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Editado por: Mário Galangunga.

2022

RESUMO DE D.I.P
Introdução ao D.I.P

O direito internacional público é um conjunto de regras ou princípios que regulam os


vínculos entre Estados como tais; os vínculos entre Estados e entidades internacionais
que, embora não sejam Estados como tais, são tratados como Estados; os vínculos entre
Estados e entidades que não são Estados mas que têm personalidade jurídica
internacional; e os vínculos entre Estados e sujeitos no exercício de direitos e obrigações
que são considerados de caráter internacional.

Os tratados desempenham aqui um papel importante, pois se tornaram a principal fonte


do direito internacional público nos dias de hoje.

O campo dentro do qual os Estados exercem sua soberania e domínio foi abordado. Foi
unanimemente aceito que a soberania dos Estados se estende ao seu solo, subsolo, mar
territorial e ao espaço acima deles ou ao espaço aéreo. Portanto, a noção de territorialidade
não é uma noção simples, mas uma noção tridimensional, ou seja, acima do solo, para
cima e para baixo. Várias tentativas podem ser nomeadas, como Alexandre o Grande, o
Império Romano, o Santo Império Romano e outras, mas a estas tentativas fracassadas
faltava algo muito importante, como o respeito mútuo, respeito pelas identidades
nacionais, respeito pela soberania territorial de cada um e muitos outros aspectos.

Em nível universal, a mais relevante e a que atua como órgão orientador de todas as outras
organizações é a Organização das Nações Unidas (ONU); em nível regional, a mais
relevante é a Organização dos Estados Americanos (OEA), e em nível sub-regional, uma
das mais destacadas é a Organização dos Estados da América Central (ODECA), que deu
origem ao Sistema de Integração Centro-Americana (SICA). Estas instituições e outras
organizações internacionais serão discutidas em detalhes para determinar sua importância
e contribuição para o direito internacional público.

CIÊNCIAS QUE DESENVOLVERAM O DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO


Para entender a natureza e o significado do direito internacional público, é necessário
saber que ele progrediu com a ajuda de outros campos jurídicos e não jurídicos.
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Entre as áreas mais relevantes do direito que têm ajudado no desenvolvimento do direito
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internacional público estão:


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a) Lei constitucional que estabelece moldes formais dentro dos quais o Estado tem que
se enquadrar no contexto do direito internacional público.
b) Direito administrativo que estabelece os processos e indica os órgãos competentes para
seu trabalho no campo do direito internacional público.
c) Lei financeira que fornece as diretrizes para preceitos tarifários no campo da
incorporação e assistência internacional.
d) Lei comercial indicando o caminho a ser seguido para a assistência e incorporação dos
Estados.
e) Direito penal que estabelece a classificação, enquadramento e critérios para crimes de
natureza internacional, como pirataria, tráfico de drogas, escravidão branca, entre outros.
f) Direito civil que rege as circunstâncias jurídicas de sujeitos legais e indivíduos no
trabalho jurídico internacional.

As áreas não jurídicas que ajudaram no desenvolvimento elementar do direito público


internacional são:
a) A história que indica o progresso das diversas pessoas jurídicas, o contexto natural em
que elas surgiram, a formação dos estados.
b) Geopolítica que tem beneficiado o surgimento de certas tendências legais e políticas.
c) Ciência política que aponta os fundamentos da ação estatal na comunidade
internacional e a transformação e emergência dos diversos indivíduos de direito
internacional público.

5 d) Sociologia que apóia a noção de que os indivíduos e beneficiários finais do direito


internacional público são sujeitos e sociedades.
e) A economia que aponta as bases para a alteração dos pólos de poder que afetam o
direito internacional público e os critérios finais para eles.

1.4. A SOCIEDADE INTERNACIONAL


Abaixo estão os aspectos históricos da sociedade internacional, suas características e
estrutura.
1.4.1. ANTECEDENTES HISTÓRICOS
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1.4.1.1. Escolas Existem duas escolas de direito internacional muito importantes e


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amplamente aceitas. Por um lado, há aqueles que se concentram na origem do direito


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internacional, ligando-o ao surgimento dos estados mais arcaicos, como Egito, Fenícia,
Esparta, Atenas, Babilônia, Índia, China, assim como outros mais próximos de casa, como
Espanha, Inglaterra, França, Holanda, Alemanha e Itália. Por outro lado, há aqueles que
se concentram na origem do direito internacional com o surgimento dos estados
europeus modernos no século 16.

