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Objetivos
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:
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Introdução
O povo é um dos três elementos que compõe o Estado, junto com o território e a
soberania. O estudo de sua formação permite compreender o desenvolvimento do
Brasil e da realidade que vivemos atualmente.
Conforme falamos no início, Todo Estado ou país é composto por três elementos: pela
população, pelo território e pela sua soberania, ou seja, o exercício do seu poder. Para
avançarmos na compreensão dos demais conteúdos que compõem esta disciplina,
vamos fazer um breve retrospecto de como chegamos até aqui, ok? Vem comigo!
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De acordo com estudos genéticos e linguísticos, acredita-se que os povos indígenas
das Américas sejam provenientes do Leste Asiático.
Figura 2.1: Há cerca de 35 a 30 mil anos, teria se iniciado uma migração desta região
para o continente americano, pelo Estreito de Bering, durante a Era Glacial, na qual as
camadas de gelo e o nível mais baixo dos oceanos teria permitido a travessia dos
povos migratórios de um continente ao outro.
Fonte:http://blogs.diariodonordeste.com.br/diariocientifico/wp-
content/uploads/2012/07/nature-nativos-americanos-corte.jpg
Autoria: Emiliano Belini/ Pesquisa Fapesp
As teorias mais aceitas sobre a origem da ocupação humana das Américas sugerem
que os ancestrais dos índios brasileiros e do resto do continente espalharam-se do
Norte para o Sul.
Contudo, alguns estudos mais recentes apontam para a existência de grupos
humanos em diversas partes do continente, incluindo o Brasil, de idade mais antiga do
que a data fixada pela Teoria do Estreito de Bering. Além disso, foi achado no sítio
arqueológico de Lagoa Santa, em Minas Gerais, o fóssil daquela que é considerada a
“brasileira mais antiga” que se tem notícia, apelidada pelos arqueólogos de “Luzia”.
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Segundo estes, ela teria vivido há cerca de 12 a 10 mil anos, mas a reconstituição
física de seu rosto lhe dá feições próximas a povos aborígenes da Austrália e a Nova
Guiné e não a dos índios brasileiros, cuja origem teria sido o Leste Asiático.
Fonte: http://www.museunacional.ufrj.br/guiaMN/Guia/paginas/2/19luzia.htm
Autor: Museu Nacional
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Durante séculos, até a chegada dos europeus, os povos indígenas foram colonizando
as Américas e se dividindo em diversas etnias, cada qual falando seu idioma e
desenvolvendo seus próprios costumes.
Figura 2.2: No ano de 1500, data oficial da chegada das primeiras caravelas
portuguesas ao que veio se tornar o território brasileiro, mais de um milhão de índios
habitavam a costa brasileira, em milhares de aldeias que comportavam de trezentos a
dois mil habitantes.
Fonte:
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://img.historiadigital.org/2011/12/Indios-
Tupi-Guarani-
e1326247907209.jpg&imgrefurl=https://plus.google.com/110647706981724197972/ab
out&h=394&w=600&tbnid=QiJiJQ5o-
_7UkM&zoom=1&tbnh=182&tbnw=277&usg=__kTQT0ZHtz28fh6EUlADLLSC8Joc=&d
ocid=DVZ734Zw_bAMSM
Autoria: Debret
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Os habitantes originais da terra dividiam-se em diversas nações e tribos, que
envolviam-se frequentemente em conflitos umas com as outras. No entanto, dois
grupos principais se sobressaíam: os povos Tupi-Guarani, que praticavam a
agricultura, e os povos Jê, caçadores e coletores.
Nas aldeias dos Tupi-Guarani, não havia propriedade privada – a terra era cultivada
coletivamente e o produto desta era partilhado de maneira igualitária – e todos
habitavam grandes habitações de palha, denominadas ocas, que reuniam de dezenas
a centenas de famílias sob o mesmo teto.
Desde cedo, os meninos aprendiam com os pais o manejo do arco e flecha, usado na
caça e no combate. As meninas aprendiam com as mães, a tecer cestos de palha
para armazenar seus produtos. Os homens cuidavam da caça e as mulheres do
ambiente doméstico e ambos participavam da agricultura.
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As guerras entre aldeias tinhamcomo motivação, em geral, vingança por ataques
anteriores da aldeia inimiga e em disputas territoriais por recursos naturais, sobretudo
a partir do período da colonização, pois os índios começaram a ser expulsos da costa
e das regiões mais ricas em recursos em direção ao interior.
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Figura 2.3: De início, buscaram-se nas capitanias recursos naturais como o pau-
brasil, do qual se extraía uma tinta natural usada como corante. Com o tempo,
passaram a ser construídos engenhos para a produção de açúcar, assim como o
cultivo do tabaco, empreendimentos estes que exigiam farta mão-de-obra.
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aldeamentos missionários, nos quais se ensinava aos índios os princípios do
Cristianismo e os costumes europeus.
