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Resenha: Herz e Hoffman, 2004

Adriano Gonçalves da Silva Filho / RA: 23025545


Enzo Hermínio Ferraz de Campos / RA: 23025551

Herz, Mônica Organizações Internacionais: história e práticas / Mônica Herz, Andrea


Ribeiro Hoffman. — Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.— 10ª reimpressão

Esta é uma obra que aborda o funcionamento das Organizações internacionais,


sendo elas Organizações Intergovernamentais Internacionais e Organizações
Não Governamentais Internacionais. Destacando as suas importâncias na
governança global. Estas redes de organizações desempenham várias
funções: criação de normas, regras e leis, a resolução de disputas, a prestação
de ajuda humanitária e o desenvolvimento de programas de assistência. As
Organizações Intergovernamentais Internacionais são mais permanentes e
institucionalizadas, com orçamentos e pessoal dedicado, enquanto as
Organizações Não Governamentais Internacionais também desempenham um
papel importante na governança global, muitas vezes trabalhando em parceria
com as Organizações Intergovernamentais Internacionais. Elas contribuem
para a estabilidade do sistema internacional em um mundo anárquico, onde a
violência é regulada pela ausência de uma autoridade central. Se utilizando de
diversos mecanismos, como arranjos ad hoc, multilateralismo, regimes
internacionais, alianças militares e segurança coletiva, estão associados à
criação das Organizações Intergovernamentais Internacionais e à estabilidade
do sistema internacional. Elas também são fundamentais na legitimação de
normas e regras internacionais. As organizações internacionais enfrentam
desafios, como financiamento, coordenação entre agências e legitimidade
democrática. Além disso, sua capacidade de influenciar o comportamento dos
Estados e outros atores no sistema internacional é uma questão em debate,
assim como a legitimidade das normas que produzem.
Ademais, é abordado acerca do funcionalismo público internacional: No século
XIX, com o surgimento das organizações internacionais modernas, tornou-se
necessário ter servidores públicos internacionais distintos das delegações
nacionais que representam os Estados em cada organização. Os secretariados
foram estabelecidos nas décadas de 60 e 70 do século XIX para garantir o
funcionamento de organizações como a União Telegráfica Internacional, a
União Postal Universal e o Escritório Internacional de Pesos e Medidas. A
criação dos secretariados foi impulsionada pela necessidade de manter
registros e uma agenda organizada. Inicialmente, esses servidores eram
recrutados nos países-sede das organizações, mas a ideia de um serviço
público internacional, de caráter multinacional e responsável apenas perante a
organização, surgiu com a Liga das Nações. Sir Eric Drummond, o primeiro
secretário-geral da Liga, promoveu a visão de um serviço público imparcial e
profissional, baseado na tradição britânica. Isso estabeleceu a norma de um
secretariado multinacional em termos de composição e lealdade. Durante a
primeira metade do século XX, a internacionalização dos servidores públicos
fortaleceu-se, desempenhando um papel fundamental no funcionamento e na
legitimidade das organizações internacionais, refletindo-se na composição e no
funcionamento da ONU, que promove a diversidade geográfica e tem seis
idiomas oficiais. A relação entre servidores públicos internacionais e governos
nacionais gera tensões, pois esses servidores continuam sendo cidadãos de
seus países de origem, com obrigações e direitos nacionais. Isso pode levar a
interferências de governos em questões internas das organizações. Um
exemplo foi a demissão de 18 funcionários norte-americanos em 1952-53
devido a acusações de inclinações comunistas, o que gerou uma crise. Essa
crise fortaleceu a independência do Secretariado da ONU. O Secretariado da
ONU e de outras organizações cresceu significativamente no século XX, com
cerca de 20.000 funcionários na ONU atualmente. Suas principais funções
incluem guardar a memória da organização, promover debates internos, criar
um ambiente para negociações internacionais e realizar projetos específicos.
Portanto, O desenvolvimento das Organizações Intergovernamentais
Internacionais e Organizações Não Governamentais Internacionais. continuou
no século XX, com a criação da ONU e outras organizações regionais. O fim da
Guerra Fria resultou em uma expansão dessas organizações, embora algumas
tenham perdido importância. O ativismo da ONU aumentou, e as agências
funcionais desempenharam papéis essenciais em áreas como meio ambiente,
assistência humanitária e direitos humanos. No entanto, as organizações
internacionais também enfrentaram críticas por sua eficácia e alocação de
recursos. Mudanças na política internacional, como intervenções sem
autorização da ONU, desafios ambientais e contradições normativas, geraram
debates sobre o papel dessas organizações no cenário internacional. Em
resumo, as organizações internacionais têm uma história rica e evoluíram ao
longo do tempo para abordar uma ampla gama de desafios globais, mas
continuam sendo um tópico de debate e reforma em um mundo em constante
transformação

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