderno, Colonização e Relações Étnico-Raciais (1500-1808)


OBJETO DE CONHECIMENTO: Das crises no Sistema Colonial ao Período Joanino
HABILIDADE(S): Compreender e analisar a crise do sistema colonial em seus processos internos e
em suas conexões com o ideário liberal
CONTEÚDOS RELACIONADOS: As Reformas da Corte Portuguesa no Brasil.
INTERDISCIPLINARIDADE: Geografia, Sociologia, Filosofia
ATIVIDADES
Agora é hora de testar seus conhecimentos! Lembre-se que as pesquisas e consultas são
permitidas e bem-vindas para que você realize com sucesso as atividades.

AS REFORMAS POMBALINAS

A exploração de ouro e diamantes no Brasil permitiu ao governo português resolver por bom
tempo o problema do déficit de sua balança comercial: a anomia portuguesa era dependente
das importações, sobretudo de trigo e têxteis.
O Tratado de Methuen, firmado em 1703 entre os governos português e inglês, favoreceu em
grande medida essa transferência, pois isentava de tributos os tecidos de lã britânicos vendidos
em Portugal e, em contrapartida, os vinhos portugueses exportados para a Grã-Bretanha.
Porém, Portugal precisava muito mais de tecidos do que a Inglaterra de vinhos. E, não
satisfeitos, os mercadores ingleses também contrabandeavam barras de ouro em seus navios de
guerra, oficialmente isentos de vistoria. Assim, grande parte do ouro foi transferida para outros
reinos, principalmente a Grã-Bretanha.
Além disso, o longo reinado de D. João V foi um período de extravagâncias, em que foram
erigidas construções imponentes — como as do Palácio, do Real Convento de Mafra, e do
Aqueduto das Águas Livres. Além disso, foram criadas magníficas bibliotecas, como a de
Coimbra, a de Mafra e a do Colégio Oratoriano de Lisboa. Nas duas audiências públicas
semanais, o rei dava moedas de ouro aos pobres. Em outras palavras, a maior parte do ouro
arrecadado pela Coroa foi utilizada em obras suntuosas de elevado custo. Muitos estrangeiros,
na época, criticavam essa escolha, pois achavam que o rendimento do ouro deveria ser investido
na economia.
A Coroa portuguesa continuou dependente dos rendimentos de suas colônias de além-mar e
das importações, para suprir as necessidades do mercado interno. D. João V morreu, em 1750,
deixando o governo atolado em dívidas. O reino que D. José I assumiu naquele ano estava
economicamente comprometido. Várias autoridades das Minas Gerais já informavam que a
produção do ouro estava
em declínio.

Período Pombalino

Quando em 1750, o rei de Portugal, D. José I, escolheu Sebastião José de Carvalho e Melo —
conde de Oeiras e futuro Marquês de Pombal — para ocupar o cargo de primeiro-ministro,
começava ali uma nova fase da história do Brasil. Pombal ficou conhecido pelo conjunto de
reformas realizadas tanto na metrópole como nas colônias portuguesas. Sua posse como
secretário de Estado do Reino de Portugal ocorreu em meio à crise do Antigo Regime e à
emergência do Iluminismo.
Na Europa, vários países — entre eles, Portugal — passaram a combinar elementos do