A cidade de São Paulo foi fundada em 1555 por jesuítas na confluência de aldeias
tupiniquins entre os rios Pinheiros e Tietê.
Até o início do século XVIII foram fundadas missões jesuíticas ao longo do território
brasileiro, sobretudo na Região Sul, que foram sendo destruídas por expedições de
colonos, em busca de riquezas e escravos indígenas. A Coroa Portuguesa permitia as
missões jesuíticas para conversão de índios à fé cristã, por um lado, mas também
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permitia a “guerra justa” contra os índios que atacassem, de qualquer forma, a
colonização do Brasil, por outro.
Entretanto, não foram só armas e outros produtos a serem trocados com os nativos
que os navegantes trouxeram ao novo continente, mas também germes para os quais
os índios não possuíam defesas imunológicas. O fator fundamental para o declínio da
população indígena foram as doenças trazidas pelos colonizadores. Assim, doenças
como a gripe e a varíola, principalmente, dizimaram aldeias inteiras, sem que fosse
preciso derramar sangue por meio de armas. Os colonizadores cientes disso, usaram
“armas biológicas” durante um bom período de tempo contra os povos indígenas. Há
registro de uso de doação de roupas e tecidos infectados a povoações indígenas
mesmo no século XIX. Historiadores e antropólogos apontam que a partir da segunda
metade do século XVI iniciou-se uma rápida e grande redução da população indígena.
A atual população indígena, segundo o censo do IBGE de 2010, situa-se na faixa dos
800 mil. Estes concentram-se em vários povoamentos dentro das terras indígenas
garantidas por lei, situadas, sobretudo, nas regiões Norte e Centro-Oeste, ainda que
uma minoria habite centros urbanos nestas regiões. Apesar de a população indígena
estar aumentando desde o início do século XX, em função das políticas de apoio do
Estado brasileiro, os índios remanescentes ainda vivem em conflito com o “homem
branco” e migrantes em torno da posse da terra, à medida que os interesses dos
posseiros, em busca de terras para pastoreio, garimpeiros e madeireiros avançam
pela Região Norte. Assim, frequentemente os índios se acham em posição mais fraca
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perante a disputa com estes grupos, tendo em vista a dificuldade do Estado brasileiro
garantir, de fato, a integridade das terras indígenas.
Estima-se que mais de cinco milhões de africanos foram trazidos para o Brasil na
condição de escravos, na época da escravidão e do Brasil Colônia. Eles foram
trazidos durante o período de formação do Estado Brasileiro de diversas partes do
continente africano, abaixo da região do Saara. Eles integravam diversos povos, com
etnias, línguas e culturas distintas.
Para a economia do Brasil, a intensificação da exploração da mão-de-obra escrava
era crucial. Para os africanos, a venda ou o escambo de outros africanos era a
atividade mais lucrativa da época.
Reginaldo Prandi tem uma explicação detalhada sobre os africanos que vieram para o
Brasil:
“Os povos da África negra são classificados, grosso modo, em dois
grandes grupos linguísticos: sudaneses e bantos. Os sudaneses
constituem os povos situados nas regiões que hoje vão da Etiópia ao
Chade e do Sul do Egito a Uganda, mais o norte da Tanzânia. Ao norte
representam a subdivisão do grupo sudanês oriental e abaixo o grupo
sudanês central, formado por inúmeros grupos linguísticos e culturais
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que compuseram diversas etnias que abasteceram de escravos o Brasil,
sobretudo os localizados na região do Golfo da Guiné e que, no Brasil,
conhecemos pelos nomes genéricos de nagôs ou iorubas, os fon-jeje, os
haussás, famosos, mesmo na Bahia, por sua civilização islamizada.(...)
Os bantos, povos da África Meridional, estão representados por povos
que falam entre 700 e duas mil línguas e dialetos aparentados,
estendendo-se para o sul, logo abaixo dos limites sudaneses,
compreendendo as terras que vão do Atlântico ao Índico até o cabo da
Boa Esperança.” (PRANDI, 2000, p. 53)
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Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Debret_-
_Diferentes_Nacoes_Negras.jpg?uselang=pt-br
Autoria: Debret
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Link:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Verger_1952.jpg#mediaviewer/File:Verger_195
2.jpg
Autor: Charles Mallison
FIM DO BOX CURIOSIDADE
Os negros que nasceram no Brasil já não mantinham os costumes de seus povos, não
falavam sua língua das terras de origem de seus pais e estavam interessados em
integrar a sociedade brasileira. O casamento e a miscigenação foram apagando os
traços mais marcantes das culturas africanas e criando uma nova cultura abrangendo
os descendentes dos brancos, índios e negros brasileiros.
Com o fim do tráfico e da escravidão, as origens étnicas e linguísticas foram caindo
em desuso, sendo preservadas, de modo mais notável, as referências de origem
religiosa, como o candomblé, no Brasil.