Na primeira escola, destacam-se Miaja de la Muela, Oppenheim, Cisneros, Fenwich;


enquanto na segunda escola, destacam-se Verdross, Von Lizt, Rousseau, Sepúlveda.

Um dos argumentos da primeira escola dita que é insensato deixar de lado a existência
de estados arcaicos e também julgar os laços internacionais e suas instituições com pontos
de vista do século XX. A segunda escola argumenta que o direito internacional público
se refere ao direito internacional público contemporâneo, codificado em termos de
igualdade e soberania, igualdade e soberania. Continuando com a segunda escola:

1.4.1.2. A Antiguidade e a Idade Média No passado, sociedades de tendência


universalista e de natureza, com intenções conquistadoras, se destacaram. Havia também
sociedades arcaicas que se caracterizavam por sua inclinação isolacionistaisolacionista,
ou seja, fechadas em si mesmas, desprovidas de aspirações de estabelecer comunicação,
comércio, contatos, intercâmbio, etc., com as outras sociedades com as quais coabitaram.
Algumas dessas sociedades são:
(a) os chineses que estimavam o imperador chinês como o filho do céu filho do céu, que
governou o mundo e do ponto de vista cultural se estimavam como superiores, os irmãos
mais velhosirmãos mais velhos de outras sociedades;

(b) os judeus que não aceitavam a igualdade legal das sociedades politeístas e, portanto,
preservavam laços quase diplomáticos somente com certas sociedades;

c) os romanos que não incorporaram seus próprios princípios de direito internacional,


mas uma série de regras que regem as relações dos habitantes romanos com os peregrinos
ou estrangeiros, ou destes com os outros (o ius gentium).

Na era cristã, ainda existiam sociedades universalistas, como por exemplo:


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a) As sociedades islâmicas, que nunca aceitaram a igualdade e o respeito pela honestidade


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das sociedades não islâmicas.


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b) A sociedade estruturada pelo Sacro Império Romano que acreditava que toda a
humanidade estava sujeita a uma dupla autoridade: temporal (imperador) e espiritual (o
Papa), portanto com uma inclinação de domínio universal.

Neste período, destacaram-se as seguintes:


a) Hugo Grotius, alguns o consideram como o pai do direito internacional, um homem
multifacetado: teólogo, jurista, historiador, diplomata. Ele considerava a base de toda lei
como lei natural, entendida como uma série de leis geradas pela razão universal;

b) Os espanhóis Francisco de Victoria e Francisco Suárez, teólogos, historiadores,


filósofos e juristas, Eles também partiram da lei natural, mas, segundo eles, o princípio
elementar é que todas as leis são geradas e subordinadas à lei de Deus, parte da qual é a
lei natural.
c) O alemão Samuel Puffendorf deu asas ao direito internacional e procurou definir
muitos de seus conceitos.

1.4.1.4. A Revolução Francesa perturbou muito a organização da comunidade


internacional; trouxe consigo as idéias de liberdade e igualdade, incorporou a idéia de
organização dos Estados-nação, igualdade de direitos para todos e liberdade dos mares
para o mundo. Neste período, a comunidade de interesses entre os Estados os levou a
entrar em pactos, tratados, convenções e vários sindicatos. Exemplos incluem: o tratado
entre a Alemanha e a Holanda (1889) sobre a proteção da mulher; o tratado entre a
Alemanha e a Grécia (1874) sobre questões de pesquisa arqueológica; o tratado de
Londres (1841) sobre a supressão do tráfico de escravos, entre outros.

1.4.1.5. As guerras mundiais precedidas por uma era de grande pressão internacional,
as duas guerras mundiais eclodiram e nasceram a Liga das Nações (ou Liga das Nações)
e as Nações Unidas. Em ambas as organizações é aprovado o princípio de igualdade entre
os Estados, a soberania dos Estados e a resolução pacífica dos problemas. As Nações
Unidas também incorporaram a idéia de segurança de grupo contra ataques armados, a
estruturação de organizações universais para resolver conflitos econômicos e sociais da
Sociedade Internacional estão descritas, são elas: Universal, complexo, fragmentado,
interdependente, riscos globais.
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É universal que, segundo a UNED (2019, sp), os Estados compõem a Sociedade


Internacional e ao mesmo tempo complexa, devido à diversidade de situações que afetam
a sociedade. É heterogêneo porque na sociedade internacional, para cada Estado há
características peculiares, diferentes dos demais Estados, é fragmentado pelas diferentes
características de cada Estado, é interdependente pelas vantagens e desvantagens de
cada Estado em relação a outro, é de riscos globais devido ao fato de que novas relações
jurídicas são apresentadas no cenário internacional devido à globalização e
mundialização.
1.4.1.4. A Revolução Francesa A Revolução Francesa perturbou muito a organização da
comunidade internacional; trouxe consigo as idéias de liberdade e igualdade, incorporou
a idéia de organização dos Estados-nação, igualdade de direitos para todos e liberdade
dos mares para o mundo. Em 1814, a primeira forma de governo internacional nasceu na
Áustria, Prússia, Grã-Bretanha e Rússia; em 1818 a França aderiu e seu objetivo era
restabelecer o poder da monarquia na Europa e eliminar os triunfos revolucionários.

