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ITINERANTE
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Identidade cultural – Relaciona-se com a forma como vemos o mundo exterior e como nos
posicionamos em relação a ele. Esse processo é continuo e perpétuo, o que significa que a
dentidade de um sujeito está sempre sujeita a mudanças.
Diversidade Cultural -Refere-se aos diferentes costumes de uma sociedade, entre os quais
podemos citar: vestimenta, culinária, manifestações religiosas, tradições, entre outros aspectos. O
Brasil, por conter um extenso território, apresenta diferenças climáticas, econômicas, sociais e
culturais entre as suas regiões.
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BRASIL ANTES DOS EUROPEUS
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A cultura Marajoara foi a que alcançou o maior nível de complexidade social na pré-história
brasileira. Essa complexidade se expressa também na sua produção cerâmica, tecnicamente
elaborada, caracterizada por uma grande diversidade de formas e decorada com esmero. As peças
exibidas aqui estão relacionadas a práticas cerimoniais. Algumas foram encontradas em contextos
funerários, outras provavelmente foram utilizadas em rituais de passagem. A iconografia
Marajoara – fortemente centrada na figura humana e na representação de animais da floresta
tropical revestidos de significados simbólicos – compõe um intrincado sistema de comunicação
visual que se vale de simetrias, elementos pareados, repetições rítmicas e oposições binárias para
reafirmar, transmitir e perpetuar uma determinada visão de mundo.
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BRASIL PRÉ -COLONIAL
De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista13
do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos,
que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem
coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares [...].
Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente.
Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. História moderna através
de textos. São Paulo: Contexto, 2001.
A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o projeto colonizador para a nova terra. Nesse
trecho, o relato pretende
Alguns conceitos..
Cultura, colônia e culto derivam da palavra colo. Seu sentido mais original se referia à ação de
morar e ocupar uma terra. Expandindo um pouco mais esse sentido, refere-se à ação de trabalhar
e cultivar o campo. Dessa referência é gerado o conceito de colônia, que significa, o espaço que
se ocupa, onde se pode trabalhar o campo e sujeitar seu povo. Assim tornado verbo, colonizar, se
refere à ação de tomar conta - o qual se refere ao sentido original de colo - expandido ao
"direito" de mandar. Expansão de sentido esta que agrega o ato de dominar.
-Etnocentrismo-A Propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais
natural , depreciando o comportamento daqueles que agem fora dos padrões de sua comunidade
discriminando o comportamento desviante.
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H1 - Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da13
cultura.
1. A língua de que usam, por toda a costa, carece de três letras; convém a saber, não se acha nela
F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei, e dessa
maneira vivem desordenadamente, sem terem além disto conta, nem peso, nem medida.
GÂNDAVO, P M. A primeira historia do Brasil: história da província de Santa Cruz a que
vulgarmente chamamos Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2004 (adaptado).
LÉRY, J. Viagem à Terra do Brasil. In: FERNANDES, F. Mudanças Sociais no Brasil. São Paulo: Difel, 1974.
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O viajante francês Jean de Léry (1534-1611) reproduz um diálogo travado, em 1557, com um ancião
tupinambá, o qual demonstra uma diferença entre a sociedade europeia e a indígena no sentido
“Os africanos não escravizavam africanos, nem se reconheciam então como africanos.
Eles se viam como membros de uma aldeia, de um conjunto de aldeias, de um reino e
de um grupo que falava a mesma língua, tinha os mesmos costumes e adorava os
mesmos deuses. (...) Quando um chefe (...) entregava a um navio europeu um grupo
de cativos, não estava vendendo africanos nem negros, mas (...) uma gente que, por
ser considerada por ele inimiga e bárbara, podia ser escravizada. (...) O comércio
transatlântico (...) fazia parte de um processo de integração econômica do Atlântico,
que envolvia a produção e a comercialização, em grande escala, de açúcar, algodão,
tabaco, café e outros bens tropicais, um processo no qual a Europa entrava com o
capital, as Américas com a terra e a África com o trabalho, isto é, com a mão de obra
cativa”.
Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos, 2008. Adaptado.)