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abrangem a língua, a culinária, a música e artes diversas, além de
valores sociais, representações míticas e concepções religiosas”
(PRANDI, 2000, p 58-59)
Início de Verbete
Candomblé
O candomblé é uma das religiões africanas trazidas com os negros para o Brasil.
Trata-se de uma palavra da origem bantu e significa: ca: uso, costume; ndomb: negro
e lé: lugar, casa, terreiro. Assim, “lugar de costume dos negros”.
É curioso notar que, hoje em dia, o candomblé também perdeu a sua identidade
exclusivamente com os negros que, de um modo geral, aderiram a religiões
protestantes.
Fim de Verbete
Podemos verificar que, hoje em dia,é concedida uma necessária proteção aos negros,
seja por meio das políticas de cotas oferecidas em cursos superiores ou de vagas
específicas destinadas aos negros em concursos públicos.
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ATIVIDADE 1
Você com certeza notou a riqueza cultural que o povo brasileiro possui depois da
nossa leitura. Para consolidarmos os conceitos aprendidos até aqui, gostaria que você
relatasse uma experiência pessoal, que você tenha vivenciado, na qual você se
perceba como um descendente de nossos povos, identificando um aspecto cultural
específico dentre os que foram expostos em nosso estudo.
Comentário:
O aluno deverá descrever algo pessoal, alguma experiência de vida, cultural que
tenha afinidade com os povos indígenas ou africanos e que demonstre uma relação
direta da herança dos mesmos.
Por exemplo, eu adoro dormir em rede. Em todas as casas que eu morei, sempre
busquei um espaço onde pudesse pendurar uma rede, seja no meu quarto, no quarto
dos meus filhos ou mesmo numa varanda e acredito que este ritual de se balançar na
rede remonta de nosso passado indígena, uma vez que os mesmos utilizavam tal
artefato no seu cotidiano.
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governadores, com a prerrogativa de fundar vilas, doar sesmarias, ou seja, doar terras
a terceiros e administrar a justiça na capitania.
De fato, a colonização das capitanias foi bastante complicada, em função das
dificuldades que a empreitada oferecia, como falta de interesse dos donatários em
investir nas terras, ataques frequentes de índios e a distância das capitanias em
relação a Portugal.
Das doze capitanias, apenas duas prosperaram: São Vicente, que veio a se tornar o
embrião da Capitania de São Paulo e a Capitania de Pernambuco.
Ciente dos problemas, o Rei decidiu mudar o sistema político da colônia e instituir o
Governo-Geral. Assim, retomou a Capitania da Bahia de seu antigo donatário e
instituiu lá a sede do governo, com a fundação de Salvador, em 1549. O governador-
geral ficava responsável pela administração da colônia, com auxílio do capitão-mor
(defesa), do provedor-mor (arrecadação e fazenda) e do ouvidor-mor (justiça).
Contudo, as distâncias entre as sedes das capitanias e a falta de comunicação entre
elas, devido a dificuldades nos transportes, faziam com que o poder efetivo do
governador-geral fosse limitado. Contudo, esse cargo permaneceu até a chegada da
Corte Portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808.
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índios – o mesmo ocorreu na Amazônia, em que as missões jesuítas desenvolveram a
exploração de frutos, plantas e matérias-primas em encontradas nas matas, com mão-
de-obra indígena, conhecidas historicamente por “drogas do sertão”.
Entre os séculos XVII e XVIII configurou-se, em linhas gerais, o atual território
brasileiro, em função desses movimentos de colonização.
Com a riqueza do ouro, a região das minas se separa da Capitania de São Paulo e
passa a constituir a Capitania das Minas Gerais, onde florescem os centros urbanos
de Vila Rica, Mariana, São João D´El Rey e outros, interiorizando a ocupação do
Brasil, antes restrita ao litoral.
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Em meio à eclosão dos primeiros conflitos sérios entre a colônia e a metrópole, das
quais a principal foi a Inconfidência Mineira, a primeira sofre uma reviravolta com a
chegada da Corte Portuguesa ao Rio de Janeiro, em 1808. Fugido do exército de
Napoleão e protegido pela marinha britânica, o Rei D. João VI estabelece-se na capital
da colônia com sua imensa corte de nobres e funcionários e transforma esta, de fato,
na capital do Reino. Assim, logo os portos brasileiros tornam-se abertos às nações
amigas, revoga o alvará de proibição de manufaturas no Brasil e cria instituições como
o Banco do Brasil, a Biblioteca Nacional e a Faculdade de Direito de Recife. Em 1815,
o Brasil é alçado à condição de Reino, constituindo-se o Reino Unido de Portugal,
Brasil e Algarves. As antigas capitanias passam à condição de províncias.