Neste período, a comunidade de interesses entre os Estados os levou a entrar em pactos,


tratados, convenções e vários sindicatos. Exemplos incluem: o tratado entre a Alemanha
e a Holanda (1889) sobre a proteção da mulher; o tratado entre a Alemanha e a Grécia
(1874) sobre questões de pesquisa arqueológica; o tratado de Londres (1841) sobre a
supressão do tráfico de escravos, entre outros.

1.4.1.5. As guerras mundiais Precedidas por uma era de grande pressão internacional, as
duas guerras mundiais eclodiram e nasceram a Liga das Nações (ou Liga das Nações) e
as Nações Unidas. Em ambas as organizações é aprovado o princípio de igualdade entre
os Estados, a soberania dos Estados e a resolução pacífica dos problemas. As Nações
Unidas também incorporaram a idéia de segurança de grupo contra ataques armados, a
estruturação de organizações universais para resolver conflitos econômicos e sociais

 Características da são elas: Universal, complexo, fragmentado, interdependente,


riscos globais.

É universal que, segundo a UNED (2019, sp), os Estados compõem a Sociedade


Internacional e ao mesmo tempo complexa, devido à diversidade de situações que afetam
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a sociedade. É heterogêneo porque na sociedade internacional, para cada Estado há


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características peculiares, diferentes dos demais Estados, é fragmentado pelas diferentes


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características de cada Estado, é interdependente pelas vantagens e desvantagens de


cada Estado em relação a outro, é de riscos globais devido ao fato de que novas relações
jurídicas são apresentadas no cenário internacional devido à globalização e
mundialização.

1.4.2. ESTRUTURA DA SOCIEDADE INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEA

A Sociedade Internacional tem uma estrutura social a nível internacional. De acordo com
Calduch, R. (1991):
Estes são os elementos fundamentais por meio dos quais é possível conhecer e explicar
sua configuração e evolução mediante diferentes momentos históricos:

• Extensão espacial.
• Diversificação estrutural.
• Estratificação hierárquica.
• Polarização.
• O grau de homogeneidade ou heterogeneidade.
• O grau de institucionalização. (p.3 cap.3)

1.4.2.1. Extensão espacial O território é um dos elementos do Estado, e como membro


da sociedade internacional que se forma com outros Estados, ele também deve ter um
território, que está em dinamismo segundo Calduch, R. (1991, p. 4-5 cap. 3), com
mudanças na estrutura e extensão dos territórios regionais a serem considerados hoje no
planeta Terra, com mudanças sociais, culturais, econômicas e tecnológicas.

Para Calduch, R. (1991) são considerados três componentes da sociedade, um dos quais
é a subestrutura econômica, com relações de produção e Relações Internacionais
correlacionadas com processos econômicos. Outro componente da Sociedade
Internacional é o componente político-militar, que inclui as organizações internacionais
e a sociedade internacional. A terceira subestrutura é a cultural e ideológica, constituída
por atores e relações internacionais baseadas em valores, formas de pensar e comunicação
na sociedade internacional.
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1.4.2.3. Estratificação hierárquica É outro elemento, segundo Calduch, R (1991),


relacionado com os estratos que os membros da comunidade internacional ocupam, com
diferentes hierarquias em assuntos internacionais.

1.4.2.4. Polarização ou polaridade


Outro elemento é a polarização sobre a qual Caludch, R. (1991, p. 7-8) expressa que é “a
capacidade efetiva de um ou vários atores internacionais de adotar decisões,
comportamentos ou normas internacionais aceitas pelos demais atores, e por meio de os
que alcançam ou garantem uma posição hegemônica na hierarquia internacional”

1.4.2.5. Heterogeneidade ou homogeneidade

A heterogeneidade ocorre devido à existência de diferenças internas fundamentais entre


os atores internacionais de uma mesma categoria. A homogeneidade em um sistema ou
subestrutura internacional não se transfere para os outros, por exemplo, “as relações
políticas são homogêneas, mas existe uma heterogeneidade internacional significativa na
estrutura cultural ou econômica. O grau de homogeneidade ou heterogeneidade que
prevalece entre os atores internacionais da mesma categoria nunca é absoluto ou total”
(p. 9-10, cap. 3)

1.4.2.6. O grau de institucionalização consiste no conjunto de órgãos, normas ou


valores que, independentemente de seu caráter expresso ou tácito, são aceitos e
respeitados por todos os atores internacionais na mesma subestrutura”, de modo que para
cada sistema existem órgãos internacionais criados de acordo com os princípios, valores
e disposições do direito internacional público.

