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PREFEITURA MUNICIPAL DE MELGAÇO

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


EMEF JOSÉ MARIA RODRIGUES VIEGAS JUNIOR
COD. INEP: 15225003CNPJ: 11.121.560/0001-10 RESOLUÇÃO Nº 003/2021 de 17/12/2021-
CME/ME
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
6º ao 9º ano e 3ª e 4ª etapas da EJA
Ano: 7°
Componente Curricular: História
Hora/aula: 12 aulas
Tema: A escravidão moderna e o tráfico de escravos.
Gênero: pintura
AULA 01 e 02
Justificativa do tema: Vamos compreender como ocorreu o tráfico de escravo no Brasil, e
quem foram os responsáveis por essa ação ao longo dos séculos, entender também os tipos
de escravidão. Perceber como os indígenas estão sendo vistos nos dias atuais, como viviam as
sociedades americanas e africanas no período colonial, compreender que o nosso país é
formado por várias culturas e como se deu o processo de interação entre as sociedades e
como ocorreu o processo de exploração. Pois bem, aqui neste conteúdo vamos encontrar
respostas para esses questionamentos levantados e adquirir novos conhecimentos.
1. Apresentação da Situação Inicial: (Levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos,
histórico do gênero, função social do gênero e características do gênero).
diagnostico

Baseado no gênero Pintura instigaremos nossos alunos por meio de questionamentos que será
feito mediante a exposição de uma pintura a óleo.
1.1 informações sobre o gênero
Esta pintura é chamada de pintura histórica que é uma forma de arte que pretende
registrar algum acontecimento histórico. Em acepção mais estrita, refere-se ao registro
pictórico de eventos da história política. Batalhas, cenas de guerras, personagens célebres,
fatos e feitos de homens notáveis, são descritos em telas de grandes dimensões.
As características da pintura é um gênero que registra os acontecimentos domésticos,
cotidianos e os personagens anônimos, na pintura, os grandes atos e seus heróis são narrados
em tom elevado e estilo grandioso (pintura no livro didático, página 155).
2. Produção inicial:

Observe a pintura histórica sobre os escravos e produza um texto informativo sobre a


escravidão no Brasil.
Habilidades:
(EF07HI16) Analisar os mecanismos e as dinâmicas do comércio de escravizados em suas
diferentes fases, identificando os agentes responsáveis pelo tráfico e regiões e zonas africanas
de procedência dos escravizados.
(EF07HI14) Descrever as dinâmicas comerciais das sociedades americanas e africanas e
analisar suas interações com outra sociedade do Ocidente e do oriente.

OBJETO DE CONHECIMENTO: A escravidão moderna e o tráfico de escravos/ As lógicas


mercantis e o domínio europeu sobre os mares e o contraponto oriental.

2.1. Material necessário: recursos didáticos.


Quadro branco; pincel; xerox; papel chamex e lápis de cor, mapa, livro didático.
2.2. Avaliação: tipo de avaliação (formativa, contínua, somativa etc.) e instrumentos (prova,
debate, produção escrita, desenho e pintura.).
A avaliação será realizada de forma diagnóstica e investigativa, obtidas através da
produção textual e seminário e reflexão sobre o gênero trabalhado, ilustração e descrição oral.

2.5. Interdisciplinaridade:
a) Componente Curricular:
b) Como:
Português: produção textual a respeito do conteúdo estudado.
Artes: produção de uma pintura que represente o trafego de escravos.
2.6. Estratégias de leitura:
Será feita, primeiramente, a exposição do gênero e em seguida a turma se reunirá em
pequenos grupos, onde eles farão uma leitura interpretativa da pintura, e em seguida realizarão
suas apresentações, de forma oral, apresentado suas produções.
2.7. Ludicidade: Trabalharemos com a produção de pintura relacionada ao componente
curricular, onde iremos construir em sala de aula, individualmente, e em seguida cada aluno irá
produzir um resumo acerca da sua obra.
2.8. Flexibilização: não tem especialidades.
alunos com dificuldades de aprendizagem.
 Leitura de fragmento de pequenos fragmentos do texto.
 Compreensão e interpretação de palavras retiradas do texto. (alfabetização)
3. Etapas: Desenvolvimento: metodologia por etapas (1ª etapa, 2ª etapa, 3ª etapa, etc.).
Aula 03 e 04
3.1. 1ª Etapa:

TRÁFICO DE ESCRAVOS: MERCADORIA


HUMANA
A expansão marítima e comercial europeia
expandiu-se, a partir do século XV, mudou
profundamente a história da humanidade ao unir
três continentes: a Europa, a África e a América
Em busca de enriquecimento, os europeus
(os portugueses foram pioneiros), organizaram
todo um aparato político, econômico e militar que
lhes garantiu o controle sobre africanos e
americanos. Dessa forma surgiu o que chamamos de sistema colonial, que durou do século
XVI ao século XIX.
Apesar de não podermos falar de uma colonização da África nesse período (com
exceção de algumas ilhas), os portugueses fundaram diversos fortes e feitorias no litoral
atlântico africano, e assim puderam negociar com os povos locais diversas mercadorias que
eram levadas para a Europa, para a América e, também, para a Ásia
Dentre todos os bens negociados com os povos africanos, o comércio de escravos foi o
que mais rendeu lucros para Portugal, pois além do ótimo negócio que representava, também
foi fundamental para a ocupação e exploração da América.
Depois que alcançaram o litoral atlântico da África, ainda na primeira metade do século
XV, rapidamente os portugueses conseguiram ter acesso ao comércio de seres humanos que
já era praticado pelos africanos.
O trato (ou seja, a negociação) entre portugueses e africanos era feito através do
escambo (troca). Os produtos oferecidos pelos portugueses interessavam aos africanos:
tecidos, vinhos, cavalos, ferro (que era derretido e transformado em armas na África). Com
essas mercadorias em mãos, os aliados dos portugueses conseguiam status social e, também,
tinham maiores condições de enfrentar povos inimigos e, assim, podiam obter mais escravos
para serem negociados com os portugueses.
As regiões que mais forneceram escravos pra o tráfico atlântico foram: o Cabo da
Guiné, chamado pelos portugueses de Costa dos Escravos, e os Reinos do Congo e de
Angola (nesse reino os portugueses conseguiram fundar fortes no interior, chamados de
presídios).
No interior da África, os escravos capturados eram obrigados a andar por quilômetros,
às vezes, por dias seguidos, vigiados de perto por homens armados. Nessas caravanas de
escravos o sofrimento era muito grande: obrigados a andar em fila, atados uns aos outros
pelo limbambo, com os pés sangrando, não recebiam alimentação suficiente e eram obrigados
a carregar pesos. Tudo isso para aumentar o cansaço e diminuir as chances de rebelião e de
fuga. Muitos desses prisioneiros morriam nessa travessia...
Não só os portugueses fizeram fortunas negociando gente na África. Navios ingleses,
franceses, holandeses e brasileiros atracavam nos portos africanos e esperavam pela sua
carga humana.
Nesses portos os escravos eram mantidos em barracões pelos comerciantes locais
(tanto africanos quanto europeus que moravam na região), e ali esperavam pela negociação.
Quanto mais rápidas as transações, melhor para o prisioneiro, já que as condições de higiene e
alimentação nesses barracões eram as piores possíveis.
ESCRAVIDÃO MODERNA
A expressão “escravidão moderna” é usada
para designar as relações de trabalho em que
pessoas são forçadas a exercer uma
atividade contra a sua vontade mediante
formas de intimidação, como ameaça,
detenção, violência física ou psicológica.
A escravidão moderna é diferente da
escravidão antiga, praticada no Brasil durante
os períodos colonial e imperial.
A principal diferença é que, no período da
escravidão antiga, a lei permitia que uma
pessoa fosse propriedade da outra, um objeto que poderia ser negociado em troca de dinheiro.
Hoje, o Código Penal Brasileiro proíbe que uma pessoa seja tratada como mercadoria.
Quando os europeus chegaram ao Brasil, em 1500, encontraram nessas terras milhares
de pessoas. Tratava-se dos indígenas. Eles eram um povo organizado em vários grupos, cada
qual com seus costumes e culturas próprias.
Os grupos indígenas caçavam, pescavam, colhiam frutas e raízes, plantavam vegetais e
faziam vários objetos e armas. As terras onde viviam pertenciam a todos. Havia lugar para
abrigar todas as pessoas e o trabalho era dividido entre homens e mulheres.

Aula 05 e 06

Os indígenas no Brasil atual

O contato com os portugueses, e posteriormente com outros povos que vieram para o
Brasil, tornou impossível para os grupos indígenas continuarem a viver do seu modo
tradicional.
Os indígenas precisaram abandonar suas terras ou mudar seu modo de vida. Por isso,
muitos costumes deles se perderam com o contato com outras culturas e hábitos. Aqueles que
decidiram viver nas cidades tiveram que se adaptar ao novo modo de vida e passaram a usar
roupas, comprar alimentos e objetos industrializados. Alguns grupos que se mudaram para
áreas mais isoladas no interior, em regiões mais afastadas, começaram a vender produtos
agrícolas e artesanato próprio.
Atualmente, muitos grupos indígenas buscam cada vez mais preservar as tradições e
costumes ancestrais, e ao mesmo tempo querem entender e adquirir o saber do homem
branco para o seu povoado. Várias comunidades indígenas da Amazônia criaram um modelo
de ensino que revolucionou o aprendizado do povoado.
Os indígenas acreditam que o aprendizado deve ser realizado de forma em conjunto, ou
seja, o aprendizado deve ser uma troca entre o professor e o aluno. Ambos devem trocar as
experiências, pois ninguém é dono do conhecimento, e todos devem juntos descobri-lo

ATIVIDADES
01. Marque a resposta correta de cada item:
I- As regiões que mais forneceram escravos pra o tráfico atlântico foram:
(A) o Cabo da Guiné, os Reinos do Congo e de Angola;
(B) Moçambique os Reinos do Congo e de Angola;
(C) o Cabo da Guiné e de Angola;
(D) Reinos do Congo, de Angola e da madeira.

II- A expansão marítima e comercial europeia expandiu-se, a partir do século XV, mudou
profundamente a história da humanidade onde fez a união de três continentes que foram:
(A) África, América e Ásia;
(B) Europa, Angola e América;
(C) África, Angola e Ásia;
(D) Europa, a África e a América;
02. Explique o que o código penal diz hoje a respeito do tratamento humano.
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03. De acordo com o texto explique o que é escravidão moderna.
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04. observe as pinturas estudadas:

De acordo com o que você estudou, aponte as diferenças entre a escravidão africana e
a indígena.
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Aula 07 e 08
4. Produção Final: No final de todo o conteúdo estudado, nossos alunos individualmente,
farão a construção de uma pintura de um símbolo que representou a escravidão do homem
negro.
4.1. Socialização e forma de publicação dos trabalhos: será feita em forma de varal, onde
cada aluno explicara sua pintura com sua produção feita para os demais colegas e depois fará
exposição da mesma no corredor da escola.

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