Em 1820, irrompe uma revolução em Portugal, influenciada por ideias liberais, que
questionavam o poder absoluto do rei. D. João IV, a contragosto, regressa a Lisboa,
sem antes deixar seu filho Pedro no Brasil. Ainda que os revoltosos em Portugal
pedissem mais liberdades, o plano deles para o Brasil era fazer o país regressar ao
status de colônia, o que, logicamente, desagradou os interesses brasileiros, que se
aproveitavam do novo dinamismo que o país vivia com a sede da Corte. Dessa forma,
surge um conflito entre os interesses brasileiros e os dos portugueses, defensores da
recolonização.
D. Pedro é chamado pelas cortes portuguesas de volta, mas recusa e declara sua
intenção de permanecer no Brasil, em 1822. No mesmo ano é proclamada a
independência e o Brasil se torna um império. No ano seguinte, é convocada uma
assembleia constituinte para redigir o ordenamento jurídico do novo Estado. Receoso
das elites locais e de perder o poder centralizador, D. Pedro I dissolve a constituinte e
outorga a Constituição de 1824. Com base na divisão dos poderes, o Legislativo
passava a ser composto por uma Câmara de Deputados, eleitos por via indireta por
voto censitário, com base na renda, e por um Senado, cujos membros eram
nomeados pelo Imperador. Este também exercia o Poder Moderador, a prerrogativa
de nomear os chefes do Executivo e de dissolver o Legislativo, para convocar novas
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eleições. Ou seja, o poder de “corrigir” os outros poderes do Estado, conforme
achasse conveniente. Politicamente, essa constituição manteve o poder centralizador,
ao conceder ao imperador a faculdade de nomear os governadores das províncias. A
escravidão foi mantida, assim como a união entre a Igreja Católica e o Estado.
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embranquecendo-a, na medida em que o tráfico de escravos passa ser finalmente
proibido em 1850.
Em 1864, estoura a Guerra do Paraguai, conflito que envolveu Brasil, Argentina e
Uruguai contra o Paraguai. Liderando o esforço de guerra, o exército brasileiro derrota
seu inimigo em 1870, o que passa a por evidência o prestígio da instituição e as
demandas dos militares.
Por volta de 1870, a Província de São Paulo vai assumindo o centro dinâmico da
economia nacional, com a expansão das lavouras do café, aonde o trabalho livre dos
imigrantes vai se sobrepondo ao uso da mão-de-obra escrava. No Rio de Janeiro,
crescem os movimentos republicanos e abolicionistas, contra ordem escravocrata sob
o qual o país se assenta. O exército, por sua vez, que contava, a partir da Guerra do
Paraguai, com ex-escravos como soldados, não via com bons olhos a escravidão,
passando a se recusar a perseguir escravos fugidos, o que aumentou a fuga de
escravos das fazendas. As províncias do Nordeste, como o Ceará e o Maranhão,
cujas propriedades perdiam escravos em função da economia mais frágil, aboliram a
escravidão antes da promulgação da Lei Aurea pela Princesa Isabel em 1888, apesar
da oposição de proprietários de terra no interior do Rio de Janeiro.
O fim da escravidão não significou uma resolução para a questão da desigualdade
social no Brasil, depois de séculos de regime servil de produção. Os ex-escravos
ganharam sua liberdade, mas não ganharam terras, e, expulsos das terras
disponíveis, mas sob a posse de senhores, acabaram a se aglomerar em vilas pobres
e nas grandes cidades, formando o embrião das atuais favelas. A concentração de
terras nas mãos de poucos permaneceu a norma, pois a Lei de Terras de 1850
estipulava que as terras não poderiam ser divididas por reforma agrária, mas somente
adquiridas pela compra. Essa lei afastou tanto os escravos libertos como os imigrantes
da posse da terra. Apenas no Sul do Brasil essa situação não se repetiu, pois havia o
interesse do Estado na ocupação da terra por pequenos produtores rurais, em regiões
que não serviam para cultivo de produtos tropicais. O que explica a presença de
colonos italianos e alemães nas serras gaúcha e catarinense.
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Com o fim da escravidão, o Império perdeu o apoio de uma parte significativa da elite
agrária, que não foi indenizada pela perda de sua “propriedade” em escravos,
conforme desejava.
O movimento republicano ganhava força entre a intelectualidade urbana, no Partido
Republicano Paulista e no Exército. Assim, em 1889, um golpe liderado pelo Marechal
Deodoro da Fonseca derrubou o imperador lançando-o, juntamente com o resto da
Família Real, no exílio.