1.6.4. CARACTERÍSTICAS E PRINCÍPIOS DO DIREITO INTERNACIONAL


PÚBLICO D'Estefano Miguel A. (1980, p. 43), “os princípios são os fundamentos e a
razão básica sobre a qual se desenvolve a própria existência da DPI, a fim de facilitar as
relações entre os povos e de alcançar a cooperação internacional…”

4.1. O PRINCÍPIO DA BOA FÉ O artigo 2º da Carta estabelece que os membros das


Nações Unidas devem agir de boa fé na busca dos benefícios e no cumprimento das
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obrigações de direito internacional público, de acordo com a Carta. O princípio da boa fé


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é regulado pelo artigo 16 da Convenção de Viena em relação aos tratados internacionais.


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2.4.2. O PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO USO DA FORÇA De acordo com a


Resolução 2625 da Assembleia das Nações Unidas, os Estados devem se abster da ameaça
e do uso da força contra outros Estados no desenvolvimento deste princípio, ela afirma
que “uma guerra de agressão constitui um crime contra a paz, o que, sob o direito
internacional, implica responsabilidade”

2.4.3. O PRINCÍPIO DOS MEIOS PACÍFICOS Como declarado na resolução, os


Estados devem fazer uso de soluções pacíficas para resolver qualquer disputa
internacional de forma segura e rápida por meio da resolução de conflitos, tais como o
uso de métodos alternativos de resolução de disputas e a obrigação de não intervir em
assuntos dentro da jurisdição nacional dos Estados, de acordo com a Carta.

2.4.4. O PRINCÍPIO DA NÃO INTERVENÇÃO NOS ASSUNTOS INTERNOS


Este princípio evita a intervenção nos assuntos internos dos Estados, seja direta ou
indiretamente. O uso da força e da intervenção em assuntos internos, incluindo assuntos
políticos, econômicos e sociais, e a coerção para obter uma certa conduta ou ação interna
do Estado, deve ser impedido.

2.4.5. O PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO UNS COM OS OUTROS Por este


princípio, existe a obrigação dos Estados de cooperar entre si de acordo com os preceitos
da Carta e da Resolução 2615, independentemente de semelhanças ou diferenças nos
diferentes aspectos que caracterizam cada Estado, sem qualquer discriminação e de
acordo com o desenvolvimento social, econômico e tecnológico, a fim de alcançar os
objetivos relacionados à paz internacional e ao bem-estar dos Estados.

2.4.6. O PRINCÍPIO DA IGUALDADE DE DIREITOS E O PRINCÍPIO DA


AUTODETERMINAÇÃO DOS POVOS O princípio de igualdade e autodeterminação
dos povos, sujeitos do direito internacional público, têm os mesmos direitos e obrigações.
Os povos determinam livremente a situação econômica, política e social como acham
conveniente, com respeito aos outros assuntos de direito internacional público.

2.4.7. IMUNIDADE DOS ESTADOS Imunidade dos Estados Imunidade à jurisdição: o


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Estado estrangeiro não pode ser processado nos tribunais de outros Estados.
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Imunidade à execução: o Estado estrangeiro não pode estar sujeito à execução de seus
bens por meio de processos de execução em outro Estado.

1.8.2.1. Teoria monista é a teoria de que a ordem jurídica interna está incluída na ordem
jurídica internacional. Antigamente, considerava-se que o direito internacional tinha uma
hierarquia superior ao direito nacional, em caso de conflito entre normas nacionais e
internacionais, as nacionais são anuladas. A recente teoria monista considera que quando
há um conflito entre normas, é o Estado que torna ineficazes as normas internas que
contradizem as normas públicas internacionais.