)
período absolutista, como o fortalecimento do poder real, por exemplo, com reformas que
buscavam diminuir as diferenças socioeconômicas em relação a outros Estados, como França e
Inglaterra, principalmente. Foi o chamado “despotismo esclarecido” ou “absolutismo
iluminado”.
Apesar da sua importância, o marquês de Pombal nem sempre foi bem visto pela Coroa
portuguesa. Nascido em Lisboa, no dia 13 de maio de 1699, Pombal foi nomeado para seu
primeiro cargo público aos 39 anos: seria embaixador de Portugal em Londres. Pouco depois da
morte da sua primeira mulher, em 1737, Pombal casou-se novamente. Dessa vez, com a
condessa Maria Leonor Ernestina Daun, filha do marechal austríaco Leopold von Daun —
comandante militar da Áustria na Guerra dos Sete Anos. O casamento fora arranjado pela rainha
de Portugal, a também austríaca D. Maria Ana Josefa de Áustria, amiga íntima da condessa.
Assim, com a morte do rei D. João V, a rainha-mãe interveio a favor de Pombal junto a seu
filho,D. José I, sucessor do trono. Com a coroação de D. José, em 1750, o Marquês de Pombal foi
nomeado secretário de Estado do Reino de Portugal.
Ao tomar posse no cargo de primeiro-ministro, Pombal assumiu não apenas a administração
do Estado português, mas também das suas colônias, incluindo o Brasil. Daí porque a era
pombalina, como ficaram conhecidos os quase 30 anos em que esteve à frente da Secretaria de
Estado do Reino, repercutiu de maneira decisiva sobre o destino brasileiro. Àquela altura, já
havia ficado evidente para a Coroa portuguesa a importância da sua colônia na América. Afinal,
em meados do século 18 o Brasil já tinha mais peso econômico e demográfico que a própria
metrópole. Por isso, as reformas de Pombal, que na Europa tiveram o objetivo de equiparar
Portugal às demais potências do Velho Continente, no Brasil visaram a racionalizar o processo de
produção e envio de riquezas para a metrópole.

As medidas de Pombal na administração da colônia

Desde o século XVII, os produtores eram obrigados a destinar uma parte do ouro à Coroa
portuguesa. Em sua administração, Pombal reestruturou a cobrança de impostos sobre a
produção aurífera, especialmente o “quinto” e a “derrama”. O quinto era uma taxa “per capita”
de 20% sobre o ouro produzido na colônia, a ser mandada para Portugal. Durante o período
pombalino, o quinto foi fixado em cerca de 1.500 quilos. Evidentemente, com o declínio da
produção, tornara-se cada vez mais difícil atender à cobrança do Real Erário português, criado
por Pombal para centralizar a fiscalização. Quando o quinto não era pago ou era pago
parcialmente, a diferença ficava acumulada. A cobrança dos valores atrasados — chamada de
derrama — logo passou a ser realizada pela metrópole. Para receber os valores a que tinha
direito, Portugal chegou a confiscar as rendas e propriedades dos devedores. A intensificação
das cobranças foi um dos principais motivos da Inconfidência Mineira, ocorrida em 1789 —
mesmo ano em que, na Europa, tinha início a Revolução Francesa.
Por fim, outra importante reforma realizada pelo marquês de Pombal foi a expulsão dos
jesuítas do
Brasil, como extensão da medida tomada também em Portugal. O objetivo foi não apenas
confiscar as propriedades da Igreja como também, no caso da colônia, aprofundar o controle
político-econômico nas regiões administradas pelos jesuítas. À expulsão, seguiu-se uma
profunda reforma educacional, até então sob responsabilidade da Igreja. De um lado, a medida
tomada por Pombal fundamentou-se na secularização do Estado português, numa clara
influência iluminista. De outro, era parte de um conjunto de outras decisões, como a abolição da
escravidão indígena, em 1757, e o fim da perseguição aos chamados “cristãos-novos”, em 1773.
Diante dessas reformas, os jesuítas pareciam representar o que havia de mais atrasado, aquilo
que precisava ser modernizado, reformado - ainda que de maneira limitada. Em síntese, todos
esses fatores explicam o motivo da sua expulsão.

Responda segundo o texto:

)
1 — Como Pombal se torna um importante administrador em Portugal?

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2 — Cite as principais medidas de Pombal na administração da colônia.

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3 — Explique os motivos da expulsão dos Jesuítas da colônia.

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Atividades Complementares
ATIVIDADE 1
As reformas pombalinas trouxeram uma série de mudanças políticas, econômicas e sociais
para o Brasil colonial. Pesquise e cite algumas dessas mudanças incentivadas pelo governo de
Marquês de Pombal.

Você também pode gostar