Convocada uma Constituinte no ano seguinte, em 1891, foi promulgada a primeira
constituição republicana. Abolia-se o Poder Moderador e o Estado assumia a forma
federativa, dividido em Estados da federação, cada qual com sua própria constituição,
sua assembleia e seus presidentes eleitos. Assim, o Império deu lugar aos Estados
Unidos do Brasil. A influência norte-americana entre os legisladores e políticos é
evidente, não só no nome, como no modelo federativo e na instituição do Supremo
Tribunal, guardião da constituição. Foi estabelecido o voto universal masculino,
excluindo os analfabetos. Consumou-se a separação entre Estado e Igreja, tornando
possível o casamento civil - pois antes só eram válidos os casamentos no âmbito da
Igreja Católica. Do mesmo modo, a liberdade oficial de culto, permitiu a difusão de
denominações religiosas protestantes, assim como de outras religiões, como o
judaísmo.
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presidentes Afonso Pena (1906-1909), Venceslau Brás (1914-1918) e Artur Bernardes
(1922-1926). Oligarquias regionais menos poderosas, mas com sua importância, eram
o Rio Grande do Sul, representado pelo presidente Hermes da Fonseca (1910-1914),
assim como as nordestinas, que viviam período de decadência econômica, em função
da baixa dos preços do açúcar.
Apesar da forma democrática, a “República Velha” não o era no conteúdo. As fraudes
eleitorais eram frequentes, assim como a compra de votos dos “coronéis” da política
junto aos eleitores pobres do campo, que eram dependentes desses - fenômeno
analisado por Vitor Nunes Leal na obra “Coronelismo, Enxada e Voto”, na década de
1950. No meio urbano, cresceu, ao longo do período, a insatisfação com o quadro
político nacional, sobretudo entre os militares, críticos da corrupção generalizada, e da
classe operária, que crescia em número na medida em que aumentava, de maneira
gradual, o número de indústrias no país. Neste tempo, São Paulo já se consolidava
como centro industrial, cujo operariado tinha boa presença de imigrantes, sobretudo
italianos, com ideias anticapitalistas e anarquistas. A política econômica da República
Velha favorecia os interesses das oligarquias exportadoras, sobretudo a cafeeira
paulista, em detrimento dos interesses das massas urbanas, prejudicadas pela
inflação e alto custo de vida.
Na década de 1920, a insatisfação dos jovens militares ganha corpo, e estes resolvem
pegar em armas para desafiar o governo federal. Irrompe o levante do Forte de
Copacabana (1922). Houve também um levante em São Paulo, dois anos depois, que
viria a se tornar o embrião da Coluna Prestes, movimento armado que percorreu o
Brasil, de Norte a Sul, desafiando as autoridades locais, liderada por um jovem oficial
chamado Luís Carlos Prestes. Em 1922, é fundado o Partido Comunista Brasileiro,
agrupando militantes operários, influenciados pela Revolução Russa contemporânea.
Devido ao clima político instável, o Presidente Artur Bernardes governou quase seus
quatro anos de mandato sob Estado de Sítio.
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Em 1929, o crash da Bolsa de Nova York leva o mundo a uma depressão econômica,
que afeta diretamente a economia exportadora brasileira. O preço do café despenca e
a oligarquia paulista se vê em uma situação financeira complicada. No quadro político
interno, ocorre uma briga entre as oligarquias paulista e mineira, quebrando o “pacto”
oligárquico. Assim, ainda que o paulista Júlio Prestes tenha sido eleito em 1930, um
movimento político apoiado pelas oligarquias gaúcha, mineira e paraibana, liderada
pelo estanceiro gaúcho Getúlio Vargas, ex-Ministro da Fazenda do Presidente
Washington Luís depõe este presidente e coloca o próprio Vargas no poder. Este
movimento veio a ser conhecido como a Revolução de 1930.
Empossado no Rio de Janeiro, aonde chegou de cavalo com os revolucionários,
marchando desde seu estado natal, Vargas decreta o início do Governo Provisório,
que se estendeu por quatro anos. Durante este período, o presidente governou por
decreto, nomeando diretamente os governadores dos Estados, denominados
interventores. Esta medida desagradou especialmente os paulistas, fato agravado pela
incompatibilidade com o interventor João Alfredo. Assim, em 1932, São Paulo pegou
em armas contra o governo federal, no que veio a ser conhecida como a Revolução
Constitucionalista - uma vez que a principal demanda dos revoltosos era a volta da
ordem constitucional rompida dois anos antes.
No ano seguinte, em 1933, é convocada uma assembleia constituinte, que promulga a
Constituição de 1934. Esta incorpora o voto feminino e estabelece como dever do
Estado o respeito aos direitos sociais. No mesmo ano, Vargas é eleito presidente, por
voto direto. No entanto, dada a força de grupos fascistas internos, como o
Integralismo, e o levante comunista malsucedido de 1935, colocam o governo em
choque com os ideais democráticos que ajudou a defender. Assim, em 1937, o
presidente dá um golpe e outorga uma nova ordem constitucional, inspirada na
constituição polonesa. De corte fortemente autoritário e próximo do fascismo, o Estado
Novo (1937-1945), decretado por Vargas, marcava-se pelo caráter centralizador do
poder federal, com a prerrogativa de nomeação dos governadores, e pela extinção dos
partidos políticos. Vigorou durante o Estado Novo a censura aos meios de
comunicação e a repressão aos opositores do regime, como Luís Carlos Prestes,
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agora líder do Partido Comunista, e do escritor Graciliano Ramos, que, na prisão,
escreveu a famosa obra “Memórias do Cárcere”.