Teoria Dualista
Na teoria dualista, o direito nacional e o direito internacional público são considerados
independentes, numa relação de coordenação no mesmo nível hierárquico, com
fundamentos e procedimentos diferentes na formulação, sanção e execução, e é evidente
que diferenciam do âmbito de aplicação, e a quem são dirigidos. Como pode ser visto na
esfera internacional, as regras do direito internacional público são direcionadas para a
regulamentação da conduta, para os sujeitos do direito internacional. Se houver conflitos
entre as regras do direito internacional público e as do direito nacional, eles são resolvidos
por meio das regras de resolução de conflitos para aplicação na situação em consideração.

1.8.2.3. Recepção da norma internacional no Direito Interno pode ser com validade
imediata ou pode ser realizado algum procedimento prévio para aplicação das normas
internacionais no Direito Interno. O Estado que assina um tratado internacional adquire a
obrigação de cumprir com as estipulações. A teoria da incorporação expressa que as
regras do direito internacional público são adotadas no Direito Interno. A teoria da
aplicação considera que as regras do direito internacional público devem passar por um
procedimento ou processo interno que lhes dê força no Direito Interno.

A teoria da transformação sustenta que as regras do direito internacional devem ser


transformadas, no todo ou em parte, em regras nacionais por meio de uma fonte de direito
ou pelo procedimento de formação, sanção e promulgação em uma lei interna. Segundo
Rojas Amandi, Victor Manuel, (2010, p.70) a transformação especial exige “que o órgão
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legislativo interno interprete as regras do mergulho e lhes dê expressão em uma lei


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interna”
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1.8.2.4. O conflito entre as normas O Estado, por meio da Constituição, estabelece a


relação entre o direito internacional público e o direito interno. Pode-se estipular que o
direito internacional está em uma hierarquia mais alta do que o direito nacional ou que
eles estão na mesma hierarquia. A fim de resolver conflitos entre regras, existem os
critérios de hierarquia, que a regra posterior substitui a anterior, e o critério de
especialidade.

Em princípio da hierarquia jurídica, a regra do nível superior se aplica à situação. Outro


critério é que a regra posterior revoga a anterior, seja tacitamente, seja expressamente em
alguma disposição da lei posterior. No critério de especialidade, a regra especial é a que
se aplica quando o conflito ocorre com uma norma geral. Na resolução de conflitos entre
normas, aplica-se a norma em que se cumpre a maioria dos critérios mencionados.

2. ELEMENTOS DO ESTADO Juárez Jonapa, Francisco Javier, (2012, p. 201) afirmam


que ao analisar o estado, os elementos são população, território, lei e fins políticos. Há
dois pontos de vista no sentido de que:
 Os elementos são apresentados cada um, depois integrados para formar o Estado,
e a outra visão da doutrina jurídica.
 Considera os elementos do Estado como os anteriores à sua criação e os que o
constituem.

2.2.1. A POPULAÇÃO
2.2.1. A POPULAÇÃO A população é a totalidade das pessoas que habitam o território
do Estado, que podem ter uma diversidade de etnia, crença, língua ou línguas e história,
e estão sob seu poder soberano.
2.2.2. PODER SOBERANO O poder soberano do Estado é constituído pela capacidade
de regular as relações sociais em seu território e pela capacidade de ser um sujeito de
direito internacional público. Segundo Rojas Amandi, Víctor Manuel (2010, p. 35), o
poder do estado é relativo e limitado em relação ao poder de outros estados.
2.2.3. O TERRITÓRIO Para Juárez Jonapa, Francisco Javier (2012, p. 202), o território
é um elemento relacionado ao lugar onde os seres humanos, agrupados em sociedade,
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vivem isolados, esse lugar é a superfície terrestre. O território é composto por terra, mar
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e espaço aéreo, com fronteiras que são delimitadas unilateralmente pelo Estado ou por
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meio de tratados internacionais. Dentro do território, o Estado exerce o poder sobre a


população estabelecida, fora dos limites territoriais, não exerce seu poder, sem entrar em
disputas com outro Estado ou Estados.

Elementos do Estado
• Território: o elemento físico do Estado.
• População: um grupo de pessoas que vivem no território do Estado e que estão unidas
pelo vínculo de nacionalidade.
• Poder ou Soberania: Expressão da vontade da classe dominante, manifestada por meio
da vontade do Estado.

Principios do D.I.P, (RESUMO)


O artigo 2 da Carta das Nações Unidas estabelece que os princípios a serem
considerados são os seguintes:
• O princípio da boa fé.
• A proibição do uso da força.
• A resolução pacífica de disputas internacionais, ou o uso de meios pacíficos.
• O princípio da não intervenção nos assuntos internos
• Cooperação internacional entre Estados.
• O princípio de igualdade de direitos e autodeterminação.

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