Com a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial, ao lado dos Aliados, contra
o nazi-fascismo, cresceram as pressões internas pela redemocratização do país.
Assim, no final de 1945, Vargas é forçado a renunciar, pelas Forças Armadas, e é
convocada uma nova assembleia constituinte, para uma nova ordem democrática. Em
1946, é empossado o presidente eleito, General Eurico Dutra (1946-1951), e é
promulgada a Constituição de 1946, que reestabelece a eleição direta para o
Executivo e o Legislativo e a plena vigência do modelo federativo. Surgem, pela
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primeira vez na história do país, partidos nacionais fortes, cujos principais eram a
União Democrática Nacional (UDN), com forte apoio das classes médias urbanas, o
Partido Social-Democrático (PSD), com base nas oligarquias regionais, o Partido
Trabalhista Brasileiro (PTB), apoiado pelos trabalhadores organizados nos sindicatos
e com a liderança de Vargas, e o Partido Comunista Brasileiro, posto, pela primeira
vez na legalidade, desde sua fundação. Assim, mesmo com o exílio forçado, Vargas
conseguiu eleger-se o senador mais votado daquela eleição, seguido por Prestes.
No plano das relações internacionais, o Brasil passou a viver sob influência mais forte
dos Estados Unidos, a partir de 1945. A Guerra Fria dos Estados Unidos com a União
Soviética, que se deflagrou a partir de 1947, teve impactos na política interna. As
forças conservadoras, entre as elites civis e militares, passam a suspeitar de influência
soviética nas forças políticas nacionais de Esquerda - tanto no Partido Comunista,
como nos meios sindicais e trabalhistas - para revolucionar a ordem política. Do
mesmo modo, temia-se a influência do governo argentino de Juan Domingos Peron
(1946-1955), sobre as elites políticas brasileiras, pouco afeitas ao Trabalhismo. Temia-
se a implantação no Brasil de uma “república sindicalista”, de corte peronista. Assim,
em 1947, o PCB foi novamente posto na ilegalidade e seus congressistas tiveram
seus mandatos cassados. Por outro lado, as ideias desenvolvimentistas lançadas por
Vargas, de fazer avançar a industrialização e modernizar o país, com o sem apoio do
Estado, estavam arraigadas em dirigentes políticos de diversas correntes.
Após o exílio em sua terra natal, São Borja, Vargas é eleito presidente e assume em
1951. Desagradando os conservadores, eleva o salário mínimo em 100%, para fazer
este recuperar o seu poder de compra, devido a perdas inflacionárias. Fortalece a
agenda desenvolvimentista com a criação do Banco Nacional do Desenvolvimento
Econômico (BNDE, atual BNDES), com o intuito de financiar o desenvolvimento, e
com a criação, após uma campanha nacional, que envolveu militares, estudantes e
intelectuais, da Petrobrás, em 1953. Estabelece-se o monopólio da produção do
petróleo no Brasil.
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Apesar disso, denúncias de corrupção e a oposição ferrenha de setores da UDN,
liderados pelo futuro Governador da Guanabara, Carlos Lacerda, que culminaram no
escândalo do assassinato de um militar. Vargas vê-se acossado e forçado a renunciar.
Recusando esta alternativa, comete suicídio em agosto de 1954, pondo fim à Era
Vargas.
Após o breve o governo do vice Café Filho, o mineiro Juscelino Kubichek de Oliveira,
do PSD, assumiu a presidência (1956-1961). Adota como bandeira a intensificação da
modernização do país, fazendo-o avançar “cinquenta anos em cinco”. Estabelece um
plano de metas, que inclui a construção de rodovias para integração do território:
política que culminou com a interiorização da capital, com a construção de Brasília -
que veio a se tornar a capital federal, em 1960. A política de apoio ao automóvel
ganha força com a implantação das primeiras montadoras estrangeiras. De fato,
houve aceleração das taxas de crescimento da economia, o que ajudou a consolidar a
popularidade do presidente, apesar dos problemas causados pelo aumento da
inflação.
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desde o início, apesar de recuperar plenos poderes com o fim do parlamentarismo em
1963.
Durante seu governo, foi criada a Eletrobrás e projeto da Telebrás.
Goulart presidiu sob o conflito da oposição parlamentar e dos setores militares
conservadores com os grupos de esquerda, que pleiteavam as chamas “Reformas de
Base”, de avanço de benefícios sociais para as massas urbanas. Ao fim de seu
mandato, sancionou a Lei de Remessa de Lucros, que desagradava os interesses das
indústrias transnacionais instaladas no país, e assumiu a luta pelas Reformas de
Base. Contudo, um movimento militar, em 1964, derrubou seu governo e Jango foi
mandado ao exílio, junto com seus correligionários mais próximos. Iniciava-se assim o
Regime Militar (1964-1985).
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emprego após dez anos e criou como compensação o Fundo de Garantia por Tempo
de Serviço (FGTS), assim como instituiu a correção monetária para aplicações
bancárias, para minimizar perdas inflacionárias. A Lei de Remessa de Lucros foi
revogada. Em termos sociais, intensificou-se o processo de corrosão do salário
mínimo.
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comprometer o endividamento do país. Não menos importante, o aumento
internacional dos preços do petróleo a partir de 1973 passou a comprometer a balança
de pagamentos e a inflação, causando certo desencanto com o “Milagre”.
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Durante o Governo Figueiredo, cresce o movimento pelo fim do Regime Militar, por
meio da convocação de eleições diretas para presidente. O instrumento legal era
Emenda do congressista Dante de Oliveira, apoiada por um movimento popular.
Figura 2.6: Movimento popular das Diretas Já reuniu milhões de pessoas nas grandes
cidades brasileiras, lideradas por figuras de ponta do PMDB, como Tancredo Neves,
Ulisses Guimarães, Pedro Simon, Fernando Henrique Cardoso e também por Leonel
Brizola.
Fonte: https://www.flickr.com/photos/agenciasenado/12745267283/in/photolist-
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Autor: Alfonso Abraham
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O Regime Militar chegou ao fim com o término do mandato de Figueiredo, em 1985.
Apesar do autoritarismo e de outros problemas sociais que se agravaram durante o
período, como o aumento da desigualdade de renda e o crescimento urbano
desordenado, com impacto no processo de favelização, o país desenvolveu
infraestrutura no sistema elétrico, com o fortalecimento da Eletrobrás, e para o setor
de telecomunicações, por meio da Telebrás. A Petrobrás, com o monopólio da
produção e do refino do petróleo, desenvolveu a produção em águas profundas, na
Bacia de Campos. Assim, com a ajuda do Estado no setor de insumos básicos e de
infraestrutura, o desenvolvimento industrial atingiu um grau de maturidade, avançado
em relação aos vizinhos latino-americanos.
Contudo, foi o cenário econômico que comprometeu a popularidade da “Nova
República”, que surgia das cinzas do Regime Militar. A emenda Dante de Oliveira foi
rejeitada pelo Congresso, de modo que a eleição, em 1985, deu-se pela via indireta,
conforme era regra até então. Tancredo Neves, político experiente e conciliador, ex-
primeiro-ministro de Jango, venceu o candidato do PDS, Paulo Maluf, ex-governador
de São Paulo, mas, por questão de saúde, viu-se impossibilitado de tomar posse. Seu
vice, José Sarney assumiu a presidência em março e no cargo ficou até março de
1990. No entanto, em 1982, após um ano de recessão, o Brasil decretou moratória de
sua dívida externa, que explodia com o aumento dos juros internacionais. Da mesma
maneira, a inflação alcançava dois dígitos ao mês, comprometendo o poder de compra
das classes populares, que não tinham aplicações com o mecanismo da correção
monetária para minimizar os efeitos da inflação. Diante desse cenário desfavorável,
Sarney viu-se compelido a adotar uma série de planos econômicos para controlar a
economia.
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com outros planos durante o período 1987-1989, incluindo o Plano Verão, que institui
o Cruzeiro Novo, a substituir o precocemente velho Cruzado, o Governo Sarney se vê
impossibilitado de refrear a crise econômica, com a inflação passando de mais de mil
por cento ao ano, no fim de seu mandato. Em 1987, uma nova moratória é decretada
e o Brasil passa a viver sob a fiscalização do Fundo Monetário Internacional e do
Banco Mundial, que passam a ditar os termos da economia brasileira no que tange à
sua organização interna, para que o país voltasse a ter acesso a crédito internacional.
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No mesmo ano, o vice Itamar Franco viu-se na obrigação de assumir a presidência.
Buscando apoio político, Itamar buscou alianças com diversas forças políticas, para
garantir legitimidade a seu governo, dentre os quais o Partido da Social-Democracia
Brasileira (PSDB), dissidência do PMDB, sob a liderança de Mário Covas e Fernando
Henrique Cardoso. Este, primeiramente assumiu o posto de Ministro das Relações
Exteriores, para depois assumir a Fazenda, em 1993, com o objetivo de garantir apoio
para um novo plano de estabilização econômica. Engendrou-se, assim, o Plano Real,
que foi implementado por etapas, de 1993 a 1994, que culminou na instituição do
Real, em julho daquele ano.
Ao contrário dos planos econômicos anteriores, o Plano Real não se baseou no
congelamento de preços, mas na abertura econômica, iniciada no Governo Collor, e
no fortalecimento do real perante o dólar, por meio do fluxo de recursos externos para
o mercado financeiro brasileiro, resolvidas as questões com o FMI e o Banco Mundial.
Dessa forma, impulsionado pelo sucesso do Real, que derrubou a inflação e fortaleceu
o poder de compra dos mais pobres. Fernando Henrique elegeu-se presidente em
1994, coligado ao conservador PFL, derrotando Lula nas eleições, em primeiro turno.
De fato, o que ocorreu nos anos 1990 foi uma reordenação somente comparável à Era
Vargas. Contudo, enquanto que aquela implementou um modelo de Estado orientado
para o apoio direto ao desenvolvimento, por meio de criação de mecanismos estatais,
a diretriz surgida no fim do século XX seguiu em direção contrária. O Governo Collor
implementou o Plano Nacional de Desestatização (PND), já em seu primeiro ano, cujo
objetivo era reduzir o papel do Estado na economia, elencando uma série de estatais
que deveriam ser privatizadas. Assim, estatais da indústria de base, como a Siderbrás
e a Usiminas foram privatizadas ainda por Collor, enquanto que Itamar passou para a
iniciativa privada um símbolo da Era Vargas, a CSN. No Governo Fernando Henrique
Cardoso (1995-2002) foi criado o Conselho Nacional de Desestatização,
contemplando a privatização de boa parte das empresas estatais de diversos setores:
mineração (Vale do Rio Doce), telecomunicações (Sistema Telebrás) e as empresas
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do setor elétrico reunidas no Sistema Eletrobrás. A Petrobrás teve subsidiárias
passadas à iniciativa privada, assim como a negociação de ações na Bolsa de Nova
York.
O Governo Fernando Henrique, além da continuação do Plano Real, assumiu como
bandeira também o Plano Nacional de Reforma do Estado, a cargo do Ministro Luís
Carlos Bresser Pereira, com a incumbência de reformar a administração pública. Com
a abertura ao setor privado dos setores de produção e distribuição de energia,
telecomunicações e exploração de petróleo, entre outros, foi necessária a criação de
agências reguladoras, órgãos de Estado responsáveis pela regulação da exploração
dessas atividades. Além disso, o governo tomou para si a tarefa de implementar
mudanças na previdência social, sob o argumento de redução de déficits que
comprometiam as contas públicas.
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fundamentais, da União, Estados e Municípios, de forma a conter o endividamento
descontrolado dessas unidades nos três níveis.
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corrupção, por meio da compra de votos da base aliada, que agrupava mais de cinco
partidos, além do PT de Lula. O escândalo do “Mensalão”, como ficou conhecido na
imprensa, terminou por afastar da vida pública o ex-Ministro da Casa Civil, José
Dirceu, e o ex-presidente do PT, José Genoíno, abrindo caminho para que a protegida
de Lula e sucessora de Dirceu na pasta, Dilma Rousseff, que também foi ministra de
Minas e Energia, no mesmo governo, fosse indicada a eleita presidente da república
em 2010, derrotando mais uma vez José Serra.
Atividade 2
Após o término dessa leitura, aponte qual dos movimentos revolucionários foi
marcante para você, descreva o contexto histórico que o mesmo ocorreu e sua
contribuição para a formação política do Brasil.
Resposta Comentada:
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Veja um exemplo de resposta possível: “Para mim, a revolta mais marcante foi a
Revolução Farroupilha pelo papel exercido pela revolucionária Anita Garibaldi,
chamada por alguns historiadores da “Joana D´Arc brasileira”. Essa revolta declarou a
independência do Rio Grande do Sul, formando a República Rio Grandense,
contribuiu para questionar o Império e estabeleceu as bases para o federalismo
brasileiro. Além disto, tal movimento tem defensores até os dias atuais, que abraçam a
ideia separatista para tornar independente o Rio Grande do Sul e muitos carregam
com orgulho a bandeira desse estado do Sul como se fosse a bandeira nacional.”
Atividade Final
Com base nos conceitos aprendidos nesta aula, rediga um parágrafo utilizando
argumentos sólidos para comparar os movimentos sociais virtuais, presentes nas
redes sociais, com os movimentos ocorridos no passado. De que forma esse
movimentos políticos se aproximam e se afastam dos demais estudados nessa
apostila?
Resposta comentada:
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contrário dos movimentos políticos do passado que tinham muito mais embasamento
ideológico e teórico, exatamente porque eram mais maturados. Mas tanto um, quanto
o outro, ainda tem o mérito de auxiliar na construção política brasileira.
Conclusão
Você estudou nesta aula as idas e vindas da formação política do Brasil, passando da
condição de colônia a império, de monarquia a república e do regime ditatorial para a
democracia.
Referências Bibliográficas
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